O poder Judiciário no fantástico show da mídia

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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O juiz Flávio Roberto de Souza, responsável pelos procesos respondidos por Eike
 
Jornal GGN – A atividade jurisdicional perdeu a função da imparcialidade e caminha, a cada dia, para os holofotes da imprensa, carregando com eles seu caráter partidário. Em entrevista ao Extra, o juiz federal Flávio Roberto de Souza mostra-se orgulhoso por ser o responsável pelo processo de Eike Batista. Expressões de revanche, “[os advogados] estão desesperados”, “vai ficar sem nada no Brasil” e “vou esmiuçar a alma dele” foram termos colocados por um juiz de instância superior, que deveria carregar a responsabilidade de “todos são iguais perante a lei” e o pressuposto da inocência como diretrizes para a sua atuação. 
 
O Judiciário é o terceiro poder, tripé que supostamente mantém as estruturas da democracia garantidas. Se o Executivo e o Legislativo esbarraram pela desconfiança popular, restaria um poder a se calcar. Entretanto, o posicionamento do magistrado não representa o ideal de jurisdição, interpretam especialistas em direito. 
 
“Esse tipo de entrevista é incompatível com o exercício da função jurisdicional. A lógica midiática vem cada vez mais substituindo a lógica própria do direito no interior dos tribunais. Linchamentos com punhos de renda”, analisou o advogado e professor de Direito Constitucional da PUC-SP, Pedro Estevam Serrano, em sua página do Facebook
 
Do Extra
 
‘Vou esmiuçar a alma dele’, garante juiz responsável por determinar apreensão de bens de Eike Batista
 
A primeira palavra que vem à mente ao conversar com o juiz federal Flávio Roberto de Souza é tranquilidade. Sorriso largo no rosto, fala serena e várias pinturas budistas penduradas em seu gabinete, o magistrado é a personificação da calma. Paradoxalmente, Souza é responsável por tirar o sono do ex-bilionário Eike Batista, desde que determinou a apreensão de todos os bens do empresário no Brasil. O jeito zen do magistrado, titular da 3ª Vara Federal Criminal do Rio, contrasta com o agitado mercado de ações que Eike é acusado de passar para trás, e também com as pressões e os burburinhos dos processos respondidos pelo ex-bilionário. A defesa de Eike tenta retirar o juiz de um deles. “Eles (advogados) não vão me tirar do sério. Estão desesperados”, alfineta o magistrado, com um exemplar da biografia de Eike sobre a mesa. E complementa, após mostrar o falso ovo Fabérge apreendido na casa do empresário: “Se ele for condenado, vai ficar sem nada aqui no Brasil”.
 

Como o senhor explicaria, de forma popular, os crimes que o Eike cometeu?

Ele tinha informações privilegiadas, que foram usadas para obter vantagens, ou seja, para ele ter lucros. Talvez pudéssemos dizer que é como naquele caso que o marido traído é o último a saber. O Eike é a mulher que trai, e os acionistas das suas empresas, o marido traído. Quando ele (o marido) descobre, já é tarde demais (risos).

Na sua opinião, qual é o significado de ter um homem tão poderoso quanto o Eike no banco dos réus?

O povo está vendo que a Justiça não é apenas para os pobres, mas também para os milionários e bilionários. Essa ideia de que só pobre vai para a cadeira é algo cultural no Brasil, mas não é bem assim. Mas o que muitas vezes acaba ocorrendo é um descompasso das penas, porque os crimes de colarinho branco e mercado de capitais têm penas muito pequenas. Para alguém efetivamente cumprir (condenação) em regime fechado, é preciso que responda a vários crimes.

É o caso do Eike?

Sim. Ele responde por vários crimes. Só aqui na vara, há três processos e um inquérito (por lavagem de dinheiro e evasão de divisas). Se existe a possibilidade de ele ir para o regime fechado e ficar preso, caso condenado, é pela quantidade de crimes envolvendo suas duas empresas (OGX e OSX).

O magistrado e o livro de Eike em sua mesa: lendo para traçar personalidade

O magistrado e o livro de Eike em sua mesa: lendo para traçar personalidade Foto: Guilherme Pinto / Extra

É um caso emblemático?

Sem dúvidas, mas por ser a primeira vez que esse crime de manipulação de mercado de capitais será julgado no Brasil. Quando falei que ver o Eike no banco dos réus é um momento histórico e emblemático, não é por ser o Eike, mas porque pela primeira vez esse crime será julgado aqui. A defesa se valeu dessa minha fala para dizer que eu estava propositadamente querendo condenar o Eike. Não é isso. Não é por ser o Eike. É um caso histórico e emblemático porque é a primeira sentença desse crime

Por que acha que isso aconteceu logo com ele?

Porque as operações que o Eike realizou causaram danos bilionários aos investidores, que não eram só brasileiros, mas também internacionais. Empresas internacionais têm vindo se habilitar no processo como assistentes de acusação, porque tiveram prejuízos bilionários. O dano que ele causou foi muito grande. Por baixo, está avaliado em três bilhões de reais, mas sabemos que esse valor pode ser ainda maior.

Pode ser que o Eike fique sem nada?

Sim. Se condenado, ele vai ficar sem nada. Aqui no Brasil, perderá todos os bens. A lavagem de dinheiro vai rastrear ainda o que ele tem no exterior. O dinheiro que ele tem no exterior também poderá ser expatriado, e os imóveis que ele tem lá fora também poderão ser vendidos. O homem que disse, no Fantástico, que seria o mais rico do mundo em 2015, hoje, de acordo com a Financial Times, está devedor em um bilhão de dólares.

Como o senhor vê essas tentativas da defesa de te tirar do processo?

Eles (advogados) já sabem que as teses deles não se sustentam comigo. Não tenho interesse nenhum em condenar ou absolver o Eike. O meu interesse é em fazer a Justiça ser aplicada. Se ele for inocente, eu absolvo. Se ele for culpado, condeno. Eu sou um juiz sério e estudo muito bem os meus processos. Vou levar esse processo do jeito que ele tem que ser levado. Não importa que seja o Eike. Poderia ser qualquer pessoa. Isso amedrontou os advogados e eles deixaram de fazer uma defesa técnica para passar a me agredir, me chamando de cruel, covarde, arbitrário. Passaram a me atacar pessoalmente. Quem faz isso é que está no desespero. É o advogado que não sabe mais como defender o cliente dele.

O senhor tem receio de ser retirado do processo?

Estou tranquilo. Ainda que o tribunal me tire desse processo, ele não me tira do caso. Há outros processos dele aqui na vara. E a minha parte eu fiz. Era inacreditável que ele fosse sentar no banco dos réus, e sentou. Era inacreditável que ele teria os bens todos apreendidos, e foram. Era inacreditável que todo o dinheiro que ele tivesse em conta corrente fossem apreendidos, e foi. Então eu fiz a minha parte. Daqui para frente, outro juiz pode continuar. Não tenho apego ao processo. Eu falaria pra você a música daquela cantora: Tô nem aí… Tô nem aí para o que vão decidir.

O juiz com o falso ovo Fabérge apreendido na casa do empresário

O juiz com o falso ovo Fabérge apreendido na casa do empresário Foto: Guilherme Pinto / Extra

O senhor não tem medo mesmo..

Sou budista. Eles não vão me tirar do sério. Estão desesperados.

É pessoal? O senhor tem algo contra o Eike?

Não é nada pessoal. Nunca tinha visto o Eike Batista na minha vida. Não tenho nada contra ele ser milionário ou famoso. Simplesmente faço meu papel de juiz. E o papel de juiz deve ser julgar com coragem, com rigidez e aplicar a lei abstrata ao caso concreto. É preciso ter coragem para fazer isso? Sim. Porque você mexe com toda uma estrutura de poder e pressões vêm de todos os lados. Mas isso nunca me amedrontou.

Os carros do Eike, que foram apreendidos, já serão leiloados. Essa rapidez é comum? O que acontece se ele for absolvido?

É o que deveria acontecer sempre. Isso ocorre para os bens apreendidos não perderem seu valor ao longo do tempo. Se ele for absolvido, todo o dinheiro arrecadado é devolvido para ele. Os três carros da Luma que foram apreendidos não serão leiloados. Ela terá tempo para explicar como foram adquiridos.

O senhor considera uma afronta que o Eike tenha sido visto usando dois carros que o senhor já determinou que sejam apreendidos?

Não me incomoda. Não encaro como afronta, mas uma burrice da parte dele. Se ele não devolver espontaneamente, pode responder pela prática de outros crimes, que são ocultação de bens e desobediência. É uma postura suicida.. É procurar arrumar mais problemas. E mesmo que ele use os carros, eles já estão bloqueados no sistema do Detran. Significa dizer que se ele for parado numa blitz, o carro fica apreendido. Ele vai voltar para a casa a pé. É só uma questão de tempo. Cedo ou tarde, os carros serão encontrados.

Muitos bens dele foram declarados por preço muito abaixo do que valem. Ele também está sendo investigado por isso?

Sim. Existem ainda outros crimes que estão sendo investigados. Nesse caso, é sonegação fiscal, porque todos esses bens que foram apreendidos, ele realmente declarou em valor muito abaixo do que eles valiam ou do que foram comprados. Isso é sonegação fiscal. As casas do Jardim Botânico e de Angra foram declarados por 10% do que valem. Esse primeiro processo, que começou de uma forma simples e que poderia ter continuado simples, a própria defesa dele tumultuou e deu oportunidade que novas situações surgissem.

Esse exemplar da biografia do Eike que está na sua mesa é seu? O senhor está lendo?

Sim. Estou lendo ainda e tem sido bom.

O senhor considera essa leitura importante para conduzir os processos do Eike?

Considero muito importante, porque na hora de aplicar a pena, o juiz pode e deve aumentar a pena de acordo com a personalidade do agente.

E como o senhor definiria a personalidade do Eike?

Ainda é prematuro traçar algum perfil, mas o momento oportuno para me manifestar sobre isso será nas sentenças dos processos. Até lá, terei feito o interrogatório dele. Aí, olhando no olho, vou saber como ele é. Tudo que conheço é midiático. Tive dois contatos com ele, mas apenas em audiências. Pela minha experiência e formação, vou entrar na personalidade dele (ao interrogá-lo). Vou entrar mais fundo na essência dele. Até pelas minhas práticas budistas, tenho muita facilidade de saber quando a pessoa está mentindo ou falando a verdade. Vou esmiuçar a alma dele. Pedaço por pedaço.

Com as notícias da derrocada do império do Eike, há quem lembre das ações filantrópicas e investimentos feitos por ele. O que o senhor acha disso?

É reconhecível e louvável que ele tenha tido atitudes preocupadas com o meio ambiente e que tenha ajudado o Instituto Nacional do Câncer, por exemplo. Ele também investiu na cidade. É louvável. Entretanto, não se pode esquecer que muitos desses investimentos foram feitos porque ele podia abater do imposto de renda, ou com empréstimos do BNDES que nunca foram pagos. Mas independente dele ser um filantropo ou um cidadão preocupado, a verdade é que, de acordo com o Ministério Público, ele causou vários danos a investidores e empresas. Levou empresas à falência, e investidores autônomos à ruína. Uma coisa não pode se confundir com a outra.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

37 Comentários

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  1. IMPARCIALIDADE DO JUIZ

    JUS/BRASIL :

    “A imparcialidade do juiz é pressuposto de validade do processo, devendo o juiz colocar-se entre as partes e acima delas, sendo esta a primeira condição para que possa o magistrado exercer sua função jurisdicional. Referido pressuposto, dada sua importância, tem caráter universal e consta da Declaração Universal dos Direitos do Homem, artigo X:

    ‘Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública audiência por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir sobre seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação criminal contra ele’.

    A imparcialidade do juiz é uma garantia de justiça para as partes e, embora não esteja expressa, é uma garantia constitucional. Por isso, tem as partes o direito de exigir um juiz imparcial; e o Estado que reservou para si o exercício da função jurisdicional, tem o correspondente dever de agir com imparcialidade na solução das causas que lhe são submetidas.”

  2. Estão passando, E MUITO, da

    Estão passando, E MUITO, da conta. Se este for o século do judiciário,  cf afirmou o Ministro Lewandovsky, ESTAMOS PERDIDOS. Com esse crescente fascínio pelos holofotes da mídia, a quem não raro se submetem via “faca no pescoço”, vislumbra-se um quadro DESALENTADOR. E o pior é perceber que esses dois poderes que ora comandam o Brasil, estão a serviço de um poder ainda maior, que aterroriza todo o planeta. E muitos, como esse juiz falastrão, sequer, se dão conta disso, embriagados pela vaidade, o defeito que o diabo adora e explora com maestria.

    Tempos sombrios.

  3. JUIZ SUSPEITO

    Pelas palavras do Juiz fica claro que ele já tem a sentença na cabeça, não adianta nada do que a defesa apresentar.

    Ele vai condenar o EIKE. Tomara que o Tribunal mande os processos para outro Juiz, esse aí parece que já tem a sentença na cabeça. Ele vai condenar em todos os processos e aplicar a pena mais grave que estiver prevista na lei.

  4. Pera aí, Nassif, o Extra é
    Pera aí, Nassif, o Extra é um jornal popularesco. Se um juiz der uma entrevista aí vai ser assim. Sem dúvida que suas excelências estão se deixando seduzir pela sereia mediática, mas quero crer que existam muitos juízes que tem o bom senso de preferir preservar o essencial papel de um juiz na democracia

    1. Parece óbvio que um juiz não

      Parece óbvio que um juiz não deve dar entrevista. Muito menos a respeito de um julgamento que ainda não foi finalizado.

  5. Não concordo com juiz dando entrevistas

    acho uma demonstração barata de vaidade. Agora, não achei que ele demonstrou revanchismo, acho sim que quem demonstrou malandragem e picaretagem demais foi o Eike, ele sim continua rindo da nossa cara. Vale lembrar que o filho dele matou uma pessoa dirigindo em alta velocidade e acabou de ter o processo anulado. Sinceramente, se toda a vez que alguém rico for preso nós ficarmos achando que o juíz está agindo com revanchismo vai ser bem complicado fazer justiça nesse país. Não concordo com o que tem acontecido na operação lava jato, mas não dá para generalizar toda medida contra rico ou membro do pt como revanchismo ou politicagem. O tratamento dado aos pobres é bem pior que isso.

  6. Os juízes tem obrigações

    Os juízes tem obrigações legais. Abaixo algumas delas prescritas na Lei Orgânica da Magistratura: 

     “Art. 35 – São deveres do magistrado:

      I – Cumprir e fazer cumprir, com independência, serenidade e exatidão, as disposições legais e os atos de ofício;

      II – não exceder injustificadamente os prazos para sentenciar ou despachar;

      III – determinar as providências necessárias para que os atos processuais se realizem nos prazos legais;

     IV – tratar com urbanidade as partes, os membros do Ministério Público, os advogados, as testemunhas, os funcionários e auxiliares da Justiça, e atender aos que o procurarem, a qualquer momento, quanto se trate de providência que reclame e possibilite solução de urgência.

     V – residir na sede da Comarca salvo autorização do órgão disciplinar a que estiver subordinado;

     VI – comparecer pontualmente à hora de iniciar-se o expediente ou a sessão, e não se ausentar injustificadamente antes de seu término;

      VIl – exercer assídua fiscalização sobre os subordinados, especialmente no que se refere à cobrança de custas e emolumentos, embora não haja reclamação das partes;

       VIII – manter conduta irrepreensível na vida pública e particular.

       Art. 36 – É vedado ao magistrado:

       I – exercer o comércio ou participar de sociedade comercial, inclusive de economia mista, exceto como acionista ou quotista;

       II – exercer cargo de direção ou técnico de sociedade civil, associação ou fundação, de qualquer natureza ou finalidade, salvo de associação de classe, e sem remuneração;

       III – manifestar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de julgamento, seu ou de outrem, ou juízo depreciativo sobre despachos, votos ou sentenças, de órgãos judiciais, ressalvada a crítica nos autos e em obras técnicas ou no exercício do magistério.”

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp35.htm

  7. Mais uma mariposa buscando os

    Mais uma mariposa buscando os holofotes. Suspeição nele, pois pretende fazer o papel do promotor. Pobre sistema judiciário o nosso, entregue a inúmeros indivíduos completamente despreparados para o exercício da função. E a tendência é piorar. A bagunça começa no MEC, ao autorizar o funcionamento de milhares cursos de direito no País – maioria cursinhos tipo aqueles culinários promovidos pela Walita antigamente. Não há reprovação, pois são pagos e o “ensino” tornou-se um grande negócio, mais rentável que os prostíbulos e jogo do bicho o eram tempos atrás. E os apadrinhamentos nos concursos para juiz contribui para a perpetuação da casta corporativista e hereditária, cujos membros antes se achavam e agora têm certeza que são deuses, com raras exceções.

  8. Brasil: terra onde nasceu,

    Brasil: terra onde nasceu, floresceu e permaneceu a máxima “OU OITO OU OITENTA”. 

    De um país que até “ontem” o aparato repressivo-policial era quase que exclusivamente focado, ou operante, para os ditos PPP-pobres, pretos e prostitutas, acrescido mais um “P”, de petista,  depois de 2003, de repente, num átimo, parecendo o despertar de um gigante adormecido, pula para os “oitenta” que na máxima representa, ou representaria, os ricos, os poderosos, os que sempre estiveram à salvo das garras da Lei e da Justiça em função da posição na pirâmide Maslow, ou seja, lá no pico. 

    Por que isso? Por que essa inflexão tão abrupta? Por que de repente as estruturas repressivas-punitivas, aqui representadas pela Polícia Federal, Ministério Público e Judiciário, se assumiram como “redentoras” das injustiças e iniquidades seculares, uma missão que de tão “nobre” pode olvidar de certos preceitos e princípios civilizatórios, em especial o que preconiza que ninguém poderá receber tratamento discricionário por razões de etnia, políticas, sociais, opção religiosa ou o que for. 

    O pior disso tudo é que ao tempo em que a cruzada moralista, cabotina, centra fogo nos ditos “privilegiados”, os cá de baixo, os historicamente esquecidos, continuam……..esquecidos. A ação, nesse sentido, nada tem de “robinhoodiana” que tem por motivação atacar os ricos para atender aos pobres. 

    O que sobra, então? Sobra o espetáculo, os egos inflados, o cabotinismo em seu mais alto grau, o macartismo e, como não poderia faltar, o mais pérfido, cínico e desgraçado oportunismo político “comendo pelas beiradas”. 

    Quem nos salvará dos nossos “salvadores”? 

  9. Se o ręu for ja tiver tido
    Se o ręu for ja tiver tido alguma admiraçao por Lula serå depenado. Se chegado a FHC ta perdoado e o juiz nao vai aparecer no Fantastico….
    Segue comentario q fiz no zap zap da familia…….
    O Ze Agripino Maia vocifera por ai contra a corrupcao quando ele proprio pintou e bordou e o pior…protegido pelo mesmo MPF que ai esta a mostrar servico nem q seja quebrando as regras elementares do Direito…confira e entenda pq digo que ha seletividade http://www.jornalggn.com.br/noticia/no-mpf-roberto-gurgel-arquivou-denuncia-contra-agripino-em-2012..

  10. No Brasil e nem os cidadao tem justica.
    -;Nao tenho dada contra ele ser milionario e famoso.

    O Brasil nunca construiu, na realidade, uma justica. Sempre criou leis e regras.
    Este problema do judiciario eh do descobrimento e imperio passando por colonia ate a republica.
    Nunca tivemos uma justica, um caso de que nos orgulhar como cidadao e como uniao.
    Nos casos civis, militares e politicos tem-se algumas historias que faz levantar a cidadania brasileira. Como Getulio, Visconde de Maua, Machado de Assis, alguns militares e as guerras, Oswaldo Cruz, etc.
    Mais quem na area da justica?
    No golpe militar e depois das torturas 1964, so um velhinho S. Pinto.
    Advogados, promotores, julgamentos, juizes. desembargadores enfim um nivel social, politico e intelectual nulo para e poder fazer o que fazem com o poder judiciario.
    A justica e as cortes brasileira nao existem.
    Por seus representantes perante ao cidadao.
    Justica vergonha nacional.

  11. Grande parte da “fortuna”

    Grande parte da “fortuna” do Eike Batista era baseada na crença que tudo iria dar certo!

    Era um empreendimento, uma riqueza, um conglomerado “alavancado”…

    Alguem deu um grito e tudo desabou como castelo de cartas…

    Pelos inimigos que demonstra que tem, pode ter sido planejado!

    Parece até com a fúria contra o zé dirceu…

    Vi esse juiz numa reportagem e achei SURREAL!

  12. Por favor, Doutor, sem demagogia.

    “Pela minha experiência e formação, vou entrar na personalidade dele (ao interrogá-lo). Vou entrar mais fundo na essência dele. Até pelas minhas práticas budistas, tenho muita facilidade de saber quando a pessoa está mentindo ou falando a verdade. Vou esmiuçar a alma dele. Pedaço por pedaço.”

    Essa é uma das maiores excrescências do sistema penal brasileiro: o Interrogatório do Juiz. Depois negam que o Juiz julga pela cara. Junte issso ao medieval instituto do inquérito policial e a montruosidade fica completinha.

    Isso sempre serviu para que se apliicasse à brasileira a formula aristotétlica de justiça que é a de tratar os desiguais desigualmente, etc. Todos sabemos que isso sempre serviu para ressaltar as desigualdades e amplificar as injustiças contra os mais pobres na medida em que eram vistos como degenerados. Afinal, dava pra ver “na cara” e “na alma” dele.

    Agora querem apontar o canhão contra os ricos e famosos como se isso significasse fazer justiça. Como se isso sublimasse a torpeza histórica do poder judiciário…

    Chique. Muito chique.

    Que o tal Eike Batista seja punido por seus ilíicitos, é bom pra todos. Mas esse tipo de linguagem na boca de um Juiz é reveladora do material do qual é feito nosso sistema de administraçao da justiça.

  13. este eh o resultado da Globo e as midias
    Em coros.
    Tambem me faz lembrar Canudos.
    Terra morta, sangues e mortes da mao da imprensa.
    Passa pelo apoio a ditadura ou acaba.
    maos crueis.
    sem justica e sem juiz.

  14. Eike Batista

    Ô Nassif, pode um um juiz, dar uma entrevista dessa? Pode um juiz julgar, ao que me parece, com uma pequena ponta de inveja do réu? Ou ainda movido por sentimentos menores, mísera vingança?

  15. O falso Fabérge está no gabinete do luiz?

    Se o Fabérge está no gabinete do Juiz, que não tem nenhum problema em segurá-lo como a um troféu, então como duvidar que o Cayenne esteja na sua garagem?

    1. No programa ”Trato Feito”

      No programa ”Trato Feito” no canal 83 da net, aparecem vários especialistas pra qualquer assunto.

          Mas sobre Febérge não precisa ir em Las Vegas pra saber se é verdadeiro.

              Basta pedir pro Elio Gaspari,( ele assinou uma crônica sobre o assunto baseado em outros olhos que não os dele)

  16. Esse é um caso típico de um

    Esse é um caso típico de um juiz que atua como político do bem.

       O Brasil INTEIRO concorda com ele– desde que fosse político.

          Mas um juiz não pode dizer isso.

               E a figura ainda concede entrevistas a granel.

                    Ele vai conseguir anular um processo aonde o réu é CULPADO.

                          Inacreditável!!!!!!!!!!

    1. O réu é CULPADO?

       “Ele vai conseguir anular um processo aonde o réu é CULPADO.”

      mais anarquista voce jah fez juizo que eh culpado, condenando assim!

      sem direitos e sem defesa ao réu.

  17. Sabem porque essa perseguição

    Sabem porque essa perseguição ao Eike? Simples. Ele é um capitalista que investe no capital real, que gera emprego e renda aos brasileiros, que faz o Brasil forte concorrente das grãs bretanhas da vida e dos yankes. Se fosse um capitalista especulativo testa de ferro dos megaespeculadores como os soros da vida, estaria tranquilo, como está o daniel dantas.

  18. A INVEJA MATA…

    Nas colocações do ínclito magistrado se observa uma avaliação subjetiva sobre a situação do empresário réu, inclusive com certo juizo de valor que vai além da análise do processo sob a ótica do direito.

    A “prima facie” é possível dizer que, como todo ser humano o magistrado tem suas fraquezas, comete seus pecados, e neste caso age movido por uma certa dose de inveja / vingança. 

    A inveja do MM. Juiz fica mais evidente a luz da mais recente noticia sobre o caso divulgado pelo Jornal Estado de São Paulo, onde se noticia que ele foi visto dirigindo o carro do Eike que ele mesmo mandou apreender.

    http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,juiz-do-caso-eike-usa-porsche-do-empresario-diz-advogado,1638816

    Os sentimentos dos MM. Magistrado o traíram, e ele passa de algoz, para ser igualmente criminoso. Agora existem motivos para ele ser afastado do processo.

     

     

     

     

  19. Esse ‘juiz’ é uma lástima

    Esse ‘juiz’ é uma lástima …. Tem IMPEACHMENT de juiz !?! Se tem IMPEACHMENT NELE !!

     

    “O BRASIL PARA TODOS não passa na REDE GLOBO DE SONEGAÇÂO & GOLPES – O que passa na REDE GLOBO DE SONEGAÇÃO & GOLPES é um braZil-Zil-Zil para TOLOS”

  20. Será possível?!
    E como o

    Será possível?!

    E como o senhor definiria a personalidade do Eike?

    Ainda é prematuro traçar algum perfil, mas o momento oportuno para me manifestar sobre isso será nas sentenças dos processos. Até lá, terei feito o interrogatório dele. Aí, olhando no olho, vou saber como ele é. Tudo que conheço é midiático. Tive dois contatos com ele, mas apenas em audiências. Pela minha experiência e formação, vou entrar na personalidade dele (ao interrogá-lo). Vou entrar mais fundo na essência dele. Até pelas minhas práticas budistas, tenho muita facilidade de saber quando a pessoa está mentindo ou falando a verdade. Vou esmiuçar a alma dele. Pedaço por pedaço.

    Meu Deus do céu!

    Alguns deles pensam que são Deus mesmo. A que ponto chegamos!

     

     

  21. Esse juiz parlapatão foi

    Esse juiz parlapatão foi flagrado dirigindo um dos carros de Eike que ele mandou apreender.

    Agora se esse mediático juiz quiser aparecer, vai ter que usar um colar de melancia, pois deverá ser afastado de seu trabalho pelo uso indevido de bem sob a guarda da justiça. 

  22.  
    Minha santa do perpetuo !  

     

    Minha santa do perpetuo !   S o c o r r o o o o o o ooooo o  o  o   o    o     o      o       o        o         o          o              o    .  .   .    .! 

    Que juiz é esse meu irmão???? Pqp!  Eu que sempre reclamei dessa justiça de m…. Mano! Que cara…isso é pra mostrar imparcialidade? Humm m m  m…. então Tá . Temos mais um. Depois do Joaquinzão, do Moro da vaza-a- jato. Agora temos um juiz budista especializado em detonar rico. Hummmm!

     

    Orlando

     

  23. Degradação

    O judiciário arisca a sua importância, a sua seriedade, a sua respeitabilidade, a sua honradez e a sua imparcilidade, quando permite que uma minoria de despresíveis membros da instituição tome partido, pratique parcialidades e execute atitudes e comportamentos, que mais parece os leões de chácara de porta de boates, que só permite a entrada e o uso do prazer para aqueles que são inimigos do Brasil, de suas riquezas e de sua soberania.

    O judiciário brasileiro além de estar em estado comatoso, está com a sua possibilidade de recuperação entregue as mãos de inconfiáveis profissionais.

  24. Culpa da OAB

    Os advogados estão sendo humilhados o tempo todo pelos juiízes? A OAB apenas está colhendo os louros do tal do “mensalão”… abaixou muito e acabou mostrando as partes…

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