Prefeitura quer resolver o problema do lixo valorizando catadores

Jornal GGN – Na quarta-feira (16), a prefeitura de São Paulo inaugurou mais uma usina de triagem de material reciclado, a segunda em dois meses. Com isso, a cidade passa a separar 750 toneladas de lixo por dia, o triplo da capacidade da triagem manual, feita pelos catadores. As cooperativas, no entanto, não saem de cena, ao invés disso, elas continuam participando do processo e passam a receber novos investimentos da prefeitura.

Atualmente, a cidade possui convênio com 22 cooperativas, e outras 40 têm autorização do Executivo para trabalhar. Por meio de linha de investimento do BNDES, São Paulo vai colocar R$ 42 milhões nos centros conveniados. O plano é modernizar os galpões com esteiras, caminhões e outras máquinas, e ampliar ainda mais a capacidade de triagem.

De acordo com o secretário de Serviços, Simão Pedro Chiovetti, no longo prazo, a intenção é abandonar o modelo de convênio e contratar as cooperativas. Com isso, a responsabilidade da prefeitura aumenta e melhoram as condições de trabalho dos catadores. “O papel de vender a produção passa a ser da prefeitura e os trabalhadores passam a ser pagos por seu trabalho. A expectativa é que os rendimentos das cooperativas aumentem”, diz Chiovetti.

Além disso, as centrais mecanizadas irão empregar entre 40 e 50 trabalhadores cada, divididos em turnos de oito horas. Chiovetti explica que a despesa operacional de cada usina é de aproximadamente R$ 300 mil por mês, levando em conta gastos com energia elétrica, manutenção e pagamentos dos funcionários. Ainda assim, o saldo positivo é de R$ 1,5 milhão, que será destinado para o Fundo de Reciclagem, Logística Reversa e Inclusão dos Catadores, gerido por um conselho gestor composto por nove membros, sendo três eleitos pelos catadores, três indicados pela prefeitura, um representante da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), um de uma ONG ambientalista e um de uma universidade.

A realidade atual e a meta de longo prazo

Hoje, São Paulo gera quase 11 mil toneladas de lixo por dia, sendo 51% orgânico e 49% resíduo seco. 18% desse total é de rejeito, ou seja, lixo que não pode ser compostado ou reciclado.

Antes da inauguração das duas usinas de triagem, a cidade tinha capacidade de separar, manualmente, 1,8% do lixo produzido, cerca de 250 toneladas por dia. Com as duas usinas inauguradas, esse número salta para 750 toneladas.

Com a terceira central mecanizada, que será inaugurada em 2015, e a última, prevista para 2016, a prefeitura espera chegar a 1250 toneladas de lixo separadas por dia, o que a levaria a bater a meta de 10% estipulada no começo do mandato.

Mas a coleta seletiva também precisa ser reforçada. A inauguração das centrais de triagem amplia o serviço para mais oito distritos (totalizando 83 atendidos). Além disso, em 40 distritos, o serviço passa a ser universalizado, ou seja, todos os bairros passam a ser atendidos. Fica faltando expandir a coleta para mais 13 distritos, e assim chegar aos 96 que compõe a capital paulista. A intenção da prefeitura é concluir esse processo antes do fim do mandato, até 2016.

Redação

16 Comentários

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  1. Agora passemos os olhos pelos

    Agora passemos os olhos pelos comentários dos Mervais e rola bostas da vida e veremos que acham qualquer coisa de errado e se não encontrarem nada dirão que a quantidade de lixo beneficiado é infima diante das 11mil toneladas/dia produzidas por São Paulo. A mesma coisa já foi dita sobre o Programa da Prefeitura “de Braços Abertos”!

  2. Segregação

    Só falta uma coisa para otimizar a coleta seletiva: a prefeitura incentivar a segregação na fonte. Isso acontecendo, a quantidade coletada de resíduos aumenta e  melhora sensível na logistica e na destinação final

  3. Sobre o título do post.

    “Prefeitura quer resolver o problema do lixo valorizando catadores”

    Prefeitura quer resolver o problema da saúde valorizando os profissionais da saúde.

    Prefeitura quer resolver o problema das escolas valorizando os professores.

    Prefeitura quer resolver o problema da segurança valorizando os políciais.

    Mas a ídeia é boa demais. Força Haddad!

  4. Eu não vejo SPTV…..

    Saiu alguma coisa naquela porcaria?

    Ou um buraco recèm aberto pela SABESP foi o centro de discussão?

      1. Qualquer coisa. Qualquer

        Qualquer coisa. Qualquer bobagem.

        É necessário dizer, claramente e no título, Prefeitura de que cidade.

        Ou informar que esse espaço é paulista/paulistano.

        Só isso.

  5. Sustançabilidade

    SUSTANÇABILIDADE

     

    os produtos deveriam vir com a indicação de cores de descarte, tanto para a embalagem como também para o produto vendido. Isso facilitaria bastante o trabalho de todos

    Seguinte, vamos começar pelas sacolinhas de plástico, que realmente tem sido um limão, não sei ainda, se mais para os ambientalista do que para o meio ambiente. De qualquer forma não justifica transformar este limão numa marmelada, como tentaram fazer o governador de São Paulo e os dirigentes da Associação Paulista de Supermercados – APAS, com o aval do Ministério Público, que quando se deu conta da esparrela pulou fora.
     

    Por que ao invés de por fim a elas, não a usamos para estimular e educar a sociedade a fazer o correto descarte do lixo? Afinal, já sabemos que são largamente utilizadas para esse fim, mas de forma desorganizada, a meu ver.

    Se todas elas vierem com uma faixa nas cores utilizadas para reciclagem, com orientações sobre o que colocar alí dentro, bem como orientação do local mais provável onde cada uma delas deve estar colocada dentro de casa ou escritório, tipo, a sacola com a faixa marrom colocada na cozinha, banheiro, faixa azul, próximo ao computador ou onde as crianças fazem a lição de casa, muito em breve toda a sociedade se habituará com a cultura da reciclagem, facilitando a vida dos catadores, que não precisarão ficar “fuçando” e danificando o saco de lixo para retirar o que é aproveitável.

    E isso sem perder de vista a responsabilidade das empresas em fornecer sacolas biodegradáveis e retornáveis, às suas e não às nossas custas. O que poderíamos considerar é que tais sacolas pudessem ter patrocínios, afinal, quem suporta merchandising em filmes e novelas, em sacolas retornáveis é café pequeno.
     

    todos os produtos, sem ecxeção, deveriam vir com a indicação de cores de descarte, tanto para a embalagem como também para o produto vendido. Isso facilitaria bastante o trabalho de todos. No caso das embalagens cuja composição entra diferentes itens, como as embalagens longa vida e afins, creio que se pode orientar a melhor maneira de descartá-las tendo em vista o menor dano ao ambiente. Também se poderia criar sacolinhas somente para esse fim.
     

    muitos produtos já vêm com a indicação simbólica de que é reciclável. O que eu estou sugerindo é que seja acrescentada a orientação de como fazer o descarte de cada produto e sua embalagem. Daqui a poucos anos todos estarão fazendo o descarte de olhos fechados, sem olhar para as cores, mas é que preferimos sempre apontar a má educação do povo, a priori, sem lhes fornecer as condições para que ele mostre sua educação.
     

    até gora eu falei da organização das coisas o do seu devido acondicionamento.
    Tem sim, tem muito mais, eu pensei nas pessoas que fazem o recolhimento desses materiais, organizados em cooperativas ou de forma autônoma. Você já reparou que o custo desses produtos vem caindo vertiginosamente? O Kg da latinha de alumínio, que já foi vendido a R$ 4,00, hoje não passa de R$ 2,50 e os outros materiais segue a mesma tendência de queda. Não é à toa que tem se tornado cada vez mais comum se encontrar esses produtos pela rua, sem que desperte o interesse de ninguém.
     

    O mercado né! É a ele que se deve essa oscilação de preços. Até os catadores tem que se sujeitar ao mardito. Olha, mas tem uma coisa aí que não tá direito não. Eu acho que tinha que ter embutido nesses preços um valor que os remunere pelo serviço de coleta, que esteja acima do preço dos materiais em si. Aliás, cada produto deveria trazer embutido em seu custo o preço da sua coleta ou então o governo deveria destinar parte do imposto recolhido em cada produto para a reciclagem.
     

    Não me venha com essa desculpa não que no frigir dos ovos é toda a sociedade que acaba arcando com os custos do que quer que seja, e nesse caso é por uma boa causa e dirigida a grupo de pessoas que realmente precisam, é melhor que ficar nas mãos dos cachoeiras e companhia bela. O fato é, em minha opinião, que precisamos dissociar o valor da matéria prima do material recolhido pelos catadores.

    como fazer isso.
     

    Pegue a cidade de São Paulo, como exemplo. Vamos lá; Quanto à cidade de São Paulo, os seus cidadãos e cidadãs, pagam por tonelada de lixo recolhido, para as diversas empresas que fazem o trabalho? Quanto isso dá por quilo? Vamos dizer, por exemplo, que nós, os habitantes dessa valorosa cidade, pagamos R$ 1,00 o quilo de lixo recolhido e despejado nos aterros, certo?

    Agora me diga; qual o percentual do lixo que produzimos é recolhido pelos coletores autônomos e cooperativas? Vamos jogar aí um 20%, tudo bem?

    Nós estamos pagando a cada coletor R$ 0,20 por quilo de lixo reciclável recolhido, todos esses anos, não é isso mesmo? Não estamos pagando nada? Todos esses anos desde que esse trabalho existe? Tudo o que eles ganham é o valor da matéria prima que recolhem, enquanto os empresários do setor recebem de nós a sua grana religiosamente? Peraí, Isso é me parece trabalho escravo.
     

    Tá vendo, essa diferença poderia ser utilizada para contrabalançar a variação de preços da matéria prima e estimular esses profissionais catadores a encararem a atividade como uma nova e digna profissão, pois salvo engano, é que a maioria deles exerce tal atividade, quando já não encontram mais outra colocação.

    Acho que os catadores deveriam reivindicar o repasse, pelo poder público, do valor percentual pelo qual eles são responsáveis pela coleta. O ex-presidente Lula bem que poderia abraçar esta causa junto com os catadores. Ele, que como nenhum outro homem público sempre esteve presente em suas lutas desde muito antes de ser presidente.
     

    Como tú deve saber só de observar, um dos materiais mais difíceis de reciclar são as garrafas PET, elas são umas pestes e é assim que deveria ser chamada, “garrafa peste”, pois é o que são para o meio ambiente. Isso porque em sua imensa maioria são muito volumosas e de pouco peso, o que acaba por provocar o desinteresse em sua coleta por parte dos catadores, diferente das latinhas de alumínio, que se pisa em cima e seu volume se reduz em mais de 70%, acho, facilitando o acondicionamento. Que fazer? Creio que os engenheiros industriais, com o apoio do BNDES e principalmente das engarrafadoras, deve desenvolver uma fragmentadora compacta e pouco barulhenta, que possa ser colocada em diversos pontos por onde os catadores possam passar, colocar de um lado/em cima as PET, uma a uma ou não, e receber do outro lado/embaixo, num saco de ráfia ou mesmo de supermercado, sua garrafa fragmentada. Isso mais um preço justo e vamos deixar de ver as bichinhas espalhadas por todos os cantos da cidade a caminho de bueiros e rios.
     

    Com isso, é preciso também estimular a indústria da transformação desses produtos subsidiando suas instalações nos locais de interesses da sociedade, que é representada pelo estado-governo. Também é preciso encontrar mercado para consumir tais produtos, se possível, na mesma velocidade com que são produzidos. Eu tenho o mercado e sei quem pode produzir para ele.
     

    O mercado principal são os estudantes de escolas públicas espalhadas por todo o país, que poderão usar roupas, calçados, mochilas, capas de chuvas, blusa e jaquetas total ou parcialmente produzidas em materiais recicláveis.
     

    Pensei nisso também, não se trata aqui de obrigar o pessoal das escolas a usar tais materiais. No entanto, estou convencido que se convocarmos os estilistas de moda do país a criarem tais materiais, colocando o seu talento e a sua grife, nenhum estudante vai se recusar a usá-los e a indústria de moda do país vai ter uma alavancagem que jamais experimentou. Caro? Fica não. Pense em escala. Tais produtos são caros porque produzidos em pequenas quantidades, mas quando pensamos em milhões de peças os preços despencam vertiginosamente, e não será demérito para nenhum deles, Pierre Cardin e muitos outros grandes costureiros defendem tal idéia. Poderia inclusive convidar modelos de renome para desfilar e chancelar tais produtos.
     

    Imagine então, só para concluir, já tô acabando, se alem dos materiais recicláveis, também fossem adicionados itens produzidos pelas comunidades regionais espalhadas pelo país afora. Um pedacinho de renda aqui, uma conta de semente acolá, um botão de casca de coco e outras miçangas. Isso ajudaria muito no processo de contenção desses povos em seus lugares, evitando o adensamento urbano. Considere, por exemplo, as prefeituras de uma região como a das águas, aqui em São Paulo, que alem do turismo é também conhecida pela produção de malhas, então, se essas prefeituras vestirem seus alunos com malhas da região, isso por si só poderá gerar um grande desenvolvimento para a região. É isso, penso

     

  6. Realmente eu não sei o que

    Realmente eu não sei o que está acontecendo em S.Paulo. Temos um prefeito que está inovando em vários setores antes abandonados , como. transporte publico, Plano Diretor, operação braços abertos, reciclagem e melhorias na cidade como varrição e limpeza,  e no estado nada  acontece. E quando sai pesquisa é: Haddad tem apenas 17% de aprovação e Alckimim se elegem com 54%. Não dá para acreditar .É sureal.

  7. Com 47% de ruim e péssimo e

    Com 47% de ruim e péssimo e 15% de ótimo, segundo o Datafolha, o Haddad pecisaria mesmo é valorizar sua gestão para resover o próprio problema .

    Segundo a manchete, resolver um problema é resolver 1,8% do mesmo.

    Você deve 100, resolve pagando 1.8, perceberam?

    Não que esteja errado começar, errado é tratar o ponto de partida como linha de chegada e, ainda, fazer disto propaganda partidária.

    Não está claro que a “solução” não se aplica em escala necessária para uma cidade como São Paulo?

    O Haddad acha que solucionará problemas com planos piloto, fotos com o Lula e propaganda enganosa.

    Braços Abertos e agora isso! Missão cumprida para 1% dos problemas, pipoquem os flashes!

    Vai conseguir romper a barreira  de 50% +1 eleitores  de ruim e péssimo e, por consequência, vai resolver o problema que o PT representa para São Paulo. Não será de toda má sua “jestão”, pensado a longo prazo…

    Oposição para que?

    1. Mauro B., nao se trata de

      Mauro B., nao se trata de plano piloto mas de realizacao de planejamento participativo.  Esse prefeito é corajoso. Esta colocando em pratica o melhor Plano de Gestao Integrada de Residuos do Brasil. Sei disso por que  trabalho nesse setor ha mais de vinte e cinco anos e tive a honra de participar do processo democratico que elaborou um plano de alto nivel. Os caes ladram e a caravana passa. Haddad sabera romper o cerco da imprensa monopolista.

  8. lixo

    A iniciativa por parte da prefeitura  de distribuir composteira domestica- deveria ser abordado pela pagina- Devemos estimular a tese de que nós somos os responsaveis direto pelo lixo que nos geramos-

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