O Globo e o Brasil, por Marco Aurelio

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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O Globo e o Brasil

por Marco Aurelio

Uma visão crítica do jornal que se perdeu a si próprio no país que jamais se encontrou a si mesmo

Foi em novembro de 2010, em cima da vitória eleitoral de Dilma Roussef, que escrevi meu último artigo para o blog. Chamava-se Análise semântica de títulos de O Globo. Incidências semânticas.  

Hoje, continuo no mesmo diapasão, mas de uma maneira mais considerável, ou, talvez, bem mais significativa. É que depois de 16 anos, quase 17, entre pesquisa e escritura, depois de analisar 21 mil edições de jornal, pesquisar centenas de revistas e outros tantos de documentos, lanço ao povo brasileiro o 1º volume de uma coleção intitulada: O Globo e o Brasil.

Estou mesmo que ninguém, sem ler esse livro, poderá se auto-proclamar como conhecedor da verdadeira história desse jornal quase secular e do mito de sua fundação. Uma das razões é que eles próprios desvirtuam a própria história e tentam fazer passar por santo quem nunca foi, nem, aliás, pediu para sê-lo. A pesquisa acaba com as hipóteses.

Fundado em 29 de julho de 1925, minha pesquisa, no entanto, começou em 1910. É que nesse longínquo ano, um grupo de amigos, todos jornalistas e pobres, se reuniu para fundar aquele que viria a ser o mais famoso jornal da capital da República: A Noite. Entre eles, estava o fundador de O Globo – Irineu Marinho.  

Não existe maneira de se tentar conhecer O Globo desconhecendo os fundamentos de suas origens. Sem ir ao jornal A Noite, não existe maneira de se desvendar o mito da fundação de O Globo.

Isto dito, o interessado, então, se habilitaria a conhecer, não só a vida de dois importantes jornais: A Noite e O Globo, mas, sobretudo, na pessoa de Irineu Marinho, o liame entre eles, seja o administrativo e o editorialista.

Com centenas e centenas de exemplos, vê-se como O Globo, já sob editoria de Roberto Marinho, traiu a Independência Absoluta, consignada por seu pai, Irineu, no primeiro editorial do primeiro dia do jornal.

De O Globo, o leitor terá 39 anos de sua história. De 1925, ano de sua fundação, até 29 de julho de 1964, isto é, quatro meses após o golpe de 64.

Editado no país que sofre da desgraça da riqueza, O Globo deixou de ser um jornal para se tornar um panfleto. Durante a II Grande Guerra, O Globo, sem saber quem seria o vencedor, chegou ao ponto de, na mesma 1ª página, ser contra os nazistas na parte de cima e a favor deles na página de baixo.

A propósito, saberia o leitor, nesse período de 39 anos de O Globo, e para finalizar essas breves linhas, qual o personagem mais elogiado em suas páginas? Não sabe? Não fique triste, eu o desvendo logo na primeira. É que em nosso país – anote – nada é mais imprevisível do que o passado!

Venda somente pela internet: [email protected]

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

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