Recentemente um post aqui no blog chamou a tenção para o “bloqueio” que um deputado teria feito em um projeto de colaboração com a ESO para a construção de um telescópio no chile.
Além do conhecido complexo de vira-lata (porque o Brasil vai se meter nisso, não tem competencia, etc) alguns dizem que isso não traria benefícios e deveria ser deixado de lado.
Mas a roda girou, e nos mostrou um motivo para se investir em astronomia: a medicina.
O maior telescópio com espelho único tem um espelho de 6 metros de diâmetro. Não dá para fazer maior, porque ele se curvaria com o próprio peso, e espelhos curvos tornam a imagem distorcida, isto é, inúteis para aastronomia.
uma saída foi fazer espelhos múltiplos e fundir as imagens.
Para se corrigir a distorção causada pela atmosfera, os espelhos são flexíveis e possuem um sistema chamado de “ótica adaptativa”, que faz pequena deformações nos espelhos, para anular a distorção causada pela atmosfera, tudo controlado por um software.
Mas e daí?
Daí que uns caras usaram essa técnica para objetos sólidos, ao emitir um laser através de um modulador de luz especial a fim de ramificar os raios de luz. Assim que ela atravessa o modulador e um objeto opaco, um detector no outro lado consegue saber de onde a luz ramificada veio e montar uma imagem coerente [usando o software de otica adaptativa].
Os experimentos iniciais foram bem-sucedidos e produziram uma luz concentrada mil vezes mais intensa do que a ramificada. Inspiradas pelos resultados, outras equipes ajustaram a técnica para que ela funcionasse com ondas ultrassônicas direcionadas. Isso permitiu que o time criasse uma imagem florescente entre duas camadas opacas. Em outras palavras, a luz é menos “agressiva” [que os raios-X] e mais eficiente.
http://www.tecmundo.com.br/ciencia/75067-cientistas-avancam-pesquisas-alcancam-raio-x-luz-prejudicial.htm
Texto na Nature (o PDF está anexado abaixo)
http://www.nature.com/news/optics-super-vision-1.16877
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