Cartola, o mestre verde e rosa

Por Tamára Baranov – Rio Claro/SP

‘Quando for enterrado, quero que Waldemiro toque o bumbo’. Esta foi a manifestação do desejo de Angenor de Oliveira, mais conhecido como Cartola, a sua família uma semana antes de sua morte em 30 de novembro de 1980. Atendendo a seu pedido, no dia 1º de dezembro, data de seu funeral, Waldemiro, ritmista da Mangueira, que havia aprendido com ele a encourar seu instrumento, marcou o ritmo para o coro de ‘As Rosas Não Falam’, cantada por uma pequena multidão de sambistas, amigos, políticos e intelectuais, presentes em sua despedida. Em seu caixão a bandeira do time do seu coração, o Fluminense. Três dias antes Cartola recebeu de Carlos Drummond de Andrade sua última homenagem em vida. O poeta lhe dedicou uma comovente crônica, publicada pelo Jornal do Brasil. (Fonte: Wikipédia)

Somente em 1974, aos 66 anos, Cartola gravou o primeiro de seus quatro discos-solo com arranjos do grande violonista Dino 7 Cordas e as canções fizeram-se eternas, com letras que tocam a alma como o samba-choro ‘Disfarça e Chora’. Em 1976 lançou o segundo LP tendo ‘As Rosas não Falam’ e ‘O Mundo É um Moinho’, gravação acompanhada pelo violão do jovem Guinga, consideradas obras-primas da música popular. ‘Verde que te quero rosa’ foi lançado em 1977 do qual faz parte o samba-canção ‘Autonomia’ com arranjo e acompanhamento ao piano de Radamés Gnatalli e ‘Nós Dois’ canção composta especialmente para o casamento com Dona Zica, em 1964. 

Em 2007, foi lançado o documentário ‘Cartola – Música para os Olhos’, com direção de Lírio Ferreira e Hilton Lacerda que contam a vida de Cartola através de testemunhos de pessoas que conviveram com o compositor, de representantes da música popular brasileira, críticos e historiadores.

http://www.youtube.com/watch?v=sLgKU0pxK6Q
http://www.youtube.com/watch?v=7FY4b149W5s
http://www.youtube.com/watch?v=t5AdKbhw1GQ
http://www.youtube.com/watch?v=mU7chVtSRwo

Redação

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