CPI da Covid ouvirá Queiroga, Élcio Franco e governador do Amazonas nesta semana

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Depoimentos de Queiroga, Élcio Franco e Wilson Lima estão entre os mais esperados, por tratar da falta de respostas às ofertas de vacinas e o colapso em Manaus

Fotos: Agência Brasil/Divulgação: Presidência da República e Governo do Amazonas

Jornal GGN – A CPI da Covid no Senado estabeleceu um calendário que deve gerar novas polêmicas e desgaste para o governo Bolsonaro nesta semana. A sessão de terça (8) está destinada a ouvir novamente o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Na quarta (9), será a vez de Élcio Franco, ex-secretário executivo da Pasta. Na quinta (10), o governador do Amazonas, Wilson Lima, deve depor à comissão que também apura o colapso do oxigênio em Manaus.

Na sexta (11) será a vez do médico sanitarista e ex-presidente da Anvisa e da Fiocruz, além de ex-diretor de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, que participou da resposta nacional ao surto de zika vírus. A cientista e presidente do Instituto Questão de Ciência, Natália Pasternak, também será ouvida na sexta. O GGN fará a cobertura pelo nosso canal no Youtube. Clique aqui e inscreva-se gratuitamente. As oitivas começam a partir das 9h.

Queiroga já havia testemunhado na CPI em maio, quando afirmou aos senadores que recebeu autonomia de Jair Bolsonaro para conduzir a pasta no pior momento da pandemia do novo coronavírus. Porém, o depoimento da cientista Luana Araújo contraria a declaração do ministro. Especialista internacional em resposta a surtos sanitários, Luana foi convidada por Queiroga para ser secretária extraordinária de enfrentamento à pandemia, mas por ter opiniões que destoam do negacionismo que marcou a gestão de Bolsonaro até agora, a médica epidemiologista não chegou sequer a assumir o cargo oficialmente. Segundo ela, seu nome não foi aprovado pela cúpula do governo.

Queiroga também negou a existência de um gabinete paralelo, mas na semana passada, um vídeo que registra o momento em que Bolsonaro recebeu o pedido para criar um um “shadow cabinet”, ou “gabinete das sombras”, foi revelado pelo site Metrópoles. Em seu primeiro depoimento à CPI, Queiroga também demonstrou conivência com as aglomerações de Bolsonaro, sem máscara, e não respondeu detalhes sobre contratos de vacinas contra Covid-19, demonstrando falta de conhecimento sobre eles. Leia mais aqui.

Já o ex-secretário executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, foi apontado como o responsável por conversar diretamente com a Pfizer sobre as inúmeras ofertas de vacinas, que ficaram sem respostas do governo Bolsonaro. Franco foi o braço direita de Mandetta no Ministério da Saúde, e só deixou a Pasta quando o general Eduardo Pazuello foi exonerado para dar lugar ao novo ministro, Queiroga. Jornais da grande mídia que tiveram acesso aos documentos da CPI informaram que Elcio teria ficado sem dar resposta à Pfizer porque tinha um “vírus” em seu computador.

AMAZONAS. Wilson Lima será o primeiro governador a participar da CPI da Covid no Senado. Lima deve responder pelo papel do Estado na crise de oxigênio que levou dezenas de pessoas a óbito por falta do insumo, além do colapso no sistema de saúde em Manaus, uma das cidades mais afetadas pela pandemia. Em sua participação na CPI, o ex-ministro Eduardo Pazuello e a secretária Mayra Pinheiro – conhecida como capitã cloroquina – atribuíram às autoridades locais (Estado e município) a responsabilidade por administrar a logística da crise. Mayra chegou a afirmar à CPI que o Ministério sequer percebeu que haveria falta de oxigênio em Manaus. Leia mais aqui.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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