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Redação

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  1. O criminoso sempre volta ao local do crime.
    Por que?

    Edivaldo Dias de Oliveira

    Porque o criminoso compartilha com quem investiga uma certeza. Não existe crime perfeito, o que existe e muito é investigação mal feita, muitas vezes intencionalmente, para favorecer quem comete o crime, notadamente quando a suspeição recai sobre pessoas das altas rodas ou de altas posses e influencias, tenham todas elas a origem que for. Em casos assim, é muito comum a investigação seguir um curso não para prender o criminoso mas para achaca-lo.

    Assim, por razões diametralmente opostas os dois iniciam uma busca frenética e desesperada quase imediatamente após o cometimento do crime, o investigador para elucidar o mesmo e talvez prender o criminoso se não tiver imbuído das más intenções que já relatei acima, o criminoso para destruir ou dificultar ao investigador o encontro de alguma prova que tenha deixado escapar no local do crime ou do seu planejamento para evitar a sua prisão.

    De tal forma que se a investigação montasse uma tocaia no local onde o crime foi executado e também onde foi planejando, provavelmente iria ver passar por lá o autor do delito a procura de alguma pista, por mais rigoroso que tenha sido o planejamento do crime e sua execução.

    Mesmo que a execução tenha se dado em um local público onde a passagem de pessoas por ali seja comum, a tocaia iria descobrir que o suspeito passaria por ali de uma forma totalmente diferente do transeunte comum. Seu caminhar seria mais lento e atento ao exato local do sinistro e sua redondeza, seus olhos estariam atentos, não só na busca de algum indicio material que o incrimine, como também na existência de uma provável tocaia e esses detalhes não escapariam aos olhares de profissionais especializados.

    Dito isto é preciso acrescentar que uma coisa é elucidar um crime e apontar seu autor e outra coisa bem diferente é leva-lo as barras dos tribunais e depois fazê-lo pagar pelo crime cometido. Nesse caminho, aparentemente curto e simples, a depender do status do criminoso ele poderá contar não apenas com uma defesa robusta, como também com a colaboração de pessoas que deveriam contribuir para que o mesmo fosse punido.

    Vivemos nesses dias uma situação muito semelhante às descritas acima, em que pessoas suspeitíssimas de cometimento de crime retornam aos locais de planejamento da execução, muitas vezes sob a proteção de quem deveria promover a investigação. Tudo às claras, a luz do dia e sob o olhar quase silente – de horror? – de toda a sociedade.

    Mas é essa mesma sociedade, embora em minúscula parte, que vai jogando luz sobre o horror que muitas autoridades gostariam de ver na penumbra em que foi mantida até agora.

    Os autores do crime parecem gozar de tanta certeza de impunidade que nos dá a impressão de se esforçar, se não mesmo ajudar na sua elucidação somente para sentirem a sensação orgástica de que não serão punidos apesar do crime desvendado.

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