O governo sionista de Benjamin Netanyahu em Israel já matou mais civis em cinco meses de guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza, do que o Estado Islâmico o fez nos dois primeiros anos de levante no Iraque. A informação é da emissora árabe Al Mayadeen, em artigo publico no site nesta quinta (22).
“Nesta guerra atual entre Gaza e Israel, o exército sionista infligiu um número de mortes de civis em Gaza que faz com que o Daesh [sigla árabe para o Estado Islâmico] pareça um grupo de humanitários”, ironizou o veículo.
“Nos primeiros dois anos da insurreição do Daesh no Iraque, a ONU afirmou que cerca de 18.800 civis foram mortos pela organização terrorista, enquanto os militares sionistas massacraram bem mais de 30.000 palestinianos em cerca de 5 meses. Na verdade, o verdadeiro número de mortos na Faixa de Gaza, quando contabilizamos os desaparecidos e enterrados sob os escombros, é provavelmente mais próximo dos 40.000”, pontuou o Al Mayadeen.
Em 2016, a ONU divulgou um relatório afirmando que as quase 19 mil mortes na guerra no Iraque configuravam um “possível genocídio” praticado pelo Estado Islâmico. Matéria do El País sobre o relatório aponta que o grupo terrorista sequestrou e assassinou, com requintes de crueldade, civis contrários ao regime. Também sequestrou estuprou mulheres e sequestrou crianças com a finalidade de treiná-las para combate. Além das mortes, centenas firam feridos e mais de 2 milhões de pessoas foram deslocadas. A ONU falou em violação às leis humanitárias e ao direito internacional e crimes de guerra.
Pela guerra em Gaza, Israel já foi denunciado ao Tribunal Penal Internacional e ao tribunal de justiça da ONU. Na visão da mídia árabe, “o que foi cometido contra o povo de Gaza, desde Outubro passado, é um crime sem precedentes na história da humanidade.”
“Nunca antes vimos um povo tão severamente aterrorizado com equipamento militar moderno como o povo da Faixa de Gaza. Quer se trate das toneladas de bombas lançadas sobre Gaza, da infraestrutura destruída, ou mesmo do número de crianças, mulheres, jornalistas, profissionais de saúde mortos, os militares sionistas quebraram todos os recordes.”
Nesta semana, uma declaração do presidente Lula chamou atenção da imprensa nacional e mundial. Durante passagem pela Etiópia, Lula afirmou que a ação de Israel em Gaza não tem paralelos na história, a não ser pela lembrança do que Adolf Hitler fez com os judeus. Lula não usou a palavra Holocausto, mas sua declaração gerou reações negativas de Israel, que declarou o presidente brasileiro como “persona non grata”. >>> Leia também: Juristas defendem fala de Lula que compara ação de Israel em Gaza ao nazismo
Limpeza étnica
No artigo de Al Mayadeen, consta um histórico a respeito da guerra de Israel em Gaza. Para além de uma resposta desproporcional e indiscriminada ao ataque do Hamas no sul de Israel, em 7 de outubro de 2023, a guerra encampada pelo governo Netanyahu tem como pano de fundo uma disputa por território.
Al Mayadeen lembrou que antes da guerra iniciada em outubro de 2023, o cerco a Gaza já existia, tendo o enclave sido declarado pela ONU como território inóspito. Antes mesmo da guerra, a população palestina em Gaza já não tinha água de qualidade, por exemplo.
Contra Gaza, Israel vem realizando “massacres” usando armamento de “alta tecnologia” desde 2006, com ataques também em 2008-9, 2012, 2014 e 2021.
“Esta lista de ataques aéreos a Gaza também omite ataques de bombardeamento de menor escala que foram realizados durante os anos intermédios, por exemplo, houve um ataque a Gaza no início de 2023, antes da guerra, em Outubro, e um ataque a Gaza em agosto de 2022 também”, reforçou.
“Historicamente falando, a entidade sionista é responsável não só pela limpeza étnica em massa de entre 750.000 a 850.000 palestinos durante a Nakba (1947-1979), mas também cometeu expulsões em massa de palestinianos das suas casas durante a década de 1950; especialmente com os ataques à Faixa de Gaza durante esse período. Em 1967, mais 350.000 palestinos foram expulsos das suas terras, enquanto por volta do ano 1970, cerca de 100.000 foram forçados a abandonar as suas casas durante o período dos confrontos no Vale do Jordão”, lembrou o Al Mayadeen.
“Em 1982, cerca de 20 mil palestinos e libaneses foram massacrados quando os militares sionistas invadiram o Líbano e forçaram a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) a sair. Depois que a OLP deixou o Líbano e não havia ninguém lá para defender os campos de refugiados palestinos, os sionistas usaram os seus grupos de milícias aliados fascistas para assassinar em massa e mutilar milhares de refugiados palestinos e xiitas libaneses; o caso mais infame foi o massacre de Sabra e Shatila. A entidade sionista decidiu então impor uma ocupação ilegal ao sul do Líbano, da qual não desistiu até que a resistência libanesa os forçou a sair em 2000”, acrescentou.
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O número de civis mortos na Ucrânia desde a invasão russa, em fevereiro do ano passado, chegou a 9.287 pessoas, de acordo com levantamento divulgado esta semana pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH).
Trecho de notícia de 18/07/2023
Usrael tá botando a Rússia no chinelo.
Ministra NazIsraelense CONFIRMA a comparação feita por Lula. O governo de Israel liderado por Netanyahu é muito semelhante ao do III Reich e precisa começar a ser tratado com o rigor da legislação internacional antes de exterminar milhões de inocentes.
https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2024/02/22/ministra-da-igualdade-de-israel-diz-que-esta-orgulhosa-das-ruinas-em-gaza.ghtml?fbclid=IwAR3_yqk3DxKsI_3yxjbTfRn0QiECUzkXW_b-8rzkUN8lLR1ci7X08OzQSLg