Ministro cita Lula em Marcha para Jesus e é vaiado por evangélicos

Jorge Messias, da AGU, representou Lula no evento. Presidente recusou convite para a Marcha, pois já tinha compromissos.

Público da Marcha para Jesus, na praça Heróis da FEB, Santana, zona norte de São Paulo. Crédito: Rovena Rosa/ Agência Brasil

Ao representar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) , o Advogado-Geral da União Jorge Messias foi vaiado nesta quinta-feira (8), durante a participação na Marcha para Jesus, em São Paulo.

“Vim aqui dizer para vocês, a pedido do presidente, que existem em Brasília homens e mulheres que vivem pelo Reino [de Deus] e que nós estamos lá, não pela nossa perna, mas levantados por Deus para cumprir um propósito. Vim para dizer que nosso povo quer paz. Esse é o recado que o presidente pediu que eu trouxesse para vocês”, discursou Messias.

Antes de ser vaiado, o ministro foi aplaudido pela multidão em citação um trecho bíblico. Mas quando o nome Lua veio à tona, Messias foi interrompido pela multidão. Até o organizador do evento, Estevam Hernandes, tentou conter as vaias gesticulando com as mãos, sem sucesso.

Convite

Lula recebeu o convite para participar do evento, mas agradeceu Hernandes e justificou ser impossível participar da Marcha.

“Lula mandou uma carta muito bem elaborada, reconhecendo a importância da marcha e se colocando à disposição. Por força de compromissos, ele não veio. Nós gostaríamos que ele viesse, por isso mandamos o convite. O receberíamos como presidente, com muita alegria, porque a marcha é apartidária”, afirmou Hernandes ao Estadão.

A ausência do presidente foi criticada pelo deputado Eli Borges (PL-TO), líder da bancada evangélica na Câmara. Para Borges, “Lula ainda não compreendeu a importância do povo evangélico no Brasil”.

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Camila Bezerra

Jornalista

2 Comentários

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  1. Além de arrogantes e prepotentes são mal educados esses “irmãos”, que a imprensa, acriticamente diz ter reunida 300 mil onde só cabem 50.

  2. Barrabás! Soltem Barrabás!

    A propósito, talvez esteja na hora de ser criada uma Igreja de Barrabás, que seja igualzinha em tudo às outras supostamente “cristãs”: teologia da prosperidade, ódio às minorias, promiscuidade entre religião e política, entre religião e tráfico, culto a armas, ode ao individualismo, adoração de falsos profetas. Escancarar, pela paródia, esse desvirtuamento completo das mensagens de Jesus operado por espertalhões e naturalizado por uma massa igualmente desprezível, que só é cristã da boca pra fora, que tem asco pela regra de ouro. Em última análise, todos querem exclusividades e privilégios, seu quinhão no tráfico de influência com Deus, que não pode amar a todos, mas apenas um punhado de escolhidos, uma vez que os recursos são escassos – querer dividi-los melhor é coisa de comunista, digo, do capeta…

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