O Golpe por um fio

2018 será para o Brasil um ano angular como 1930 e 1964. Todo o esforço de um conjunto de grupos que deram um golpe na democracia será posto em prova.

A colcha de retalhos que construiu a queda do PT do poder perdeu sua articulação. O partido da Justiça, os canais de comunicação de massa, o PSDB e o PMDB, os empresários, os conservadores, os fascistas e mercado financeiro, devido à vaidade e a ansiedade de quem não está habituado ao comando e principalmente por falta de um planejamento político em grupo de médio e longo prazo entraram numa rota acelerada de auto destruição pouco vista na história política nacional. É de se espantar como um grupo que havia assumido posições tão estratégicas e fundamentais de poder (executivo, legislativo, judiciário, comunicação de massa, apoio de boa parte da população e empresários e o poder financeiro) consegue em tão pouco tempo perder a confiança geral.

Também não contavam com uma enorme resiliência da esquerda que conseguiu impor a narrativa do golpe em contra posição da de um processo constitucional de impeachment. E a esquerda (com diversificados atores) também se mostrou que mesmo não tão organizada como a direita, soube usar como meio de comunicação as redes sociais para transmitir suas ideias que a primeira vista é de maior dificuldade de compreensão, mas logo se mostrou para a população como mais coerente com a realidade.

O grupo golpista entra na fase do desespero, muito parecido com os últimos meses do governo Dilma. Tentam aprovar a toque de caixa todo tipo de absurdo para depois tentar segura-los, num governo ainda desconhecido. Como tiros no escuro que acertam a si mesmo, vão propondo ações que os fazem perder cada vez mais a credibilidade necessária para entrar num pleito democrático. Criando ceticismo em suas próprias fileiras.

Perderam a unidade da ação, apesar de continuar unido no mesmo governo mas com cada grupo se atrapalhando e atrapalhando o outro. Não souberam lidar com a mudança de posição, de deixar de ser pedra e virar vidraça. E pelo visto assim como o seu discurso frágil, vão apresentar vários candidatos fracos para o pleito democrático.

E vão vendo com desalento, o PT e seu candidato iniciar o dialogo com fatias da população que em 2015/16 apoiaram o golpe e que agora se sentem enganados e envergonhados.

Mas os golpistas já provaram que tem potencial de articulação e o que se faz uma vez, pode ser feito de novo.

Assim perguntas vão surgindo.

O sistema judiciário terá força politica para tirar o Lula da eleição se as pesquisas eleitorais no ano que vem mostrar que ele tem mais de 50% das intenções?  

Aceitaram o resultados das urnas?

E novamente, deixaram o governo eleito trabalhar?

Redação

1 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. O ano angular para o Brasil

    O ano angular para o Brasil foi 2016, e ali o Brasil acabou. 

    “Tentam aprovar a toque de caixa todo tipo de absurdo para depois tentar segura-los, num governo ainda desconhecido.”

    Tem bancada de SOBRA para isso. E se a esquerda ganahr em 2018, a bomba social ainda vai cair no su colo. O povo sempre associa a desgraça que lhe ococrre ao executivo no poder, e não as reformas desgracentas do anterior.

     

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador