Advogado bancou viagem de jatinho de Nunes Marques a Paris, diz colunista

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Nunes Marques foi de jatinho até Paris para ver a final da Champions League. Viagem custou mais de R$ 250 mil

Agência Brasil

O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez uma viagem de jatinho para Paris no fim do mês passado para assistir à final da Champions League, jogos do torneio de tênis de Roland Garros e o GP de Mônaco de Fórmula 1. As despesas da viagem foram superiores a R$ 250 mil e bancadas por um advogado que tem processos na Suprema Corte.

O ministro embarcou no setor de aviação executiva do aeroporto de Brasília no fim da tarde de 26 de maio, uma quinta-feira, com pelo menos um de seus filhos. Ele retornou ao Brasil no início da madrugada da terça-feira seguinte.

O jatinho usado para a viagem foi um Citation X, de prefixo PR-XXI, que tem como sócio o advogado Vinícius Peixoto Gonçalves, dono de um escritório no Rio de Janeiro, segundo apuração do jornalista Rodrigo Rangel, do portal Metrópoles. 

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De acordo com Rangel, o advogado atua em processos em curso no STF e já foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) como operador financeiro do ex-ministro das Minas e Energia Edison Lobão. O nome dele apareceu nas investigações sobre pagamentos de propina relacionados às obras da usina nuclear de Angra 3.

O ministro, indicado ao STF por Jair Bolsonaro (PL) afirmou à reportagem, por meio de nota enviada no início da madrugada deste sábado (18), que lamenta a publicação com “informações falsas”.

Nunes Marques, no entanto, não negou a viagem no tal jatinho. Além disso, o texto dá a entender que o ministro conheceu o advogado na hora de embarcar no jatinho. “Vinícius Gonçalves, citado pela reportagem, não pagou qualquer despesa do ministro. O advogado também nunca pôs avião à disposição do ministro. Nunca tiveram contato anterior à viagem, nem pessoal, nem telefônico”, justificou a nota.

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