
O procurador-geral da República, Augusto Aras, ordenou na manhã deste sábado (29) que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) encaminhem, de forma imediata, ao Ministério Público e ao Supremo Tribunal Federal (STF) os relatórios produzidos durante os primeiros meses da pandemia de Covid-19. A informação é do Brasil 247.
Os relatórios elaborados pela Abin e o GSI, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, entre 2020 e 2021, foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) e publicados pelo jornal Folha de S. Paulo nesta sexta-feira (28).
Os documentos revelavam que Bolsonaro, seus assessores no Palácio do Planalto e o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, consistentemente ignoraram os alertas e advertências da Abin e do GSI em relação à necessidade de implementar medidas políticas de distanciamento social, uso de equipamentos de proteção, como máscaras, e outras medidas para conter a propagação do vírus.
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Além disso, os relatórios evidenciam que o colapso do sistema de saúde no Amazonas, devido à falta de oxigênio médico para a população e que matou centenas de pessoas, poderia ter sido previsto já nos primeiros meses de 2020.
“Estes relatórios da Abin e do GSI, revelados pela Folha de S. Paulo, jamais tinham sido enviados ao MP ou à PGR no curso das investigações e ações que tinham sido feitas”, informou Aras, ao Brasil 247. “Eles são o ‘fato novo’ que determina, sim, a reavaliação de todos os casos”, afirmou o procurador.
Na semana passada, o ministro do STF, Gilmar Mendes, já havia determinado que a denúncia de leniência e prevaricação contra Bolsonaro e aliados, que estava sendo processada na Justiça Federal em Brasília, fosse reaberta. A partir disso, Aras também solicitou que os relatórios sejam enviados ao gabinete de Mendes.
“O ministro Gilmar Mendes agiu com muita propriedade ao solicitar o desarquivamento daquelas ações, pois o arquivamento era impróprio”, disse Aras. “Esses relatórios podem mudar o curso dos processos”, completou.
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