Andre Motta Araujo
Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo
[email protected]

Banco do Brasil e gestão de caixa do Tesouro, por André Araújo

 
Por André Araújo
 
A ORDEM NO CAOS – A CONTA MOVIMENTO DO BANCO DO BRASIL – Não há nada pior na organização do Estado do que copiar regras, normas e mecanismos de um País para implantar em outro com história, população e estrutura política completamente diferente e que já contava com sólidas instituições próprias de  gestão e organização. A pretexto de uma falsa “modernidade”, mera impulsão de copiar o que parece estar mais na moda, joga-se fora um modelo bom porque é antigo e se importam modelos estrangeiros porque parece que com isso o País dá um saldo de eficiência, o que é falso.
 
Um dos maiores erros da “turma do Real” foi trazer para o Brasil cópias mal feitas de procedimentos usados nos EUA para organização de suas finanças domésticas, orçamento e Banco Central.
 
A reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto, o COPOM americano, é a cada 45 dias. Aqui copiaram os 45 dias para ficar igualzinho. Cópias mal feitas de leis de lavagem de dinheiro, anti-corrupção e de outras regras são implantes que ajudam a desorganizar a economia brasileira. É uma vontade maldita de copiar tudo em cima de um organismo que nada tem a ver com as instituições, a história ou com a práxis administrativa dos EUA, boa para eles mas nem sempre boa para os outros, como comprovaram os desastres das “primaveras”, onde se tentou implantar modelos americanos no Oriente Médio.
 
Uma ação política que precedeu o Plano Real liquidou com um mecanismo extremamente bem adaptado à lógica da economia brasileira na operação do caixa do Governo Federal, a chamada “conta movimento do banco do Brasil”.
 
O orçamento de um país, o “budget”, para macaquear os americanos, é uma declaração de intenções para a ALOCAÇÃO de gastos no ano fiscal seguinte, MAS não significa o desembolso desses gastos no tempo. Designa-se uma verba de 100 milhões para um hospital para o ano 2016, consta então do orçamento como um gasto futuro. Todavia e acontece quase sempre, o gasto é espaçado no tempo e ao chegar ao fim de 2016 apenas 20 milhões podem ter sido DESEMBOLSADOS por conta dessa verba que no entanto consta pelo seu total no orçamento.
 
A gestão dos DESEMBOLSOS se dá em um tempo diferente da gestão das alocações orçamentarias.
 
A “conta movimento do Banco do Brasil” era um mecanismo de “cash management” que as grandes empresas fazem como coisa moderníssima e pagam consultores para montar isso, é um modelo de centralização de caixa.
 
Nesse modelo, uma grande empresa com 300 lojas CENTRALIZA ao fim do dia todo o caixa de cada loja em uma só conta central e dessa conta saem todos os pagamentos de despesas das 300 lojas. Esse mecanismo visa APROVEITAR AO MÁXIMO o caixa espalhado pelo PaÍs e que, se não fosse concentrado, ficaria ocioso em algumas lojas enquanto em outras haveria falta de dinheiro para despesas.
 
Hoje o Governo centralizou tudo na Secretaria do Tesouro Nacional e,  ao invés de centralizar o caixa, prefere separá-lo em “gavetas”, “fundos” e mesmo tendo dinheiro ocioso emite dívida pública que cresce todos os meses para cobrir falta de dinheiro quando no ativo há caixas espalhados que tem dinheiro parado.
 
Outro mega desvio é o Banco Central pagar remuneração Selic nos depósitos compulsórios dos bancos, sendo que País algum paga juros sobre compulsórios. Porque o nosso BC paga juros sobre um depósito que é obrigatório? Se  É OBRIGATÓRIO NÃO PRECISA PREMIAR QUEM CUMPRE A OBRIGAÇÃO, esses juros não vem do mercado, vem dos juros pagos pelo Tesouro Nacional pelos quais os bancos não precisam fazer qualquer esforço.
 
Ora, a liquidez empoçada nos bancos, que hoje estão arredios a crédito e tem excesso de liquidez, podem financiar o Tesouro mas não é preciso pagar tantos juros se eles NÃO TEM OUTRA APLICAÇÃO QUE NÃO SEJA TÍTULOS DO TEOSURO, então porque não fazer um LEILÃO REVERSO todos os dias, o Tesouro vende títulos a quem oferecer receber juros menores, porque pagar uma SELIC altíssima de cara, sem competição? Se o Banco não aplica em Títulos do Tesouro ele não tem onde aplicar os depósitos, vão render zero no caixa, 7% ao ano é melhor que zero.
 
O Tesouro está pagando juros A MAIS aos Bancos, não precisa pagar tanto, uma TAXA FIXA DE PISO é uma aberração.
 
Todo o caixa do Governo, dinheiro de arrecadação que entra todo dia e dinheiro que sai para pagar contas deve sair de uma conta central gerida pelo Banco do Brasil, COMO ERA desde o Império até quando o Ministro Mailson fechou essa conta no Governo Sarney e ainda se glorificou com esse feito. A PARTIR DAÍ COMEÇOU A AUMENTAR A DÍVIDA PÚBLICA FEDERAL, que era baixíssima.
 
Se houvesse a conta movimento do BB, não teriam existido as chamadas “pedaladas fiscais”. No modelo antigo da conta havia um CONTRATO entre o Tesouro e o Banco do Brasil onde se estipulavam os limites de operação da conta e a remuneração do Banco. Esse modelo que parece tão antigo é no entanto o ” Estado da Arte” em administração de caixa hoje, as consultorias cobram régios honorários para montar esse sistema em grandes empresas.
 
O fim da conta movimento significou a escalada do aumento da divida pública federal que não para de crescer, trocamos a conta por uma dívida de 2,7 trilhões de Reais para alegria dos bancos.
 
São temas que merecem ser discutidos quando se discute tantas filigranas pequenas sobre o Orçamento Federal.
Andre Motta Araujo

Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo

28 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Conta Movimento.Tem gato na tuba

    Uma ação política que precedeu o Plano Real liquidou com um mecanismo extremamente bem adaptado à lógica da economia brasileira na operação do caixa do Governo Federal, a chamada “conta movimento do banco do Brasil”.

    Ao que me consta, a saudosa Conta Movimento foi liquidada a pedido do Ministro Dilson Funaro, em fevereiro de 1986, como medida preparatória para implantação do Plano Cruzado, e não do Plano Real (1994). Que eu saiba, Maílson da Nóbrega não tem nada a ver com isso. Na época, alegaram que a Conta Movimento era um caso de “emissão primária de moeda”, visto que se tratava de um “cheque especial” sem limites mantido pelo Tesouro no BB, portanto, “causadora de inflação”. Falta dinheiro para financiar a safra de feijão em Irecê? No Problem, saca lá no cheque especial chamado Conta Movimento, depois o Tesouro cobre o saldo devedor do cheque especial. Idem para operações de custeio da safra agrícola. Depois, vulgarizaram a expressão e passou a se chamar “pedalada”. Na época, todos – unanimidade – engoliram a medida sem questionar Sua Santidade, o Papa Funaro, aquele que tinha a expressão de quem falava com Deus diariamente. 

    1. Adendo

      O fim da Conta Movimento obrigou o Banco do Brasil a ir ao Mercado como todos os demais bancos e captar aplicações financeiras, produto que não existia. Foi quando o BB criou o Certificado de Depósito Bancário, ressuscitou a Caderneta de Poupança e caiu na vida. Antes, era desnecessário, a Conta Movimento tudo resolvia. 

      1. A pergunta que ficou, ou fica

        A pergunta que ficou, ou fica no ar é: para que um banco estatal de mercado? Gerar dividendos para o Tesouro via exploração de seus clientes? A meu ver ou deveria ser extinto(vendido) ou então exercer funções de interesse  público direto. 

        1. Aplaudo

          De pé. Um banco estatal igual ao Bradesco ou Itaú é melhor não ter. Se dona Dilma vender o controle acionário do BB não tem déficit em 2016, 2017, 2018…

          1. DEVAGAR COM ANDOR…

            90% dos financiamentos agrícolas e para micro, pequenas e médias empresas, com recursos do governo, são realizados pelo Banco do Brasil. Porque os bancos privados não se interessam pela prestação desse serviço à nação? Os spreads de cada contrato são muitos baixos e o trabalho para a confecção do contrato é o mesmo, independente do valor financiado. Logo, se o BB for totalmente privatizado (quase metade já o é), quem vai se importar em fazer a intermediação desses contratos de financiamento que fazem a nação andar? Responda, por favor!

          2. Concordo com tudo o que disse marcio gaúcho. . .

            Concordo com tudo o que disse marcio gaúcho, o crédito rural não interessa aos bancos privados, só querem atender a alguns grandes produtores, desde que sejam clientes especiais desses bancos, e devemos lembrar também que bancos privados não “gostam” de pequenos empresários e de pequenos comerciantes e por último não podemos nos esquecer do papel de balizador de juros de mercado que o Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal exercem. Maílson da Nóbrega cuspiu no prato que comeu e foi um péssimo Ministro da Fazenda, provavelmente um dos piores que este país já teve.

    2. O Ministro Mailson não tem

      O Ministro Mailson não tem nada com isso? 

      Então precisa avisar ao ex-Ministro Mailson porque ele se considera o autor da façanha e todos os que viveram aquela época

      concordam com ele, o autor do  fim da conta movimento foi o Ministro Mailson, ele se orgulha disso em suas palestras e teve

      problemas para voltar ao banco quando deixou o Ministerio. Portanto não há duvidas sobre a autoria desse episodio, então como assim o ex-Ministro não tem nada com isso?

      1. Reescrevendo a História

        André quer reescrever a História. Em fevereiro/86(*) a Conta Movimento foi extinta. Em março, de surpresa para o mercado, foi implantado o Plano Cruzado. O Ministro da Fazenda chamava-se Dilson Funaro. Depois do Funaro veio o Bresser-Pereira e só depois veio o Maílson. O que raios o Maílson tem a ver com a extinção da Conta Movimento? Nada, absolutamente nada. 

        (*) Trabalhava na época em Guia Lopes da Laguna (MS). Fui escolhido pelos colegas para representar a agência numa reunião na Superintendência em Campo Grande (MS), o tema eram questões relacionadas a demandas trabalhistas, funcionais, salariais, reunião esta convocada em todas as capitais, veja só, ´pela Diretoria de Recursos Humanos. Chegando na Superintendência fomos surpreendidos pelo cancelamento da reunião em virtude de uma bomba deflagrada pelo governo, a extinção da Conta Movimento, a reunião perdera o sentido. Dali poucos dias (março/86) veio o Plano Cruzado e tudo fez sentido. 

  2. Nunca entendi a aversão,

    Nunca entendi a aversão, quase ódio, do ex-ministro Mailson da Nóbrega para com o Banco do Brasil, empresa de que era funcionário. Quando nomeado ministro seu primeira alvo foi exatamente implodir a chamada “Conta Movimento” pela qual esse banco exercitava seu papel de autoridade monetária, incluindo a geração de funding para as operações de crédito subsidiadas, em especial para a agricultura e em menos escala para a indústria. Sabia-se que o BACEN desde sua estruturação nos moldes atuais(1964) nunca aceitou de bom grado ceder parte das suas atribuições.  

    Em termos de gestão econômica a desculpa para a extinção desse mecanismo foi a de que era um dos vetores para a geração da inflação via descontrole na liquidez dado que a Conta ao cabo e ao final por via indireta emitia moeda sem o devido lastro. Ora, mas por então não aprimorar o sistema, corrigindo seus excessos, optando-se por simplesmente extingui-lo? 

    Muito pertinente o post do André Araújo. 

    1. Uma correção: efetivamente a

      Uma correção: efetivamente a Conta Movimento foi extinta em 1986. Entretanto, o processo de transferência de algumas atribuições do BB para o BACEN e o Tesouro só se encerra em 1988 quando era ministro Mailson da Nóbrega, lembrando ainda que há anos estava afastado do BB  exercendo funções de relêvo no governo federal.

      1. Caro JB, um pouco do ódio e aversão do Maílson ao BB

        Sabe aquela imensa picuinha que permeia toda grande empresa? quando se formam correntes de um lado e de outro? Mailson foi um inexpressivo funcionário do BB quando deixou o Banco cedido para trabalhar fora, no Governo Federal, nos Ministérios. Deixou lá dentro um punhado de desafetos, com contas pesadas pendentes de acerto. Quando Sarney chamou o Maílson para a Fazenda, o presidente do BB era o bonachão e desafeto Camilo Calazans de Magalhães. Vc tem razão, Maílson detestava e tinha ódio sim do BB. Quem vc acha que demitiu o Camilo Calazans? Numa campanha salarial, dr. Camilo concedeu umas benesses para o funcionalismo. Os Ministros da Fazenda (quase todos) só entendem combate a inflação com arrocho salarial, portanto aquela bondade era incompatível com o plano de estancar a hiperinflação, por causa do efeito cascata/isonomia sobre as demais categorias. E foi até o Sarney com um ultimato: ou eu ou ele.Muito a contragosto, Sarney demitiu o amigão Camilo Calazans de Magalhães porque se o Maílson saísse não teria mais ninguém no Brasil disposto a assumir a Fazenda. 

         

        1. Eu estava no BB nesta época e

          Eu estava no BB nesta época e me lembro bem. Sua narrativa está corretíssima. O Banco perdeu um bom presidente e o país continou com um ministro que dispensa comentários. Bem sucedido ele foi somente depois com sua Tendências. O Nassif já explicou aqui o motivo do sucesso do Mailson.

    2. Meu carissimo Costa, criou-se

      Meu carissimo Costa, criou-se o “mito” que a conta movimento criava inflação. Ora, a operação da conta se dava sob contrato

      entre o Banco e o Tesouro, onde era estipulado o LIMITE de credito e o custo do uso do limite, COMO SEMPRE SE FEZ NO BANCO ou será que se prensava que o BANCO DO BRASIL era a casa da Mãe Joana, onde era possivel sacarr sem limites e

      a vontade sem custo? O proprio Mailson fez o marketing negativo contra a conta e por tabela contra o Banco, como se esse fosse o vilão que estava se aproveitando do Tesouro e fazendo tramoia em nome deste.

  3. Banco do Brasil e gestão de caixa do Tesouro,

    Gostei da exposição. O be a bá da finança corporativa e institucional.

    Mas vejo essas questões sob o lado político.

    As esquerdas não tem disposição para o enfrentamento do que se chama “aparelhamento”, no caso do Estado, não só do governo..

    Na nossa história recente, nem Lula nem Dilma se propuseram a colocar em prática as bandeiras dos movimentos populares vitoriosos nas eleições.

    Reformas e mais reformas estão emperradas nas gavetas e nem sequer são lembradas.

    A começar pela da democratização da mídia.

    O resto, particularidade bem apanhada pelo André, é consequência.

    É o velho costume brasileiro de fazer acordos; a esquerda ainda não se deu conta que SEMPRE perde nesses acordos.

  4. SELIC & custo tesouro
    “NÃO TEM OUTRA APLICAÇÃO QUE NÃO SEJA TÍTULOS DO TEOSURO, então porque não fazer um LEILÃO REVERSO”

    Não adianta justamente porque o BACEN mantem a SELIC alta via compromissadas reversas.

    É ele que está enxugando do mercado a liquidez que iria para a redução do custo do Tesouro que você propõe.

    É verdade que na ponta do aplicador final, daquele que compra o CDB e a quota do fundo, pode acontecer uma alocação para depósitos a vista e portanto, uma tendencia de aumento na velocidade dos meios de pagamento. Então o que o BACEN faz é viabilizar as altas taxas de remuneração CDB e outros instrumentos oferecidos pelo mercado, que capta esse dinheiro e trava a remuneração na SELIC via banco central.

    Se esse é o problema, então a solução é aumentar a disposição a poupar, via aumento de imposto (para rendas futuras, não valores já investidos) que pode ser reduzido/evitado com investimento em títulos públicos. Assim o risco de aumento de velocidade pode ser mitigado mais e mais à medida que o tempo for passando.

  5. Sr. André, eu como

    Sr. André, eu como funcionário do BB (22 anos) agradeço imensamente sua excelente explicação. As explicações que vi até agora sempre achei rasas, superficiais mesmo. Pela primeira vez, uma explicação realmente profissional.

  6. Faço a sugestão de que nos

    Faço a sugestão de que nos textos do André Araújo este fizesse a bondade de colocar já o chamado “outro lado”. Por exemplo o que foi contado pelo Fernando J. que cita que:

    Na época, alegaram que a Conta Movimento era um caso de “emissão primária de moeda”, visto que se tratava de um “cheque especial” sem limites mantido pelo Tesouro no BB, portanto, “causadora de inflação” 

    E aí já completava com uma crítica a esse “outro lado” e o texto ficaria mais completo. Senão a impressão que fica é que acabou-se com a conta movimento por puro capricho.

     

    1. stessa cosa

      “Na época, alegaram que a Conta Movimento era um caso de “emissão primária de moeda”, visto que se tratava de um “cheque especial” sem limites mantido pelo Tesouro no BB, portanto, “causadora de inflação” “

      E aí resolveram usar o BACEN para substituir inflação presente por inflação futura, com juros a puxar, eles próprios, a taxa de inflação que se pretendeu evitar com o fim da Conta Movimento.

      E o problema não era a Conta Movimento, era o descontrole fiscal daquela época. Aproveitou-se e manteve-se o descontrole fiscal para se ter uma desculpa e “enfiar” na Constituição a proibição de financiamento ao Tesouro pelo Banco Central, como se as instituições do Estado fossem, necessariamente, incompetentes para gerir suas contas, a ponto de terem de se endividar e dar dinheiro a intermediários por meio da dicotomia “enfiada” na CF de 88, mesmo nas situações em que a economia pede aumento na base monetária.

      Em suma: não consertaram a casa antes para poder institucionalizar a esquizofrenia na condução da política monetária, para satisfazer os interesses “nós sabemos de quem”…  

    1. Meu caro, trata-se de uma

      Meu caro, trata-se de uma concepçõa de modelo. São metodos distintos de gerir a economia. A linha atual opera dentro de um sistema que é muito esquemático e planilhado, sem tirar proveito da sinergia que existe em concentrar o caixa em um só lugar e aproveitar o “float”, o saldo que flutua dentro do ano para diminuir a divida publica. Existem meses do ano em que entra dinheiro de arrecadação mais do que sai de despesa e esse “saldo” não é usado para reduzir a divida publica e a conta de juros durante esse periodo, há muitos picos de caixa que não são otimizados na redução da carga de juros da divida publica porque há uma compartimização desses saldos espalhados por varias contas e fundos. Não se ve em nenhum momento a divida publica cair, ela só cresce e a conta de juros este ano deve chegar a 484 bilhões de reais, com uma melhor gestão de caixa, leilão reverso de taxas nas emissões e especialmente JURO ZERO NO COMPULSORIO daria para reduzir em no minimo 100 bilhões essa conta absurda.

  7. André Araújo passou de “antagonista da comunidade” para…

    … a melhor coisa que tem no GGN de longe! Ainda mais destacado por contraste depois desse último texto do Nassif sobre o Rio de Janeiro…

  8. FAZ TEMPO Q QUERIA ENTENDER P

    FAZ TEMPO Q QUERIA ENTENDER P Q SERVIA ESSA TAL DE “SELIC”

    AGORA CLAREOU BEM PARA MIM SEU “MODUS OPERANDI”PRINCIPAL

    VAAALEU ANDRÉ ARAÚJO!!!!

  9. não deu outra. Aindda não

    não deu outra. Aindda não achamos qualquerr desgraça deste país que seja culpa de FHC.  De fato, tudo que esse fez não ninguém no mundo é mais capaz de desmanchar e por isso seremos uma eterna desgraça

  10. essa de remunerar com a selic


    essa de remunerar com a selic os depósitos compulsório

    pareceu-me o mais absurdo de tudo.

    merecia um artigo único e bem explicado sobre isso,

    quem foi o jenio  que inventou isso.

    parece piada de humor negro aprontada pelos bancos….

    o jenio diz aos bancos:

    tipo assim:

    vou obrigá-los a faturar tantos  milhões por mes em cima de mim.,..

    gracinhas esses meninos, não?

     

  11. CONTA MOVIMENTO

    Hoje aposentado do BB, vivi essa tragédia ante os apalusos frenéticos de muitos, e os dentes arreganhados dos banqueiros ante a notícia.

  12. Balizador?

    Isso eu ouvi em 1975, quando entrei no BB. Hoje o BB é um banco de mercado como qualquer outro, arranca o couro e joga salmoura por cima e põe no sol pra secar. 

  13. Vamos ligar os pontos? Ainda há tempo..

    André, cê ta de brincadeira, né, quando pergunta:

    1 –  “por que não fazer um LEILÃO REVERSO todos os dias, o Tesouro vende títulos a quem oferecer receber juros menores,

    2 – porque pagar uma SELIC altíssima de cara, sem competição?

    3 –  O Tesouro está pagando juros A MAIS aos Bancos, não precisa pagar tanto, uma TAXA FIXA DE PISO é uma aberração.”

    Vamos por parte:

    1- Pelamor de Deus, André, leilao de títulos da dívida pública NAO TEM ESSA CONVERSA DE REVERSO, ela é de escolha privilegiada que decorre da Lei dos Dealers. Por que disso André?? Porque QUEM MANDA NO SISTEMA DA DÍVIDA PÚBLICA são os DEALERS – Grandes Bancos Internacionais e Nacionais os únicos que podem comprar títulos da dívida pública brasileira direto do Tesouro Nacional. E isto está no próprio site do Planalto 34, da página 19: ” O que são instituições dealers e como são selecionadas? São as instituições credenciadas a operar com o BCB e com a STN. Essas instituições são selecionadas dentre as instituições financeiras mais ativas do sistema financeiro, segundo critérios de performance predefinidos, dentre os quais: atuação nos mercados primário e secundário de títulos públicos; atuação no mercado de operações compromissadas; e relacionamento com o Demab e com a Codip (da STN). De acordo com o Ato Normativo Conjunto 28, de 6 de fevereiro de 2013, podem ser credenciadas até 12 instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil. Duas vagas desse conjunto são destinadas a corretoras ou distribuidoras independentes, isto é, não pertencentes a conglomerado financeiro com instituição bancária. De um mesmo conglomerado financeiro, apenas uma instituição poderá atuar como dealer do Demab e da Codip, preferencialmente a de melhor desempenho. A decisão conjunta no 19, de 27 de janeiro de 2015, estabeleceu que as instituições habilitadas a operar como dealers com a Codip e com o Demab constituirão, a partir de 10 de agosto de 2015, dois grupos independentes de dealers. O BCB e a STN estabelecerão, de forma independente, critérios para credenciamento e para descredenciamento, bem como direitos e deveres dos respectivos dealers. A relação de dealers está disponível no seguinte endereço eletrônico: http://www4.bcb.gov.br/?DEALMAB. http://www4.bcb.gov.br/pec/gci/port/focus/faq%206-gest%C3%A3o%20da%20divida%20mobili%C3%A1ria%20e%20opera%C3%A7%C3%B5es%20de%20mercado%20aberto.pdf . E quem sao os Dealers? Os dealers são instituições financeiras credenciadas pelo Tesouro Nacional e pelo Banco Central do Brasil com o objetivo de promover o desenvolvimento dos mercados primário e secundário de títulos públicos. Os dealers atuam tanto nas emissões primárias de títulos públicos federais como na negociação no mercado secundário desses títulos. Atualmente, o Tesouro Nacional possui 12 dealers, dos quais dez são bancos e dois são corretoras ou distribuidoras independentes.  http://www.tesouro.fazenda.gov.br/web/stn/-/dealers

    2 – Quanto inocencia, André !!! Por que pagar uma Selic altíssima?? Os Dealers SAO OS CARAS QUE DETERMINAM A SELIC, eles nao tem concorrencia a nao ser entre eles mesmos, aliás, fazem “acordo” entre si  de só comprarem os títulos se os juros chegarem no patamar que eles todos querem, ou seja, eles [as 12 instituições financeiras escolhidas que atuam tanto no mercado primário como secundário] determinam os juros que bem entenderem, senao eles nao compram e o Tesouro nao vende, entendeu?? Portanto, eles é que determinam de quanto vai ser a Selic .As instituições financeiras atualmente credenciadas para atuar em 2015 como dealers com o Tesouro Nacional (CODIP) e Banco Central (DEMAB) e os títulos selecionados para negociação por cada instituição está aqui -http://www.tesouro.fazenda.gov.br/dealers

    3 – Aberraçao, André, é a gente desconhecer que a dominaçao do sistema financeiro dos bancos é mundial e que o  Estado Brasileiro foi capturado pelos Sistema Financeiro – os Bancos – principalmente os estrangerios, e está refém de um “sistema corrupto” de endividamento público que visa a transferencias de recursos públicos para o sistema financeiro nacional e internacional, além de ficar, também, refém de ordens ditadas pelo FMI e o Banco Mundial que é o credor absotuto do endividamento dos estados da federaçao brasileira[principalmente MG, PR e SP] e, inclusive, o principal responsável pela criaçao dos fundos de pensao privados no Brasil cuijo modelo segue a mesma lógica do Funpresp para a subtraçao de recursos públicos, pois os prejuizos proprositais fazem aumentar a contribuiçao dos trabalhadores, participaçao da Uniao para cobrir rombos, além de possibilitar trocar os títulos podres[sem nenhum lastro e os derivativos] por dinheiro limpo dos trabalhadores desses fundos. Um verdaderio esquema de corrupçao internacional que o endividamentopúblico possibilita para tomar dinheiro usando “laranjas” para operar esse sistema. Na cabeça de tudo é o mesmo sistema financeiro que está comandando tudo por de trás. André, veja lá no post do Rombo no Postalis porque eu te enviei links sobre o esquema criminosos do Sistema financeiro que por trás dos fundos privados de pensoes no Brasil. É tudo uma “sopa” só, pois vire-e-mexe e voce vai ver que sao sempre os mesmos que estao por trás de tudo – a financeirizaçao de tudo vai quebrar as economias, alías, é o que aconteceu em 2008, quebrou a Grecia e vao detonar com a AL. O Brasil está indo no mesmo caminho da Grácia, vai vendo..

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador