O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve realizar uma entrevista com Elon Musk, proprietário da rede social X (ex-Twitter), neste sábado (13/04) às 21h30.
Tal informação vem sendo disseminada por aliados do ex-presidente, como o deputado estadual Bruno Engler (PL), um dos principais aliados de Bolsonaro em Minas Gerais, e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL).
Recentemente, Ferreira mostrou interesse sobre a suposta ligação entre o ministro e o presidente e Musk sugeriu que vazaria os dados em breve. Mas, para isso ocorrer, teria que retirar os seus funcionários do Brasil.
Pode-se dizer que a entrevista é um aceno da extrema-direita bolsonarista a Musk, em meio aos embates do bilionário com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) – na última semana, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) afirmou que Musk está “acima de qualquer suspeita” por ser um eleitor do Partido Democrata nos Estados Unidos.
O próprio Jair Bolsonaro divulgou em seu Facebook um vídeo de 2022 onde, ao lado de Musk, afirmava que o bilionário “é o mito da nossa liberdade”. Veja esse vídeo clicando aqui.
Embate com STF
O proprietário da rede social X se tornou alvo de inquérito aberto por Moraes na última semana por obstrução de justiça, ao afirmar que determinadas decisões da Justiça não serão cumpridas – vale lembrar que diversos aliados de Bolsonaro tiveram suas contas suspensas.
Em meio a esse embate, o arquiteto David Ágape e o norte-americano Michael Shellenberger divulgaram o Twitter Files Brazil, onde diversos e-mails trocados entre funcionários da rede social de Musk supostamente indicam que decisões da Justiça brasileira resultaram na exclusão ilegal de conteúdos publicados na rede social.
Diante disso, bolsonaristas têm defendido que o Brasil passa por um “período de censura” liderado pelo Judiciário, como se viu na última semana durante audiência da Comissão de Comunicação e Direito Digital (CCDD) que só contou com parlamentares da oposição.
Tal posicionamento inclusive foi divulgado pelo bolsonarista Gustavo Gayer (PL) na última semana, quando uma comitiva de políticos apoiadores de Bolsonaro estiveram em atividade no Parlamento Europeu organizada por representantes da extrema-direita europeia.
Na ocasião, Gayer afirmou que o caso Twitter Files Brazil confirma uma interferência do Judiciário e que, na verdade, o Brasil é uma “transdemocracia” – ou seja, “um regime ditatorial que se passa por democracia”.
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Gosto de ver o Bolsonaro se debater. Ele está afundando com os sapatos de cimento que ele mesmo calçou. Pode se debater à vontade: quem quiser salva-lo vai afundar com ele. Até mesmo os pastores otários que ungem seus pés com “azeite santificado” vão chorar na rampa e afundar junto. Afff!!!