Eduardo Bolsonaro insiste em “censura” e “voto impresso” no Parlamento Europeu 

Dolores Guerra
Dolores Guerra é formada em Letras pela USP, foi professora de idiomas e tradutora-intérprete entre Brasil e México por 10 anos, e atualmente transita de carreira, estudando Jornalismo em São Paulo. Colabora com veículos especializados em geopolítica, e é estagiária do Jornal GGN desde março de 2014.
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Parlamentar afirma que Elon Musk está “acima de qualquer suspeita” e que eleições 2022 foram “as mais obscuras da história do Brasil”

Eduardo Bolsonaro (PL) e o espanhol Hermann Tertsch (VOX). Foto: Reprodução/X Eduardo Bolsonaro

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizou um “trabalho muito forte” contra o voto impresso, uma das bandeiras defendidas com fervor pelos políticos ligados à ultradireita brasileira, como o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL).

“Não consigo entender como isso poderia fazer mal a uma democracia”, lamentou o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições que os conservadores denunciam as supostas manobras.

Em entrevista ao blogueiro português Sérgio Tavares (conhecido por ter ficado retido no Aeroporto Internacional de Guarulhos por não apresentar visto profissional), Eduardo seguiu defendendo o voto impresso por acreditar que isso “traria mais transparência para as eleições brasileiras”.

O parlamentar foi um dos integrantes da comitiva de políticos da ultradireita brasileira que, a convite dos deputados Hermann Tertsch (VOX) e Rob Roos (MEP, Países Baixos), realizaram uma atividade chamada “Lula contra o Estado de Direito” no Parlamento Europeu.

Segundo Eduardo Bolsonaro, a viagem dos parlamentares tem por objetivo denunciar violações ocorridas naquelas que eles consideram “as eleições mais obscuras da história do Brasil”.

“Acima de qualquer suspeita”

Em meio às discussões geradas pelo caso do Twitter Files Brasil, o deputado federal por São Paulo declarou considerar o empresário sul-africano Elon Musk, proprietário do X (ex-Twitter), uma pessoa “acima de qualquer suspeita” porque teria sido eleitor do Partido Democrata. 

Nesse sentido, o deputado concluiu desejando que o Senado Federal tivesse “aprovado o requerimento do senador (Eduardo) Girão”, para que houvesse “uma discussão, ampla e clara sobre tudo o que está acontecendo, sem censura”.

Eduardo Bolsonaro também agradeceu o apoio recebido por nomes fortes da extrema-direita europeia, como Sebastian Bascal (VOX, Estado Espanhol) e André Ventura (Chega, Portugal).

O parlamentar ainda comentou que estavam presentes na atividade representantes do Fratelli (Itália), Fidesz (Hungria), parlamentares gregos e croatas. 

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Dolores Guerra

Dolores Guerra é formada em Letras pela USP, foi professora de idiomas e tradutora-intérprete entre Brasil e México por 10 anos, e atualmente transita de carreira, estudando Jornalismo em São Paulo. Colabora com veículos especializados em geopolítica, e é estagiária do Jornal GGN desde março de 2014.

3 Comentários

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  1. O que eu não consigo entender é por qual motivo as mídias, mesmo as independentes, dão espaço aos marginais. políticos derrotados Se todos sabemos que Lula venceu as eleições e governa. Que as urnas são confiáveis, o processo de votação foi hígido e o resultado das eleições foi internacionalmente, por que perde-se um precioso tempo dando voz aos latidos desses inconformados? Muito mais se faria invisibilizando essa gente.

  2. Quando eu era criança, no final dos anos 1960 início dos anos 1970, não era incomum os habitantes da zona rural de Eldorado SP relatarem ter visto fogo-fátuo pairando nos corregos, lagos e pântanos próximos da cidade. Os mais simplórios ficavam apavorados e se benziam pedindo proteção à virgem Maria. O bolsonarismo é uma variante política do fogo-fátuo eldoradense, encanta os tolos e amedronta os ansiosos.

  3. Esse pessoal está gastando nosso dinheiro para destruir a nossa democracia e ninguém faz nada para conter essa gente que está contando mentiras para os gringos.

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