Como o Brasil atuou com direitos humanos no Irã

Uma notícia que a Folha dá a muito contragosto.

Se Lula tivesse endossado a culpa seria capa com direito a muito falatório de “especialistas”, mas como foi um ato de grandeza “evitando” a morte de sete líderes da oposição iraniana não se ouve um pio, a Folha publica como nota de rodapé para dizer que publicou. O título é um disfarce grosseiro e padrão-Folha:

Da Folha

Lula é elogiado em ato da comunidade bahá’i no Rio

Representante do grupo diz que governo anterior pediu a libertação de sete líderes religiosos no Irã

O governo Lula contribuiu para evitar a morte de sete bahá’i presos no Irã desde 2008, afirmou ontem uma representante da comunidade religiosa no Brasil.

A afirmação foi feita durante manifestação pedindo a libertação do grupo. O protesto reuniu cerca de 200 pessoas em Copacabana.

“O Brasil teve um papel muito importante para evitar que eles fossem assassinados”, disse Mary Caetana Aune-Cruz, uma das principais representantes dos bahá'i no Brasil. Aune-Cruz disse entender a decisão de Dilma Rousseff de não receber Shirin Ebadi, que foi advogada de defesa dos sete, na visita que a Nobel da Paz de 2003 fez ao Brasil no início do mês.

Os bahá’i são uma minoria religiosa perseguida pelo regime iraniano. Os sete líderes presos são acusados de conspiração contra o Estado, espionagem para Israel, blasfêmia contra o islã e “corrupção na terra”, este último punível com a pena de morte.

Segundo Aune-Cruz, o governo Lula fez “gestões bilaterais” para ajudar os bahá’i. 

Ela lembrou que o embaixador brasileiro no Irã, Antônio Salgado, pediu a libertação dos sete e tentou, sem sucesso, acompanhar o julgamento de cada um. 

No protesto de ontem, foram fincadas na areia da praia 7.747 cópias de retratos de cada um dos presos. O número representa a soma dos dias em que cada um dos bahá’i passou encarcerado.

Eles foram condenados a 20 anos de prisão e aguardam outros julgamentos.

Luis Nassif

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador