Flávio Dino anuncia que ônibus e financiadores já foram identificados

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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O ministro da Justiça também responsabilizou Ibaneis Rocha pela não reação aos atos de "terrorismo" e "golpismo"

Em 8 de janeiro de 2023, golpistas invadiram o Congresso, STF e Palácio do Planalto – Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O ministro da Justiça, Flávio Dino, endossou a responsabilidade do governo do Distrito Federal, de Ibaneis Rocha (MDB), pela não reação aos atos de “terrorismo” e “golpismo” de bolsonaristas neste domingo (08). Dino também anunciou que foram identificados todos os ônibus que trouxeram os golpistas e seus financiadores.

“Nós tivemos hoje, tecnicamente, uma tentativa muito grave de destruição do estado democrático de Direito. Temos dois crimes do código penal, cujas penas chegam até 12 anos, e um deles cuida exatamente de violência e grave ameaça para depor governo legitimamente eleito”, introduziu o ministro.

Contrariando as falas de Ibaneis Rocha, governador do Distrito Federal, Dino disse que a segurança dos locais públicos não era feita conjuntamente com o ministro, por meio das reuniões bilaterias. Ele afirmou que, durante as reuniões, o governador garantiu incisivamente que a segurança do DF estava “preparada” e “sob controle”.

“O governador Ibaneis, ao efetuar o pedido de desculpas públicas, está reconhecendo que algo deu errado neste planejamento”, criticou.

“De nossa parte, organizamos o que nos cabia: a Polícia Federal não é ostensiva, de ordem pública, é uma polícia judiciária. E eu convoquei ontem a Força Nacional, para que houvesse um complemento. Este complemento foi feito, mas infelizmente por conta dessa falta de planejamento e omissões que serão apuradas, todas, esse complemento foi insuficiente.”

Flávio cobrou publicamente do governador do Distrito Federal a apuração: “obviamente havia alguma anomalia, o governador com certeza vai responder se alguém se omitiu, se alguém o enganou ou por que.”

Balanço das prisões e responsáveis

Em seguida, o ministro apresentou o balanço das prisões em flagrante: segundo ele, até o momento, aproximadamente 200 prisões, mas que o número será atualizado, porque as detenções ainda continuam, e 40 apreensões de ônibus.

Justificou a apreensão dos veículos por se tratarem de “instrumentos de perpetração de crimes” e que não somente todos os ônibus que trouxeram os criminosos foram identificados, como também todos os financiadores desses transportes. Diante dessas apurações, assegurou que haverá novos atos nos próximos dias, com pedidos de prisões preventivas.

“As providências estão em curso e não tem hora para acabar. Nós não vamos aceitar criminalidade para fazer luta política no Brasil, criminoso é tratado como criminoso”, afirmou o ministro da Justiça.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

9 Comentários

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  1. Elo visto , um passo maior que a perna.
    Ou tiro no próprio pé.

    Precisamos agradecer.

    Uma enorme oportunidade para fortalecer o governo do presidente Lula.

  2. Han Han… e aí vcs tem visto o que o tal sós tenes, magno, altines cor ters e
    , josemederdeiros, estão fazendo no tw e rede?

    Tronik quer instalar e comandar CPI,cuma??? Ela não votou, inclusive diz , depois de eleita que não votaria em nem um dos dois bandidos’ e saiu de férias em segundo turno.

    Tem mais…

    E governadores? Tarcísio…um baita golpista.

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