Em aceno à classe média, Lula pede políticas públicas para quem ganha R$ 8 mil

Presidente defende que a classe média sustenta a economia do País, mas não é contemplada pelos programas do Estado.

Luiz Inácio Lula da Silva assume pela 3ª vez a Presidência da República e torna-se o 39º Presidente do Brasil | Foto: Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está empenhado em conquistar novos públicos. Por isso, o líder petista fez um aceno à classe média ao defender mais políticas públicas para quem tem renda superior a R$ 8 mil, pois “são eles que sustentam a economia do País”.

Durante a cerimônia no Palácio do Planalto para anunciar o resjuste das bolsas de pesquisa, nesta quinta-feira (16), Lula afirmou que o governo precisa atender a classe média, pois esta “não é contemplada em quase nada nas políticas públicas do Estado”.

“O cara ganha R$ 8, R$ 9, R$ 10 mil reais e não tem casa popular para ele. Ele não quer morar em uma casa de 40m², a gente não faz uma casa maior e ele também não pode comprar. Ele fica órfão de pai, de mãe e de governo”, ponderou Lula.

A nova fase do programa Minha Casa, Minha Vida comprova o esforço de Lula na conquista da classe média, já que o limite de renda familiar para financiar imóveis em condições facilitadas e com subsídios do governo aumentou para R$ 8 mil.

Historicamente, a classe média e as elites apresentam um forte sentimento de antipetismo, que além de rechaçarem Lula, aderiram ao bolsonarismo nas duas últimas eleições presidenciais.

Esta não é a primeira vez que o presidente faz acenos a públicos divergentes. Em dezembro de 2021, Lula já defendia que os evangélicos não fossem discriminados ou responsabilizados pela vitória de Bolsonaro em 2018.

Casas abandonadas

Lula ressaltou ainda o abandono de 186 mil unidades do programa Minha Casa, Minha Vida, que apesar de quase finalizadas, foram negligenciadas durante quatro anos pela gestão de Jair Bolsonaro (PL).

Durante a entrega de chaves de 684 imóveis em Santo Amaro, na Bahia, Lula assinou a Medida Provisória para relançar o programa habitacional. Até o final do mandato, o presidente calcula entregar dois milhões de casas e gerar um milhão de empregos na área da construção civil.

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Camila Bezerra

Jornalista

1 Comentário

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  1. O “companheiro” Presidente está certo em fazer esse tipo de aceno; no mínimo, não custa nada ser educado.
    Mas… Rsrsrsrsrs
    Mexer com deuses “por mérito próprio”… é complicado.

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