O discurso que Bolsonaro não fez e que poderia ter impedido o 8 de janeiro

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Após ser derrotado nas urnas, Bolsonaro não reconheceu a vitória do presidente Lula

Crédito: Marcello Casal Jr./ Agência Brasil

E-mails analisados pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas mostram que o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro preparou um discurso oficial em que ele reconheceria a derrota nas eleições presidenciais e, consequentemente, a vitória do presidente Lula (PT). 

A proposta de pronunciamento elaborada pelo ex-ministro das Comunicações Fábio Faria, que não foi lida por Bolsonaro, está entre mais de sete mil mensagens deixadas pela gestão Bolsonaro na lixeira eletrônica.

“Democracia é coisa frágil. Defendê-la requer um jornalismo corajoso e contundente. Junte-se a nós: www.catarse.me/jornalggn”      

Segundo os registros, o e-mail com o discurso foi enviado a um dos ajudantes de ordens de Bolsonaro, Daniel Lopes de Luccas, com cópia ao então ministro das Relações Exteriores, Carlos França, em 31 de outubro de 2022, um dia após o segundo turno.

Eu sempre disse que o Brasil está acima de tudo e Deus acima de todos e que daria minha vida pelo Brasil. Por esse motivo, não contestarei o resultado das eleições”, diz trecho do texto, segundo o jornal O Globo. 

Após a eleição, Bolsonaro ficou 48 horas em silêncio público. Ele fez um pronunciamento somente em 1 de novembro, no qual não citou a derrota e nem o presidente eleito, o que inflou as manifestações de seus apoiadores revoltados com a derrota.

Vale ressaltar que esses atos de bolsonaristas culminaram na invasão das sedes dos Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro.

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