Os capitalistas e o poder do Estado – Democracia ou caos, por Rpv

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Os capitalistas e o poder do Estado – Democracia ou caos, por Rpv

O Tijolaço repercutiu ontem a informação de um “ministro autonomeado do Supremo Tribunal Federal e chefe honoris causa da Força Tarefa do Ministério Público” que a “delação de Odebrecht, sem apontar crime a Lula, não será aceita pelo MP”.

Não faço parte do “1%”, mas sei pensar. E o que está acontecendo é uma lição para o grande empresariado brasileiro.

Não há solução para o “problema” da democracia. Acata-se ela, ou o fascismo/totalitarismo – duas faces da mesma moeda estatal autoritária.

E aí vale lembrar, o PODER não está na propriedade formal. Ele está na gestão e posse das armas. E quem as detém é o Estado, através de seus agentes, mais precisamente os operadores do aparelho Judiciário/Policial e Militar.

É lógico que há uma aliança estratégica entre os detentores do capital e os agentes estatais, mas não passa disso. Um pacto, ou melhor, um grande pacto social, dado que os agentes do Estado não são ogrande capital, eles são burocratas recrutados do seio da sociedade.

Por isso, deixar o país a mercê de um “min pacto” entre meia dúzia de famílias, proprietárias dos principais meios de comunicação de massa, e os operadores do aparelho judiciário/policial do Estado é uma temeridade (sem trocadilho).

O governo petista também é responsável por ter sido ingênuo no manejo das prerrogativas que o exercício da chefia do Estado e do Governo lhe conferia. E mesmo sabendo que a história demonstra não se tratar de uma deficiência exclusiva desse governo, pois Getúlio teve que apelar para o suicídio em caso similar, não se deve deixar de criticá-lo. Um governo não pode “deixar desguarnecido esses dois flancos”: o aparelho judiciário/policial (STF, MPF, PF) e os meios de comunicação de massa.

Fruto dessa inépcia, o grande pacto social que sustenta o Estado Democrático de Direito foi rompido pelo poder desse “mini pacto”.

Desde o mensalão (do PT) impera no judiciário e no MPF (com a cobertura da mídia) a regra: dois pesos e duas medidas. E foi essa “nova ordem vigente” que deixou Eduardo Cunha livre para agir; sustentou as arbitrariedades de uma operação sem limites (prende-acusa-julga) e; num momento de crise político-econômica, mobilizou a classe média para ela pavimentar o terreno de maneira que os políticos apenas terminassem o serviço no Congresso.

Todos sob o comando da “nova ordem vigente”.

E qual foi o comando dado?

Quebrar a soberania popular* para substituir a mandatária do Poder Executivo.

* mais de 60% da população quer novas eleições que, se depender da vontade da “nova ordem” (vide pesquisa Data, reportagem Falha, sic) não haverá.

Assim, o “mini pacto” midiático judiciário/policial, vem substituindo o grande pacto social.

E quem paga o pato?

Todos, inclusive expoentes do grande empresariado. Marcelo Odebrecht está preso até hoje (sem trânsito em julgado) para confessar o que interessa ao grupo que comanda essa “nova ordem”.  

Isso quer dizer que revogamos o due process of law. Um princípio que os nobres ingleses (que não eram bestas) impuseram ao Rei João em 1215 como forma de limitar seu poder. Lembrando que na época, esse poder era divino. Mas sujeitos espertos (além de sabidos) não tergiversam quando seus pescoços estão em jogo, mesmo que seja necessário deslegitimar o poder soberano de deus – encarnado no Rei. E fizeram isso impondo limites ao Rei.

Portanto, na Inglaterra, faz oito séculos o exercício do poder Estatal é limitado.

E cá estamos nós. Um país refém de uma aliança espúria entre e meia dúzia de famílias e uma casta privilegiada do Estado. Impondo prisões coercitivas e arbitrárias (sem trânsito julgado) a grandes empresários, a um dos principais estrategistas militares, além de perseguirem desmesuradamente à principal liderança política do país.

Se os operadores do aparelho judiciário/policial ultrapassam limites legais – com a cobertura da grande mídia – contra esses cidadãos, na prática, são possuidores de poderes ilimitados – até quando?

Quando iremos acordar para reestabelecer os limites do grande pacto social?

Um pacto que deve valer para todos, especialmente os jovens, pretos e pobres da periferia. A imposição de limites ao agente estatal, que detém o monopólio da força e a prerrogativa de administrar a justiça, é demonstrada nos mais fracos. Respeitar o devido processo legal é impor a ordem estabelecida por ele. Desrespeitar esse ordenamento é o caos social. E é isso que está em curso (aliás, há muito tempo).

Não há solução para o “problema” da Democracia. Ou se aceita ela ou todos corremos o risco de perder, inclusive empresários capitalistas (que se fossem espertos, como a nobreza inglesa, não permitiriam que uma aliança espúria, perpetrada por uma de suas frações, colocasse em risco seu direito de responder um processo em liberdade, e de fechar acordos de leniência para salvaguardar seus ativos empresariais).

É preciso reestabelecer o grande pacto social em detrimento do “mini pacto”.

E para isso é preciso força, para recolocar o aparelho judiciário/policial e as empresas de Mídia no seu devido lugar, isto é, nos limites que a lei estabelece. E coragem para aceitar os desafios que a democracia impõe a todos, sem exceção. 

Leia a coluna do TIjolaço clicando aqui

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

10 Comentários

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  1. No título do post deve ser retirado “Os Capitalistas”

    Porque o Brasil não é e nunca foi um país capitalista. Coloque Os Colonialistas…

    Nosso sistema político/econômico é o pseudocolonialismo/capitalismo. E o PT deu sua contribuição para recuperar este sistema que quase foi superado em seu governo. Agora é colher os cacos e aguentar o que vem por aí pois mudança no jeito de pensar sem a força da mídia é demorada…

    1. Sempre a culpa é do PT.

      Para um olhar parcialmente aguçado, o caos que se estabelece com o pacto espúrio de que trata o texto, é indicativo muito claro de que o grupo que esteve no poder até ser derrubado conseguiu enxugar gelo e recolher um pouco da água que corria para aplacar a sede secular da miséria histórica. O baile em que dançava esses artistas da política já era frequentado e dominado por essa choldra que agora mostrou a cara. Na verdade, não haveria, nunca houve e nem haverá a míima condição política para um governo de base popular enfrentar as armas da coligação espúria formada, desde sempre, atora apenas mais desavergonhada e escancarada, entre agentes PÚBLICOS do Estado e empresários PRIVADOS corruptos das empresas de comunicação, todos a serviço dos agiotas banqueiros nacionais e internacionais. Simplesmente porque o poder estabelecido usa o seu arsenal midiático para bombardear qualquer movimento que se atreva até mesmo a simplesmente sinalizar qualquer intenção de democratizar meios, como esse governo deposto ousou fazer várias vezes, impulsionado pelas alas revolucionárias de botequim. Que instigam o jogador a jogar duro e, quendo ele é penalizado, ou até expulso, escondem-se nas arquibancadas e acabam acusando que o cara não bateu forte o suficiente. Ora, vão pentear macacos. Que sejam chimpanzés e babuinos, porque os bonobos estão sempre bem apresentáveis.

      1. Pobre, quando melhora de vida, não pode errar!!!

        O golpe é e será aceito pelo simples fato da política neoliberal recuperada pelo Governo Dilma em 2011 quando aumentou as taxas de juros Selic que vinham sendo reduzidas deste o início do governo Lula. Acompanhando a isto e a propaganda proferida pelo próprio governo da crise econômica que no meu ver inexistente mas devido a repetidas vezes noticiada pelo mesmo foi aceita por todos. O golpe final desta economia neoliberal enganatória vem do segundo mandato da Dilma que  jogou a pá de cal no seu próprio mandato presidencial.

        Agora é aceitar o festim dos corvos!!! 

  2. “E para isso é preciso força,

    “E para isso é preciso força, para recolocar o aparelho judiciário/policial e as empresas de Mídia no seu devido lugar, isto é, nos limites que a lei estabelece. E coragem para aceitar os desafios que a democracia impõe a todos, sem exceção.”

    Isso seria o papel do STF, porém o que temos hoje é o PSTFDB…

     

    http://brasil.elpais.com/brasil/2016/05/25/politica/1464205905_946412.html

  3. Os capitalistas e o poder do Estado – Democracia ou caos

    O Brasil, desde 1500, foi formado sob a égide do patrimonialismo a reboque dos benefícios distribuidos pelo rei português a seus protegidos.Já em Portugal era assim, o rei controlava as rendas e as distribuia discricionariamente aos nobres.

    Aqui se manteve ao longo de nossa história a distribuição de benesses aos favorecidos, aos que vivem próximo do calor do cofre e a prestar serviços ao detentor do poder da hora.

    Não por acaso, a educação, as distorções na lei, a inequívoca proteção aos ricos na distribuição da carga fiscal, a dominação de instituições estatais a referender a manutenção do “status quo”, permaneceram vivas e vigilantes ao qualquer movimento ou liderança que possa derrubar o castelo de cartas então erguido.

    Ao longo de nossa história os episódios são inúmeros.

    A mídia, sempre interessada, venal e c orrompida, faz seu papel. Isso perpassa toda a grade de programação, futebol, novelas, entretenimento e, mais do nunca, aos noticiários.

    Essa história de dominação NUNCA foi atacada com seriedade e persistência.  Os governos do campo democrático e popular , uns mais outros nem tanto, no máximo tiveram iniciativas de melhorar a vida dos mais desfavorecidos mas não encararam o cerne do problema:  A DESMONTAGEM DA INTRINCADA TEIA QUE ROTEGE OS 1 %.

    Por isso volta e meia temos golpes a trazer o governo para o ideário conservador e ursurpador que logo se empodera novamente.

    Temos janelas opacas de governos populares, consentidos pelo que chamamos de “elite” – na realidade alguns milhares que vivem à beira dos cofres estatais e se beneficiam de uma legislação que os protege, como forma de manter o povo sob controle.

    O Brasil, em que pese alguns pequenos avanços, ainda está para ser lançado no século XXI, parto esse que será difícil e doloroso.

     

     

  4. fala, Marcelo!

    com licença, para me repetir:

    https://jornalggn.com.br/comment/960347#comment-960347

    ->”A delação da Odebrecht significará a bomba de nêutron, o fato que zerará de vez o jogo político. Serão poupados apenas membros do Judiciário. […] Será um terremoto tão devastador que levará a um pacto inevitável.”

    condenado a mais de 19 anos e preso desde junho de 2015, qual a delação premiada que caberia a Marcelo Odebrecht?

    em 2014, a Odebrecht era a empresa brasileira com maior índice de transnacionalidade. em 2015 ficou no 2º lugar, suplantada pela Fitesa, indústria de TNT para uso médico e higiênico.

    grande parte da oligarquia brasileira (banqueiros, rentistas, agroexportadores, mineradores e as capitanias hereditárias midiáticas) desde sempre sonha com a total abertura da economia brasileira.

    o empresariado brasileiro com ancoragem no mercado interno (industriais, empreiteiros, usineiros, serviços) jamais assumiu estratégia própria e independente.

    ao financiar as campanhas eleitorais, distribuindo as doações entre os principais partidos e candidatos, os empresários apenas investem em seus negócios, cuidando de seus interesses econômicos. mas não estão de fato fazendo política. business as usual.

    alguma empresa brasileira pode se internacionalizar sem o suporte de uma política de Estado? a internacionalização não é acompanhada de inevitáveis conflitos de interesses, não apenas com empresas estrangeiras mas principalmente geopolíticos?

    e esta seria a única “delação premiada” que caberia a Marcelo Odebrecht, expor a Lava Jato e o golpeachment como uma intrincada luta política contra os interesses do Brasil, de suas grandes empresas e de sua população.

    fala, Marcelo! ninguém seja poupado. porque estamos todos na mesma jangada da Medusa…

  5. A Moral e o Direito – ser ou não ser civilizados, eis a questão?

    Direito é força ! pelo menos é o que está escrito nos protocolos dos sábios do Sião. Lá está claro que os que comandam o dinheiro não se importam com o que os políticos fazem.

    No Brasil temos os grupos de mídia e parte do judiciário  golpista que lavou as mãos para o problema do dinheiro e da moeda, deixando a Nação e o povo nas mãos dos que o controlam, ou seja, trocaram por moedas a soberania do Brasil e a auto-determinação de sua população, que passa a ser controlada pela força.

    Nunca deu certo no planeta, pois o fenômeno dos Estados Modernos não se resume a um confronto Democracia X Autoritarismo, este é um dos eixos mas existem outros dois que não estão sendo considerados, a saber ( pela milésima vêz escrevo a mesma coisa aqui no Nassif) : o que determina a posse dos meios de produção Socialismo X Capitalismo e o que governa os meios de troca Mercantilismo X Liberalismo, assim, hoje temos este governo capenga, que por não articular de forma ideal os instrumentos e as instituições do país, por ignorância na minha opinião, deixa o Brasil rumar para a falência, o abismo e o Caos.

    Acorda, Brasil!

    1. Para onde caminha a humanidade

      The Kardashev Scale – Type I, II, III, IV & V Civilization

      We have reached a turning point in society. According to renownedtheoretical physicist Michio Kaku, the next 100 years of science will determine whether we perish or thrive. Will we remain a Type 0 civilization, or will we advance and make our way into the stars?

      Experts assert that, as a civilization grows larger and becomes more advanced, its energy demands will increase rapidly due to its population growth and the energy requirements of its various machines. With this in mind, the Kardashev scale was developed as a way of measuring a civilization’s technological advancement based upon how much usable energy it has at its disposal.

      MEET THE KARDASHEV SCALE

      Credit: Chris ColdCredit: Chris Cold

      The scale was originally designed in 1964 by the Russian astrophysicist  Nikolai Kardashev(who was looking for signs of extraterrestrial life within cosmic signals). It has 3 base classes, each with an energy disposal level: Type I (10¹⁶W), Type II (10²⁶W), and Type III (10³⁶W). Other astronomers have extended the scale to Type IV (10⁴⁶W) and Type V (the energy available to this kind of civilization would equal that of all energy available in not just our universe, but in all universes and in all time-lines). These additions consider both energy access as well as the amount of knowledge the civilizations have access to.

      First, it is important to note that the human race is not even on this scale yet. Since we still sustain our energy needs from dead plants and animals, here on Earth, we are a lowly Type 0 civilization (and we have a LONG way to go before being promoted to a type I civilization). Kaku tends to believe that, all things taken into consideration, we will reach Type I in 100 – 200 years time. But what does each of these categories actually stand for in literal terms?

      Type I designation is a given to species who have been able to harness all the energy that is available from a neighboring star, gathering and storing it to meet the energy demands of a growing population. This means that we would need to boost our current energy production over 100,000 times to reach this status. However, being able to harness all Earth’s energy would also mean that we could have control over all natural forces. Human beings could control volcanoes, the weather, and even earthquakes! (At least, that is the idea.) These kinds of feats are hard to believe, but compared to the advances that may still be to come, these are just basic and primitive levels of control (it’s absolutely nothing compared to the capabilities of societies with higher rankings).

      Image Credit: Slawek WojtowiczA Dyson Sphere (Credit:Slawek Wojtowicz)

      The next step up – a Type II civilization – can harness the power of their entire star (not merely transforming starlight into energy, but controlling the star). Several methods for this have been proposed. The most popular of which is the hypothetical ‘Dyson Sphere.’ This device, if you want to call it that, would encompass every single inch of the star, gathering most (if not all) of its energy output and transferring it to a planet for later use. Alternatively, if fusion power (the mechanism that powers stars) had been mastered by the race, a reactor on a truly immense scale could be used to satisfy their needs. Nearby gas giants can be utilized for their hydrogen, slowly drained of life by an orbiting reactor.

      What would this much energy mean for a species? Well, nothing known to science could wipe out a Type II civilization. Take, for instance, if humans survived long enough to reach this status, and a moon sized object entered our solar system on a collision course with our little blue planet–we’d have the ability to vaporize it out of existence. Or if we had time, we could move our planet out of the way, completely dodging it. But let’s say we didn’t want to move Earth… are there any other options? Well yes, because we’d have the capability to move Jupiter, or another planet of our choice, into the way – pretty cool, right?

      A Cyborg (Credit: Justin Lee)A Cyborg (Credit: Justin Lee)

      So we’ve gone from having control over a planet, to a star, which has resulted in usharboring enough “disposable” energy to essentially make our civilization immune to extinction. But now, onto Type III, where a species then becomes galactic traversers with knowledge of everything having to do with energy, resulting in them becoming a master race.  In terms of humans, hundreds of thousands of years of evolution – both biological and mechanical – may result in the inhabitants of this type III civilization being incredibly different from the human race as we know it. These may be cyborgs (or cybernetic organism, beings both biological and robotic), with the descendants of regular humans being a sub-species among the now-highly advanced society. These wholly biological humans would likely be seen as being disabled, inferior, or unevolved by their cybernetic counterparts.

      At this stage, we would have developed colonies of robots that are capable of ‘self replication’; their population may increase into the millions as they spread out across the galaxy, colonizing star after star. And these being might build Dyson Spheres to encapsulate each one, creating a huge network that would carry energy back to the home planet. But stretching over the galaxy in such a manner would face several problems; namely, the species would be constrained by the laws of physics. Particularly, light-speed travel. That is, unless they develop a working warp drive, or use that immaculate energy cache to master wormhole teleportation (two things that remain theoretical for the time being), they can only get so far.

      An artist rendering of such a civilization (Credit: Sid Meier's Civilization IV: Beyond the Sword)An artist rendering of such a civilization (Credit: Sid Meier’s Civilization IV)

      Kardashev believed a Type IV civilization was ‘too’ advanced and didn’t go beyond Type III on his scale. He thought that, surely, this would be the extent of any species’ ability. Many think so, but a few believe there is a further level that could be achieved. (I mean, surely there is a limit?) Type IV civilizations would almost be able to harness the energy content of the entire universe and with that, they could traverse the accelerating expansion of space (furthermore, advance races of these species may live inside supermassive black holes). To previous methods of generating energy, these kinds of feats are considered impossible. A Type IV civilization would need to tap into energy sources unknown to us using strange, or currently unknown, laws of physics.

      Type V. Yes, Type V might just be the next possible advancement to such a civilization. Here beings would be like gods, having the knowledge to manipulate the universe as they please. Now, as I said, humans are a very, very long way from ever reaching anything like this. But it’s not to say that it cannot be achieved as long as we take care of Earth and each other. To do so, the first step is to preserve our tiny home, extinguish war, and continue to support scientific advances and discoveries.

       

  6. Caro rpv

    Vou repetir aqui meu post no blog para acho que cai como uma luva na sua argumentação

    (http://freituk.blogspot.com.br/2016/07/quem-nasceu-primeiro-o-pato-ou-o-pacto.html)

     

     

    Para quem não entendeu, o pato representa o “ganho social” do capital que é roubado pela corrupção sistêmica no Brasil. Alguns pensaram que são os impostos, mas não seriam os impostos justamente aquele capital que retorna para o sociedade para promover o desenvolvimento social pelo qual não é possível o capitalismo avançar?

     

    A revolução burguesa, no Brasil, aconteceu em 2003 pela estratégia de conciliação proposto pelo PT. A isto que chamamos de lulismo. Sim, revolução burguesa. Para nós brasileiros, burguesia é quem tem o dinheiro. Engano. Burgues é quem tem os meios de produção. No Brasil o dinheiro está com aqueles que esfolam os burgueses, um elite retrograda e escravagista que acredita no maná (*), na família e em deus. Mas aqueles que ficaram fora deste pacto (velha elite, Neves, etc) não gostaram e quiseram o poder … pelo poder. Um golpe para tentar voltar ao poder já que pelo voto não conseguem. 

     

    Até conseguiram achando que poderiam impor á burguesia um pacto de renovação e eliminação da corrupção. alguns acreditaram (principalmente aqueles prepostos do capital que nada têm a perder e outra que acovardou-se por ter o rabo preso e achou que, estando do lado dos golpistas, conseguiriam se livrar.

     

    Mas não havia como comprometer o PT, o “grande vilão que inventou a corrupção no pais” (atenção, aspas, cinismo ligado), sem comprometer aqueles do outro lado da corrupção: os corruptores. Este covardes também seriam executados, não haveria como dar legitimidade ao pato, digo “pacto”. Eles foram para a guilhotina pois o mal maior plantado no imaginário coletivo, a continuação de um projeto de esquerda (comunismo), amedronta mais. Afinal, não foi o comunismo que queria “roubar”, pela corrupção, o fruto do capital???

     

    Ora pois, o pato agora está sendo empurrado para os pobres pois, os ricos não aceitam pagar o pato, e os golpistas muito menos (de fato eles tem o aparelho de estado nas mãos, vão continuar roubando o pato, os impostos necessários para continuarmos o desenvolvimento capitalista)

     

    Mas esquecem (propositalmente?) a história: qual o porquê da revolução burguesa? Foi ela que permitiu a aprofundamento das relações capitalistas, lembram?

     

    Moral: os capitalistas (brasileiros) abriram mão da revolução burguesa pensando que a aliança com a ditadura/fascismo poderia salva-los da corrupção sistêmica. Ledo engano, promovem um retrocesso institucional e econômico que os fará ter saudades dos “velhos” tempos de Lula, primeiro suspiro social-democrata na frágil democracia brasileira.

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