O plano de governo de Jair Bolsonaro (PL) à reeleição propõe criar ações para ampliar o home office ou o trabalho híbrido na intenção de “equilibrar” a “difícil tarefa de cuidar dos filhos e prover o sustento”.
A ideia consta no plano de governo registrado pela campanha de Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e aparece entre as propostas direcionadas ao eleitorado feminino.
As mulheres têm sido um “calcanhar de Aquiles” para o atual presidente. A pesquisas eleitorais indicam que elas são mais resistentes à continuidade do governo do extremista de direita. Além disso, Bolsonaro gerou novo problema para a campanha ao atacar, de maneira misógina, a jornalista Vera Magalhães durante o primeiro debate eleitoral de 2022.
Tentando remediar a imagem de machista, Bolsonaro explora a esposa, Michelle Bolsonaro, na publicidade eleitoral na TV a partir desta terça (30), e vai promover um encontro com mulheres (todas esposas de pastores).
O programa para mulheres
O programa de governo de Bolsonaro contém poucas menções às mulheres, mas faz um esforço para passar a ideia de que o primeiro mandato cuidou “com atenção” dessa parcela que é maioria na sociedade – mas tratada no documento como minoria, ao lado de idosos e pessoas com deficiência. Negros e LGBTQIA+ não são destacados.
Entre as ações destacas no plano de governo, está um programa, já em operação, para proteger a maternidade desde a “concepção”. O plano frisa ainda que todas as “políticas sociais” são “assistencialistas” e pensadas para atender à “família” tradicional, é o “centro” de tudo para o governo.
Trabalho à distância
Ao propor novidades para as mulheres, o plano de governo Bolsonaro para as eleições de 2022 diz que é “importante” inserir jovens e mulheres no mercado de trabalho “de forma justa e assertiva”, com “igualdade de salário entre homens e mulheres que desempenham a mesma ocupação laboral”.
A proposta contrasta brutalmente com manifestações públicas de Bolsonaro. O atual presidente é defensor de que as mulheres continuem ganhando menos do que os homens, porque elas dão “prejuízo” às empresas quando ficam grávidas.
Enquanto presidente, aliás, Bolsonaro prejudicou as mulheres trabalhadoras grávidas, ao vetar uma lei que pagaria salário-maternidade àquelas que não tinham condição de fazer home office, e não queria se expor em trabalho presencial sem cobertura vacinal completa contra Covid.
De olho no voto das mulheres, Bolsonaro agora propõe criar a “possibilidade de equilibrar, até mesmo por meio do trabalho híbrido ou home office, a difícil tarefa de cuidar dos filhos e prover sustento”.
Lula e Ciro também citam igualdade salarial
As diretrizes do plano de governo de Lula (PT), líder nas pesquisas, também propõe isonomia salarial entre homens e mulheres na mesma função. “Vamos construir um país que caminhe rumo à equidade de direitos, salários iguais para trabalhos iguais em todas as profissões e a promoção das mulheres na ciência, nas artes, na representação política, na gestão pública e no empreendedorismo.”
A campanha de Ciro Gomes (PDT) – terceiro colocado nas pesquisas, atrás de Lula e Bolsonaro, respectivamente – promete “fortalecer programas, criar e fazer cumprir leis que facilitem a sua inserção no mercado de trabalho em condições de igualdade aos homens, incluindo acesso a vagas de direção e salários equivalentes, bem como condições para poder exercer suas atividades profissionais (por exemplo, elevando o número de vagas em creches) e garantam a sua proteção contra todos os tipos de violência.”
Isonomia salarial e governo com paridade de gênero também foram citados entre as promessas da candidatura Simone Tebet (MDB).
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O irmão bozo chove no molhado e vai pregar para convertidos, já que a isonomia salarial é garantia constitucional e legal (artigo 461-CLT) e esposas de pastores sabem que servir é a sua meta. Servir ao Senhor , ao marido e à igreja.
A quem interessar possa, aqui está uma opinião “sagrada” sobre esposa de pastor: https://www.profetico.com.br/2010/10/08/esposa-de-pastor-guerreira-anonima-ou-solitaria/