Serra e o discurso no Comício da Central

Sugerido por sergior

Da Folha

Direita e esquerda incentivavam presença militar na política, diz Serra
 
FABIANO MAISONNAVE
 
“A maioria dos parlamentares está comprometida com interesses antinacionais. Entretanto, compensando a não aprovação da reforma agrária, existe uma conscientização cada vez maior dos camponeses.”
 
O trecho acima, recuperado pelo recém-lançado livro “1964”, de Jorge Ferreira e Ângela de Castro Gomes, faz parte do discurso de cinco minutos do então presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), José Serra, no Comício da Central do Brasil.
 
O evento, que completa 50 anos nesta quinta-feira (13), marcou a guinada à esquerda do governo João Goulart e contribuiu para desatar o golpe militar que o tiraria da Presidência, pouco mais de duas semanas mais tarde.

 
À época com apenas 21 anos, Serra é o único orador vivo dos que discursaram naquele dia, deputados, sindicalistas e o próprio Jango.
 
Leia, a seguir, trechos da entrevista concedida por Serra à Folha sobre aquele momento histórico.
 
*
 
PARALELO ENTRE A ÉPOCA DO GOLPE E O PRESENTE
 
Não há paralelo. Você pode fazer análise da história do que aconteceu. Afinal de contas, são 50 anos, e há um mal-entendido do Brasil com a sua história em relação a esse episódio. Até hoje, é presente. Eu fico imaginando, em 1964, discutir as causas da Primeira Guerra Mundial, que havia sido 50 anos antes. É um passado mais do que transitado em julgado, mas, no nosso caso, continua presente, por incrível que pareça.
 
Mas o contexto histórico é completamente diferente, as forças em jogo também são diferentes, enfim, o processo é outro. E também não há mais a presença do fator militar, que era uma constante na história brasileira no século 20 até a redemocratização. Quer dizer, dominou o século 20. E hoje a presença militar não existe na política.
 
Presença militar que era incentivada tanto pela direita como pela esquerda. Eu, aliás, muito cedo, quando me mudei para o Rio, em meados de 1963, me incomodava um pouco isso. Sempre achei que, se você politiza o militar, eles acabam arbitrando.
 
O COMÍCIO E O GOLPE
 
Eu acho que o comício acelerou a preparação do golpe. Agora, qual foi o principal efeito nesse ponto de vista? Foi a Marcha da Família, no dia 19 de março, em São Paulo. A marcha foi um ingrediente essencial porque deu confiança de que havia respaldo popular para o golpe. Dizem que a marcha tinha 500 mil, como dizem que o comício tinha 200 mil.
 
Digamos que cada um teve metade disso: é muita gente. Só a mobilização da classe média alta não explica. Não havia só 250 mil, 300 mil pessoas de alta classe média pra desfilar na rua. A classe média baixa também saiu pra desfilar.
 
DISCURSO COMO PRESIDENTE DA UNE
 
Por causa do comício da Cinelândia [em agosto de 1963, quando Serra criticou Jango], Jango estava receoso do meu discurso naquele dia. O Hércules Corrêa, do Partidão [PCB], estava dirigindo o comício todo e me falou nas tratativas: “Vamos apresentar você para a multidão, você diz ‘boa noite’ e pronto”. Eu disse que sim. Mas, na hora, comecei a falar, e era impossível me interromper na frente da multidão, até porque era um discurso muito aplaudido. Então esses cinco minutos foram assim.
 
Eu estava convencido de que viria o golpe. Não confiava em que o esquema militar do Jango pudesse frustrá-lo nem achava que as forças populares teriam condições de resistir. Isso é o que tinha dentro do meu pensamento e me dominava. Claro que fiz um discurso pra levantar, e não pra puxar pra baixo. Mas a questão básica era da mobilização antigolpe. A ênfase principal no discurso foi que havia um golpe em andamento, que tínhamos de nos mobilizar.
 
Eu também saudei uma medida do Jango referente às universidades. A grande batalha que a UNE tinha era com relação à ampliação do número de vagas das universidades. Tínhamos menos de 1% da população em idade universitária estudando no ensino superior. Então a grande batalha era para turbinar isso. Era uma grande bandeira que eu mesmo levei ao Jango logo que tomei posse. E o Jango já tinha avançado nisso, tanto que aumentou o número de vagas. Eles caminhavam para dobrar o número de estudantes no primeiro ano.
 
DECRETO DA REFORMA AGRÁRIA
 
Durante a tarde, fui chamado pra uma reunião na Supra (Superintendência de Política Agrária) com o seu presidente, João Pinheiro Neto. O Jango ia anunciar o decreto à noite e havia um impasse. O que era o decreto? Permitia desapropriar terras ao lado de estradas federais. O problema era a distância em relação à estrada. Havia duas distâncias. E eles queriam saber a nossa opinião. O CGT (Comando Geral dos Trabalhadores) estava lá, eu não me lembro quem mais.
 
Obviamente, eu optei distância maior, pela ampliação. Mas era um assunto sobre o qual não tínhamos a menor ideia. Essa medida da Supra foi extremamente improvisada. O decreto tinha várias ressalvas e exceções. Eu disse: “Aqui, tem dois problemas. São tantas ressalvas, como isso vai ser implantado? Segundo, e onde não tem estrada federal?” Aí alguém ponderou que, politicamente, o decreto era importante.
 
TENSÃO NO COMÍCIO
 
A primeira coisa que me impressionou no comício era que toda a segurança, todo o aparato era militar. Sempre era muito complicado na Guanabara porque a polícia era do [governador oposicionista Carlos] Lacerda. E era truculenta.
 
O CGT, nesse dia, eles colocaram o Oswaldo Pacheco Ele era marítimo, estivador. Era o mais carismático do CGT. E era impressionante, um homem de grande carisma. Como havia receio de um atentado contra o Jango de algum prédio lá da Central do Brasil, ele ficou do lado do Jango, pra ser anteparo.
 
Ficaram a [mulher de Jango,] Maria Thereza, que estava deslumbrante, o Jango e ele. Do meu ângulo, eu via mais de perto da Maria Thereza, e eles estavam um pouco acima. E quem fazia o discurso ficava um pouco mais alto.
 
E estava lá o Pacheco de proteção do Jango. Está em todas as fotos. Pouca gente deve saber disso, mas o que passou para o país era que o CGT estava tutelando o Jango, quando na verdade o estava protegendo. Acho que foi o melhor discurso que o Jango fez na vida. Inclusive com improviso, o que não é fácil.
 
JANGO E AS ESQUERDAS
 
A Frente de Mobilização Popular (FMP) hoje serve colocar todo mundo junto. Mas, na verdade, era só para reuniões, não era uma coisa orgânica. A composição era variável, mas tinha sempre a UNE, o CGT, o [então deputado gaúcho, Leonel] Brizola e a Frente Parlamentar Nacionalista, com gente de todos os partidos, até da UDN (União Democrática Nacional, de direita).
 
O Jango, a partir de janeiro, pendeu muito mais para a linha da FMP. Não fez mudanças no ministério, mas resolveu partir pra diante na estratégia de pressionar Congresso, a bandeira das reformas e tudo o mais. O comício veio no contexto disso. Agora, a proximidade maior dele nesse período era com a linha do PCB (Partido Comunista Brasileira), que era também o CGT. Dentro da FMP, o Jango se aproximou muito mais da linha do Partidão.
 
Havia uma disputa implícita com o pessoal do Brizola. A UNE era mais neutra, embora houvesse Partidão na UNE. Mas era uma entidade estudantil, não era alinhada. Em geral, na FMP, havia esse tipo de polarização. Mas não havia sempre briga, era uma coisa de tendência. Nessa mesma época, prosperava a Frente Progressista do San Tiago Dantas. Ele era moderado para o contexto da época, até porque pressupunha a participação do centro, do PSD e de outras forças para segurar o processo. Mós não combatemos, mas o Partidão rejeitou a proposta do San Tiago.
 
Por trás de tudo, havia uma inflação que, em janeiro e fevereiro, já era de mais de 7% ao mês, o que, anualizado, dava mais de 100%. A situação sempre ameaça escapar do controle quando tem isso. E o Jango radicalizava no sentido de que, para deter a inflação, precisava das reformas. Na verdade, eram níveis diferentes, porque uma inflação alta não se combate no curto prazo com reforma agrária.
Redação

15 Comentários

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  1. desprazer..

    eu tive o desprazer de conhecer pessoalmente  esse senhor no palanque do Congresso de Reconstrução da UNE  em Salvador, ele recém chegado do “exílio”..me arrependo amargamente desse fato na minha vida, mas quando somos jovens cometemos os maiores erros até pq somos jovens..

  2. Estadista

    É a palavra que melhor o define. Segue uma pilula dele avaliando o (des)governo atual.

     

    “Por que tanto pessimismo? Pela possibilidade deste governo prolongar-se por mais quatro anos, da fraqueza da equipe que não estaria habilitada a administrar um município, do amadorismo político, da presidente que raramente consegue falar durante cinco minutos algo que faça sentido, com argumentos de botequim.  O governo não sumiu. Pior: ele existe.”

    http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,quando-um-governo-atrapalha-o-pais,1140277,0.htm

    1. Pois o lugar desse estadista

      Pois o lugar desse estadista era bem outro. Era estar dando entrevistas para investigações como réu de processos ( bem mais de um ) sobre todos os seus feitos, a começar pelas privatarias, passando pelos propinodutos e pelo mensalão universitário em SP etc etc etc.

    2. Calvin..

       ele não seguiu o Calvinismo  mas aqui o vemos já no papel de Pastor numa função de desencapetamento no irmão FFHHCC que anda soltando tantas barbaridade que só pode ser encosto..

      ” Sai desse corpo que não lhe pertence”

      1. Enfim alguém com humor neste

        Enfim alguém com humor neste blog! Só tem nervosinho aqui….

        E mcn, pelo jeito, Maluf já teve a biografia lavada por vc…

  3. Jango radicalizava no sentido

    Jango radicalizava no sentido de que, para deter a inflação, precisava das reformas Visão pequena, bem própria dessa pessoinha. Jango propunha reformas de profundidade, eram as reformas de base, coerente com toda sua vida política. A Reforma Agrária que intentava não era uma medida eleitoreira para abafar o problema da inflação. A composição dos seus ministérios era das melhores cabeças que tínhamos, certamente, Celso Furtado, grande economista e seu ministro, cuidaria dos problemas econômicos.

  4. Lamentável

    Eu me pergunto: esta é uma recuperação de memória à queima-roupa? Ou ele teve tempo para preparar este material? Não poderia, de qualquer modo, ser mais revelador:

    – Egolatria: Vamos apresentar você para a multidão, você diz ‘boa noite’ e pronto. Eu disse que sim. Mas, na hora, comecei a falar…”

    – Confissão de ignorância técnica: Obviamente, eu optei distância maior, pela ampliação. Mas era um assunto sobre o qual não tínhamos a menor ideia.

    – Inoportuno e grosseiro: Ficaram a [mulher de Jango,] Maria Thereza, que estava deslumbrante…

    – Superficialidade total na análise e imprecisão histórica completa: eu não me lembro quem mais.

    Seria esta realmente uma análise do evento????!!!! Um tempo vibrante com várias forças e interesses em conflito e ele fala que esquerda e direita queriam a presença militar na movimentação? Da onde tirou isto? Sendo a única testemunha viva participante dos palanques, é lamentável.

  5. Ontem e hoje; grandes diferenças, poucas semelhanças

    Há alguns pontos de encontro entre 1964 e 2014, mas também muitas diferenças. Vamos pormenorizar:

     

    1) Em 1964 desfechou-se um golpe de estado que vinha sendo gestado desde o segundo governo de Getúlio Vargas. Teríamos no Brasil o processo eleitoral de 1965, cujas candidaturas principais seriam as de Carlos Lacerda (UDN), Juscelino Kubitschek (PSD) e João Goulart (havia um debate jurídico sobre a pertinência ou não desta candidatura, pois Jango se elegeu como Vice Presidente, em 1960) ou Leonel Brizola (“cunhado não é parente”), ambos do PTB.

     

    O golpe de 64 foi um golpe preventivo, as forças econômicas, políticas e sociais da época perceberam que não iriam vencer pelo voto em 65 e que o PTB crescia ininterruptamente desde a sua criação, em 1945. Se o PTB ainda não tinha força para implementar as Reformas de Base naquela época, poderia ser que as urnas conferissem esta força a partir do pleito de 1965 (por isto o preventivo desfecho golpista). Em 2014, de uma forma ou de outra, teremos eleições, não vejo risco de não havê-las.

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    2) João Goulart não conseguiu segurar a radicalização entre os seus. Isto é verdade. Mas a análise comparativa com o momento atual é precária. A grande figura pública do trabalhismo no Brasil era Getúlio Vargas. Figura esta que é das mais importantes (senão a mais importante) da história política do Brasil. Doutor Getúlio Vargas foi levado ao suicídio através do golpismo escancarado da República do Galeão, em 1954. Ali se rompia o liame de estabilidade política, cujas consequências verificar-se-iam quase dez anos depois. Se comparações e analogias podem ser feitas, digo que Dilma Rousseff está muito longe de ser um novo João Goulart.

     

    E porque está longe? Porque o Getúlio Vargas de Dilma Rousseff se chama Luiz Inácio Lula da Silva. E está vivinho da Silva… Imaginem por um instante que o Doutor Getúlio Vargas não houvesse se suicidado em 24 de agosto de 1954. Com o anteparo da figura de Getúlio Vargas Juscelino Kubitschek e João Goulart não teriam sofrido tanto com as intentonas golpistas (mal e bem sucedidas) posteriores. Tentaram aqui no Brasil, em 2005, transformar Lula em Getúlio ou em Jango, não conseguiram. E agora Lula é o fiador da democracia brasileira e da Presidenta Dilma Rousseff.

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    3) Agora, a questão econômica. O governo de João Goulart foi muito conturbado não apenas na questão política, mas também no campo econômico. Para se ter apenas uma ideia desta confusão no campo econômico, basta lembrar que no período legal do governo Jango (07 de setembro de 1961 a 02 de abril de 1964) tivemos nada mais nada menos do que 11 Ministros da Fazenda, sendo 06 deles interinos. A inflação fugia do controle e o jogo político amarrava o Presidente Jango, impedindo-o de dar consequência ao programa trabalhista. Não é possível estabelecer analogias no campo econômico daquela época com o campo econômico atual. Ao contrário!

     

    O Brasil atual mantém a inflação plenamente controlada há dez anos consecutivos, ostenta um índice de pleno emprego, distribui renda e diminui as desigualdades sociais e regionais. A estabilidade econômica dos períodos Lula e Dilma é diametralmente oposta à instabilidade econômica permanente tida e havida nos tempos de João Goulart. Dentre vários exemplos, vamos citar apenas um: o atual Ministro da Fazenda, Guido Mantega, tornar-se-á o mais longevo Ministro da Fazenda da história do Brasil (em períodos alternados e contínuos) dentro de 24 dias, a partir do dia 28 de março de 2014. Isto em quase 200 anos de história do Ministério da Fazenda do Brasil!

     

    O atual Secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, já é o mais longevo Secretário do Tesouro Nacional da história do Brasil e o atual Presidente do BNDES, Luciano Coutinho, tornar-se-á também o mais longevo presidente deste banco a partir de outubro de 2015. Isto demonstra a estabilidade econômica dos governos petistas, o contrário do contexto existente no início da década de 60. 

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    Finalizo dizendo que o quadro ainda não é de confronto aberto como tínhamos nos tempos de Jango. Isto não quer dizer que o futuro não traga para o cenário político brasileiro uma nova e intensa polarização, principalmente quando o quadro atual demonstra que o Partido dos Trabalhadores caminha para a quarta vitória consecutiva em nível nacional. De qualquer forma, a sociedade brasileira é muito mais complexa e multifacetada hoje do que há 50 anos. Isto dificulta a manutenção de golpistas no poder por muito tempo, mas não impede que golpistas tentem golpear a democracia, a legalidade e a Constituição… Olho vivo nos golpistas!

     

    Para o bem do Brasil e do povo brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (o Getúlio Vargas do século XXI) continua vivo e em plena forma. Isto fortalece a democracia e, obviamente, fortalece a posição de Dilma Rousseff. Mesma sorte não teve João Goulart, infelizmente, em 1964.

    1. Acrescente-se que não vemos

      Acrescente-se que não vemos hoje generais querendo “fazer bravura”, somente soldados rasos. Já em relação ao ativismo judicial temos uma diferença nefasta.

  6. José Serra está (esteve) certo!

    O parágrafo “Presença militar que era incentivada [tanto pela direita como]pela esquerda. Eu, aliás, muito cedo, quando me mudei para o Rio, em meados de 1963, me incomodava um pouco isso. Sempre achei que, se você politiza o militar, eles acabam arbitrando” está inteiramente certo.

    Peguem Luís Carlos Prestes. Ele sempre pensou a “revolução” a partir dos quartéis, através de golpes militares e, enquanto esteve à teste do PCB, esteve mais atento às diretrizes de Moscou do que a de quaisquer movimentos populares no Brasil. Uma visão de hierarquia, tendente, óbvio, ao arbítrio e à arbitrariedade. 

    Portanto, Serra esteve (está) certo nste ponto específico, da mesma forma que Vladimir Palmeira que, ao pousar em Cuba vindo do México, após o voo da liberdade produzido pelo sequestro do embaixador norte-americano, não gostou do que viu: a presença massiva de fardas militares entre os ditrigentes cubanos.

    Aliás, duvido que algum brasileio de esquerda se oponha à mística do “Comandante” Fidel Castro. Ou seja, as fardas continuam seduzindo a esquerda. A direita, é claro, mais e também.

    Quanto aos demais pontos de suas respostas, muito discutível. Mas, se estivesse mais para o correto do que para o incorreto ou impreciso, Serra não seria Serra.

  7. Passado obscuro

    Na biografia do Serra há algumas passagens obscuras que até hoje ninguém consegue explicar.

    Na época da ditadura, enquanto a maioria dos perseguidos se exilaram em paises da Europa e em Cuba, o Serra foi para o Chile.  Tem até uma foto dele passeando tranquilamente em um manso lago. Lá ele viveu de que?

    Do Chile ele foi justamente para os EUA, pais que tem verdadeira ojeriza por esquerdistas.

    Viveu tranquilo lá sem nenhum agente do FBI ou da CIA vigiando seus passos. Deu até para fazer curso superior, embora até hoje ele não mostra seus diplomas. Lá ele viveu de que mesmo?

    E aqui no Brasil, ele vive de que mesmo?

    Ahh… a filha dele também ganhou uma Bolsa para estudar nos EUA. Não foi o governo que deu, e sim um empresário.

     

     

    1. Claudio..

      faltoum vc complementar com o fato de que ele era casado com Sylvia Mónica Allende Serra, justamente  na terra de Allende inimigo dos EEUU à è´poca do golpe..um esquerdista casado com uma Allende se refugia justamente no país inimigo deles, um dia a História irá contar a verdade..a questão dos diplomas de Engenharia e Economia é mais cabeluda ainda..

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