Collor pede reforma política e parlamentarismo

Jornal GGN – O senador Fernando Collor de Mello fez um longo discurso pedindo por reforma política e sugerindo que seja adotado no Brasil um sistema parlamentar de governo.

Como ele próprio lembrou, o assunto já foi apresentado como Proposta de Emenda Constitucional em 2007, mas foi arquivado sem parecer. Em abril de 1993 o povo brasileiro votou um plebiscito para escolher o sistema de governo e optou pelo presidencialismo.

Em sua fala, Collor disse que uma reforma política precisa ser coerente, para que os princípios aprovados não inviabilizem seus próprios efeitos. Ele deu como exemplo o financiamento público de campanha, que “requer o voto em lista, pois este é condicionante para o destino dos recursos diretamente aos partidos e não aos candidatos”.

Ele também defendeu que seja adotado um prazo de duas ou mais legislaturas para que as regras aprovadas passem a vigorar por completo, “de modo a garantir que não prevaleça nos votos parlamentares da reforma a visão de curto prazo ou cujo principal objetivo seja a próxima eleição”.  “Afinal, não devemos esquecer – e daí a nossa maior responsabilidade perante a opinião pública – de que a legislação eleitoral é a única em que os beneficiários são os próprios legisladores”.

No discurso, o senador ainda elenca diversos pontos do que seria um estudo com o que a população considera excessivo, o que rejeita e o que deseja na política.

Ele disse ser “imprescindível que as propostas se coadunem com as expectativas e anseios do eleitor, e que este se identifique com elas e se manifeste a ponto de exercer a necessária pressão para aprova-las”.

“Ainda que não cheguemos ao consenso absoluto em tudo, podemos tentar alcançar todos esses objetivos pelo voto da maioria, como prevalece em todos os Parlamentos democráticos do mundo”, finalizou o ex-presidente.

Redação

17 Comentários

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  1. Esse parlamentarismo tentam

    Esse parlamentarismo tentam enfiar goela abaixo de qualquer jeito, já foi rejeitado por um amplo plesbicito, daqui a pouco vão pedir a volta da monarquia; uma reforma politivca decente passa pelo corte de privilegios dessa casta politica, da reforma do judiciario inclusive com a redução dos mandatos dos ministro do stf, porem isso é justamente o que não querem..

    1. Por 2 plebiscitos

      Por 1 não, Naldo, por 2 plebiscitos: o primeiro em 1963, para decidir da manutenção do parlamentarismo, adotado numa espécie de golpe branco depois da renúncia do Jânio, de modo a tornar o Jango uma rainha da Inglaterra tropical: a vitória do presidencialismo foi acachapante; o segundo, 30 anos depois, em 1993, quando esse sistema também foi esmagadoramente rejeitado.

    1. e por falar em propostas…

      já rola por aí que domingo pode haver atritos e disputas entre os próprios manifestantes

      muitos não estão se entendo:

      uns querem apenas derrubar a Dilma e outros querem apenas repetir junho/2013

       

      pais, mães, jovens, solicitem que seja montada uma “tropa” para acalmar os superexcitados

  2. Imagine o parlamentarismo com

    Imagine o parlamentarismo com um congresso como esse, melhor chamar logo o Fernandinho Beira Mar para dirigir a república.

  3. Tô quase concordando com o

    Tô quase concordando com o ex-presidente. O parlamentarismo tem uma virtude: quem manda é o parlamento e ponto final. O eleitor sabe disso desde logo; sabe que o importante é o voto para o parlamento. E o judiciário não pode crescer as unhas…

  4. Sempre fui parlamentarista

    Sempre fui defensor do parlamentarismo. Do parlamentarismo e do parlamento unicameral. Acho o Senado a mais perfeita tradução da palavra “vetusto” – entre outros qualificativos que bem lhe cabem.

    Mas sem cláusula de barreira para criação de partidos, sem comissão de ética no próprio parlamento que funcione de verdade, com um Congresso que se recusa a cumprir suas funções constitucionais e com o nosso Judiciário pífio que só condena pra um lado, é menos prejudicial entregar o governo pro PCC do que instalar o parlamentarismo…

    1. Estigma, só estigma. Assisti

      Estigma, só estigma. Assisti todo o depoimento de Barusco. Simplesmente coonestou a delação premiada que em síntese é: roubei, sim, e muito. Perifericamente, só ilações, e muitas. 

      “Não sei se Vaccari recebia”

      “Só fiz estimativas”(Sobre a estória dos duzentos milhões)

      Sobre corrupção institucionalizada: não citou nenhum fato ou citou nenhum exemplo que corroborasse tal acusação.

  5. Deveriam incluir, nessas

    Deveriam incluir, nessas propostas de reforma, o uso do “papelzinho do Brizola”, que deveria ter sido usado a partir da última eleição.

  6. Não esqueçam da twittagem #GloboGolpista

    #GloboGolpista. Líder de trend topics

    Às 23:00 desta quarta-feira (11) a hastag #GloboGolpista era o assunto mais comentado do Twitter no Brasil.

    Pouco tempo depois, a emissora caiu para o segundo lugar em número de comentários.

    Nas postagens, os internautas lembraram episódios polêmicos em que a Rede Globo esteve envolvida, como a edição do debate entre Lula e Collor em 1989, além do papel do grupo durante a ditadura militar.

    “Não esquecemos a edição Lula/Collor, a bolinha de papel, e nunca vamos esquecer a capa ‘Eles sabiam’, fora PIG, fora #GloboGolpista”, escreveu Ivaldo Moraes (@IvaldoMoraes).
    https://twitter.com/IVALDOMORAES/status/575838720764608512

    “Não vamos deixar que 64 se repita!!! #GloboGolpista”, twittou Danusi (@DanusiRodrigues).
    https://twitter.com/DanusiRodrigues/status/575841439013343232

    “A #GloboGolpista quer sangrar o governo até o fim. Sangram, na verdade, a população, a maior vítima desse ‘jornalismo’ golpista e criminoso!”, opinou Flavia Pais (@FlavinhaPais)
    https://twitter.com/flavinhapais/status/575841068907913216

    “A #GloboGolpista deve bilhões ao governo e na peroba quer derrubar um governo eleito legitimamente…SF #GloboGolpista…”, disse Ana Araujo (@Ana_tearaujo)
    https://twitter.com/ana_tearaujo/status/575841062436085761

    Veja outras manifestações, via twitter, com a hastag #GloboGolpista no link:

    https://twitter.com/hashtag/globogolpista?f=realtime&src=hash

  7. Se por acaso trocássemos o

    Se por acaso trocássemos o atual sistema pelo Parlamentarismo….Hummm, sei não. Com a instabilidade própria nossa, a cada seis meses assumia um novo governo(primeiro-ministro). 

    De qualquer maneira é uma opção Só não admitiria era o FHC ser nomeado monarca se concomitantemente adotássemos a monaquia parlamentarista. 

  8. Inacreditável

    Duas décadas após ter arruinado o país com seu confisco de poupança, Collor vem dar lição de moral e falar de coerência.

    Seria cômico se não fosse trágico.

    Eu diria para fazerem o oposto de tudo o que Collor propor e o país se sairá muito bem. Parlamentarismo, quer dizer entregar o poder nas mãos do Congresso. Do mesmo Congresso conservador que elegeu Eduardo Cunha, do mesmo congresso que chantageou Lula travando a pauta por três meses para nomear pessoas na Petrobrás, do mesmo congresso que aumentou os próprios salários a 26 mil Reais.

    Vamos continuar dando as chaves do banco de sangue para os vampiros?

    Precisamos é de um presidencialismo com mais poder. O que eles querem é tirar o que restou de poder do PT, usando como desculpa o fato de Dilma ser fraca para a economia.

  9. É visível a manobra utilizada

    É visível a manobra utilizada por quem é contra o financiamento exclusivamente público das campanhas.

     

    PSDB, PMDB e cia, incluindo-se ai o COLLOrR, sabem que com financiamento esclusivamente público perderiam cadeiras no congresso e força, quando, por outro lado o PT, PSOL, PC do B, partidos que comandam associações-sindicatos etc tem menos dependência do capital privado para as campanhas…..sendo assim tratam de condicionar o financiamento público ao voto em lista, que, como todos sabem, não passará.

     

    A defesa do voto distrital feita por parte da oposição tem como origem o fato de o voto distrital acabar com o candidato com ‘bandeiras’, principalmente as tidas de esquerda….

     

    No mais, parlamentarismo, smj, entendo que somente havendo ruptura com a CF1988. 

  10. O Parlamentarismo com
    O Parlamentarismo com financiamento privado de campanhas e garantia de manipulação eleitoral da população pela mídia seria um engodo. Melhor seria fechar o Congresso e dar logo a chave do Palácio do Planalto para o clã Marinho.

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