Fiocruz aponta efeito da pandemia na atividade física de crianças

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Adequação da atividade física caiu de 61,43% para 38,57% por conta das medidas de isolamento social, diz pesquisa

Foto: Debra Brewster via Unsplash

As restrições adotadas para o combate da pandemia de covid-19 influenciaram diretamente o ritmo de atividade física de crianças, segundo pesquisa elaborada pelo Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz).

Os pesquisadores do IFF/Fiocruz Natália Molleri, Saint Clair Gomes Jr, Daniele Marano e Andrea Zin, foram os primeiros a investigar a adequação a esses hábitos durante a pandemia da Covid-19, e seu estudo revela que o percentual de adequação global da amostra já era baixo (25,52%) antes da pandemia e caiu drasticamente (4%) durante a pandemia.

“As medidas de isolamento social acarretaram na redução da adequação da atividade física (de 61,43% para 38,57%) e da adequação ao tempo de tela (de 67,22% para 27,27%), no caso dos televisores) entre crianças e adolescentes brasileiros (…)”, informa a terapeuta ocupacional do Instituto, Natália Molleri.

De acordo com Natália, a quantidade de atividade física moderada a vigorosa (AFMV), tempo de tela recreativo (televisão, celular, computador, notebook ou tablet) e a duração adequada do sono “têm reconhecida importância para a saúde de crianças e adolescentes, mostrando associações positivas com o desenvolvimento motor, condicionamento físico, redução da adiposidade (excesso de gordura no organismo) e melhora no condicionamento cardiometabólico”.

A pesquisadora também reforça que “o monitoramento de ações voltadas para crianças, adolescentes, pais, escolas e profissionais de saúde deve ser estimulado para a conquista de estilos de vida mais saudáveis ​​e a melhoria de hábitos relacionados à saúde e desempenho escolar além do cenário de pandemia”.

A pesquisa foi realizada com 525 crianças e adolescentes até 18 anos de idade de diferentes regiões do Brasil por meio de um formulário de entrevista digital que inluiu características sociodemográficas das famílias, atividade física moderada a vigorosa, tempo recreativo de tela e duração do sono antes e durante a pandemia.

Denominado Levantamento da Adequação de Crianças e Adolescentes Brasileiros às Diretrizes do Movimento 24 Horas Antes e Durante a Pandemia da Covid-19 – em tradução livre -(Survey of the Adequacy of Brazilian Children and Adolescents to the 24-Hour Movement Guidelines before and during the Covid-19 Pandemic), o texto foi divulgado no International Journal of Environmental Research and Public Health e pode ser lido clicando aqui.

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Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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