A operação salva-Cunha está em marcha, por Rodrigo Martins

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Serraglio, Marun e Paulinho
Serraglio, Marun e Paulinho da Força: funções de destaque na Yakuza do PMDB

Da CartaCapital 

Por Rodrigo Martins

Nos dias que precederam a votação doimpeachment, tornou-se cristalina uma trama de venda casada. Enquanto trabalhava pela abertura do processo contra Dilma Rousseff, uma expressiva bancada de parlamentares articulava uma “anistia” ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

Nem mesmo a delação de Ricardo Pernambuco Júnior, da Carioca Engenharia, constrangeu a turma. O empresário entregou aos investigadores da Lava Jato uma tabela que aponta 22 depósitos, no valor total de 4,6 milhões de dólares, em propinas repassadas ao peemedebista entre 10 de agosto de 2011 e 19 de setembro de 2014. A planilha foi divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo na sexta-feira 15, dois dias antes da derrota do governo no plenário.

Antes mesmo do desfecho, os aliados mais próximos do peemedebista não escondiam as cartadas lançadas nos bastidores. “Sem ele não teríamos o processo de impeachment. Por isso, Cunha merece ser anistiado”, afirmou o deputado Paulinho da Força, do Solidariedade, ao site Congresso em Foco.

Com o placar consolidado, Osmar Serraglio, do PMDB do Paraná, também passou a defender publicamente uma “retribuição” ao correligionário pelo presente. Integrante da tropa de choque de Cunha no Conselho de Ética, Carlos Marun, do PMDB de Mato Grosso do Sul, já ensaia o discurso: “Entendo que deva haver uma punição, mas não entendo que deva ser a cassação”. 

Com o apoio de partidos do chamado Centrão, entre eles PP, PRB e PSD, além do Solidariedade e de parte do DEM, Cunha mostra-se confiante na absolvição no Conselho de Ética da Câmara, onde enfrenta processo por quebra de decoro parlamentar.

“Não tenho nenhuma preocupação, estou absolutamente em condições de ser inocentado”, afirmou na tarde da segunda 18, após entregar a papelada do processo contra Dilma ao presidente do Senado, Renan Calheiros.

A representação no Conselho de Ética, que pode levar à cassação do mandato do presidente da Câmara, foi apresenta pelo PSOL e pela Rede em outubro de 2015, mas os trabalhos não avançam graças às sucessivas manobras protelatórias do parlamentar e de seus aliados.

Cunha é acusado de mentir à CPI da Petrobras há cerca de um ano, quando negou possuir contas no exterior não declaradas à Receita Federal. Ato prosaico, perto das graves acusações que pesam contra o candidato à anistia.

Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal acolheu, em março, uma denúncia contra o peemedebista pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Convertido em réu, Cunha é acusado de receber 5 milhões de dólares em propina de contratos de navios-sonda da Petrobras.

Mais dois inquéritos foram autorizados pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato na Corte. Um deles apura se o deputado recebeu repasses que somam 52 milhões de reais de empresas envolvidas nas obras do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro. O outro investiga as milionárias contas secretas do parlamentar na Suíça.

Eduardo Cunha

Livrar o deputado seria uma retribuição por seu desempenho na aprovação do impeachment de Dilma

Os extratos bancários revelados pelas autoridades suíças respaldam a acusação contra ele no Conselho de Ética, mas o colegiado nem sequer consegue ouvir as testemunhas arroladas. Em março, sete depoentes foram convidados a comparecer ao Congresso, incluídos o lobista Júlio Camargo, o doleiro Alberto Youssef e o ex-gerente da Área Internacional da Petrobras Eduardo Vaz Musa.

A maioria dos convocados havia delatado o presidente da Câmara anteriormente à Justiça e à Polícia Federal. Em 7 de abril, a ministra do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia negou uma liminar apresentada pela defesa de Cunha para anular os depoimentos. A Direção da Câmara tardou, porém, a autorizar a emissão de passagens aéreas para as testemunhas, e as sessões tiveram de ser postergadas.

Nesse interregno, o primeiro relator do processo, Fausto Pinato, do PP, defensor da cassação de Cunha, afastou-se do Conselho. Em seu lugar entrou uma deputada do PRB da Bahia, Tia Eron, que faz mistério sobre seu voto, mas despertou dúvidas após declarar ter “admiração e respeito” pelo trabalho do peemedebista na Casa. Se assim for, o deputado terá uma maioria de 11 votos a 9 no colegiado. “Durante a votação doimpeachment, muitos dedicaram votos a parentes. Pois bem, parece que uma ‘tia’ pode salvar Eduardo Cunha agora”, ironiza Chico Alencar, líder do PSOL na Câmara.

Alessandro Molon, da Rede, não se diz surpreso com o movimento pela anistia. “Cheguei a denunciar essa articulação na tribuna da Câmara, alertando que ela fazia parte do pacote. É um movimento conjugado, a incluir a absolvição dele como compensação pela aprovação do impeachment”, afirma.

“Cunha tem enorme influência sobre um grande número de parlamentares, e isso ficou explícito no domingo 17. Quando alguém o criticava, o Plenário vaiava efusivamente.” Foi o que aconteceu quando Glauber Braga, do PSOL, o chamou de “gângster” ou quando o presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo, do PR, lembrou que Cunha era a “bola da vez”.

Na terça-feira 19, o vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão, do PP, decidiu limitar a investigação no Conselho de Ética à mentira contada por Cunha na CPI da Petrobras. A decisão impede que o Conselho aprecie as provas recolhidas pela Operação Lava Jato.

Molon antecipa: se o Conselho de Ética rejeitar a cassação, vai apresentar recursos para levar a discussão ao plenário. Além disso, pretende reunir um grupo de parlamentares para solicitar ao presidente do STF, Ricardo Lewandowski, a inclusão na pauta da Corte do pedido de afastamento de Cunha da presidência da Câmara, apresentado pela Procuradoria-Geral da República em dezembro de 2015.

Para Alencar, só uma mobilização popular mudaria o cenário. “Cunha tem a seu desfavor o fato de ser uma unanimidade nacional. Mesmo nos atos pró-impeachment, quase 90% defendiam a sua cassação, segundo o Datafolha”, observa.

“Refiro-me à massa que saiu às ruas, e não às lideranças desses movimentos, que também são gratas ao Cunha, ganharam até credenciais para circular pela Câmara durante a votação do impeachment. Desses não espero muita coerência.” 

*Colaborou Débora Melo.

**Reportagem publicada originalmente na edição 898 de CartaCapital, com o título “Operação Salva-Cunha”

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

9 Comentários

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  1. Tipo Capitão Nascimento da

    Tipo Capitão Nascimento da Tropa de Elite, impeachment  missão dada é missão cumprida, agora vem a recompensa, pode continuar roubando e usufruindo do produto do roubo, juiz Moro? Contra o PT é um leão contra o Cunha é um ratinho, Janot? Não me culpem eu encaminhei a denuncia ao STF, STF? Bem.. O STF depende dos irmãos Marinho, Irmãos Marinho? Bem… Os irmãos Marinho já tem o próximo ganhador do Faz Diferença, só que esse além de diferença, faz multiplicação, exponenciação e fatorial.

  2. Escárnio e deboche….

    É o que diz o sorriso psicótico  de CUnha. Enquanto a Bastilha não ruir , ele é seus asseclas continuarão  A debochar de quem a eles se opõe !

  3. isso demonstra que a

    isso demonstra que a comparação que fazem de cunha com o personagem

    mack the knife da opera dos tres vintén, de brecht, não é por acaso…

    mack era o ladrão-mor que chefiava todos os ladrões e jamais ia preso

    porque contava com o apoio de vários membros das institiuições, inclusive da polícia….

  4. ” ‘Sem ele não teríamos o

    ” ‘Sem ele não teríamos o processo de impeachment. Por isso, Cunha merece ser anistiado’, afirmou o deputado Paulinho da Força, do Solidariedade”

    Esse ladrãozinho filho de uma jumenta está pensando que os brasileiros são trouxas?

    Anistiar um ladrão corrupto, porque ele possibilitou o impeachment de uma Presidente com reputação absolutamente ilibada?

     

  5.  “ ‘Sem ele não teríamos o

     “ ‘Sem ele não teríamos o processo de impeachment. Por isso, Cunha merece ser anistiado’, afirmou o deputado Paulinho da Força, do Solidariedade”

    Por mim, só pela ousadia da proposta já merece a forca!

    Ainda bem que eu não sou presidente, imperador, rei, sei lá…

  6. Paulinho da Força e Solidariedade gosta de “brincar” c/ o “fogo”

     

     

    Bem, Nassif e amigos em geral, parece que o famoso Paulinho da Força e do Solidariedade gosta mesmo de “brincar” com o “fogo” (significando bolão de apostas para passatempo de zombaria/intimidação e principalmente também aliciamento com orientação crítica e sincera sobre fato sério gravado provavelmente na Câmara. Ele diz: “O impeachment só está acontecendo por causa do Eduardo Cunha. Porque a oposição nossa é muito ruim”… “Tem muita gente querendo financiar esse negócio do impeachment…”).

    Pelo menos parece que ele, sem querer querendo, gosta de “brincar” com o “fogo”.

    Exatamente do jeito que o Paulinho da Força falou no áudio gravado, acabou acontecendo um descarado “financiamento desse negócio do impeachment” pela compra do voto a favor do mesmo. Ainda no dia seguinte (18/04) à votação (do impeachment na Câmara), o jornalista José Casado (“O Globo”) escrevia: “Deputados comentavam as ‘cotações’ do relativismo ético: R$ 1 milhão por ausência, R$ 2 milhões pelo voto no plenário”. Quem será que forneceu o dinheiro? O pato do Paulo Skaf deve saber, porém é parte muito interessada nisso. Isso é um dos mais graves tipos de corrupção (neste caso: corrupção do Câmara/Congresso) e no passado distante e recente já se viu que não sensibiliza a Polícia Federal. Felizmente o ministro da Justiça Eugênio Aragão mandou a PF investigar a compra de votos para o impeachment.

    Se houver um pouco de boa vontade por parte da justiça de ir a fundo neste caso, no mínimo existem algumas provas muito evidentes ao meu ver: áudio gravado do Paulinho da Força, fotos deles (segundo a frase do Confúcio: uma imagem vale mais que mil palavras) e o jornalista José Casado do jornal “O Globo”.

    Não é possível que tudo isso possa ser considerado algo sem importância para todo o sistema de justiça (incluindo STF, PGR, MPF, PF) do Brasil ou, então, pare o mundo ou o Brasil porque eu quero descer…

    Vejamos abaixo:

    Nassif, (primeiramente existe aquele velho ditado: para bom entendedor, meia palavra basta) eu não sei se você teve tempo de ver e ler este artigo postado no seu blog assim como de ouvir este áudio antes.

    Se não ouviu, então, por favor, ouça o áudio atentamente, pois, na minha humilde opinião de leigo jurídico, este áudio poderá mudar tudo (basta lembrar do caso do grampo da conversa por telefone do Lula com a Dilma divulgado amplamente pelo juiz Sérgio Moro e seus desdobramentos), divulgue o mesmo pelo seu blog, faça um artigo só sobre isso, peça para sua filha caçula de 16 anos divulgar para os jovens por todas as redes sociais.

    Por favor, entre em contato o mais breve possível com um advogado e/ou jurista de ótima formação acadêmica, experiência profissional e boa idoneidade/bom caráter (como: Percival Maricato, Dalmo Dallari, Fábio Konder Comparato ou André Ramos Tavares com referência ao artigo postado ontem, dia 21/04/2016 no seu próprio blog pelo link https://jornalggn.com.br/noticia/para-especialista-stf-deveria-analisar-merito-do-impeachment) a fim de solicitar a verificação em algum instituto técnico de renome a comprovação de autenticidade do áudio e se o mesmo for verdadeiro, em seguida, entrar com uma representação, habeas corpus, liminar ou algum instrumento jurídico mais adequado junto ao atual presidente e ministro do STF Ricardo Lewandowski para requerer a nulidade dos atos do processo de impeachment.

    Caso o mesmo seja usado para provar que houve e está havendo uma total armação ou conspiração de uma grande parte da Câmara e do Senado (isto é, do meio político) junto, pelo menos, com uma parte significativa dos meios empresarial, financeiro e midiático contra a presidente Dilma, talvez ainda dê tempo de reverter todo o quadro atual, se Deus quiser. Temos que pensar e agir de forma positiva e rápida. Na minha humilde opinião de leigo jurídico, se este áudio for verdadeiro e puder ser utilizado como prova, então é a comprovação cabal do conluio e, com isso, tudo pode mudar. Não deveremos deixar acontecer no Senado o que aconteceu na Câmara.

     

     

    Luis Nassif Online

    Política

    Paulinho da Força fala sobre “financiar o impeachment”

    https://jornalggn.com.br/noticia/paulinho-da-forca-fala-sobre-%E2%80%9Cfinanciar-o-impeachment%E2%80%9D

    DOM, 20/03/2016 – 11:16

    Jornal GGN – Em áudio de fonte desconhecida, o deputado federal Paulinho da Força fala sobre os grupos interessados em “financiar o impeachment”.

    De acordo com o deputado, o impedimento da presidente só é viável graças à atuação de Eduardo Cunha. “O impeachment só está acontecendo por causa do Eduardo Cunha. Porque a oposição nossa é muito ruim”, disse Paulinho na gravação.

    “A oposição deu mais trabalho para nós do que o governo. Toda vez que a coisa ia andando a oposição atrapalhava”, reclamou.

    Ele trata a derrubada da presidente como negócio, e afirma que há pessoas interessadas em investir. “Tem muita gente querendo financiar esse negócio do impeachment. E a gente hoje, por exemplo, se quiser um adesivo do impeachment não tem, se alguém quiser pôr no carro”.

     

     

     

    Luis Nassif Online

    Política

    Compra de votos e distribuição de cargos, por Janio de Freitas

    https://jornalggn.com.br/noticia/compra-de-votos-e-distribuicao-de-cargos-por-janio-de-freitas

    QUI, 21/04/2016 – 08:5

    Jornal GGN – Em sua coluna na Folha de S. Paulo, Janio de Freitas comenta o desinteresse da Polícia Federal de investigar crimes no Congresso Nacional, mesmo diante de denúncias como a do jornalista José Casado, do O Globo, de que deputados teriam recebido ofertas de R$ 1 milhão por ausência ou R$ 2 milhões pelo voto no plenário. “Quem forneceu o dinheiro?”, questiona Janio. “O pato do Paulo Skaf há de saber, mas é parte interessada, muito”.

    Para ele, a oposição já joga com carta que ainda nem tem em mãos. “É Michel Temer quem agora opera o balcão de cargos. É a sua especialidade. Não só a comprovou no governo Dilma, como detém uma marca pessoal expressiva: o PMDB nunca foi tão fisiológico, chegando mesmo a chantagens explícitas antes de votações, quanto nos últimos cinco para seis anos sob a presidência de Michel Temer”.

    Da Folha de S. Paulo

    Os vencedores

    Por Janio de Freitas

    Mesmo que não console, deve reconfortar os vencidos que os criticados pelo “espetáculo vergonhoso e deprimente” do seu cretinismo, na votação do pré-impeachment, são os autores da vitória dada ao empresariado, à imprensa e aos derrotados nas eleições. Esses vencedores são muitos, porque beneficiários do resultado, mas o arquiteto da vitória, que fez a luta direta contra o governo, com atos e não palavras, foi um só: Eduardo Cunha, chefe de fato e de direito de todos os vencedores dentro e fora do Congresso. Quem perdeu pode ter o orgulho, também, de não integrar tal milícia.

    Clara nos números do placar, a vitória nem por isso se assenta neles. Outros números precederam aqueles, no dizer menos ou mais discreto de muitos. São os dados como artífices de viradas traidoras do contra para o pró-impeachment, de pessoas e de partidos. O governismo operava no balcão de cargos e liberações de verbas orçamentárias. O balcão de seus adversários não operava menos, embora, à falta de cargos, por outros meios. E também em outras horas: reuniões, de preferência, nas madrugadas em casas de parlamentares e lobistas, inclusive a residência oficial da presidência da Câmara.

    No dia seguinte à votação, o jornalista José Casado (“O Globo”) escrevia: “Deputados comentavam as ‘cotações’ do relativismo ético: R$ 1 milhão por ausência, R$ 2 milhões pelo voto no plenário”. De cotações nada ouvi, como não ouvi resposta para a questão de maior importância: quem forneceu o dinheiro? O pato do Paulo Skaf há de saber, mas é parte interessada, muito. E, conquanto se trate de um dos mais graves tipos de corrupção –corrupção do Congresso– já se viu que não sensibiliza a Polícia Federal, desinteressada até quando houve confissão de corrompido para aprovar a reeleição de Fernando Henrique.

    É Michel Temer quem agora opera o balcão de cargos. É a sua especialidade. Não só a comprovou no governo Dilma, como detém uma marca pessoal expressiva: o PMDB nunca foi tão fisiológico, chegando mesmo a chantagens explícitas antes de votações, quanto nos últimos cinco para seis anos sob a presidência de Michel Temer.

    Nesse negócio de cargos, aliás, Temer tornou-se o primeiro responsável pela eleição de Eduardo Cunha para a presidência da Câmara. Como presidente do partido, tinha plenas condições de mover os comandos e demover a candidatura, sabendo de quem se tratava, inclusive pelo noticiário policial. Considerou mais conveniente a conquista do cargo por quem parecia favorito, assim aumentando a força para obtenção de outros cargos no governo e na Câmara. A cobertura a Eduardo Cunha nunca esteve abalada.

    O crescimento, entre os vencedores, das opiniões pessimistas sobre Michel Temer e seu possível governo tem velocidade surpreendente. Nisso evidencia que não é constatação feita em 24 ou 48 horas. Já existia, com muitas razões para existir. E apesar da consciência de um agravamento perigoso da situação, a vontade de regressão se sobrepôs à causa do país. O PSDB, com a imediata recusa a se incorporar a um governo Temer, atesta sua convicção antecipada de desastre.

    É isso: o predomínio do desejo de regressão. Tanto e tão amplo, que já trouxe de volta à imprensa o ponto de exclamação em manchete, extinto há mais de meio século. Só que nem houve “impeachment!”. E se vier mesmo, o que dirá o título? O jornalismo regressivo mostrará. Talvez a volta à manchete legada à história pela “Gazeta” de São Paulo, há umas seis décadas: “Oba! Oba!”

     

     

    Luis Nassif Online

    Política

    Empresários garantiram jatinhos para transportar o “sim”

    https://jornalggn.com.br/noticia/empresarios-garantiram-jatinhos-para-transportar-o-sim-0

    DOM, 17/04/2016 – 20:05

    Jornal GGN – Mônica Bergamo, em sua coluna, recebeu informação do ex-ministro Eliseu Padilha, do PMDB-RS, e um dos principais articuladores do vice-presidente Michel Temer, que não temia a ausência de deputados na última hora, faltando à sessão, pois que o grupo pró-impeachment já havia se organizado para resolver a questão.

    Segundo informado, os problemas como atraso ou cancelamento de voos à Brasília foram solucionados graças a empresários que colocaram jatinhos executivos à disposição, buscando os parlamentares onde fosse necessário.

    Padilha informou que o impeachment já tinha 370 votos seguros. E não haveria problema nesta conta pois teriam aviões para buscá-los. Ele disse ainda que não soubera de nenhum caso de parlamentar utilizando o transporte colocado à disposição.

    Leia mais…

     

    ———————————————————————————————————-

     

    Na parte inferior do texto que é o espaço colaborativo dos comentários, existe um comentário postado por “Ockham” onde há duas fotos bem reveladoras da atual situação do impeachment (traduzindo: impugnação, cassação, impedimento ou destituição) ou golpe (neste caso é o termo mais apropriado pela realidade dos fatos), por exemplo, uma foto mostra o Paulinho da Força/Solidariedade, o Jovair Arantes e o Eduardo Cunha juntos e a outra mostra o Paulinho da Força/Solidariedade, o Aécio Neves e o Eduardo Cunha juntos, ou em outras palavras, elas dão uma ideia completa do que aconteceu infelizmente na Câmara dos Deputados Federais em Brasília no último domingo (dia 17/04/2016), está acontecendo e ainda vai acontecer no Brasil a esse respeito.

    As duas fotos poderão servir como prova também que eles têm uma parceria e afinidade muita ampla e irrestrita em todos os sentidos literalmente.

    Também mais uma citação de referência importante de quem conhece bem a Constituição:

    Segundo o ex-presidente do STF Joaquim Barbosa finalmente afirmou ontem (dia 22/04), com ênfase na atual situação política do Brasil, que a alegação sobre o processo de impeachment de Dilma é fraca, ou seja, é desproporcional tirar uma presidente através do fundamento de descumprimento de regras orçamentárias (créditos orçamentários e suplementares) num país como o nosso.

     

     

    Luis Nassif Online

    Política

    Paulinho da Força comanda o bolão de apostas do impeachment

    https://jornalggn.com.br/noticia/paulinho-da-forca-comanda-o-bolao-de-apostas-do-impeachment

    QUA, 13/04/2016 – 18:30

    Agência Brasil

    Carolina Gonçalves

    … Texto …

    Comentários:

    … Textos e Fotos …

     

     

    Luis Nassif Online

    Política

    “Alegação é fraca”, diz Joaquim Barbosa sobre impeachment de Dilma

    https://jornalggn.com.br/noticia/alegacao-e-fraca-diz-joaquim-barbosa-sobre-impeachment-de-dilma

    SEX, 22/04/2016 – 15:36

    ATUALIZADO EM 22/04/2016 – 15:46

    Do DC RBS

    “A alegação é fraca”, diz Joaquim Barbosa sobre processo de impeachment de Dilma em SC

    Com ênfase na atual situação política do Brasil, o ex-presidente do STF Joaquim Barbosa palestrou na manhã desta sexta-feira, em Florianópolis, durante a abertura do Simpósio das Unimeds, no Costão do Santinho. Pela primeira vez, Barbosa se posicionou sobre o atual processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Do ponto de vista jurídico, o jurista ressaltou que não vê problemas no andamento do procedimento. No entanto, acredita que há um problema na fundamentação do processo.

    — Sinto um mal-estar com esse fundamento. A alegação é fraca e causa desconforto. Descumprimento de regra orçamentária é regra de todos os governos da Nação. Não é por outro motivo que os Estados estão quebrados. Há um problema sério de proporcionalidade. Não estou dizendo que ela não descumpriu as regras orçamentárias. O que estou querendo dizer é que é desproporcional tirar uma presidente sobre esse fundamento num país como o nosso. Vão aparecer dúvidas sobre a justeza dessa discussão. Mais do que isso, essa dúvida se transformará em ódio entre parcelas da população. Quanto à justeza e ao acerto político dessa medida tenho dúvidas muito sinceras — afirmou.

    Leia mais texto…

     

     

    Luis Nassif Online

    Política

    Skaf e Paulinho da Força no golpe da liquidação da CLT, por J. Carlos de Assis

    https://jornalggn.com.br/noticia/skaf-e-paulinho-da-forca-no-golpe-da-liquidacao-da-clt-por-j-carlos-de-assis

    JOSÉ CARLOS DE ASSIS

    SAB, 02/04/2016 – 15:47

    … Texto …

     

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