A meritocracia e a redução de desigualdades

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Para combater desigualdades sociais e econômicas, deve-se atacar a meritocracia? O ataque à meritocracia resolve desigualdades? Claro que não.

A redução das desigualdades passa por caminhos muito diferentes deste seu ataque. Um deles é educação pública (gratuita) de qualidade, desde o pré-primário. E aí entra a meritocracia. Não há sistema de educação de qualidade que não se assente nela. Boas escolas são aquelas em que os melhores alunos e professores têm reconhecimento e recompensa, sendo sempre estimulados a melhorar. Sistemas de educação que NÃO se assentam no primado do mérito (onde todos são promovidos independentemente de aproveitamento, como a tal da progressão continuada, que, aliás, foi praticada no Rio e São Paulo) ACENTUAM a desigualdade. Se você quer de fato ajudar a reduzir desigualdades, um caminho é ajudar a construir uma educação pública, aberta a todos, de qualidade, assentada, por isso, na meritocracia.

A redução das desigualdades passa, também, por sistema público (gratuito) de saúde de qualidade. Novamente, para que tal sistema seja de boa qualidade, tem de se assentar na meritocracia, óbvio. Aos melhores profissionais de saúde, as melhores recompensas e o maior reconhecimento. É claro que os melhores profissionais de saúde têm de ser reconhecidos, pois produzem melhores resultados para a população; além disso, a todos profissionais é passada a clara mensagem de que, quanto melhor trabalharem, melhor serão recompensados.

Como, em geral, as pessoas buscam reconhecimento e renda, de preferência por caminhos éticos, o primado meritocrático contribui para a elevação da qualidade do sistema como um todo. Ademais, contribui para a melhoria das condições de trabalho, pois compadrio e nepotismo são enfraquecidos, reduzindo injustiças. Uma vez que a população em geral tenha acesso a serviço público de saúde que ofereça atenção pré-natal de qualidade, orientação e acompanhamento pós-natal de qualidade, programa vacinal de qualidade e remédios quando necessário, haverá a tendência das pessoas ficarem em pé de igualdade na aquisição de conhecimento nas escolas públicas e privadas. Como se vê, também por este caminho redutor de desigualdade, a meritocracia é essencial.

Há, ainda, para ajudar a reduzir a desigualdade, necessidade de garantir a segurança alimentar da gestante e filhos. Assim, você também pode ajudar a reduzir as desigualdades contribuindo para melhorar a eficácia e a eficiência do Bolsa-Família. Mas veja, sistemas eficazes e eficientes requerem comprometimento da organização com a qualidade, e isto só se consegue sob a meritocracia. Os funcionários do sistema têm de estar comprometidos com a qualidade e, para tanto, os que mais contribuírem para a qualidade do programa, aqueles com mais mérito, têm de ser recompensados. Ademais, além das condicionalidades para permanecer no programa, as famílias que tirarem melhor proveito dos benefícios, e um critério de avaliação do aproveitamento do benefício é o desempenho escolar dos filhos (mérito), têm de ser premiadas. A premiação das famílias cujos filhos tenham melhor desempenho escolar estimulará as demais a buscar o mesmo resultado, reduzindo a desigualdade. Aqui, igualmente, o sistema meritocrático é fundamental.

É claro que, em tese, você poderia tentar trilhar o caminho de uma revolução socialista que estatizasse os meios de produção, acabando teoricamente com explorados e exploradores, reduzindo, assim, a desigualdade, mas não parece haver condições para tal, tanto agora, quanto em futuro visível. Talvez, por este caminho, se conseguisse trilhá-lo, você reduzisse desigualdades, mas, não se iluda, mesmo e principalmente nele, a meritocracia seria essencial. Leve em conta, porém, que política é a arte do possível.

A meritocracia não é invenção capitalista, meu caro. Vem de muito antes, vem de antes da civilização, da época em que mais éramos primatas do que humanos. A natureza nos impôs a competição para ter o privilégio de procriar: machos tinham (e têm) de lutar entre si, um processo de seleção dos com mais mérito (mais forte e mais adaptado ao ambiente, e, agora, com mais fama ou dinheiro, ou cultura, isto é, tanto antes, quanto agora, com mais poder) para usufruírem do privilégio. O propósito do processo é produzir descendência com mais chances de sobreviver, e não o de perpetuar desigualdades, como você diria. E, em verdade, na natureza, tudo é competição, e só os melhores, isto é, os com mais mérito, sobrevivem. Isso é bom? Essa competição toda é boa? Não, não é, mas é assim, trata-se de fato da vida que acontece há muito tempo e por toda parte. Meritocracia não é invenção capitalista.

É claro que um sistema meritocrático feito por humanos pode e deve ter características “humanas”, ou melhor, humanistas, que amenizem os efeitos adversos da competição inerente aos sistemas meritocráticos. Contudo, não se pode abdicar da meritocracia, e não se abdica: mesmo os que a combatem, na hora de escolher um médico em situação de crise, por exemplo, escolherão sempre o que tiver mais mérito (conhecimento, comprometimento com o doente, mais experiência etc.) dentro de suas possibilidades. Fora da meritocracia, repito, não há salvação.

Dada a pergunta que me faz, vê-se que você quer enriquecer e quer enriquecer sem trabalhar. No entanto, você diz que meu comentário é pequeno burguês e reacionário! Seu desejo revelado na pergunta, um ato falho, ele, sim, é burguês (não sei se pequeno-burguês): ficar rico explorando a mais valia alheia, pois sem trabalhar. Quanto reacionarismo esconde o seu coração, meu caro.

Atacar a meritocracia e o trabalho, como você faz, não leva a nada. Em vez de atacar e tentar destruir, ofereça soluções, ajude a construir. Destruir, e infundadamente, só atrapalha.

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

21 Comentários

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  1. confusão

    Ha´uma confusão deliberada sua entre teoria darwinista e meritocracia. Você está sendo no mínimo intelectualmente superficial.

    A meritocracia no nosso sistema político econômico está sujeita a muitas das corrupções de propósito que o capitalismo impõe.

    Tem que se entender de uma vez por todas que o capitalismo se adpta a qualquer condição que lhe permita acumular capital sem restrições mesmo que para isto tenha que corromper qualquer ética que sustente um sistema meritocrático dos sonhos de qualquer idealista.A ética não é um fundamento existencial do capitalismo.

    Qualquer meritocracia razoável só sobrevive num sistema de democracia extremamente transparente permeável e provavelmente mais perdo do bem estar social …ou seja, segurando o leão da acumulação de capital bem a vista e com ação supervisionada.

    1. “Ha´uma confusão deliberada

      “Ha´uma confusão deliberada sua entre teoria darwinista e meritocracia. Você está sendo no mínimo intelectualmente superficial”:

      Ele ta certo do ponto de vista internacional, Alexandre:  quanto mais rico, mais “meritocrata” voce eh e mais voce se torna incapaz de distinguir entre “meritocracia” e darwinismo (vide banqueiros, por exemplo).

      E eh assim no mundo inteiro.

      Eh um ponto de vista definitivamente sociopata o que se anda por ai se fantasiando de “meritocracia”.  De fato, em um estreitissimo ponto de vista, eu compararia a “meritocracia” aa propria tecnologia, que eh desenvolvida por cientistas de todas as matizes, pra depois ser clamada pelos mais ricos como arma contra os pobres.  A “meritocracia” eh identica, um amontoado de conceitos estapafurdios que somente funcionaria em um corredor muito estreito de gente com o mesmo background, mesma educacao, e mesmas condicoes sociais.  O mundo nao eh isso.

  2. ampliar conceitos da meritocracia

    Concordo plenamente de que fora da meritocracia não há salvação. Entendo que o que precisa entrar em pauta é a ampliação do conceito de meritocracia que hoje praticamente se restringe a supremacia intelectual. Através de saberes cientificos é preciso que no setor público o pleiteante ao cargo tenha aptidão pública , hoje assistimos corruptos e despreparados emocionalmente ocupando estes cargos. No Brasil, paradoxalmente, é o setor privado quem menos previlegia a meritocracia preenchendo cargos por indicação e influência. A meritocracia brasileira esta estagnada na década de 1950 e precisa de reciclagem.

    1. Marcelo,
      Mas no setor privado

      Marcelo,

      Mas no setor privado o QI (quem indica) ainda considera o mérito. Não imagino alguém indicando um amigo ou parente desqualificado para uma posição na própria empresa que trabalha (ou na de um amigo), já que tal indicação irá “queimar” o indicador com os seus pares. O QI é mais uma forma de limitar a concorrência aos postos de trabalho mais valorizados e não de minar totalmente a meritocracia.

      Já no espaço público, no que diz respeito aos cargos de comissão, é tudo “blindado”. Raramente se sabe quem indicou a pessoa que cometeu o erro ou a falcatrua. E não é incomum a indicação de pessoas apenas pela proximidade política ou pessoal, ignorando qualquer mérito na decisão.

      1. publico contemplado

        olá Ed, tenho acompanhado a evolução da seleção de funcionários públicos e entendo que a disputa para um cargo publico é infinitamente mais rigorosa e democratica que no setor privado. No setor publico a seleção é entre milhares enquanto no setor privado a escolha recai num universo as vezes menor do que uma dezena. Os critérios para ascenção na carreira variam demais,mas a seleção inicial é muito mais meritocratica no setor publico. 

  3. Caríssimo, educar não é uma

    Caríssimo, educar não é uma competição. Nessa semana, vimos uma matéria atestando que a Alemanha, com um dos melhores sistemas educacionais do mundo, tem uma quantidade grande de analfabetos.

    Essa preocupação excessiva em formar campeões deixa mortos e feridos pelo caminho, e não raro não trazem nem os “gênios da meritocracia” que busca.

    Existem alguns com deficiências de aprendizado, outros com facilidade até demais, enquanto há os que vivem em condições sociais e humanas precárias. Para cada um deve haver pedagogia, ritmo, acompanhamento diferenciado, colocar todos num ranking gera um sistema artificial de campeões e perdedores.

    A vida, o mercado de trabalho já será duro o suficiente para cobrar mérito e competência dos futuros profissionais. O problema deste sistema de “rankings” é que geralmente não estimulam o livre pensar, a formação de cidadãos críticos, requisito básico para acionar o gatilho da criatividade que cria artistas, prêmios Nobel, e por aí doravante.

    1. interpretação pejorativa

      A competição é atavica e inerente ao ser humano seja na educação, na profissão ou nos esportes e a questão é como tornar valores, como a solidariedade e o equilibrio social mais relevantes do que a competição. Da mesma forma a competição é apenas mais uma das facetas da meritocracia e não deve necessariamente ser o principal atributo.  

  4. Ramalho12 deve ser um homem

    Ramalho12 deve ser um homem de fé e de boa vontade.

    O problema meu caro Ramalho12 é que desde sempre há formas e meios de a pretexto da ‘meritocracia’ reproduzir as exclusões sociais e as desigualdades de classe, cor, gênero etc.

    Para que haja justiça na ‘meritocracia’ é preciso que todos que disputem uma vaga em concurso público, por exemplo, tenham um mínimo de equivalência por ocasião do ‘tiro de largada’, equivalência que é piada neste País, como bem sabemos.

    Ademais, bem sabemos como se pode conservar as ‘reservas de mercado’ das corporações públicas e privadas, por artifícios os mais diversos, por meio de  “dissimulações, de pretextos de ordem técnica os mais sutis”, para excluir os ‘indesejáveis’ (no caso se tratava de excluir os negros e pardos do oficialato da Marinha de Guerra) como registrou Gilberto Freyre em Sobrados e Mucambos (cf. p. 726 da edição 14ª edição revista, Global, 2003).

    A propósito, não foi no governo FHC que se exigiu pós-graduação em determinadas instituições e não em outras omo condição necessária para até mesmo se prestar concurso público para o Banco Central?

    Enfim, o discurso que absolutiza a ‘meritocracia’ em nosso País, como o de Ramalho12, não leva em conta a nossa formação histórica escravista, cujas perversões persistem, para além de 1888 (como anteviu genialmente Joaquim Nabuco), e nesse sentido, o discurso meritocrático leva água – e muita – para o campo da reação, legitimando a reprodução da herança escravista ‘ad eternum’.

     

     

  5. Ah não, caro Nassif,
    sua

    Ah não, caro Nassif,

    sua produção de textos para debates de ideias é bem melhor do que este ai de cima.

    Que papo furado foi este de meritrocracia, educação, saúde e redução de desigualdades?

    Beira ao ridículo essa barboseira toda ai do texto.

    Vamos falar de meritocracia no Brasil.

    Peguemos os ensinamentos de Caio Prado e sua história econônica, os de Sérgio Buarque e seu “Raízes do Brasil e do Freyre e sua adorável Casa Grande conservadora e de quebra uma senzala( só pra citar alguns)

    Depois de entender de onde viemos, vamos recorrer à natureza- como se não fizéssemos parte dela – para dizer da meritocracia observada na “seleção natural”, com pitadas Weberianas e vomitar, sem saúde é claro, essas barboseiras matizadas pelo autor deste comentário estúpido. ( sem ad hominem desnecessário,  refiro-em ao comentário)

     

    Todavia, posso concordar com o autor da comentário, já deixando claro para os desorientados que não se trata de um paradoxo. Muito menos de tautologia de minha parte. Vejamos.

    Minha proposta bastante simples e fundamentada para alcançarmos a tão sonhada merdoritocracia , e talvez copiada das américas de povoamente.

    Trata-se de acabarmos com o direito de família. Isto mesmo. Vamos enterrar de vez com o clóvis patrimonialista bevilácqua reformado nos anos 2000.

    Acabemos com o direito de herança, sucessão, doação, bondade, CORDIALIDADE imbecil à moda de Sérgio Buarque etc.

    A partir daí, via mérito, DESDE O NASCITURO, vamos competir no MERCADO em busca dos melhores.

     

    Estou apostando aqui que imediatamente encontraremos favelados e escravos  que mesmo morando próximo ao esgoto a céu aberto( ainda hoje) darão  uma luneta de meritocracia criativa nessa gente que copia teses  alienígenas traduzindo-as de forma enviesada para um república federalista constitucionalista  de meia tigela, flagrantemente carregada de patrimonialismo estúpido e perverso, e ainda, com uma  divisão do trabalho para no rentismo. Uma divisão de trabalho que só faz gerar LUCRO de uma lado e TRIBUTOS indiretos  de outro.

     

    E o mentecapto vem aqui falar de meritocracia?  Ah! por favor…  

     

     

     

  6. O capital no século 21
    Uma das teses centrais do livro do Thomas Piketty é que meritocracia não existe de fato, por que as condições iniciais não são iguais.

    Em um pais como o nosso;ou melhor, em quase todo lugar, o discurso da meritocracia é muito usado pra reproduzir as estruturas estabelecidas.

    Meritocracia sim, mas temos que igualar as condições iniciais.

    1. E as “mediais” tb

      Uma das principais causas de fracasso escolar nos meios populares é a adoçao pela escola de uma língua que eles nao falam e que é a única considerada “boa”. Preconeito linguístico é algo sério, embora a maioria das pessoas nao reconheça isso. 

      1. Isso é menosprezar a

        Isso é menosprezar a inteligência dos estudantes. Todos haverão de ser capazes de aprender a língua-padrão. Se for aceito o vocabulário de cem ou duzentas palavras (entre as quais as onipresentes “bagulho” e “parada”), sem regras gramaticais, em breve estaremos grunhindo.

        1. Vc entende disso tanto como eu de Física Quântica…

          Ou seja, nada. 

          A fala é algo automatizado, que leva menos de um segundo entre planejamento e execuçao. Ninguém fala monitorando conscientemente, ou ficará completamente sem fluência, até pode gaguejar. Isso nao tem nada a ver com inteligência, até porque nenhuma variante da língua é superior a qualquer outra em termos linguísticos, só em termos de prestígio social. E todas as variantes da língua têm gramática, embora gramáticas levemente diferentes. E tamanho de vocabulário nao tem nada a ver com a variante linguística usada. 

          1. Mesmo tendo sido

            Mesmo tendo sido desqualificado de imediato, prossigo a conversa, se me for concedido absorver de sua sapiência um bafejo de conhecimento.

            Creio que deve haver um padrão de língua, sem o qual o país vira uma Babel. Muito bem, temos esse padrão, então não se trata de discriminar quem fala diferente, e sim de ensinar a forma padronizada. Não leva a nada dizer que nenhuma variante é superior a outra em termos linguísticos, porque temos de adotar uma dessas variantes, que já está determinada. Claro, sabe-se que a língua é mutante ao longo do tempo, mas aí é outro assunto.

          2. Continua manifestando incompreensao do que se trata

            Nao se trata apenas de “nao discriminar”. O que eu disse, e você nao entendeu, é que É IMPOSSÍVEL “ENSINAR” A FALAR SEGUNDO UMA VARIANTE DIFERENTE DA QUE SE DOMINA, porque o uso da linguagem é algo altamente automatizado e rápido; no máximo pode-se aprender a ESCREVER (escrita tem tempo de planejamento) de forma diferente da que se usa normalmente. Só que isso é um dos mecanismos que fazem com que pessoas de classe social diferentes entrem com condiçoes diferentes na escola.

            E NAO TEMOS que adotar uma variante nao. nada obriga a isso a nao ser exatamente os interesses da dominaçao social. Essa história da “Babel” é bobeira pura, o lingua já tem (e QUALQUER LÍNGUA TEM) várias variantes, e isso nao causa Babel nenhuma. E mudança nao é um assunto diferente de variaçao, é um resultado da variaçao. 

  7. A União Soviética…

    … só conseguiu a supremacia na corrida especial durante a maior parte do tempo porque havia meritocracia, desde o sistema educacional passando pelas Forças Armadas. A única diferença é que a recompensa não se dava em termos monetários. Artigo perfeito. O resto é papo furado de quem não quer ser cobrado de nada…

  8. Conservadorismo já desmentido inúmeras vezes

    Se fosse uma questao de mérito a melhor absorçao escolar de conteúdos, estaria provado que as classes médias e altas sao mais inteligentes que os membros das classes pobres, porque o fracasso escolar tem classe. Claro que nao é isso, e sim a desigualdade encoberta que subjaz ao sistema. Poderia aconselhar a leitura de Labov e de Bourdieu, especialmente, mas, para começar, há um livrinho pequeno da Magda Becker Soares sobre isso, chamado Linguagem e Escola. É um bom começo para entender a questao. 

  9. Só rindo!

    Cheguei doido do trabalho para ver o segundo tempo de Holanda x Argentina e liguei na ESPN. Quem está narrando?  Everaldo Marques. Ontem, foi o Paulo Andrade. Nenhum dos dois chega aos pés de Cledy Oliveira e Paulo “Amigão da Galera” Soares, mas são puxa-sacos do Trajano. Essa é a meritocracia brasileira. É claro que estou vendo o jogo, fraquíssimo, por sinal, no Sportv, com o Milton “Que Beleza!” Leite.  

  10. Como sempre, quem prega

    Como sempre, quem prega meritocracia não faz questão de definir o que seria o tal mérito a ser perseguido.

    Deixam cada um imaginar que o que quiser.

    Que conveniente.

     

     

    E de bônus ainda dá uma descrição errada da Teoria da Evolução.

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