Texto-base da reforma tributária segue ao Senado com aprovação calma na Câmara

Renato Santana
Renato Santana é jornalista e escreve para o Jornal GGN desde maio de 2023. Tem passagem pelos portais Infoamazônia, Observatório da Mineração, Le Monde Diplomatique, Brasil de Fato, A Tribuna, além do jornal Porantim, sobre a questão indígena, entre outros. Em 2010, ganhou prêmio Vladimir Herzog por série de reportagens que investigou a atuação de grupos de extermínio em 2006, após ataques do PCC a postos policiais em São Paulo.
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No Senado, o Projeto de Lei também precisa ser aprovado em dois turnos e com o apoio de três quintos dos senadores

Reforma tributária segue agora para o Senado, que deve agora começar as negociações para votar. Foto: Jonas Pereira/Agência Senado

A Câmara dos Deputados aprovou em dois turnos na madrugada desta sexta-feira (7), por 382 votos a favor, 118 contra e três abstenções, o texto-base da reforma tributária proposta pelo governo federal após meses de negociações. 

No formato de emenda constitucional, a reforma tributária segue para o Senado. Nesta quinta (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não era a reforma sonhada pelo governo, mas a reforma do diálogo e da democracia. 

No Senado, o Projeto de Lei também precisa ser aprovado em dois turnos e com o apoio de três quintos dos senadores. A reforma conta com o apoio da maioria das empresas e entidades patronais e pretende simplificar o sistema tributário.

Se aprovada, a nova norma isentará de impostos os produtos da cesta básica. Cria também o Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que unifica os cinco impostos que atualmente incidem sobre o consumo.

ICMS

O novo ICMS unifica dois dos três tributos arrecadados pela administração nacional (IPI, PIS e Confins), um de responsabilidade dos governos regionais (ICMS) e outro que é enviado para financiar as prefeituras (ISS).

O governo federal passa a arrecadar o novo ICMS e distribuir parte da arrecadação para as regiões e municípios com a criação de um fundo especial.

Ela contempla a aplicação de um imposto “seletivo” sobre a produção, comercialização e importação de produtos declarados nocivos à saúde e ao meio ambiente, como álcool, tabaco, refrigerantes e agrotóxicos.

Oposição

Conforme mostrou o GGN, a oposição pediu o adiamento da votação, tendo em vista que, apesar de o relator Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) ter negociado emendas com todos os partidos, os parlamentares do Partido Liberal pediram mais tempo para ler o texto atualizado do PL, apresentado à Casa no final da tarde.

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Renato Santana é jornalista e escreve para o Jornal GGN desde maio de 2023. Tem passagem pelos portais Infoamazônia, Observatório da Mineração, Le Monde Diplomatique, Brasil de Fato, A Tribuna, além do jornal Porantim, sobre a questão indígena, entre outros. Em 2010, ganhou prêmio Vladimir Herzog por série de reportagens que investigou a atuação de grupos de extermínio em 2006, após ataques do PCC a postos policiais em São Paulo.

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