Rui Daher
Rui Daher - administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor
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A última desgraça, por Rui Daher

Foram sete as pragas do Egito. Talvez, menos do que as que atingiram o Brasil nos últimos quatro anos.

A última desgraça, por Rui Daher

Pouco tempo antes do ano de 2018, escrevi várias colunas, aconselhando familiares e amigos, assim, como nos escritos públicos, para que tomassem cuidados com as pragas que atingiriam o Brasil nos períodos seguintes. Rara plateia acreditou. Muitos outros, mais talentosos do que eu, me deram importância, que nunca tive, e repetiram o vaticínio.

Começou pela Copa do Mundo FIFA, realizada na Rússia. Caímos nas quartas-de-final, para a Bélgica. Lá jogavam De Bruyne, Lukaku, Courtois. Poucos “solta a molecada, seu Tite”. Perdemos e a final foi França e Croácia. A primeira foi campeã e a segunda vice.

Da mesma forma pouco adiantou, e Jair Messias Bolsonaro, fantasiado de soldadinho, venceu o concurso de fantasias do Baile do Municipal do Rio de Janeiro.

Originalidade (usava os dedinhos das mãos em forma de ameaçadores revólveres), luxo (mudar da caserna para condomínio chique na Barra da Tijuca, RJ, e lá fazer a E.N.F.M, Escola Nacional de Formação de Milicianos. No currículo, a matéria principal: “Rachadiologismo”.

Valente, cheio de si, insano, quando no Exército, tentou uma rebelião para aumentar os soldos militares. Queria ganhar proeminência política entre os cabos rasos que, na época, como hoje em dia, querem ganhar mais para prestarem continência um ao outro, caiarem e pintarem meios-fios e troncos de árvores e arbustos (os de patente mais baixa). Os sem funções jogam peteca no Posto 6, da praia de Copacabana. Perdem para os marimbas.

Não serei exaustivo para contar-lhes o que a Bíblia Sagrada já o fez. Foram sete as pragas do Egito. Talvez, menos do que as que atingiram o Brasil nos últimos quatro anos.

Voltando ao futebol, segundo amigos, aos egípcios sobrou uma praga moderna. Mohamed Salah, atacante do Liverpool, da Inglaterra, não participou da Copa 2022. Pena, bom jogador.

Mais do que no futebol, em campo e fora dele, o Brasil perdeu feio. A Croácia, não apenas como vice-campeã, em 2018, será que teve sua imprensa perguntando “será esta a última Copa de Modric”?

Fosse instituída a Federação Internacional de Jornalistas Esportivos (FIJE), nem às eliminatórias chegaríamos.

Depois de me decepcionar com todos os analistas convencionais que acompanhei em todas as séries do Brasil e dos Regionais, foram mínimos os sinais de inteligência que percebi. No específico dos jogos, nas entrevistas pré e pós jogos, e nos comentários. Com raras exceções, beócios.

Até que me indicaram um oásis na TV UOL, a mesa-redonda “Posse de Bola”, que nem mesmo patrocínio vigoroso até agora conseguiu.

Me animei, poderia ser uma redenção. Lá estavam lá José Trajano, Juca Kfouri, Casagrande, Arnaldo Ribeiro, Milly Lacombe, Mauro César Pereira, Tirone.

Pensei, estou salvo, lembrando de “Linha de Passe”, da ESPN BRASIL, com as inestimáveis participações de Fernando Calazans e Márcio Guedes.

Que nada! Todos lá, antes da eliminação, esqueceram-se da Croácia para discutir se não é o caso de esta ser a última Copa “de quem ????” Neymar! Para eles, raivoso sim. “Ele atrapalha, toda tem que passar por ele”.

Como se em todas as seleções que têm um craque diferenciado não acontecesse o mesmo.

O cara, único, contra a Croácia, a ameaçar, em jogada magnífica dar de bandeja a classificação para o Brasil.

Casão (poupo-o do diminuto) diz não estar julgando o nativo de Mogi das Cruzes, depois nacionalizado em Praia Grande, Santos e Vila Belmiro. Os anéis fantasmagóricos de Walter Casagrande Jr. pareciam vociferar contra o “moleque” de 30 anos (“um velho”), e hipocritamente, repetia não estar se referindo aos aspectos políticos. Então, tá.

Pois deveria, Walter, você carregado na Democracia Corintiana pelo fenomenal Dr. Sócrates. Ou, pelo menos, levá-lo a assistir ao seu fracasso no Torino, da Itália.

Você e seus companheiros opinativos são uns perdedores no jornalismo esportivo. Tentem handebol. 

Rui Daher – administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor

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Rui Daher

Rui Daher - administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor

4 Comentários

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  1. Classificação para o Brasil?

    “O cara, único, contra a Croácia, a ameaçar, em jogada magnífica dar de bandeja a classificação para o Brasi”.

    De que classificação para o Brasil estás a falar, Sr. Rui Daher? O Brasil foi classificado?

  2. Rui comentarista, leia de novo o artigo do Rui Daher, com atenção. Ele não afirma que o Brasil foi classificado, diz que Neymar foi o único que ameaçou dar a classificação. Interpretação minha (estou errado ?), e quis dizer, mas não disse, só nas entrelinhas, que os outros, “jovens”, na partida contra a Croacia, esnobada pela crônica esportiva, se comportaram em campo pior do que o “velho”. A discordância é livre e democrática, mas eu concordo com o articulista.

  3. Bom dia, Eduardo.
    Tudo bem?
    “O Cara, único, contra a Croácia, a ameaçar, em jogada magnífica dar de bandeja a classificação para o Brasil”.
    Achei que o verbo ameaçar se referia à Croácia, e não ao Cara.
    Seja como for, acho que depois da palavra magnífica, merecia uma vírgula.
    Acho que o problema tá em mim, não no meu chará. Mas insisto na vírgula.

  4. Bom dia, Rui comentarista. Tudo bem, mas espero, desejo, que em janeiro estejamos melhor. Não, não vejo problema nenhum com você. E não divulgue, que não chegue ao conhecimento do Rui cronista rs rs rs, mas às vezes é mais fácil interpretar o escrito e o pensamento de James Joyce do que o do Rui Daher.

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