Atmosfera da Terra teve 26 explosões de asteroides desde o ano 2000

Jornal GGN – O cinema está cheio de histórias de catástrofes causadas no planeta por conta do impacto de asteroides, o que mostra certo fetiche e interesse das pessoas em relação ao assunto. E não é por acaso. Um novo estudo, divulgado no “Dia da Terra”, no último dia 22, mostra que a atmosfera de nosso planeta foi literalmente bombardeada 26 vezes por asteroides que causaram explosões cujas forças de impacto são similares a de bombas nucleares, variando de 1 a 10; 10 a 20 e acima de 20 quilotons de força.

Os dados são da Fundação B612, um grupo de caça de asteroides com sede na Califórnia, que fez a apresentação como parte de uma apresentação no Museu de Seattle. Os resultados foram coletados por meio da Nuclear Ban Treaty Organization, que usa monitora explosões nucleares ao redor do mundo. Eles captaram mais de duas dúzias de explosões “a mais” em todo o mundo – que não foram de testes de países –, e que variaram, em energia, na faixa de 600 mil toneladas de impacto.
A maioria das rochas explodiu na atmosfera em altitudes tão elevadas que não foram capazes de gerar qualquer tipo de dano na Terra: grande parte só gerou resíduos de rochas muito pequenos – às vezes como pó – antes de chegarem à superfície. Ainda assim, ambas as organizações argumentam que o número de impactos contra a atmosfera é motivo suficiente para prestar mais atenção ao que está chovendo das estrelas.

A Fundação B612 está tentando angariar fundos para a construção do primeiro telescópio em órbita do planeta com o objetivo exclusivo de monitorar a atividade de asteroides. Ed Lu, ex-astronauta e fundador da B612, afirma que o telescópio está orçado em US$ 250 milhões. A maioria dos colaboradores são privados, de acordo com a organização. Uma vez em órbita, o telescópio será capaz de detectar mais de 200 mil asteroides em seu primeiro ano de operação.

O recorde atual para a maioria dos telescópios terrestres é de identificar cerca de mil mil por ano. A maioria das organizações acreditam ter detectado mais de 90% dos asteroides próximos com tamanho de um quilômetro ou mais de diâmetro. Os menores, como a rocha de 18 metros que explodiu acima de Chelyabinsk, na Rússia, em 15 de fevereiro de 2013, ainda podem se aproximar sem ser detectados pelos radares em terra.

“Como não sabemos onde ou quando o próximo grande impacto irá ocorrer, a única coisa que impede uma catástrofe capaz de aniquilar uma cidade inteira é a sorte”, afirma Lu. “Menos de 10 mil dos mais de um milhão de asteroides perigosos com o potencial de destruir toda uma grande área metropolitana foram encontrados”. Embora as descobertas da B612 possam parecer alarmantes, Denton Ebel, curador de meteoritos do Museu de História Natural, em Nova York, diz que não está surpreso.

“Estas são explosões aéreas. É comum que os meteoritos explodam em pedaços quando entram na atmosfera. Essas coisas acontecem com bastante frequência. Mas, como vimos com a rocha que explodiu na Rússia no ano passado, essas coisas ainda podem causar danos. Se alguns têm mais ferro do que rocha, por exemplo, eles provavelmente têm uma melhor chance de na verdade incidir sobre a superfície”.

Em janeiro, Ebel também falou a respeito do meteoro de Chelyabinsk. Na época, ele afirmou ainda acreditar em mais financiamento dos governos para a pesquisa em asteroides, algo que a maioria das pessoas ignoram. “Os dinossauros merecem o que aconteceu com eles. Eles não entendiam o que estava acontecendo”, ironizou. “Vivemos em uma galeria de tiro. Os grandes foram encontrados, mas os menores nós não sabemos. Só porque não está chovendo agora, não significa que não vai cair nada amanhã”.

A seguir, um vídeo da Fundação B612 mostrando cada uma das explosões e suas localizações.

http://vimeo.com/92478179 width:650 height:394

Com informações do Mashable.

Redação

1 Comentário

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  1. Em janeiro, Ebel também falou

    Em janeiro, Ebel também falou a respeito do meteoro de Chelyabinsk. Na época, ele afirmou ainda acreditar em mais financiamento dos governos para a pesquisa em asteroides, algo que a maioria das pessoas ignoram. “Os dinossauros merecem o que aconteceu com eles. Eles não entendiam o que estava acontecendo”, ironizou

     

    Os dinossauros não sabiam e o que adianta que nós saibamos se um meteoro grandão resover nos brindar com sua visita?

    Realmente, para o grupo que vive em bisbilhotar os céus com verbas publicas este assunto é muito relevante.

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