Copom inicia reunião para definir taxa básica de juros

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) inicia hoje (2) à tarde a quarta reunião do ano para definir os juros básicos da economia. Atualmente, a taxa básica de juros, a Selic, está em 13,25%, após passar por cinco altas seguidas. A expectativa de instituições financeiras ouvidas pelo BC é novo aumento da Selic, de 0,5 ponto percentual.
 
Amanhã (3), após a segunda parte da reunião, o comitê, formado pelos diretores e presidente do BC, anuncia a decisão sobre a Selic.
 
As elevações da Selic são tentativas do BC de conter a inflação, que deve estourar o teto da meta para o ano. A meta tem como centro 4,5% e margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Ou seja, o limite inferior é 2,5% e o superior, 6,5%. Para as instituições financeiras ouvidas pelo BC, a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve chegar a 8,39%, em 2015. A projeção do próprio BC indica inflação este ano acima do limite superior da meta, em 7,9%.
 
A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.
 
Embora ajude no controle dos preços, o aumento da taxa Selic prejudica a economia, que atravessa um ano de recessão, com queda na produção e no consumo. Para o mercado financeiro, a economia deve ter retração de 1,27%, este ano.
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. Que manchete mais burocrática e preguiçosa

    “Em tempos de ajuste fiscal , Copom hoje pode decidir aumentar as despesas com juros em mais R$ 10 bi”

    Acho que seria mais apropriado para um blog progressista.

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