Segundo dados divulgados nesta segunda-feira (28) pelo Tesouro Nacional, no mês passado as vendas de títulos do Tesouro Direto pelo governo federal atingiram R$ 3,573 bilhões e superaram os resgates em R$ 982,8 milhões.
Os resgates totalizaram R$ 2,590 bilhões, sendo R$ 2,427 bilhões relativos a recompras de títulos públicos e R$ 163,2 milhões por vencimentos, quando o prazo do título acaba e o governo precisa reembolsar o investidor com juros.
Já a venda de títulos, o volume para o mês só foi menor do que o valor investido em julho de 2022, que chegou a R$ 4,006 bilhões. Houve queda em relação ao mês anterior, junho, quando as vendas atingiram R$ 3,811 bilhões.
O recorde mensal histórico do Tesouro Direto ocorreu em março deste ano, quando as vendas somaram R$ 6,842 bilhões.
No que se refere ao estoque, o total do Tesouro Direto alcançou R$ 120 bilhões no fim de julho, com aumento de 1,5% na comparação com o mês anterior (R$ 118,2 bilhões) e de 24,4% em relação a julho do ano passado (R$ 96,4 bilhões).
Apostas nos juros altos
A alta taxa de juros fez com que os títulos mais procurados pelos investidores fossem aqueles corrigidos pela Selic, a taxa básica de juros, que corresponderam a 65,6% do total.
O interesse por papéis vinculados aos juros básicos é justificado pelo alto nível da taxa Selic. Em março de 2021, o Banco Central (BC) começou a elevar a Selic. A taxa, que estava em 2% ao ano, no menor nível da história, saltou para 13,75% ao ano.
No início deste mês, o BC iniciou o ciclo de redução da Selic, mas, mesmo com a expectativa de queda dos juros básicos neste semestre, que não deve ocorrer de forma acelerada, os investidores continuam a comprar esses títulos.
Em julho, 339.220 novos participantes se cadastraram no Tesouro Direto. O número de investidores atingiu 25.006.870, alta de 24,9% nos últimos 12 meses.
O total de investidores ativos – com operações em aberto – chegou a 2.292.783, aumento de 12,4% em 12 meses. No mês, o acréscimo foi de 46.006 investidores ativos.
Governo vende e paga dívidas
A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos.
Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor ao investidor com um adicional que pode variar de acordo com a Selic, os índices de inflação, o câmbio ou uma taxa definida antecipadamente no caso dos papéis prefixados.
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