Justiça de Minas Gerais bloqueia R$ 11 bilhões da Vale

Somente no 3º trimestre de 2018, a companhia teve lucro líquido corrente de R$ 8,3 bilhões
 
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
 
Jornal GGN – A Justiça do estado de Minas Gerais determinou mais um bloqueio de contas da Vale S.A, no valor de R$ 5 bilhões, atendendo ao pedido do Ministério Público do estado, feito neste sábado (26). Esse é o terceiro bloqueio desde o rompimento da B1, barragem da Mina Córrego do Feijão, no município de Brumadinho (MG), na tarde de sexta-feira.
 
Até o momento, são R$ 11 bilhões bloqueados da mineradora. No último pedido, o Ministério Público definiu que o valor de R$ 5 bilhões será empregado, exclusivamente, na reparação de danos às vítimas, dado os “evidente e notórios danos morais, psicológicos, emocionais, comunitários, de saúde e culturais”, assinaram Maria Alice Costa Teixeira, Marcelo Schirmer Albuquerque, Cláudia Spranger e Márcio Rogério de Oliveira.
 
De acordo com os promotores, a Vale S.A obteve proveito econômico da exploração do minério local, portanto sua responsabilidade é arcar com o ônus do desastre. Segundo informação da própria multinacional, incluída na ação, só no 3º trimestre de 2018 a companhia teve lucro líquido corrente de R$ 8,3 bilhões.
 
O Ministério Público mineiro defendeu também que a Vale se responsabilize pelo acolhimento, abrigamento em hotéis, pousadas, imóveis locados, custo de translado, transporte de bens móveis, pessoas e animais, além da alimentação e fornecimento de água potável. 
 
Pouco antes desse pedido, o Judiciário mineiro havia tomado decisão de bloquear outros R$ 5 bilhões para reparação de danos ambientais. Também no sábado, o juiz de plantão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, em Belo Horizonte, Renan Chaves Carreira Machado, tinha determinado o bloqueio de R$ 1 bilhão. 
 
O Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos naturais Renováveis) também multou a Vale em R$ 250 milhões e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad) estipulou outra multa de R$ 99 milhões, além de decretar a imediata suspensão das atividades da mineradora na região de Brumadinho. 
 
Leia também: Buscas são retomadas em Brumadinho
 
*Com informações da Agência Brasil
 
Redação

5 Comentários

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  1. Sobre Mariana teve também tal teatro?

    – quanto foi bloqueado?

    – quanto foi multado?

    – quanto foi pago de indenizações, ou já foram pagas as indenizações?

    – quanto das multas já foram pagos?
    – há alguém da justiça ou órgãos públicos tentando aliviar as cobranças ou penalidades?

    Talvez o caminho de como, após mais de 3 anos tem sido tratado o caso de Mariana, onde os dejetos chegaram ao mar, isto nos mostre o caminho onde o deus mercado deve tratar o de Brumadinho. Ou como dizem, vão ficar embromando e se utilizando da morosidade da justiça brasileira e possível leniência de órgãos públicos.

    1. Nem um centavo

      “- quanto foi pago de indenizações, ou já foram pagas as indenizações?”

      A um ponto a compania pediu PROVAS documentais (!!!) de uma senhora REALMENTE precisar de, salvo engano, uma maquina de lavar roupas (ou coisa muito parecida).

  2. Apenas palavras?

    Uma tragédia recorrente.

    E o histórico da justiça não é bom!

    Basta procurar os arquivos do que foi falado da acidente de Mariana e o que realmente aconteceu…

    Coore o risco disto acontecer novamente…

    O poder econômico consegue reverter tudo…

     

  3. E agora, Messias?

    “Quer ir a Minas? Minas não há mais” — Drummond

    Nassif: nessa de bloqueio da grana da Vale, quanto será obocanhado pelos políticos do governo e seus amigos? Será que a despesa com a comitiva dos NaziSionistas e seu aparato de guerra está inclusa? Dizem que são especialistas em localizar objetos e pessoas há mais de 30m de profundiade do solo ou da água. Vão procurar os mortos, sem se preocupar com os vivos e os familiares em desespero. Típico dos Verde}Saúvas. E custarão uma grana preta. O gozado que a preocupação não inclui as outras mais de 300 barragens (só em MG) com semelhantes necessidade de averiguação. E ao invés de buscar ajuda na ONU, que tem um departamento ultra especializado nesse tipo de prevenção e desastre, vai buscar auxílio com seus parceiros de urna, os da EstrelaAmarela. O daBala até anunciou a chegada, quando sobrevoava a região. Acho que 11bi não vai dar pra cobrir tanta mordomia. Haja Petrobras, pra pagar tanta conta… Mas foi a última vez. Os dejetos, de agora em diante, serão despejados na Bahia.

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