Emprego melhora, mas economia alemã continua sob dúvidas

Jornal GGN – O desemprego alemão caiu em fevereiro para seu nível mais baixo em quase um ano e meio. A notícia foi encarada como um bom presságio, já que o governo espera que o ajudarão a conduzir o crescimento este ano.

De acordo com o portal Business Insider, o número de pessoas sem emprego na maior economia da Europa registrou uma diminuição de 14 mil pessoas na busca de um emprego. Agora, os desempregados do país somam 2,914 milhões, segundo dados da Secretaria de trabalho. Isso significava que há menos desempregados na Alemanha do que em qualquer outro momento, desde de setembro de 2012. Foi a terceira queda mensal consecutiva no desemprego.
 
Para os especialistas entrevistados, a melhora no mercado de trabalho aumenta as expectativas de que os salários também aumentarão, o que também deve alimentar o consumo interno. Isso deverá permitir que a Alemanha passe a confiar em sua demanda doméstica como fomentador do crescimento em 2014, uma vez que as exportações podem enfrentar um pouco de pressão devido à crise nos mercados emergentes.
 
Dados do Escritório Federal de Estatísticas divulgados nesta quinta-feira (27) mostram a escalada para um recorde de quase 42 milhões de empregos. Isso, juntamente com a inflação moderada, um esperado aumento de salários e taxas de juro baixas, deve encorajar os tradicionalmente parcimoniosos alemães a consumir ao invés de poupar.
 
Berlim espera que o consumo privado, que impulsionou o crescimento em 2013, aumente 1,4%, assim como os trabalhadores se beneficiem de um aumento no emprego – um recorde esperado de 42,1 milhões este ano e um nominal 2,7% em ganhos.
 
A confiança do consumidor local também subiu para seu nível mais alto em sete anos. Os compradores da maior economia da Europa se tornaram mais otimistas sobre sua renda futura, segundo mostrou uma pesquisa da GfK esta semana. A taxa de desemprego permanece em 6,8%, seu nível mais baixo desde a reunificação alemã, mais de duas décadas atrás. 
 
Isso faz da Alemanha o mercado de trabalho mais desejado da zona do euro, disparando em relação a países como a Grécia, por exemplo, onde mais de um em cada quatro pessoas estão desempregadas.
 
No entanto, nem tudo são flores na maior economia do bloco do euro. Algumas empresas estão cortando postos de trabalho. A Barmer GEK, maior fornecedor de seguro de saúde estatutárias da Alemanha, disse esta semana que estava cortando 3.500 empregos, ou 20% do total de trabalhadores, em resposta às condições de mercado e mudanças no comportamento do cliente, que se deteriorou. Dados preliminares de inflação devem revelar nos próximos dias que os preços ao consumidor aumentaram 1,3% ao ano em fevereiro.
 
Indicadores recentes têm sido otimistas, mas os dados mostram que as exportações, produção industrial e ordens caíram em dezembro, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu apenas de 0,4% no quarto trimestre.
 
Alguns economistas têm sugerido, portanto, que a economia alemã pode não estar se saindo tão bem como pesquisas sugerem.
Redação

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