CGU pede mais seis processos contra empresas da Lava Jato

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Ao todo, já são 24 empresas na mira da CGU. Para evitar a falência e o impacto econômico negativo, a Controladoria tenta acordo de leniência com a primeira empreiteira
 
 
Jornal GGN – A Controladoria-Geral da União (CGU) soliticou a abertura de mais seis processos administrativos contra empresas envolvidas na Operação Lava Jato. Se as empresas forem responsabilizadas, poderão ser impedidas de celebrar novos contratos, sofrer multas e até outras penalidades.
 
Tome Engenharia, Egesa Engenharia, Carioca Christian Nielsen, Skanska Brasil, Eit Empresa Industrial Técnica e MPE Montagens e Projetos Especiais são as empresas, que serão notificadas nos próximos dias.
 
Ao todo, já são 24 empresas com processos de responsabilização em decorrência das investigações da Operação Lava Jato. Também há a possibilidade de novos processos administrativos serem abertos contra outras empresas.
 
Nesta terça-feira (17), a CGU havia anunciado um “memorando de entendimentos” com a holandesa SBM Offshore, uma das acusadas de ter pago propina a funcionários da Petrobras. Trata-se de uma negociação para firmar acordo de leniência.
 
Segundo nota de esclarecimento da CGU, o memorando “contém a base para discussões entre a empresa, a CGU e a AGU para um potencial acordo mutuamente aceitável, e para o fornecimento pela SBM de informações relevantes para as investigações da CGU”.
 
Esse acordo ocorre antes do de leniência, para que a empresa reconheça ter praticado irregularidades e possa definir o nível de comprometimento com as investigações, como o ressarcimento dos cofres públicos e fornecimento de informações relevantes para as denúncias.
 
Leia mais:

 
O acordo previne a quebra dessas empresas e o impacto disso na economia brasileira. Sem ele e adotado o pacote de ações sugeridas pelo MPF para punir as empreiteiras (além da multa de R$ 4,47 bilhões por desvio de recursos, a proibição de contratação junto ao poder público e a suspensão de acesso a benefícios fiscais e creditícios), o resultado seria a falência de grupos de empresas.
 
Em troca das colaborações no pacto de leniência, as empreiteiras recebem punições mais brandas, mantendo alguns comprometimentos, como ressarcir o erário e estabelecer normas para a mudança de práticas corruptivas.
 
O MPF tem se posicionado com resistência ao acordo. O memorando com a SBM Offshore pode repercutir na primeira negociação deste tipo no Brasil. 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

7 Comentários

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  1. quando proibiram o bingo

    no brasil, não ouviram o argumento de que tiraria empregos, agora ficam com essa ladainha com essas empresas que viviam de corrupção, que venham empresas estrangeiras que empreguem os operários e que novas empresas nacionais surjam agindo honestamente(na medida do possível pq sabemos que para ter lucro ñ dá para ser 100% honesto, nem 50%…)

    1. Gabriel, você é um grande

      Gabriel, você é um grande piadista né?

      Comparar o Bingo com a indústria naval, petrolífica e de engenharia de infraestrutura é uma piada muito engraçada.

        1. Aff que dramático. Só pra

          Aff que dramático. Só pra você ter ideia meu jovem, em um dia a Petrobrás lucra 10 vezes mais que todo o dinheiro desviado pelos diretores corruptos.

           

          Que piada comparar a “dignidade” do bingo com uma indústria que gera centenas de milhares de emprego e que coloca o Brasil entre os países que produzem tecnologia de ponta. 

    2. Xará a SBM é

      Xará a SBM é estrangeira!!!

      Empresas estrangeiras também corrompem. Acorda! A questão não é esta! Você acho que corrupção é privilégio de algum partido ou empresa??? O que não podemos é parar a economia e gerar desemprego. Vamos buscar e propor soluções que minimizem o empacto na economia do país = responsabilidade social!

  2. Vamos ver se as parasitas do

    Vamos ver se as parasitas do MPF que querem transformar o Brasil em pó(nenhuma referência proposital ao aecioporto)  permitem

  3. EIT

    “Eit Empresa Industrial Técnica”… podem esperar, essa vai escapar; e por que?

    Por trás dela está nada mais nada menos que José Agripino Maia; as más línguas aqui do RN dizem que ele é um dos verdadeiros donos da empresa e que se utiliza de laranjas para que a empresa não tenha contratos sob suspeitas aqui no estado e no resto do Brasil (no Governo de Wilma de Farias, foi umas das empresas mais “sorteadas” em obras públicas por aqui (estradas, prédios, etc)).

    Como ele é um dos arautos da ética e dos bons costumes republicanos, minha bola de cristal diz que:

    – A EIT não vai ser incomodada;

    – E a Globo nunca, nunquinha, vai citar a empresa como suspeita dessa prática que só diz respeito aos petistas: a corrupção.

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