Ministro da Agricultura de Temer teve investigação arquivada por Toffoli

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – Nas mãos do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), o inquérito que investigava o senador Blairo Maggi (PR-MT) na Operação Ararath, da Polícia Federal, foi arquivado. O agora ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento assume sem fichas judiciais.
 
Acusado inicialmente de envolvimento em esquema de lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva, a investigação iniciou quando uma denúncia levantou que uma instituição financeira atuava sem autorização do Banco Central, servindo de fachada. 
 
Maggi teria se beneficiado quando era governador de Mato Grosso, supostamente comprando vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), que fiscaliza os gastos do governo matogrossense. 
 
Mas o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, voltou atrás da investigação e apontou que não havia mais indícios suficientes de crime praticado pelo senador. 
 
“Tais circunstâncias não são suficientes para dar-se prosseguimento à investigação contra o senador Blairo Maggi, em especial porque o próprio colaborador que fez referência ao parlamentar retratou-se do seu depoimento neste ponto”, disse Janot, em referência a um dos investigados que se retratou da delação, solicitando, assim, o arquivamento.
 
Para a PGR, não haveria mais provas suficientes para “alcançar prova razoavelmente efetiva e conclusiva de execução direta ou participação”. Com o pedido de Janot, poucos dias antes de Blairo Maggi ser anunciado como o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, do governo interino de Michel Temer, Toffoli decidiu arquivar o processo.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

10 Comentários

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  1. O escarnio do PGR

    Que coisa estranha. Para prender Lula e Dirceu, qualquer indicio mequetrefe vale. O fulano ouviu dizer que Lula compra pão na padaria ao lado de um sitio e, logo, o sitio é dele e se é dele é porque foi dado em troca de favores e…..

    Agora quando se trata dos grande roubos do erario, Janot e o STF sempre encontram uma maneira de colocar fim às investigações do MPF. Nunca ha indicios suficientes. E os grandes ladrões da republica continuam ai, fazendo seus discursos hipocritas e com as suas contas offshores bem gordas.

    1. Claro, claro. O Delcídio

      Claro, claro. O Delcídio disse que a Dilma acabou com a festa dos Cunhas em Furnas, isso é um grande crime, deixar o cheirador sem mensalão pode deixá-lo em abstinência. 

    2. Ivan

        Neste caso eu concordo com você. Mas pelo que entende que houve uma denuncia que não foi investigada. Seria uma atitude leviana sair investigando toda e qualquer denuncia, mas no âmbito da política, requer um tratamento diferenciado.

  2. Incrível esse douto janot(a):

    Incrível esse douto janot(a): quer dizer que alguém delata e o mpf não determina que a pf investigue? Depois, como niuma investigação foi feita, basta dar um “aperto-retratável” no delator que o janot(inha) manda arquivar? E posam de “herois da cangibrina”…

  3. Como eu disse antes e insisto

    Como eu disse antes e insisto em repetir, o STF é criminoso e vocês deveriam parar de agir como se ele devesse ser obedecido.

  4. O Judiciário de hoje faz o trabalho

    O Judiciário de hoje faz o trabalho sujo que o exército fez em 1.964, defendendo os diretios dos latifundiários, dos rentistas e dos industriais loucos por favores do governo.

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