todos temos o habite-se do tempo
fosse eu o nascedouro da potência
te dava a minha mão desordenada
tivesse eu a clara contundência
com a carne envolvida e revogada
o osso calcinado, a clarabóia
a pele traduzida na fumaça
se brotasse em cemitérios de pistóia
meu dedo natural de alcobaça
estrada do teu corpo que me guia
meu olho se perdeu na lua fria.
romério rômulo
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…
Um fato marcou a minha vida para sempre: eu nasci!… O resto foi uma mera sequência de acontecimentos, que já é passado.
Neste instante, vivo o presente (que ainda não é fato), que está sendo feito, que pulsa no ritmo do meu coração, que passa na velocidade do meu pensamento, cheio de lembranças, sonhos e, desejos… Tudo tão efêmero quanto a própria existência. Outro fato irá selar a minha vida… Então, o mundo já não existirá para mim.
Luiz Colares