O jornalismo cabo eleitoral na disputa do STJ

Quem acha que há jogo sujo apenas nas disputas para cargos políticos no Executivo, não viu nada.

É só conferir a escandalização que o Estadão promoveu contra o advogado Marcos Vinicius Coêlho quando se candidatou à presidência do Conselho da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

Nas disputas para tribunais superiores, o  jogo de intrigas é mais pesado. Candidatos contratam assessorias de imprensa, marqueteiros em geral e recorrem a repórteres e veículos partidários, os chamados jornalistas “sela”, que se deixam cavalgar pela fonte, além de escaramuças através das redes sociais..

A matéria do Valor de hoje – “Lava Jato leva ao STJ disputa política inédita” – é uma campeã desse jornalismo de intrigas. Lança suspeitas sobre candidaturas não endossadas pelas fontes do repórter, para realçar aquelas apoiadas de forma subreptícia.

É impossível que a quantidade de informações desairosas sobre diversos candidatos tenha sido fruto de pesquisas isentas da reportagem. Recebeu o prato feito das suspeitas abstratas de uma fonte com interesses bem concretos.

A reportagem crucifica um candidato acusando-o de ser o preferido de José Dirceu. Como se Dirceu tivesse algum poder. Outro é queimado por ser do Rio Grande do Sul e poder ter sido indicado por Carlos Araújo, o ex-marido de Dilma. Um terceiro é colocado sob suspeita de ser indicação de Renan Calheiros. Outro é fuzilado por ser garantista – isto é, seguidor das garantias legais dos acusados.

Como um mero repórter de polícia, o autor da reportagem criminaliza a sentença de outro candidato que desbloqueou o capital de giro da Alston – sem sequer entrar no mérito, como faria um bom repórter do Judiciário.

Depois, apresenta os juízes “bem vistos” pelos “bons” e sem nenhuma mancha em seu currículo. Não caísse na simpatia das fontes do jornalista, qualquer sentença passada de qualquer um deles seria utilizada para marcá-los. Ou seja, a decisão de separar os candidatos entre “bons”  e “maus” é exclusiva do repórter. Ou melhor, de suas fontes.

Posto que homens “bons” não recorrem a tais expedientes, a grande interrogação é sobre a autoria do dossiê utilizado pelo jornalista. Pode ter certeza que um dossiê dessa natureza só pode ser proviente de esquemas barras-pesadas..

Luis Nassif

21 Comentários

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  1. Juízes devem ser “low profile”

     

    É por isso que temos cada vez menos juízes “low profile”.

    Estamos na era dos juízes “hign profile”.

  2. STJ

    Como a nomeação é da presidenta da República, não acredito que esses comentários atinga os bons nomes, que podem prestar um grande serviço á população que precisa da Justiça.

     

    1. O objetivo da Valor não é

      O objetivo da Valor não é derrubar a escolha de Dilma, é derrubar a imagem da Dilma, como quer a “oposição”.

      Claro que se um jornalista como esse, dessa revista, consegue provocar a derrubada de um governo inteirinho – como foi o caso de Bob Woodward e do Carl Bernstein, do Washington Post, no caso Watergate – essa é a glória. Há muitos jornalistas atualmente – sociedade de espetáculos – que confunde Jornalismo com Publicidade, que se deixa seduzir pela “Síndrome de BBB” (Big Brother Brasil). Agora se esse cara faz um bem ou um mal à sociedade, isso não é problema dele. Fazer bem ou mal à sociedade é responsabilidade de quem está no governo.

      A propósito, alguém sabe o nome do jornalista responsável por essa matéria, da Valor?

  3. Como disse o emissário de um banqueiro

    Como disse o emissário de um “famoso” banqueiro, “Nosso problema é só nas instâncias inferiores da Justiça”. Hoje não resta dúvidas que não se tratava de bravata, e sim de um FATO.

  4. Assuntos aparente desconexos

    Assuntos aparente desconexos possuem um fio condutor, que nos permite parafrasear aquele estadunidense, que ‘aconselhava’ homens públicos daquele país: “É a Política, seu estúpido!” Basta lembrar o ‘interrogatório’ a que foi submetido Luiz Edson Fachin, precedido das diversas matérias desabonadoras sobre ele (todas falsas e sem fundamento, òbviamente) publicadas pelos veículos do PIG. Rodrigo Janot – pouco antes de ser reconduzido à PGR – quis impressionar a patuléia da esquerda, oferecendo denúncia conta Eduardo Cunha no STF; a denúncia (embora bem fundamentada e bem redigida) não deu em nada até agora, já que a defesa do deputado pediu, e obteve, prorrogação do prazo para apresentação da peça de defesa do parlamentar. Quando o político boquirroto Gimar Mendes foi indicado para o STF, a ‘mídia amiga’ não fez qualquer questionamento; GM era da AGU e instava pessoas do governo a descumprirem a Lei, afrontado o próprio STF; nem assim a ‘mídia amiga’ viu óbices à indicação desse político retrógrado e sem voto, para ocupar uma cadeira da suprema côrte brasileira. O ilustre professor e jurista Dalmo Dallari foi uma das poucas vozes que se levantaram contra a indicação de GM, escrevendo contundentes e históricos artigos sobre o retrocesso que represntava tal indicação; hoje, 13 anos depois, vemos a profecia de Dalmo Dallari se cumprir.

    Dias Toffoli foi desqualificado pela mídia, por ter pretado serviços ao PT, como advogado. Hoje, depois que ele se aliou a GM, nenhuma matéria desabonadora é publicada nos veículos da mídia comercial. Joaquim Barbosa só recebeu os holofotes da mídia, quando passou a atuar como um troglodita e um carrasco dos líderes petistas a quem havia procurado antes, quando pedia para ser indicado para ocupar uma cadeira no STF. Augusto Nardes, que escapou de processo e condenação porque uma operação da PF em que as falcatruas dele eram investigadas foi anulada, tornou-se o ‘queridinho da mídia comercial’ quando passou a se comportar como um golpista, disposto a usar o cargo no TCU, para embasar – de forma supostamente técnica – um parecer de desaprovação das contas do governo Dilma em 2014, forncecendo ao Congresso Nacional um fato fato que pudesse embasar a admissibilade do processo de impedimento do mandato da presidente Dilma Roussef. A PEC da bengala, que poucos sabem ter sido formulada pelo ex-senador Pedro Simon (com o objetivo de que Paulo Brossard pudesse presidir a côrte), ficou engavetada por anos, sem ir a votação na Câmara. Eduardo Cunha, quando assumiu a presidência da Câmara, fez um pacto com a mídia comercial, que o protege; ele não apenas colocou em votação a PEC da bengala, como retirou dos escaninhos todas as propostas conservadoras, que limitam os direitos dos trabalhadores e cidadãos e aquelas que implicam em aumento de despesas para o GF, num momento em que o País passa por dificuldades. A atuação da PF, do MP e do PJ – sobretudo aa figura do juiz federal sérgio moro – é claramente político-partidária, visando enfraquecer, inviablizar ou derrubar o governo, além de aniquilar o PT e a esquerda.

    Ao fim e ao cabo: “É a Política que norteia as grandes decisões”. O resto é firula.

     

  5. Imposição da Ideologia pelos meios de comunicação hegemônicos.

    Acabei escrevendo um texto que fala dessa temática do Jornalismo dos meios de comunicação hegemônicos à serviço da imposição de uma Ideologia. Cabe nesta temática ligada ao Judiciário e o Jornalismo cabo eleitoral.

    Existe uma polêmica diária em torno dos meios de comunicação brasileiros hegemônicos controlados por poucas famílias: a sua partidarização.

    Conforme a escolha ideológica de um personagem da Vida Pública um tratamento diferenciado (positivo ou negativo) por parte do Jornalismo brasileiro hegemônico. Por que assim ocorre?

    Fiz um artigo longo e detalhado na busca de desvendar aos leigos os motivos desta partidarização e tratamento diferenciado conforme a escolha ideológica das pessoas. Dividi-o em 4 pontos centrais:

    1) Ideologia dos meios de comunicação e Vida Pública.

    2) Ideologia dos meios de comunicação hegemônicos e LULA.

    3) Ideologia dos meios de comunicação hegemônicos e AÉCIO.

    4) Democratização dos meios de comunicação.

    Posto aqui.

    Meios de comunicação hegemônicos brasileiros: a imposição de uma ideologia.

     

    1) Ideologia dos meios de comunicação e Vida Pública.

    Infelizmente, no Brasil de hoje muitas pessoas públicas estão sendo julgadas negativamente e de antemão, tornando-se “culpadas” sem motivos concretos, tendo suas imagens/reputações destruídas via meios de comunicação hegemônicos.

    Julgadas negativamente sem termos como fio condutor as suas condutas éticas e a honestidade delas.

    As pessoas estão sendo julgadas negativamente tomando por base a postura político-ideológica que possuem, o partido que são filiadas e as bandeiras sociais e individuais que defendem: socialismo, comunismo, contra maioridade penal aos 16 anos, a favor das cotas, em defesa do Bolsa Família, em defesa da legalização do aborto, em defesa da legalização das drogas, em defesa do LGBT, etc.

    No Brasil os meios de comunicação são controlados, quase que exclusivamente, por poucas famílias bilionárias e que para a imensa maioria dos brasileiros é a única forma de se obter/receber informações do cotidiano do Brasil e do Mundo. Elas monopolizam e são única fonte de notícias em bem mais de 80% dos lares brasileiros.

    A mais forte destas famílias é a família Marinho dona da Rede Globo de Televisão, Globonews, Rádio Globo, CBN, Jornal O Globo, Portal G1, Revista Época, etc.

    Para termos uma Ideia do poderio da Rede Globo é só imaginar que ela detém mais de 40% da audiência em TV aberta e controla mais de 70% do mercado publicitário do País – além de controlar canais de TV por assinatura, jornais, revistas, editoras, gravadoras e produtoras, desenhando um cenário de evidente monopólio. (informação publicada pelos membros da Coordenação Executiva do Intervozes Pedro Ekman e Bia Barbosa em 03/06/2014 – Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação).

    http://www.fndc.org.br/

    Outras famílias importantes:

    A família Saad do grupo Bandeirantes – Band, Band News FM e TV Band News; os Civitas da Editora Abril – revistas Veja e Exame; os Frias do Jornal Folha de São Paulo e do portal UOL; os Mesquitas do Jornal Estadão; e o grupo Sirotsky da RBS e do Jornal Zero Hora. Além do dos donos do SBT (Sílvio Santos) e da Rede TV (Amilcare Dallevo Jr e Marcelo de Carvalho Fragali).

    No mais longínquo rincão do Brasil você vai assistir televisão e encontrar os canais: Rede Globo, Band, SBT e Rede TV.

    Existe, também, com grande penetração e audiência a Rede Record e Record News, coloco em separado, porque ela destoa um pouco do radicalismo Ideológico dos outros grupos de comunicação. 

    E estas poucas famílias defendem, diariamente, uma Ideologia idêntica.

    Ser e estar em um campo político-ideológico diferente destes meios de comunicação e querer adentrar na Vida Pública tornou-se um risco para qualquer cidadão.

    Toda e qualquer Ideologia que não combine com os interesses destes meios de comunicação e que são hegemônicos estão sendo desmerecidas no Brasil através dos noticiários de rádio e TV, através das capas, manchetes e matérias de revistas, jornais e dos portais que eles monopolizam, etc. e seus ideólogos, seus partidários e seus militantes (contrários à Ideologia destes meios de comunicação hegemônicos) acabam sendo desrespeitados em sua dignidade humana, em seus direitos civis e em suas reputações, mesmo em se tratando da pessoa mais honesta e solidária que se tenha notícia e que fale a verdade. Tudo porque a pessoa não defende cotidianamente em governos, parlamentos, movimentos sociais, ambientes acadêmicos, no Judiciário, etc. a Ideologia destas famílias.

    O mundo do dinheiro (o do 1% da população mundial) é a Ideologia que estes meios de comunicação hegemônicos se tornaram viciados em defender. Este mundo não olha para nenhuma pessoa como um Ser Humano, a pessoa é apenas alguém que precisa servir ao Capital, defender as riquezas do Mundo real nas mãos de poucos.

    A pessoa precisa olhar a sociedade como uma relação de trocas, porém, não é uma troca afetiva, amorosa e nem humanitária, mas sim, uma troca em que o centro do relacionar-se é o olhar para o dinheiro, o lucro, as ações na bolsa, a cotação do dólar: o quanto vou favorecer os ricaços do Mundo.

    Se a pessoa defender os ricaços do Mundo estará livre de qualquer assassinato de reputação, de qualquer possibilidade de ser taxada de corrupta, de ter sua honra maculada, de ser perseguida e terá tranquilidade e microfones para candidatar-se à Vida Pública e apoio midiático em sua empreitada na Vida Pública mesmo que cometa grandes erros administrativos e seja corrupto.

    Quem seguir a Ideologia dos meios de comunicação destas poucas famílias no Brasil pode tudo, até ser o mais desonesto, mentiroso, racista e preconceituoso sujeito. Quase não será incomodado e até defendido.

    De repente você me pergunta: mas como posso sair afirmando que estas poucas famílias defendem em seus noticiários o mundo do dinheiro?

    É só você pesquisar os “comentaristas da emissora” e/ou “especialistas” em Economia e os temas recorrentes a que eles são chamados a opinar nesses meios de comunicação.

    Veremos que o especialista virá nos microfones e páginas escritas destes meios de comunicação em defesa do tal “mercado”, a solução para todos os problemas econômicos do Brasil e do Mundo.

    O especialista falará que o mercado não recebeu com muita satisfação o pacote do Governo; que a cotação das ações da Petrobrás está em baixa e é prejudicial para os investidores da Bolsa; que o custo do trabalhador no Brasil é alto e prejudicial para o empresariado investir; que o Estado é um “elefante branco”; que o Governo precisa cortar ainda mais os seus gastos; que precisamos privatizar as empresas públicas que ainda são controladas pelo Estado, etc.

    Observamos que não se tem o costume de dar o uso da palavra falada ou escrita para uma pessoa que faça a defesa do Estado; do investimento público; para quem defenda os trabalhadores (os sindicalistas e suas as reivindicações para a classe trabalhadora); para quem defenda o fortalecimento da Empresa Pública; para quem esteja do lado dos movimentos sociais e defenda maior participação do Estado nos investimentos governamentais nas áreas sociais ligadas à saúde, educação, transporte, moradia, etc.

    O Estado é sempre colocado como o mal da sociedade e o mercado, esse ente invisível, é um deus. O mercado não vê com bons olhos isto, aquilo, aquilo outro, etc.  

    Mercado é nada mais nada menos que a tradução genérica para uma linguagem econômica do mundo do dinheiro (da sociedade do 1%). São os CEO da vida, o megainvestidor, os acionistas daqui, dali, os banqueiros, etc.

    Agora, não tente pensar um Mundo diferente desse economês dos grupos de comunicação!

    Sua vida vira um inferno!

    Vejamos se não é o que anda acontecendo.

    Observo sempre. Tem sujeito que acaba as 24 horas do dia no noticiário sendo desrespeitado, achincalhado, perseguido; vendo sua reputação e até de sua família ir por água abaixo.

    O sujeito vira capa de algumas revistas semanais e vira a manchete principal de jornais com grande circulação, todos alinhados com a Ideologia do mundo do dinheiro (a do 1% da sociedade).

    Fica exposta a imagem negativa do sujeito, da Ideologia e partido político dele: com letras garrafais sem nenhum limite de civilidade no conteúdo da capa e a forma como se expõe a pessoa é degradante.

    E estas publicações circulam com destaque nas principais livrarias e bancas de jornal do País. E andam sendo capas e capas seguidas.

    Tudo por causa do pensar diferente do mundo do dinheiro, que defendem, com unhas e dentes, os meios de comunicação destas poucas famílias.

    E nada se pode fazer, porque o perseguido não possui o direito de se defender nos mesmos meios de comunicação que lhe atacam o tempo todo e muitas vezes de forma coordenada, ou seja, uma mesma notícia negativa, assassinando a reputação de alguém, espalha-se por milhares de TVS, rádios, jornais, revistas, redes sociais e portais ao mesmo tempo.

    Como você (isto pode acontecer com você, sim!) ou alguém defende sua honra? Sem espaço para defendê-la?

    Estas poucas famílias e seus meios de comunicação hegemônicos, quase únicos no trabalho de informar os brasileiros sobre o cotidiano do Brasil e do Mundo, falam barbaridades de você e você não tem onde se defender. Injusto, não é verdade?

     

    2) Ideologia dos meios de comunicação hegemônicos e LULA.

    Nenhuma personalidade hoje é mais representativa do que LULA nestas afirmações acima.

    Falam barbaridades do Ex-presidente LULA e jamais o entrevistam e não costumam colocar nos jornais, revistas, portais e telejornais suas defesas das acusações, as que lhe imputam esses meios de comunicação, “Imprensa” que o ataca diariamente. Jamais ousam transmitir um evento com a sua participação, jamais dão direito de resposta ao LULA. Eu nunca vi, você já viu?

    E é quase só estas poucas famílias que falam sobre e pré-julgam LULA. Afinal a hegemonia no ato de informar pertence a elas.

    Elas noticiam o que querem de LULA, quase tudo de forma negativa e de forma depreciativa.

    “Notícias” cheias de suposições (no condicional), ou seja, utilizam o futuro do pretérito: estaria recebendo, seria entregue, teria ligação com, etc.

     “Notícias” jamais de forma afirmativa com fonte real e com documentos comprobatórios.

    “Notícias” cheias de achismos, alguém disse isto, aquilo: uma fonte do Planalto, um dirigente do PT que não quis se identificar e nunca se diz o nome de quem disse cada coisa que afirmam de LULA. Tudo é em OFF, sem fonte oficial: suspeita-se, alguém disse, alguém afirmou, alguém denunciou (Sujeito indefinido) é o suficiente.

    Os fatos noticiados são transformados em “verdades”, mesmo não sendo e sem nenhum respeito ao maior Líder popular que o Brasil já teve: respeitado e premiado mundo afora por seu protagonismo na esfera política, nos organismos internacionais, nas organizações sociais e sindicais, até no meio acadêmico, etc., onde lhe dão voz e lhe admiram.

    Imaginemos alguém ser capa de revistas semanais com frequência sem jamais ser entrevistado? Parece algo fora da lógica, não é verdade?

    LULA por defender uma sociedade mais igualitária, por defender bandeiras de combate à fome e a pobreza, por defender mudanças nas relações de Poder entre as Nações, por propor mudanças em organismos internacionais que congregam Países do Mundo todo vive sendo perseguido nesses meios de comunicação hegemônicos, afinal estas não são bandeiras do mundo do dinheiro, este mundo quer manter o Mundo como está. Com poucos dominantes (países e pessoas – o 1%) e bilhões de dominados (99% da população da Terra).

    E o pior.

    Tentam criminalizar até ações positivas em benefício do Brasil e de suas empresas do ex-presidente LULA, ações que todo Governante do Mundo faz em prol do seu País, buscando passar a ideia para a população brasileira que se trata de atos ilícitos cometidos por ele.

    E digo com tristeza.

    Estes meios de comunicação não tem compaixão humana, infelizmente. Só olham o mundo exterior e as aparências físicas e a procedência social do sujeito. A solidariedade possível é traduzia por: Time is Money!

    Dirão vocês! Existe a Justiça, procure-a! (Se alguém se sentir injustiçado).

    Como é que a Justiça pode agir de forma isenta, se ela, também, está refém dos interesses dos meios de comunicação que defendem o mundo do dinheiro, eu pergunto?

    Dirão vocês! Refém?

    E eu respondo.

    Imaginemos um Magistrado contrariar estes meios de comunicação hegemônicos, a “verdade” propagada por estas poucas famílias e presente no ato cotidiano de informar o brasileiro comum sobre pessoas, empresas, leis de interesse da sociedade como um todo, em uma decisão judicial e saberás a resposta do que pode ocorrer.

    O que lhe pode acontecer?

    Assassinato da reputação do Magistrado, ameaça ao ganha-pão do Magistrado e da família, Magistrado que com a reputação queimada pode não mais ter condições de trabalhar como Juiz, além, é claro, das ameaças físicas aos familiares e outras barbaridades mais.

    Tudo, podendo ocorrer, porque o Magistrado acaba por contrariar os interesses do mundo do dinheiro e que os grupos de comunicação comandados por estas poucas famílias defendem.

    E contrariar significa não julgar segundo os interesses destas famílias, mesmo que você esteja praticando a Justiça, sendo Ético e buscando encontrar e sentenciar a verdade.

    Imaginemos outra hipótese, se um Magistrado só tem como referência de noticiário o noticiário das poucas famílias com mesma Ideologia e, praticamente, sozinhas, no ato de informar os brasileiros sobre o cotidiano do Brasil e do Mundo, o quanto ele não pode ser influenciado na compreensão da realidade que ele julga/julgará e na forma de enxergar a reputação de pessoas, não é verdade?

    Imaginemos um Magistrado influenciado por estes grupos de comunicação hegemônicos, mesmo que inadvertidamente, o que ele não pode fazer contra (até jugar errado) as pessoas que não professam a Ideologia do mundo do dinheiro e que tem suas reputações assassinadas cotidianamente nos meios de comunicação hegemônicos destas poucas famílias?

    Imaginemos a pressão dele na hora de julgar alguém perseguido por não ter a Ideologia do dinheiro destes meios de comunicação?

    Imaginemos o medo de dar ganho de causa a quem estas poucas famílias querem ver atrás das grades?

    Imaginemos até a possiblidade, que anda acontecendo contra LULA e sujeitos com Ideologia diferente destas poucas famílias, de uma dobradinha entre meios de comunicação hegemônicos e um Magistrado aliado deles. Como é esta dobradinha?

    Realiza-se uma denúncia qualquer em vários Jornais, revistas, portais, rádios e/ou TVS ao mesmo tempo contra qualquer sujeito que professe outra Ideologia diferente destas poucas famílias para prejudicar sua carreira na Vida Pública, denúncia sem valor jornalístico, sem mísera prova e sem possibilidades de abertura de investigação numa Justiça isenta e o Magistrado aliado abre uma investigação baseada na denúncia sem qualquer prova destes meios de comunicação hegemônicos.

    Abre-se uma investigação sem fundamento e o réu, sujeito que defende outra Ideologia fica em evidência exagerada no noticiário hegemônico e de forma negativa como se fosse uma pessoa que cometeu alguma ilicitude, agora, comprovada, somente porque se abriu uma investigação.

    Imaginemos se é justa uma Justiça assim.

     

    3) Ideologia dos meios de comunicação hegemônicos e AÉCIO.

    Imaginemos, ainda, figuras públicas que os meios de comunicação hegemônicos apoiam. Qual a coragem de um Magistrado para dar uma sentença que vá em direção da culpa do aliado deles?

    Imaginemos, também, e se um Magistrado ou um conjunto de magistrados se alia (m) a estes meios de comunicação hegemônicos para defendê-los, defender a sua Ideologia do 1% e, assim, ter (em) projeção na carreira da Magistratura, o que eles não podem fazer contra partidos, pessoas, movimentos sociais, etc. que não professam a Ideologia destas poucas famílias?

    Alguém acredita que é possível haver uma condenação determinada pela Justiça (um Magistrado em uma Sentença) por improbidade administrativa dos aliados destas poucas famílias sem receios do Magistrado de assassinarem sua reputação?

    Por exemplo, condenação de Aécio Neves por utilizar 14 milhões de reais dos cofres públicos em seu Governo Estadual nas Minas Gerais para construção de um Aeroporto nas terras de seu tio e bem próximo da fazenda que possui nas Minas Gerais?

    Ou pelas mais de 120 viagens com aeronaves oficiais para passar os fins de semana no Rio de Janeiro?

    E outras irregularidades mais, como a da famosa Lista de Furnas e a denúncia fundamentada/detalhada por Alberto Youssef na Lava-Jato contra o político, mostrando que ele recebia mesada mensal (propina) desviada da Estatal mineira de energia?

    Ou o repasse de verbas públicas e sem discriminação dos valores do Estado de Minas Gerais para rádios que é proprietário, através de propaganda Oficial; rádios que é dono, mesmo que a Constituição de 1988 não permita parlamentar possuir meios de comunicação?

    Imagina você fazer propaganda do seu próprio Governo em sua própria rádio com dinheiro público do Estado que você Governa e sem contabilização dos valores repassados?

    Ou a condenação por nepotismo ao indicar familiares para cargos públicos em estatais e em postos administrativos do Governo no Estado das Minas Gerais, como fez com o Pai, nomeando-o para o Conselho Administrativo da Estatal mineira Cemig?

    Etc.

    Estas impunidades ficam à-mercê de uma apuração mais contundente e da possibilidade da punibilidade, porque Aécio Neves defende na Política a sociedade do 1% (o mundo do dinheiro).

    As poucas famílias protegem seu aliado e pouco o denunciam nem fazem reportagens investigativas nem cobram explicações mais contundentes ou geram manchetes sobre as denúncias do Legislativo e Judiciário ou de um Jornalismo sério e investigativo que possam acontecer contra o aliado. Muitas vezes a corrupção dos aliados destes meios de comunicação simplesmente some do noticiário ou tem uma cobertura tímida, somente para passarem a ideia de imparcialidade.

    E até se ameaçam reputações e acaba, gerando até prisão, daqueles que tentam denunciar os erros e a corrupção dos aliados destes meios de comunicação hegemônicos.

    Por quê?

    Imaginemos dois lados: o do aliado destas poucas famílias sendo blindado 24 horas do dia por seus erros administrativos e por sua corrupção e de quem tenta dizer sobre suas condutas desonestas em pequenos meios de comunicação.

    Quem terá mais repercussão e Poder?

    E a força para sustentar o que diz o pequeno meio de comunicação, mesmo que ele diga a verdade, se a sua reputação/reportagem estará sendo questionada por milhares de TVS, rádios, jornais, revistas e portais dos grupos de comunicação hegemônicos e ao mesmo tempo em defesa do aliado destas poucas famílias?

    Se eles têm a capacidade de disseminar suas “verdades” em milhares de meios de comunicação ao mesmo tempo e eu só tenho o meu Jornal de circulação local quem vai conseguir impor a “verdade” não será o Jornal local, mas os meios de comunicação hegemônicos, mesmo que a verdade esteja com o Jornalista local.

    A verdade será sufocada pela “verdade” fabricada, se me entendem. Uma “verdade” será imposta e não tem conversa.

    E que Magistrado terá coragem de contrariar a “verdade” imposta?

    Terá subsídios para crer que o Jornalista local é quem fala a verdade?

    A hegemonia quase completa no direito de informar os brasileiros sobre os fatos do cotidiano do Brasil e do Mundo é capaz de gerar este desequilíbrio entre o tratamento dado a figuras públicas distintas, conforme a Ideologia do sujeito.

    O não aliado destes meios de comunicação pode até ser condenado de antemão pelo noticiário e até ir preso sem provas por pressão pela condenação feita por estas poucas famílias junto ao Judiciário. 

    Até o Jornalista no exercício cuidadoso de sua profissão, que faz uma reportagem investigativa sobre aliados destes meios de comunicação e comprova o que diz com documentos pode ir preso e ter o seu jornal, revista, periódico, site proibido de circular pela Justiça. Aqui, a Justiça acaba exercendo o papel de aliada do mundo do dinheiro (do 1% da sociedade).

    Os meios de comunicação hegemônicos promovem o assassinato da reputação do Jornalista que fez a investigação correta e comprovada por documentos e a denunciou e blindam o político aliado, para as denúncias não chegarem ao grande público. Em chegando buscam desqualificar quem investigou e quem a publica.

    E um/ um conjunto de Magistrado (s), muitas das vezes, aliado (s) do político e destas famílias se encarrega (m) de dar uma condenação ao Jornalista que fez a denúncia. 

    Imaginemos a força do noticiário destes meios de comunicação  hegemônicos na formação da opinião pública brasileira. Dá para imaginar?

    O não alinhado pode receber condenação judicial sem provas, somente pela força de persuasão na opinião pública dos meios de comunicação hegemônicos, mesmo que seja inocente.

    A opinião pública pode pedir a condenação baseada na “verdade” (mesmo que seja mentira, mesmo que seja condenação sem provas) construída pela força desproporcional do noticiário veiculado por estas poucas famílias.

    Já um aliado pode cometer diferentes irregularidades, ser corrupto e passar incólume, até sendo dado a ele exposição positiva, microfones e apoio eleitoral e a absolvição na Justiça por pressão destas poucas famílias.

    Injusto demais, penso eu.

    Quem vai contrariar este Poder todo de comandar a opinião pública? Existe segurança para contrariar estes meios de comunicação hegemônicos e a opinião pública que eles fabricam?

    Fique claro, que se fosse um Político professando outra Ideologia com o currículo público de Aécio Neves seria feita cobrança ininterrupta para punição a este Político nestes meios de comunicação hegemônicos, teríamos manchetes explosivas e, certamente, esta pessoa, já estava banida da Vida Pública, poderia ter condenação judicial, porque um Magistrado se sentiria seguro em dar uma Sentença condenatória.

    Imaginemos quanta arbitrariedade se só um conjunto de poucas famílias detém a comunicação em um País e quer impor sua Ideologia, a qualquer preço, para todos os habitantes desse País e nós não temos como comunicar outra verdade nem se defender das “mentiras” que eles podem dizer a nosso respeito.

    Reflitamos.

    Se quase todas as TVS, rádios, revistas, jornais e portais: todos canais de comunicação de grande audiência, estão nas mãos de poucas famílias nos tornamos, como disse, reféns, reféns da “verdade única”.

    E nossa boa reputação na Vida Pública se torna siamesa da defesa do 1% ou nos será encaminhada para o caminho de sua perda.

    Creio que entenderam, agora, o poder avassalador que é deter a quase totalidade dos meios de comunicação brasileiros nas mãos de poucas famílias.

    Infelizmente, ninguém está salvo deste jogo viciado. A sociedade toda é refém. Todos sem exceção. Boa parte acreditará que estas famílias falam a verdade, outros se insurgirão e serão taxados de mentirosos. Os honestos poderão ser desrespeitados, os desonestos poderão se tornar heróis. O Brasil poderá nunca ser o que se sonha dele e quem não quer o Brasil grande e desenvolvido pode ser visto como quem o quer grande e desenvolvido.

    Tudo pode se tornar o contrário da boa-vontade em acertar o caminho do desenvolvimento do País, que a imensa maioria dos brasileiros possui e vota em busca disto. O monopólio da informação em poucas mãos pode nos levar a votar na turma do 1% sem a gente sequer notar. Basta transformar quem defende os 99% na Política como desonesto. Basta assassinar a sua reputação e de seu partido.

    A verdade estará prisioneira das poucas famílias.

    Até quando vamos vivenciar esta realidade que dividiu o Brasil em dois e em muitos brasis eu não sei. O anti-petismo é fruto deste Brasil dividido que estes meios de comunicação teimam em fabricar. Muito dos entraves para a volta do nosso crescimento econômico passa por ai. Passa pelos meios de comunicação das poucas famílias e sua defesa da sociedade do 1% (a do mundo do dinheiro).

    O boneco do LULA é resultado deste Brasil que enveredou para o Fla X Flu. Vivemos no Brasil dos que só acreditam nos meios de comunicação destas poucas famílias e piamente e os que sequer dão atenção e/ou valor para o que ela publica.

    Urge a mudança. O Brasil não pode mais viver esta separação entre prós e contrários à narrativa do cotidiano do nosso País e do Mundo, quase exclusiva, destas poucas famílias. Existem muitas narrativas possíveis e muitas verdades e mentiras a serem descobertas por cada brasileiro.

    Não pode ser possível a diferença no tratamento, respeitoso e consciente dado à LULA Mundo afora por suas qualidades de grande político e orador, por suas sabedoria e inteligência, por suas ações concretas no combate à fome e a pobreza e o tratamento desrespeitoso e até criminoso que é dado a mesma pessoa no Brasil pelos que acreditam nestas poucas famílias.

    Não pode prevalecer a sociedade do 1% que subjuga os outros 99% no nosso País e que os meios de comunicação hegemônicos representam.

    Assim prosseguindo estaremos colaborando para a nossa autodestruição, para não deixar às futuras gerações um País melhor, mais desenvolvido e mais justo e bom de se viver.

    Este é o meu aprendizado destes últimos anos pensando o Brasil a partir dos meios de comunicação. Os meios de comunicação destas poucas famílias vivem a serviço do mundo do dinheiro e querem impor a toda sociedade brasileira serem adeptas do mundo do 1% em detrimento dos outros 99% num salve-se quem puder, para quem não tiver a sorte de ganhar sozinho na “Megasena” acumulada semanas seguidas e ser da turma dos ricaços.

     

    4) Democratização dos meios de comunicação.

    Que venha uma democratização dos meios de comunicação como remédio e caminho para a paz entre diferentes Ideologias e bandeiras políticas é a solução que vislumbro para a melhoria substancial do convívio social em nosso Brasil, País que anda muito dividido, em uma luta de classes muito visual, até partindo para agressões físicas e odientas. 

    É o antídoto necessário para acalmar os ânimos das pessoas e termos uma sociedade mais positiva, menos dividida, menos reacionária, menos violenta e mais solidária.

    O que seria uma democratização dos meios de comunicação?

    Encontrar no Brasil a pluralidade das ideologias nos meios de comunicação, com a possibilidade de termos, principalmente, telejornais em rádio e TV, além de revistas, jornais e portais da Internet com diferentes pontos de vista sobre um mesmo fato do cotidiano do Brasil e do Mundo.

    Geraria o que chamamos de contraditório.

    É saudável que cada brasileiro possa ser levado à reflexão, a compreender o Brasil e o Mundo por si próprio e possa escolher a ideologia mais aprazível para si, entre tantas e que queira defendê-la de forma consciente.

    Compreensão para muito além, do Fla X Flu e do pensamento único alimentado por estas poucas famílias, que tanto mal tem feito a nossa sociedade e para as relações entre familiares e amigos.

    E que cada pessoa defenda sua Ideologia, suas ideias, opiniões com argumentos e lucidamente, em um diálogo franco, honesto, sem chavões e de bom nível; e, claro, sem precisar impor seus pontos de vista.

    Que a maioria dos meios de comunicação do Brasil possa retornar ao caminho do Jornalismo e não seja apenas um instrumento da defesa do 1% da sociedade e da perseguição de quem não defende o mundo do dinheiro; que possam cessar os assassinatos de reputação e que aja na sociedade o mecanismo de controle externo mais eficaz aos abusos cometidos contra a reputação de pessoas e o mau Jornalismo que existe: o direito de resposta, e em tempo rápido.

    Implementado o direito de resposta para coibir mentiras, assassinatos de reputação cometidos contra pessoas, organizações sociais, empresas, sindicatos, etc. por interesses escusos de qualquer meio de comunicação que exista.

    Direito de resposta dado por um Magistrado quando a pessoa citada na notícia se sinta afetada em sua honra por mentiras veiculadas ao seu respeito e o peça na Justiça. É claro, que o Direito de resposta é concedido por um Magistrado, se o mesmo considerar correto o pedido.

    Estes passos acima vão acirrar a concorrência nos meios de comunicação levando a busca pela qualidade do Jornalismo praticado, porque teremos telespectadores, ouvintes e leitores mais exigentes e a procura do melhor conteúdo, da informação mais precisa eliminando de nossa sociedade este enorme FLA X FLU a que estamos amarrados.

    Muitas vezes parecemos repetir sem nenhuma reflexão, sem um olhar mais crítico o noticiário destas poucas famílias, não crê ser verdade esta minha afirmação?

    Precisamos alertar para um dado importante. 

    Um dado essencial a ser conhecido na discussão sobre os meios de comunicação hegemônicos, quando se falar de rádio e TV, é que o rádio e a TV são concessões públicas, toda rádio e TV ocupa um espaço no espectro eletromagnético e ele é limitante do número possível de TVS e rádios que podemos ouvir ou assistir.

    Imaginemos a ausência de pluralidade de Ideologias e o monopólio das rádios (a maioria acaba veiculando muitas das notícias das poucas famílias, produzindo no máximo reportagens locais) e TVS nas mãos destas poucas famílias, o quanto não é antidemocrático.

    Jornal, revista e portais na Internet não são o problema atual, porque não existe limitações para publicações escritas ou na Internet, todos nós podemos criar uma publicação diária, semanal, mensal ou ter um blog, um portal na Internet, etc. e assim, defender a nossa Ideologia de maneira particular. Aqui se pode questionar a questão dos recursos materiais e financeiros disponíveis em quantidades diversas em cada jornal, rádio, portal, etc.

    Agora TV e rádio, sim! São problemas. E por um motivo básico:

    Sendo concessões públicas espera-se responsabilidade para com o Jornalismo praticado, pois, é o Estado quem outorga a concessão para seus funcionamentos.

    Espera-se da TV e do rádio ocupando o espectro eletromagnético concedido pelo Estado por um período de anos que eles prestem um serviço social à coletividade, que tenham comprometimento com a Ética jornalística levando boa-informação de boa-qualidade para seus ouvintes ou telespectadores.

    Jamais se espera que se tornem um instrumento escancarado de defesa de uma Ideologia e das pessoas e políticos que defendam esta Ideologia. E se espera que não se tornem um instrumento de destruição da reputação dos indivíduos que professam outras Ideologias.

    De uma concessão pública de rádio e TV não se espera partidarização, defesa intransigente de uma Ideologia, certo?

    O próprio nome já diz: é uma concessão pública e outorgada ao Estado, pertence ao Estado o espectro eletromagnético e não se pode pensar a sociedade brasileira como um Estado plutocrático, ou seja, governado pelos ricos para os ricos.

    Espera-se de uma concessão pública o bom jornalismo, ou seja, a busca pela precisão da notícia, a procura de transmissão da verdade, o não acobertamento dos erros e corrupções de aliados Ideológicos e nem a perseguição, o assassinato da reputação e o denuncismo sem provas dos não aliados, a qualidade da informação noticiada e o equilíbrio do noticiário, dando voz e tratando com respeito todos os agentes sociais sejam pobres, ricos, negros, brancos, índios, trabalhadores, empresários, políticos de direita, políticos de esquerda, movimentos sociais, religiões, LGBT, sindicatos de trabalhadores e patronais, intelectuais de diversos matizes ideológicos, etc.

    Fique claro.

    A defesa do mundo do dinheiro não é o problema maior dos meios de comunicação destas poucas famílias. Um dos problemas é não deixar claro esta defesa. É se passar por defensor dos interesses da coletividade e trabalhar em prol, diuturnamente, da sociedade do 1% e as pessoas que aderem à existência dela na sociedade.

    E o maior problema é a quase inexistência de ideologias outras nos meios de comunicação brasileiros.

    É não terem vez e voz e audiência quem não defende o mundo do dinheiro.

    Seria uma bênção para a Democracia brasileira várias ideologias nos trazendo notícias e um caminho seguro para o desenvolvimento de outra sociedade, muito além desta, onde, os meios de comunicação não mais hegemônicos professariam diversas Ideologias, então, teríamos várias vozes, vários vieses de uma mesma notícia e o pensamento plural, e jamais imporíamos a todos os brasileiros a ideia de uma única verdade, uma única direção possível de ser trilhada para o desenvolvimento do Brasil.

    Cada brasileiro merece ser capaz de encontrar a sua verdade, a verdade da notícia por conta própria, e de forma consciente e reflexiva, exercitando o direito de escolher e vivenciar o seu caminho ideológico em paz. Merece o direito de ter respeitada a sua escolha ideológica e ser respeitada a sua condição de ser humano, não é justo assim?

    Nós precisamos criar leitores, telespectadores, ouvintes críticos. Capazes de discernir na notícia o que é verdade, o que é manipulação da informação, o que é mentira e o que é perseguição pura e simples de uma pessoa pública.

    Não há porque existir o radicalismo na forma de enxergar os fatos do cotidiano do Brasil e do Mundo. Este radicalismo, que é a marca registrada dos meios de comunicação hegemônicos nas mãos destas poucas famílias brasileiras, capacita o brasileiro apenas para defender de forma intransigente o ponto de vista desta “Imprensa”.

    E por que o radicalismo e a defesa intransigente de um único ponto de vista?

    Porque vivenciamos nas TVS, rádios, revistas, jornais e portais destes meios de comunicação hegemônicos um Jornalismo maniqueísta, onde só há dois lados: o bem e o mal. Quem está do lado deles seria o “bem”, estaria do lado da verdade. Já quem não professa a Ideologia deles seria o “mal”: o político que faz tudo errado, o partido corrupto, o Juiz suspeito, etc. E, sabemos, quando nos deixamos raciocinar e ouvir a voz da razão, que não é bem assim. “Nem tanto ao Céu nem tanto ao Mar”, certo?

    Forma-se neste tipo de Jornalismo o sujeito unipolar.

    Por exemplo:

    Se o Ex-presidente LULA tem sua reputação manchada e o consideram “suspeito de corrupção” nestes meios de comunicação hegemônicos não há o que os faça ler a notícia com olhos críticos, refletir e ponderar o que dizem à respeito de LULA.  A “verdade” vem pronta e mastigada e eu só tenho uma conduta a ser aceita e seguir: repudiá-lo, odiá-lo, porque está dito e o que está dito eu tomo como absoluta “verdade”.

    Não existindo nessas TVS, Rádios, jornais, revistas e portais hegemônicos pessoas/notícias dizendo coisas boas de LULA e até o entrevistando eu acabo sendo direcionado para o caminho da única “verdade”. Aquela palavrinha mágica: contraponto desapareceu da minha vida. E a tendência, óbvia a constatação, é tomar por “verdade única” a informação da notícia, certo?

    Se todos os meios de comunicação e hegemônicos comandados por estas poucas famílias dizem as mesmas coisas negativas sobre LULA como vou duvidar deles?

    Precisamos encontrar um caminho jornalístico com mecanismos de transformação do indivíduo, onde, ele possa ter a condição de não crer, que tudo o que lê, vê e assiste nos noticiários destas poucas famílias é verdade.

    A palavra discernimento seria bem-vinda. Ou seja, perceber claramente a intenção de cada notícia. O porquê de se colocar sempre determinadas pessoas, grupos de pessoas, governos ou partidos em evidência de forma negativa ou positiva.

    Qual a motivação de sempre se desvalorizar Ideologias outras e seus adeptos nestes grupos de comunicação hegemônicos? Reflexão saudável esta. Façamos todos os dias. Eu faço.

    Observemos o tratamento dado para cada pessoa, partido, empresário, movimento social, intelectual, etc.:

    Por que alguns têm microfone e dão entrevistas?

    Escrevem periodicamente nas colunas dos jornais destas famílias?

    Não são colocados em manchetes comprometedoras e negativas?

    E jamais são perseguidos?

    Por que os erros e a corrupção dos aliados ideológicos são, muitas vezes, esquecidos e não noticiados?

    Trazendo um fato concreto às perguntas acima:

    Por que, quase sempre, se coloca em evidência as ideias de um mesmo Ministro no STF – Supremo Tribunal Federal, o Gilmar Mendes, se são 11 Ministros lá? Só ele tem opinião sobre os caminhos da Justiça e da Política no Brasil?

    Por que sempre Gilmar Mendes?

    Seria porque ele defende e pratica a mesma Ideologia das poucas famílias que tem a hegemonia absoluta de nos informar sobre o cotidiano do Brasil e do Mundo?

    Esta pergunta acima é a última que deixo para reflexão de todos nós.

    Importante e caminhando para o fim! Façamos um exercício básico para entender estes meios de comunicação hegemônicos, diariamente, e veremos, sem errar no diagnóstico: as poucas famílias que noticiam os fatos cotidianos do Brasil e do Mundo para todos nós pratica a sua Ideologia 24 horas do dia, de forma radical e intransigente nas TVS, rádios, jornais, revistas e portais que comandam.

    Como elas concentram a quase totalidade dos meios de comunicação em suas mãos, praticamente, só uma Ideologia se faz presente no Jornalismo brasileiro.

    A defesa do mundo do dinheiro (a sociedade do 1%) acaba no centro do Jornalismo destes meios de comunicação hegemônicos e não a informação jornalística honesta e de qualidade que se espera de quem trabalha com notícias.

    O interesse particular se sobrepõe ao interesse da coletividade brasileira. Não custa lembrar e raciocinar que estas poucas famílias são empresas privadas e bilionárias, e, acabam por misturar interesses econômicos seus com o noticiário dos fatos do cotidiano do Brasil e do Mundo.

    E interesses econômicos de empresas privadas não são os interesses econômicos de todo um País, certo?

    Para mim, a construção coletiva do conhecimento sobre o Brasil e o Mundo é uma dádiva e nada mais proveitoso do que a pluralidade de meios de comunicação e várias verdades sendo descobertas, para cada indivíduo chegar a sua verdade: a uma conclusão honesta, consciente e particular do que alguém, em um determinado meio comunicação, noticia.

    A Democratização dos meios de comunicação não é uma mordaça, não é uma busca de cerceamento da liberdade destas poucas famílias propagarem a Ideologia do 1% e nem é uma tentativa de silenciar a voz deles.

    A Democratização dos meios de comunicação é, ao contrário disto, já deve ter ficado claro o que vou afirmar: dar voz a todos os agentes políticos e sociais que formam a sociedade brasileira: gente de todas as raças, culturas, partidos, religiões, movimentos sociais, gente com suas bandeiras individuais, Ideologias, gente de vários grupos econômicos, etc. aparecendo, opinando e defendendo suas ideias e sua Ideologia nas rádios, TVS, jornais, revistas e portais do País.

    E, assim, construirmos uma comunicação plural, com diversidade de posicionamentos políticos, com diferentes opiniões sobre questões econômicas, com a presença de pessoas defendendo diferentes bandeiras sociais e direitos individuais e não apenas termos meios de comunicação impondo uma verdade única e defendendo-a “a ferro e fogo”: a sociedade do 1% (o mundo do dinheiro) sem nenhum comprometimento com a sociedade brasileira como um todo e com o desenvolvimento e a soberania de nosso País.

    Precisamos rejuvenescer a programação das rádios e das TVS, os jornais, as revistas semanais, encontrar comunicadores/âncoras de telejornais mais progressistas, mais humanistas e um Jornalismo com mais abertura à diversidade do povo brasileiro.

    Não precisamos ficar presos aos programas “jornalísticos” policialescos, de defesa da Justiça com as próprias mãos, presos ao denuncismo seletivo contra pretos e pobres, presos à disseminação da cultura da violência, do extermínio, da justiça com as próprias mãos, da diminuição da maioridade penal e da prisão dos “bandidos” como solução para resolver o problema da segurança pública, do derrotismo via fabricação de “caos” e “crise”, Presos às perseguições aos políticos progressistas e às políticas sociais ligadas à distribuição de renda: Bolsa Família, cotas e outras possibilidades de transferência de renda.

    E, precisamos da abertura do espectro eletromagnético para diálogos sobre temas tabus: aborto, drogas, união civil de homossexuais, para valorização de ações solidárias, comunitárias e que busquem fazer o bem ao próximo, precisamos difundir o respeito à dignidade humana, precisamos da criação de espaços para o LGBT se manifestar, precisamos de programas para as comunidades negras, indígenas, precisamos de diversidade de raças representando toda a sociedade brasileira nas TVS, precisamos de mais debates políticos, econômicos, sobre o funcionamento da máquina pública com diversidade de Ideologias dos seus convidados, etc.

    Sou solidário com todas as vítimas de assassinato de reputação praticado pelos meios de comunicação do Brasil.

    É para já! A necessidade de Democratização dos meios de comunicação brasileiros!

    1. Análise muito lúcida e

      Análise muito lúcida e pertinente, Alexandre. Sugiro que seja feita uma revisão do texto, pois há alguns erros de concordância e repetições. Sugiro, também, a contenção do tom de manifesto, expressa e enfatizada ao longo do artigo (pois este não é um comentário e sim um artigo de análise sócio-política). Feitas essas mudanças, peça para que seja publicado como post neste portal de notícias.

       

    2. Parabéns, Alexandre!
      E uma

      Parabéns, Alexandre!

      E uma pequena ilustração da promiscuidade entre Judiciário e imprensa, lembrando sempre do rabo preso da imprensa nacional com os interesses dos EUA, defendidos, no Brasil, pelos “coxinhas”.

      Joaquim Barbosa posando para a revista “Veja”:

       

  6. Resumindo:
    Estamos nas mãos

    Resumindo:

    Estamos nas mãos de  quadrilhas, ou, de “famiglias” , que só querem se manter no PODER real, usando para isso TODOS os meios que dispõem .  E esses meios estão sob seu controle total. 

    Eles elegeram collor e o DESelegeram. Eles só aguentarão os Governos Petistas até que esses mantiverem suas “verbas” publicitárias e não atacarem públicamente sua ideologia claramente imposta pelos “patrões” do norte.

    Se forem contrariados, não se importarão em provocar até uma convulsão sociall.

    O Povo Brasileiro está totalmente subjugado a essas “organizações”” principalmente por seu analfabetismo político, resultante da ditadura capitalista.

  7. Isso sim é matéria isenta!

    A esdrúxula reportagem publicada sob encomenda no jornal Valor procura atingir ilicitamente a uns e defender alguém, claro que em troca de algo…

     

    Parabéns, Luis Nassif pela matéria isenta!

  8. Monarquia é a solução

    O problema da escolha de Ministros dos tribunais superiores seria resolvido caso voltássemos a ser uma monarquia.

    O imperador por ser um ente supra partidario tenderia a escolher os juízes mais técnicos, mais capacitados e com conduta absolutamente ilibada aos postos nos tribunais superiores.

    No sistema republicano, mais notadamente no nosso terrível presidencialismo, Quem escolhe é o presidente da república. O qual é filiado a um partido. Ele tende a escolher um ministro de acordo com a ideologia afinada ao seu partido ou coligação de apoio!

     

    1. Como seriam os ministros escolhidos por…

      …D. Bertrand, vade retro, técnicos ou não?

      O problema não é a escolha conforme a ideologia, mas sim o conhecimento, a honestidade e o espírito público do escolhido. Mesmo não concordando com a postura dos onze do STF não podemos igualá-los, um trio com certeza não cumpre pelo menos dois dos requisitos que acredito fundamentais, a saber: conhecimento e espírito público. 

      1. Prezado Jorge
        Para

        Prezado Jorge

        Para conseguirem o cargo, fazem o lob que interessa para chegar ao posto.

        Quando entram, viram deuses.

        Espirito público no Brasil, é utopia.

        Abração.

    2. O JORNALISMO CABO ELEITORAL NA DISPUTA DO STJ

      Rogério Machado Lima,

       

      pela as suas PALAVRAS você é a favor da MONARQUIA, eu só CONCORDO se eu FOR o REI, topas?

      1. Não, não. O Rei tem que ser o

        Não, não. O Rei tem que ser o Aécio. Afinal de contas, já é o Rei dos Coxinhas…

        Já pensou? Aéção governando ‘para sempre’…

    3. O paroxismo da imbecilidade.

      Faz tempo que não leio tamanha estulticie. Parabéns Sr. Rogério!! Não deixa de ser um diferencial a destacar esse aberrante comentário.

  9. Vagas no STJ

    O Pleno do Superior Tribunal de Justiça (STJ) vai se reunir nesta terça-feira (6) e na quarta (7) para elaborar as listas tríplices de candidatos às vagas decorrentes da aposentadoria dos ministros Sidnei Beneti e Gilson Dipp.

    Na terça-feira, a partir das 17h, serão apreciados os nomes dos candidatos oriundos da magistratura estadual. O ministro Beneti chegou ao STJ em 2007, vindo do Tribunal de Justiça de São Paulo pelo terço constitucional destinado aos desembargadores estaduais. Ele se aposentou em 21 de agosto do ano passado.

    Na quarta-feira, o Pleno elegerá três desembargadores federais para compor a lista tríplice referente à vaga destinada à Justiça Federal. O ministro Gilson Dipp foi membro do Tribunal Regional Federal da 4ª Região e chegou ao STJ em 1998. Está aposentado desde 25 de setembro de 2014. A sessão inicia-se às 18h.

    As listas serão encaminhadas à presidente da República, que indicará um nome em cada uma delas para apreciação do Senado Federal.

  10. Duro é ver o jornalista Luis

    Duro é ver o jornalista Luis Nassif questionando as intenções das fontes de um repórter. Nassif sabe muito bem que o jornalismo é feito com informações repassadas por fontes que sempre têm interesses. E normalmente não são interesses “publicáveis”. 

    A alternativa é, então, fazer jornalismo religioso, só entrevistando freiras e santos ou só fazer jornalismo chapa-branca, entrevistando gente do governo? Prefiro o jornalismo de verdade, que usa os piores canalhas do submundo como fonte e consegue levantar informações que de fato interessam as pessoas.

  11. Palavras do Pórtico

    Misericórdia de nós, Senhor dos Exércitos!

    Somos uma nação sequestrada por todo tipo de facínoras com seus interesses que, conquanto pérfidos e egoísticos, se auto-justificam por estarem dentro dos conceitos dominantes de valores do mercado.

    Tomara que a guerra se acirre até o ponto de o povo perceber o sinismo da mídia, os valores egoísticos da classe média aburguesada, e a malignidade cruel de nossa elite desvairada.

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