Jornal GGN – Vinte e quatro das 27 unidades federativas do Brasil precisarão aumentar a média de investimentos realizados em saneamento para atingir as metas de universalização, que foram estabelecidas pelo novo marco regulatório.
Levantamento da consultoria GO Associados, e divulgado pelo jornal Folha de São Paulo, mostra que 17 deles precisaram de, no mínimo, o triplo da média de aportes registrados na média dos últimos anos.
O cenário é especialmente crítico em estados do Norte e Nordeste: no Amapá, por exemplo, o aporte teria de ser 18,43 vezes maior, passando de uma média anual de R$ 6 milhões para uma média anual de R$ 141 milhões. Já o Piauí teria que aumentar os investimentos em 16,36 vezes, passando de R$ 61 milhões para pouco mais de R$ 1 bilhão.
Ao todo, o setor vê a necessidade de investimentos de ao menos R$ 519 bilhões para universalizar os serviços, conforme relatório elaborado em 2019 pela consultoria KPMG e pela Abcon (Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto).
Considerando esse estudo, a consultoria estima que o segmento precisaria ao menos de aportes médios anuais de R$ 34,7 bilhões nos próximos 15 anos —em valores de hoje, R$ 520 bilhões no total.