Após se recuperar de uma intervenção cirúrgica na garanta, o presidente eleito Lula (PT) é esperado em Brasília e deve anuncia, entre quarta ou “no máximo até quinta-feira”, o único grupo de trabalho (GT) do governo de transição que ainda não está em operação: o GT da Defesa.
Desde a semana passada, a imprensa vem noticiando problemas “institucionais” entre o gabinete de transição e o Ministério da Defesa sob o governo Bolsonaro, que não estaria cooperando com os trabalhos da equipe de Lula.
Nesta terça (22), o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) falou à imprensa sobre o prazo para Lula anunciar o GT da Defesa, mas evitou dar detalhes de como tem sido a relação com os militares.
“O presidente Lula teve uma pequena intervenção. Estará vindo agora para Brasília, vamos aguardar. Temos um esboço com os nomes e aí, então, vamos anunciar o grupo da Defesa. Talvez amanhã, no máximo na quinta-feira. Estamos discutindo e ouvindo bastante”, disse Alckmin.
Alckmin afirmou que o GT já tem nomes de civis e militares “representantes das três forças” que podem participar da transição de governo.
“Estamos amadurecendo a proposta para cumprir o plano de governo e ter bons nomes para sua formação – entre civis e [militares] das três forças [exército, aeronáutica e marinha]”.
Novos nomes
Alckmin anunciou nesta terça uma lista de parlamentares que foram indicados pelos seus partidos para participar da transição do governo Lula. Entre os citados estão Alexandre Frota e Benedita da Silva (Cultura), Marília Arraes (Desenvolvimento Regional), Duda Salabert (Direitos Humanos) e Alessandro Molon (Meio Ambiente). Para o GT de centro de governo, Alckmin anunciou Jaques Wagner, Jose Guimarães, Lindbergh Farias, e Reginaldo Lopes. O deputado federal Orlando Silva foi nomeado para o GT de comunicação.
Lula encontra defensores de Julian Assange
Na quinta-feira, Lula já tem uma agenda em Brasília. Ele deve receber uma delegação de jornalistas do site WikiLeaks (WL), defensores de Julian Assange. Participarão membros dos GTs de Comunicação e Relações Exteriores do governo de transição.
Além de debater a situação de Assange, que corre o risco de ser extraditado para os Estados Unidos, a delegação quer conversar sobre questões relacionadas à importância da liberdade de expressão e do direito à informação.
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