Posse de Lula será o reencontro do Brasil com a democracia e com o mundo, diz Alexandre Padilha

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Futuro ministro, Alexandre Padilha diz que ainda há indefinição sobre quem vai passar a faixa presidencial para Lula

Agência Brasil

Futuro ministro das Relações Institucionais no governo do presidente eleito Lula (PT), Alexandre Padilha (PT) comentou nesta segunda (26) sobre a cerimônia de posse que acontecerá no domingo (1º) e direcionou duras críticas a Jair Bolsonaro (PL).

Após a polícia apreender um artefato explosivo elaborado por bolsonaristas que querem o golpe contra a posse de Lula, Padilha tentou tranquilizar a militância em relação à cerimônia de posse e convocou os apoiadores do presidente eleito a comparecer ao evento.  

Venham a Brasília, venham manifestar e celebrar a democracia, a vitória do voto eleitoral, do voto popular e o momento de reencontro do Brasil com a democracia e do reencontro do Brasil com o mundo, pela quantidade de chefes de Estado que já confirmaram sua presença [na cerimônia de posse], embaixadores, dirigentes de outros governos do mundo inteiro e organismo multilaterais. Faremos uma grande, simbólica e histórica celebração da posse do presidente Lula e do vice-presidente [Geraldo] Alckmin (PSDB)”, destacou o futuro ministro.  

Padilha também afirmou que Bolsonaro é um “líder de barro” que “não aguenta o primeiro tranco”, ao recusar-se a entregar a faixa presidencial ao seu sucessor, fugindo do resultado das urnas. 

Isso [se negar a passar a faixa] é típico do pífio líder que ele [Bolsonaro] demonstrou nesse momento, né? Bolsonaro se mostrou mais uma vez um líder de barro, não aguenta o primeiro tranco, se escondeu depois do resultado das urnas, se escondeu depois da derrota eleitoral”, afirmou. 

Bolsonaro deve viajar para os Estados Unidos no dia 28 de dezembro e passar a virada do ano no resort onde o ex-presidente norte-americano Donald Trump tem uma propriedade. Em meio ao cenário, o atual vice-presidente, general Hamilton Mourão, já afirmou que também não deve passar a faixa presidencial a Lula, uma vez que a ação cabe a Bolsonaro. 

Essa atitude de fugir do Brasil e ir lá pros braços de Trump, lá pro resort Trump, é típica de um líder de barro que demonstrou após as eleições que não tem a menor condições de dirigir um país com o Brasil e nem de liderar um movimento”, disse. 

Apesar das críticas a Bolsonaro, Padilha não detalhou quem fará a entrega da faixa, uma vez que o caso está a cargo da equipe de segurança do governo de transição. 

O futuro ministro ainda pontuou que a preocupação com a segurança do evento vem desde o momento da eleição do petista e não se limita a tentativa de atentado.

O alerta em relação a posse vem desde o começo, quando nós ganhamos as eleições, com um atual Presidente da República de uma postura antidemocrática, que até hoje não reconheceu a derrota (…) incitou hordas bolsonaristas a tentarem fazer algum tipo de reação a desrespeitar a Constituição e as eleições e transformaram essas frentes aí de quartéis em verdadeiras incubadoras de atos violentos, de atos que tentam desrespeitar a democracia e o resultado eleitoral”, pontuou.

“Democracia é coisa frágil. Defendê-la requer um jornalismo corajoso e contundente. Junte-se a nós: www.catarse.me/jornalggn”      

Congresso teve a responsabilidade que Bolsonaro não teve

Em meio às críticas à atual gestão federal, Padilha ressaltou o orçamento precário deixado por Bolsonaro para 2023 e agradeceu ao Congresso pela aprovação da PEC da Transição que irá viabilizar a verba para que o governo eleito possa trabalhar.

[Bolsonaro] foi absolutamente irresponsável ao encaminhar pro Congresso Nacional uma proposta de Orçamento que tirava os recursos da Farmácia Popular, que não garantia R$ 600 pra quem tava com crédito consignado feito por ele, que não garantia recurso para a assistência social, tirava os recursos do tratamento de câncer, do livro didático. Não deixava nenhum real pro Minha Casa Minha Vida. Ele fez aquilo que ele disse que ia fazer: que queria deixar o tanque vazio pro governo do presidente Lula. Felizmente o Congresso Nacional teve a responsabilidade que Bolsonaro não teve”, disse. 

Quero fazer aqui um agradecimento público ao presidente da Câmara, ao presidente do Senado e a todos os líderes, inclusive de partidos que hoje compõe a base de governo do Bolsonaro, mas que vários dos seus parlamentares tiveram a responsabilidade que Bolsonaro não teve e repuseram o tanque para que a gente possa começar em janeiro”, completou.

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Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

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