Mais sobre o cartilha anti-homofobia do governo de SP

Do Contra o Coro dos Contentes

Cartilha de Serra também pode ser considerada “doutrinação para o homossexualismo”

O candidato tucano à Prefeitura de São Paulo, José Serra, aprovou, durante sua gestão como governador do estado, um conjunto de publicações para escolas, Preconceito e Discriminação no Ambiente Escolar,  abordando várias formas de lidar com diferentes tipos de preconceitos. Na parte em que o material se refere aos homossexuais, a abordagem do tema é moderna, tratando a homossexualidade como ela é, ou seja, como uma variante da sexualidade humana, e orientando a combater a discriminação.

Inclusive consta do material de apoio, dois vídeos, Boneca na MochilaMedo de quê?, que chegaram a integrar o projeto Escola Sem Homofobia apelidado, pelo truculento deputado Jair Bolsonaro, de “kit gay” (parece que não foram confirmados). Da perspectiva conservadora, esse material pode ser considerado tão “doutrinador para o homossexualismo” quanto o projeto petista do Escola Sem Homofobia. O fato do material aprovado por Serra não tratar exclusivamente do preconceito contra a homossexualidade não muda a realidade de que a abordagem da cartilha tucana e a do demonizado kit gay, no referente aos LGBT, é a mesma. Parece que Serra decididamente resolveu virar um bicho de duas cabeças, o conservador progressista, e fazer aliança com as trevas do reacionarismo para tentar vencer as trevas do mensalão. Que feio! Como eu não gosto de certas incoerências e não sou cúmplice delas, transcrevo abaixo um texto da secretaria de Educação da época do lançamento da cartilha, a cartilha propriamente dita e o vídeo Medo de Quê indicado pelo material de Serra que também seria utilizado no kit anti-homofobia do MEC. E depois me digam qual seria mesmo a diferença entre esse vídeo e os demais do tal kit anti-homofobia.

Secretaria distribui publicações sobre preconceito e discriminação na adolescência 

Data da Notícia: 21/09/2009

A Secretaria de Estado da Educação iniciou a entrega de um conjunto de publicações para todas as escolas do Estado que discute o preconceito e a discriminação na infância e na adolescência. Os 13 títulos, sendo 11 livros e dois DVD’s, foram selecionados pelo Departamento de Educação Preventiva dos projetos Prevenção Também se Ensina e Comunidade Presente e contemplam temas como sexualidade, Aids, uso de álcool, tabaco e outras drogas, bullying diversidade étnica, entre outros.

Dentre os autores dos livros, estão o médico Jairo Bauer, que fala de sexualidade na juventude, e o psicanalista Contardo Calligaris, com uma publicação sobre o período da adolescência. Os alunos terão contato com o material em sala de aula e nas bibliotecas, de acordo com a organização de cada escola, tendo como eixo metodológico ações preventivas referendadas nos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais).

Cada um dos kits acompanha ainda o guia Preconceito e Discriminação no contexto escolar: guia com sugestões de atividades preventivas para os HTPC e sala de aula, elaborado para nortear os educadores com instrumentos que facilitem e favoreçam a transversalidade dos temas nas diferentes disciplinas que compõem os currículos do Ensino Fundamental e Ensino Médio.

“São livros educativos que vão estimular nesses jovens a reflexão sobre assuntos muito presentes no cotidiano. Nossa intenção é informá-los bem para que possam lidar melhor com essas questões”, afirma o secretário de Estado da Educação, Paulo Renato Souza.

Além do guia, as Diretorias de Ensino irão agendar as Orientações Técnicas para os professores coordenadores das escolas. Esse material está sendo encaminhado a todas as escolas e Diretorias de Ensino, sendo dois kits para as Oficinas Pedagógicas e 1 por escola.

Prevenção também se ensina

O projeto Prevenção Também se Ensina é desenvolvido pela Pasta desde 1996 e tem o objetivo de orientar o jovem estudante da rede estadual de ensino sobre temas relacionados à saúde e à sexualidade. Por meio da iniciativa, temas como o câncer, gravidez na adolescência, uso de drogas e doenças sexualmente transmissíveis são levados para discussão dentro da sala de aula.Fonte:Secretaria da Educação

Luis Nassif

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador