Há ‘muita mídia’ sobre crise de segurança no Rio, diz general Braga Netto

Para novo comandante das forças de Segurança no Rio, situação no Estado não é tão grave 
 
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(Divulgação TRF 2)
 
Jornal GGN – Sem querer se manifestar muito durante a coletiva de imprensa realizada logo após a assinatura do decreto de intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, o general Walter Braga Netto, que passa a comandar as forças polícias do Estado até o dia 31 de dezembro de 2018, declarou que “há muita mídia” na crise de segurança local. As informações são da portal da Veja.
 
Braga Netto foi nomeado nesta sexta-feira (16) como interventor da segurança Pública do Rio e será responsável pelo comando das polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros, e a Secretaria de Administração Penitenciária, com poder de demitir, nomear e reestruturar todo o setor. O governador Luiz Fernando Pezão continuará responsável pelo orçamento e demais funções do Estado.
 
Na coletiva, que também contou com a participação dos ministros do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sérgio Etchegoyen, e da Defesa, Raul Jungmann, o chefe do Comando Militar do Leste não quis falar também sobre a metodologia de trabalho porque ainda estaria “em fase de planejamento”, completando que “a situação do Rio é grave, mas não está fora de controle”.
 
O governo Temer decidiu pela intervenção com apoio militar na madrugada de hoje com publicação extraordinária já realizada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira. O decreto já está em vigor, mas precisa ser votado dentro de dez dias na Câmara e no Senado, caso contrário perderá efeito. 
 
Dentre os argumentos do governo para a necessidade da medida está “pôr termo ao grave comprometimento da ordem Pública no Estado do Rio de Janeiro”. Durante o discurso de hoje, o governador Pezão admitiu incapacidade de dar conta. “Nós, com a polícia Militar e Civil, não estamos conseguindo deter a guerra entre facções no nosso estado. Ainda com um componente grave, que são as milícias”.
 
Especialistas, entretanto, têm se manifestado com cautela ao avaliar a medida intempestiva do governo. Em artigo publicado o Estado de S.Paulo, o professor do Departamento de Administração da FGVSP e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Rafael Alcadipani e do cientista político e professor do departamento de Gestão Pública da FGVSP, Marco Antonio Carvalho Teixeira, acreditam que o decreto poderá causar o desprestígio das forças policiais militares e civis que, inclusive, sofrem com atrasos no pagamento de salários e condições de trabalho degradantes. 
 
Eles ainda salientam que experiências semelhantes apontam para o risco de grupos das forças armadas se corromper e defendem outras forças para atacar a crise de segurança pública. “O Rio de Janeiro é a prova viva de que a Guerra contra as Drogas nos moldes até o momento existentes fracassou.”
 
Leia também: Intervenção militar pode ampliar crise na segurança pública do Rio
 
Redação

12 Comentários

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  1. Rocinha

    Bateu o medo. Foi só a Rocinha colocar a faixa para o STF, prometendo descer o morro, caso Lula fosse preso que a thurma amarelou e pediu o exército.

    E aí Heliópolis, Paraisópolis, Morro do Alemão, Vidigal, vão ficar quietas?

  2. Xadrez do final 4″ para o final “8”.

    Nassif: e num é que o general tem razão. “Há muita mídia”, mesmo.

    Aliás, é dela o golpe (o 4º Poder). Os da Caserna são meros garantidores. Você conhece golpe sem milico?

    E vão reduzir a mídia, deixando só a grande. Os blogueiros sujus vão se fu…

    Alguns, até em cana.

    Foi assim em 1944. Foi assim em 1954. Foi assim em 1964, Foi assim em 1994, quando o Presidente de Paris assumiu. Foi assim em 2004, quando o golpe começou. Foi assim em 2014, na fabricação da crise para preparar o golpe.

    Por quê haveria de ser diferente em 2018. Só porque o final não é “4”? Acho que não deu prá espertar. A roubalheira não aguentaria o jejum até o próximo final 4. Principalmente agora que os do Judiciário também querem beliscar.

    Eles vão dizer que é evoluão, que 8 é multiplicação do 4. Os caras manjam à bambau dessa metemática da gatunagem à bala.

    E pau no Povo, de novo….

  3. Enquanto isso, na casa dos pombos girinos, a D Raquel estabelece

    A Escolha da Dona Raquel.

    Ela é contra a impressão do voto não porque não haja possibilidade de fraude das urnas eletrônicas mas por temor à volta do voto de cabresto. Ela estabelece um falso dilema segundo o qual a corrupção eleitoral e o voto de cabresto são fatos mutuamente excludentes.

    Não é possível estar contra um sem estar a favor do outro.

    A imbecilidade tomou conta total da vida pública.

    Into the void. E quanto a retrovisores espaciais, Black?

    Wouldn’t you look back?

    They’re gonna captcha me?

    Who knows

  4. E no dia em que o Morro descer e não for carnaval, hein?
    O Dia em que o Morro descer e não for CarnavalWilson das Neves  O dia em que o Morro descer e não for carnaval Ninguém vai ficar pra assistir o desfile final Na entrada, rajada de fogos pra quem nunca viu Vai ser de escopeta, metralha, granada e fuzil (É a guerra civil) No dia em que o Morro descer e não for carnaval Não vai nem dar tempo de ter o ensaio geral E cada uma ala da escola será uma quadrilha A evolução já vai ser de guerrilha E a alegoria um tremendo arsenal O tema do enredo vai ser a cidade partida No dia em que o couro comer na avenida Se o Morro descer e não for carnaval O Povo virá de cortiço, alagado e favela Mostrando a miséria sobre a passarela Sem a fantasia que sai no jornal Vai ser uma única escola, uma só bateria Quem vai ser jurado? Ninguém gostaria Porque desfile assim não vai ter nada igual Não tem órgão oficial, nem governo, nem Liga Nem autoridade que compre essa briga Ninguém sabe a força desse pessoal Melhor é o Poder devolver à esse povo a alegria Snão todo mundo vai sambar no dia Em que o Morro descer e não for carnaval 

  5. Enquanto isso, no pombal girinal, a Dona Raquel faz sua escolha

    Enquanto isso, no pombal dos girinos, a Prucuradora Dona Raquel Dodge (de Veneza?) estabelece seu falso dilema a fim de fazer sua sábia escolha: ela é contra a impressão do voto não porque não haja possibilidade de fraude das urnas eletrônicas, mas porque a impressão do voto pode dar lugar à volta do voto de cabresto. Em outras palavras, a Dona Raquel estabelece um falso dilema segundo o qual não é possível combater eventual fraude eleitoral sem ser a favor da volta do voto de cabresto. Nesse caso, ela escolheu lutar contra a volta do voto de cabresto e, consequentemente, mandou eleições limpas para as favas.

    Ausência de fraude eleitoral e ausência de voto de cabresto são fatos mutuamente excludentes na cabeça da Dona Raquel.

    A idiotice tomou conta da vida pública.

  6. MISERIA PRÁ LONGE

    O grande motivador da intervenção federal na segurança pública no Rio de Janeiro foi o “arrastão” promovido na av. Vieira Souto… a turma do “1% brasileiro”, que habita aquelas paragens, ficou assustada e, em razão do seu poder e influência, cobrou do Temer medidas para garantir o direito constitucional de segurança… afinal, são cidadãos brasileiros… mais que justo… Queria ver se a intervenção federal na segurança pública seria determinada, se o arrastão tivesse acontecido em Duque de Caxias, Nilópolis ou outra cidade da periferia…

    1. Traduzindo

      A ocupação do RJ pelo exército tem a finalidade de manter os favelados nas favelas, só podendo atravessar os limites se for para trabalhar para os Moradores do Asfalto.

      Se a Rocinha descer não será para arrastar o asfalto nem para trabalhar, mas para efetuar o ajuste de conta da história consigo mesma. 

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