Pesquisa mostra que país saiu da recessão no terceiro trimestre

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Após dois trimestres seguidos de contração, o que caracteriza recessão técnica, a economia brasileira apresentou crescimento positivo no terceiro trimestre de 2014: o indicador de atividade econômica (PIB mensal) apurado pela consultoria Serasa Experian registrou avanço de 0,2% no período ante os três meses imediatamente anteriores, já com os devidos ajustes sazonais, sinalizando o fim da recessão que marcou o primeiro semestre do ano.

Contudo, o quadro de baixo dinamismo permanece pois, em relação ao mesmo período do ano passado (3º trimestre de 2013), houve recuo de 0,1% na atividade econômica fazendo com que, no acumulado dos nove primeiros meses de 2014, a economia avançasse apenas 0,3% frente o período de janeiro a setembro de 2013.

Pelo lado da oferta agregada, a alta de 0,2% da atividade econômica no terceiro trimestre foi puxada pela expansão de 1,1% ocorrida no setor de serviços e pela alta de 0,8% na atividade industrial. Na direção contrária a este movimento, houve recuo de 2,4% na atividade do setor agropecuário. Do ponto de vista da demanda agregada, os gastos do governo sustentaram a atividade no terceiro trimestre, com expansão de 0,7%. O mesmo não ocorreu com os investimentos, que exibiram queda de 0,7% neste mesmo período.

Já o consumo das famílias ficou praticamente estagnado, recuando 0,1% frente ao verificado no segundo trimestre do ano. Por fim, o setor externo, com queda de 0,1% das exportações e alta de 1,3% nas importações também pesaram negativamente sobre a atividade econômica do país no 3º trimestre de 2014.

De acordo com os economistas da consultoria, apesar de positivo, “o resultado do terceiro trimestre ainda foi de fraco desempenho da atividade econômica. Tal dinâmica é decorrente de um quadro conjuntural adverso que vem prevalecendo sobre a economia brasileira, caracterizado por taxas de juros elevadas, inflação escapando do limite superior da meta, reduzido grau de confiança tanto de empresários quanto de consumidores e desaceleração do crescimento econômico mundial”.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

4 Comentários

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  1. Nassif, essa definição de recessão técnica…

    Um amigo meu, economista, me disse certa vez que essa definição de “recessão técnica” considerando apenas duas quedas trimestrais do PIB foi defendida por um economista norte-americano, Julius Shiskin, em 1974. E que nem nos EUA a ideia é usada, segundo ele nos EUA e na Zona do Euro só se considera a existência da recessão quando medida, além da queda do PIB, outros índices como desemprego, queda da produção industrial, etc…

  2. Muita gente dizia que estaria pior…

    Quem andou lendo noticiários às vésperas da eleição acreditava que o PIB viria uns -5% e que o mundo estava acabando. Alertei a muita gente que me procurou que não adiantava acreditar em fontes que não pareciam nada isentas. Aqueles que buscam entender um pouco mais de economia deve procurar sites sérios, como o do Fernando Nogueira, ex-vicepresidente da Caixa e professor na unicamp ou buscar os melhores livros de investimentos para poderem ler os indicadores econômicos e tirar suas próprias conclusões. Ao ler “manchetes” e ficar somente nelas, a maior parte dos brasileiros se comporta como simples massa de manobra.

  3. Acabou a recessão técnica.

    Efetivamente para que aceitemos como real, uma recessão mesmo técnica, 4 coordenadas, têm que está visíveis e crescentes; Queda do PIB; Desemprêgo em alta; Queda do consumo interno e Queda sistemática das exportações, e efetivamente, estas coordenadas estão a kms, da economia brasileira.

    O simples anúncio do Min.da Fazenda, da próxima gestão, assim como o nome confiável do próximo Min.do Planejamento, dois economistas de confiança do mercado, já mostraram que toda aquele apocalípse anunciado e mancheteado pelo PIG, não passava de tentativa infrutífera de desconstruir toda uma gestão de resultados aceitáveis, conquistados nestes últimos 4 anos, mesmo remando contra uma maré economica global, que afetou negativamente algumas das maiores economias mundiais.

    No 3º trimestre, já saímos desta propalada recessão técnica, e crescemos, mesmo lentamente, e mantivemos o crescimento do emprêgo formal e do poder de compra deste, alem de termos mantido a inflação, dentro da meta da equipe economica, e com o viéz de baixar, com os efeitos do leve aumento da Selic, que começa a mostrar seus resultados.   

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