Alguns poeminhas

afronta por afronta, prefiro uma facada sem ponta.

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pode ser que amanhã aconteça
que mais um demônio me apareça.
e como quase sempre me acontece
sem susto o removo da cabeça
até que ele também me esqueça.

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este mar carregado
de tristeza sem fim
vai mais além dum fado
vai mais além de mim

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entre um piso e um pouso
entre um raso e um poço
entre um nada e um mundo
ostento um acaso profundo

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em caso de dúvida
pague suas dívidas,
decore suas lágrimas
em cores bem vívidas.

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noite alta, céu risonho:
as madrugadas me disponho
a passar com quem queira
a quase quietude dum sonho.

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na linha do tempo
perdeu o fio da meada
no buraco da agulha
já não passa mais nada

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não adianta ficar offline
ou trancar-se numa cabine
se o motor entrar em pane
não vai ter quem te buzine

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não tem troco:
quem acusa o golpe
tem que provar o soco.

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TRUCO
eu não sou filho da pauta,
delatar-me é despautério.
se duvidar que me desarme,
meu ás de paus fala sério.

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