Alguns dados sobre o uso de agrotóxicos

Comentário ao post “O Nosso Veneno Cotidiano, documentário sobre agrotóxicos

Caso não se use agrotóxicos eles podem reduzir de 40% a até 80% o que se pretendia colher, sejam frutas, verduras, legumes ou grãos.

De onde vc tirou esta informação? É fato que a agroecologia pode ser bastante produtiva. segundo a Onu:  
“Até o momento, os projetos agroecológicos têm demonstrado um aumento médio de produtividade das culturas de 80% em 57 países em desenvolvimento, com um aumento médio de 116% para todos os projetos africanos”, disse De Schutter. “Projetos recentes realizados em 20 países africanos, demonstraram ao longo de um período de 3-10 anos uma duplicação da produção agrícola.”

http://www.organicsnet.com.br/wp-content/uploads/20110308_agroecology-re…

Na soja, por exemplo, e em outras leguminosas, como o feijão, nem se usa fertilizante nitrogenado, pois se faz a inoculação nas sementes das plantas e estas fixam o nitrogênio, dispensando o N da fórmula do NPK

Mas, o pesticida utilizado na soja transgenica é o glifosato. O que dizem as pesquisas:

1.Herbicidas à base de glifosato são disruptores endócrinos.

2.O glifosato é tóxico para células humanas placentárias em concentrações mais baixas do que as encontradas no uso agrícola.

3.O glifosato e o produto formulado Roundup Bioforce causam danos a células embrionarias e células placentárias humanas, em concentrações bem abaixo daquelas recomendadas para uso agrícola.

4.Os adjuvantes no Roundup tornam a membrana celular mais permeável ao glifosato e aumentam sua atividade dentro da célula.

5. O glifosato afeta os níveis e o funcionamento de múltiplas enzimas hepáticas e intestinais em ratos.O Roundup é tóxico a ratos fêmeas e causa malformações ósseas em seus fetos. E por aí vai….

http://earthopensource.org/files/pdfs/GM-Soy-Sustainable/gm_full_por_v6.pdf

Outra coisa, estudo recente mostrou que as culturas transgenicas aumentaram o uso de agrotoxicos nos EUA. Principalmente pelo surgimento de ervas daninhas resistentes ao glifosato, que obriga o agricultor a utilizar outros pesticidas ainda mais  toxicos.

http://www.enveurope.com/content/pdf/2190-4715-24-24.pdf

No Brasil, o consumo de glifosato no Rio Grande do Sul aumentou 85% entre 2000 e 2005, enquanto a área cultivada com soja aumentou apenas 30,8%.

As doses de agrotóxicos são planejadas para matar insetos e não gente de sangue quente, e com peso milhares de vezes maiores do que o de um inseto.

Os estudos avaliaram os impactos dos agrotoxicos dentro dos limites de uso propostos pelos fabricantes. Ainda assim causaram danos.

Outra acusação falaciosa que se faz hoje em dia, especialmente o pessoal da Anvisa,  é que usamos no Brasil agrotóxicos que seriam “proibidos” nos EUA ou na Europa. O que ocorre, na verdade, é que são produtos sem pedido de renovação de registro na Europa ou EUA, porque as patentes venceram. Se não tem registro não pode vender. E aqui no Brasil também é assim. Mas isso é muito diferente de ter sido “proibido”.

O fato de a patente vencer não faz com que o produto tenha que ter renovação de registro. Se estão revendo o uso é porque encontraram riscos relacionados.

Da minha parte afirmo que, se os agrotóxicos efetivamente fizessem tanto mal como apregoam seus inimigos, aconteceria ao contrário com a expectativa de vida média dos seres humanos, não é verdade? Essa média é cada vez maior, no planeta inteiro.
Não é verdade. A expectativa de vida aumentou por varios outros motivos.
“Mesmo que alguns dos ingredientes ativos possam ser classificados como medianamente ou pouco tóxicos – baseado em seus efeitos agudos – não se pode perder de vista os efeitos crônicos que podem ocorrer meses, anos ou até décadas após a exposição, manifestando-se em várias doenças como cânceres, malformação congênita, distúrbios endócrinos, neurológicos e mentais.” Dossie abrasco parte 1

Luis Nassif

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