Gilberto Gil: Chororô

Tenho pena de quem chora 
De quem chora tenho dó 
Quando o choro de quem chora 
Não é choro, é chororô

Quando uma pessoa chora seu choro baixinho 
De lágrima a correr pelo cantinho do olhar 
Não se pode duvidar 
Da razão daquela dor 
Não se pode atrapalhar 
Sentindo seja o que for

Mas quando a pessoa chora o choro em desatino 
Batendo pino como quem vai se arrebentar 
Aí, penso que é melhor 
Ajudar aquela dor 
A encontrar o seu lugar 
No meio do chororô

Chororô, chororô, chororô 
É muita água, é magoa, é jeito bobo de chorar 
Chororô, chororô, chororô 
É mágoa, é muita água, a gente pode se afogar

Chororô, chororô, chororô 
É muita água, é magoa, é jeito bobo de chorar 
Chororô, chororô, chororô 
É mágoa, é muita água, a gente pode se acabar

Luis Nassif

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador