Falta de transparência e “pedalada” na gestão Alckmin são investigadas

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – O Tribunal de Contas do Estado (TCE) já havia aprovado como ressalvas as contas da gestão de Geraldo Alckmin no governo de São Paulo, em junho deste ano. Mas a falta de transparência do tucano com o balanço de 2017 foi suficiente para os conselheiros não apenas ameaçarem a rejeição, como também uma frente parlamentar da oposição foi criada para investigar estes números.
 
Sob a liderança do deputado estadual Raul Marcelo (PSOL), a frente formada por mais 21 deputados querem analisar as desonerações fiscais do Estado, que seguem sem esclarecimentos, além da falta de pagamento de precatórios das dívidas que o governo assumiu após perder ações judiciais.
 
A falta de transparência da gestão Alckmin foi apontada pelo relatório do TCE: “O governo precisará ser mais transparente com as renúncias fiscais. (…) Constatei uma informação simplista na Lei de Diretrizes Orçamentárias, indicando que a renúncia fiscal em 2016 tem previsão de R$ 15 vilhões. No relatório de fiscalização, porém, nenhum dado há sobre a matéria”, anotou o relator, conselheiro Antonio Roque Citadini.
 
Na mesma linha, agentes fiscais do Estado processam o governo desde o último ano por uma operação na Companhia Paulista de Securitização, a CPSEC, iniciada ainda na gestão de José Serra (PSDB). Trata-se de um modelo de parcelamento da dívida dos contribuintes com o Estado, sendo que este recebe na forma de títulos, debêntures, vendidos a investidores, trazendo o dinheiro para o governo de uma só vez.
 
De acordo com reportagem da Folha, a Fazenda calculou R$ 2,14 bilhões de ingressos aos cofres estaduais entre 2012 e 2015. A atividade descrumpre as leis federais que regem o sistema financeiro, caracterizando-se como uma manobra.
 
A Fazenda argumenta que se trata de uma “antecipação de receita de contratos de parcelamentos de tributos, cujos fatos geradores já ocorreram, cujas dívidas foram devidamente reconhecidas pelos contribuintes devedores”.
 
 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

4 Comentários

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  1. É mesmo? E o escaninho serve

    É mesmo? E o escaninho serve pra quê? Alguém esta querendo levar alguma vantagem nessa história. Já, já eles se acertam.

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