Xadrez dos acordos de leniência e das instituições subdesenvolvidas

Em entrevista à repórter Patrícia Faermann, do GGN, o Procurador da República Vladimir Aras explicou as vulnerabilidades da cooperação internacional, especialmente a extraordinária facilidade com que o Brasil envia a outros países informações que servirão para instruir processos contra empresas brasileiras.

Fecham-se acordos de trocas de informação. Ao MPF (Ministério Público Federal) compete solicitar ou enviar informações solicitadas. Há regras internacionais claras para impedir a remessa de informações que, de alguma maneira, possam atentar contra direitos humanos. Mas não existe nenhuma lei ou regulamento interno visando brecar informações que possam atentar contra o interesse nacional. Aliás, sequer há discussões nos três níveis de governo sobre o que venha a ser interesse nacional.

Trata-se de um vácuo criado pela própria Constituição Federal. Na ânsia de eliminar qualquer vestígio do regime militar, aboliram-se até normas de defesa das empresas, como geradoras de competitividade, inovação e emprego, porque inseriam-se no conceito de Brasil Grande.

A reação contra o fechamento e a autocracia promoveu conceitos como o de tratar qualquer empresa instalada no país – independentemente da origem do capital ou do comando – como empresa nacional.

O capítulo referente ao MPF também foi restritivo. Conferiu-se pioneiramente ao MPF a defesa dos direitos difusos e dos direitos humanos em geral, mas não o papel de guardião do interesse nacional – que, mesmo sendo um conceito vago, obrigaria espaço a discussões aprofundados para melhor conceituar. Mais que isso, conferiu-se autonomia em relação ao Executivo, cortando, assim, os últimos laços do que deveria ser uma ação concatenada em temas em que estivesse envolvido o interesse nacional.

A notável incapacidade brasileira de entender temas contemporâneos impediu que Ministério da Justiça, Procuradoria Geral da República, Ministério de Relações Exteriores sequer tangenciassem o tema.

É curioso que os preclaros procuradores, que se orgulham de seus mestrados e doutorados no exterior, brilhantes diplomatas, que alçaram a diplomacia brasileira a um lugar nobre, esforçados governantes empenhados em criar multinacionais brasileiras, as próprias multinacionais brasileiras, jamais tenham pensado no alinhamento com a cooperação internacional, através da clara definição de interesse nacional. Mesmo depois das espionagens da NSA, das ações da Lava Jato contra a diplomacia comercial, ainda não caiu a ficha de corporações burocratizadas. É o preço do subdesenvolvimento.

A revisão desses conceitos passa pelas seguintes peças.

Peça 1 – a redefinição do conceito de empresa e interesse nacional,

A visão do andar de cima brasileiro sobre empresa é similar ao de dom Pedro 2 no século passado. Há um preconceito claro contra as atividades comercial e industrial, em favor das atividades financeiras, do rentismo ou do capitalismo familiar.

O único tema que une parte relevante das esquerdas, mídia e economistas liberais brasileiros é a ojeriza às formas tradicionais de empresa. A única forma nobre são as startups. Prova disso é Henrique Meirelles ser tratado como salvador nacional por Lula, Temer, mídia e mercado.

No entanto, são o comércio, a indústria e os serviços que empregam, inovam e recolhem tributos.

A desconsideração sobre a importância das empresas é da mesma natureza da minimização de conceitos civilizatórios, como o direito ao trabalho e ao emprego. Talvez seja o mais renitente traço do subdesenvolvimento brasileiro.

Peça 2 – as diferenças entre o empresário e a empresa

A ignorância atávica brasileira não consegue separar a empresa da figura do dono ou acionista. A não ser aquelas criadas para transações criminosas, empresas não cometem crimes: seus proprietários e gestores, sim. Mesmo as empresas privadas, têm que ser tratadas como ativos do país.

Não se trata de preservar os autores de crimes.

Na luta contra as organizações criminosas, é princípio consagrado que o melhor caminho é a asfixia financeira do criminoso. Impede-se a operação retirando do criminoso o poder de gestão sobre a empresa e não matando a empresa.

As mentes mais sofisticadas do MPF precisarão explicar aos seus penalistas que empresas não podem ser tratadas como templos de corrupção, que precisam ser queimadas como eram queimadas os livros pela Inquisição.

Peça 3 – as diferenças entre empresas abertas e paradas

Outro princípio basilar é que empresas paradas valem muito menos do que empresas em atividade. Exemplo maiúsculo foi dado pelo juiz Italo Morelli, quando caiu em suas mãos a fabricante de carrocerias CAIO. A empresa empregava 3 mil trabalhadores. Fechada, seus galpões não seriam suficientes sequer para garantir indenizações trabalhistas. Itálo manteve a empresa em operação, arrendou partes dela. Ao final de um determinado período, a empresa tinha conseguido pagar todas as indenizações trabalhistas, preservado os empregos e ganhado valor.

Esse princípio básico ainda não foi assimilado pela chamada opinião pública culta, especialmente a que é refletida nos veículos de mídia. A própria aprovação do instituto da recuperação judicial esbarrou no desconhecimento desses princípios.

Peça 4 – as penalidades a serem aplicadas

Não significa que empresas são intocáveis. Toda empresa envolvida em falcatruas merece punições monetárias, multas pesadas, de acordo com o crime cometido.

As empresas geram dois valores: seus resultados próprios e o valor de suas ações. Havendo as multas, se a empresa tiver condições de quitá-las, que pague. Se não tiver condições, caberá aos controladores vender o controle da empresa e, com o valor arrecadado, pagar as multas, preservando a empresa.

Exemplo simples:

1.     A empreiteira A fatura R$ 10 bilhões ano.

2.     É autuada em R$ 20 bilhões. Pela desproporção de valores, não conseguirá quitar a multa com recursos próprios.

3.     Mas ela vale, digamos R$ 30 bilhões. Seus proprietários ou vendem uma parcela do capital ou toda a empresa e, com o dinheiro apurado, quitam a multa. A operação preservará completamente a empresa.

Peça 5 – os modelos interdisciplinares de análise das infrações

Aí se esbarra nos múltiplos ângulos de análise das empresas envolvidas em ações criminosas.

1.     O lado penal está apto a definir as penas e as estratégias contra as organizações criminosas.

2.     Há um lado econômico, de avaliar a relevância das empresas (e respectivas cadeias produtivas) assim como pesar os impactos das punições sobre sua solidez e buscar as alternativas que melhor preservem a empresa, sem moleza com os controladores.

3.     Há o lado social, dos impactos das medidas sobre a geração de emprego na empresa e na região. O desmonte dos estaleiros, e seus impactos sobre o desenvolvimento regional, foi um dos crimes da Lava Jato.

4.     Há o lado do chamado interesse nacional, uma avaliação da maior ou menor importância estratégica da empresa, seja para sua manutenção, seja para instruir as normas de cooperação internacionais.

Em outros países, criaram-se tribunais especiais acolhendo especialistas nesses quatro campos e para a definição dos acordos de leniência. E definição clara de instâncias de julgamento para empresas brasileiras, evitando ações geoeconômicas de países, ou predadoras, de fundos abutres.

Luis Nassif

48 Comentários

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  1. O MPF e a Lava Jato, em vista

    O MPF e a Lava Jato, em vista do poder que usurparam, passaram a acreditar que o Brasil é a casa exclusiva deles, que são seus donos e podem entrar nela com os pés sujos de barro, depredarem sua mobília, fazer da cozinha um banheiro para suas necessidades fisiológicas, incendiarem-na, demoli-la e jogar sal em cima, etc. Creio que, nas questões que o post analisou, ficou faltando a questão geopolítica; 

  2. O Pais perdeu completamente a

    O Pais perdeu completamente a noção de ” centro de poder” que é necessariamente autoritaria, sem essa noção o Pais se esfacela em pedaços, ninguem mais sabe quem manda e comanda,  a ordem só sera recuperada com um Presidente

    forte e que enfrente adversarios em aliança com as Forças Armadas, recompando o Estado Nacional estilhaçado.

    A Historia recente tem um exemplo: Juscelino Kubischeck foi eleito no meio de uma mega crise decorrente do suicidio de Getulio, entrou fraco, pensava-se que não conseguiria governar, mas ele era um Presidente com vocação de poder, fez uma aliança com o Exercito na Pessoa do General Lott e governou cinco anos sem problemas, sufocou duas rebeliões da Aeronautica,  enfrentou Carlos Lacerda sem medo, fez uma mega programa de obras e realizações, não teve problemas com Ministerio Publico, Judiciario, Sindicatos. ou Congresso mesmo com a inflação correndo solta, tinha um Ministro da justiça bulldog que não tinha medo de assombração, Armando Falcão.

    1. Só para lembrar: JK tinha

      Só para lembrar: JK tinha como vice João Goulart, que na época tinha trânsito razoavelmente bom com sindicatos. E algo curioso: em uma época onde presidente e vice-presidente eram de chapas diferentes, recebendo cada um o seu voto, Jango teve mais votos que JK. Mas não desmerece o governo JK.

    2. Perdeu porque?

      A justiça virou contra o Brasil e Brasileiros. Eles estão a favor desta bandalheira. Se apelarmos vão chamar que estamos contra a justiça. A maior culpada desta esculhambação é o judiciário e os covardes do STF. 

    3. Correta sua leitura, André

      Aliás, que time de comentaristas tem esse blog!

      Na minha visão, mesmo com inúmeras deficiências, Dilma mantinha uma certa unidade de governo, fragilíssima, é verdade, como um copo d’água a transbordar. O que garantia essa integridade era a legitimidade das urnas.

      O Governo Golpista não tem isso. É o governo do vale-tudo, da lei do mais forte, do puxa-tapete constante, da pilhagem, do cada um por si, da farinha pouca. Temer é um Odorico Paraguaçu piorado, sem a graça do personagem original. Mente, rouba e espolia como um coronelzinho minúsculo. Cerca-se de corruptos, porque é um deles.

      A charge de Laerte ilustra bem a bagaça que é o governo do interino. Tristes tempos.

    4. Andre, você acha que se essa

      Andre, você acha que se essa falta de centro do poder piorar, elegendo-se em 18[se houver eleição] alguém que faça o país mergulhar mais ainda em disputas, mesmo que queira fazer o certo [ dando nome aos bois = se Ciro Gomes for eleito em 18, um político absolutamente sem o mínimo jogo de cintura ], você crê que o Brasil pode começar a ter uma onda separatista forte e com possibilidade real para se concretizar ? 

       

       

  3. Certo, mas…

     

    Essa série de post é bem interessante Nassif, mas acho que seria bom colocar neste contexto o fato de o PT ter estado 13 anos (Lula 1 e Lula 2 e Dilma 1 1/4) no comando do executivo e isso tudo o que você disse aí em cima não foi nem pensado, então fica impossível, agora, implementar alguma coisa disso.

    Cadê as reformas, cadê a política industrial? Ano após ano o percentual de participação da industria vem caindo em relação ao PIB? E aí? O que foi pensado, discutido e feito sobre isso? 13 anos lembra? Comemorar aumento da safra de soja não resolve!  Para quê quadruplicar o número de engenheiros formados nas Universidades (a maioria privada) se não haverá emprego para eles? O filho do pedreiro poderá ser engenheiro, ótimo!, mas e o emprego dele? Cadê? Foram criadas as condições para que este exita?

    É bom lembrar que o Sr. Lula tinha, no 2º mandato, aprovação e condição para botar em discussão, apresentar projetos e de aprovar muito destas questões levantadas aí em cima, mas… fala-se muito da vaidade do FHC, mas a vaidade do Sr. Lula não fica atrás não.

    Agora é esperar tudo ser privatizado, na bacia das almas, como a Vale do Rio Doce, afinal estamos em “crise”, fica mais fácil vender o peixe!

    Novamente, como você diz, o cavalo passou encilhado e, novamente, o país não montou. Quando até uma parte da “esquerda” é subdesenvolvida aí fica fo.c.a.

     

     

    1. Emerson, como se dizia

      Emerson, como se dizia antigamente esse assunto dos erros de Dilma,Lula e o PT “já deu fruita”, não há porque colocá-lo novamente no contexto. O contexto atual é de que nada do que acontece tem a ver com os erros cometidos, muito mais com os acertos. Lula, Dilma e o PT não venderam e nem querem vender o País, não destruiram e nem querem destruir as empresas nacionais. E também “já deu fruita” ficar aqui repetindo o que fizeram de melhorias, o que se avançou de 2002 para cá, mas no atual contexto eles são, como nós, as vítimas, não os culpados. Comemorar aumento de safra não resolve e chorar a diminuição seria bom? E se há engenheiro, “no contexto atual”, sem emprego, isso é o “premio” pela destruição das empresas e pela crise provocada pelos inimigos de Dilma, Lula e o PT, não por eles. E é muito melhor um engenheiro filho de pedreiro desempregado do que um filho de pedreiro desempregado e não engenheiro. E Lula não botou em discussão “os assuntos aí de cima” por ser vaidoso? E se tivesse colocado tudo teria sido aprovado fácil, fácil?

    2. Só uma observação
      Se a indústria de petróleo e gás não tivesse sido desmontada conforme o assunto do artigo, provavelmente ainda faltariam engenheiros.

    3. Olá, ser de Marte!!
      Não é
      Olá, ser de Marte!!

      Não é culpa sua não saber, já que os governos do PT foram mesmo muito ruins de divulgação. Mas vamos lá:

      1) Toda, TODA a recuperação da indústria naval brasileira (agora posta a perder pelo pessoal da LJ) se deve EXCLUSIVAMENTE à decisão de Lula de que fossem produzidas AQUI no Brasil as embarcações e demais materiais necessários à expansão da Petrobras;

      2) Obras como Belo Monte, Jirau, a Ferrovia Transnordestina e transposição do Rio São Francisco não foram Maluf que fez, meu querido. Bote na conta dos 13 anos do PT.

      3) a própria expansão das universidades, que você aparenta avaliar como inútil, deveu-se aos governos do PT.

      4) eu VI com meus próprios olhos a expansão de parques eólicos no Nordeste. Coisa dos petralhas.

      …e depois vem um cara não sei de onde dizer que o PT não fez nada. Mas tudo bem, você veio de Marte e não tinha como saber: fogo é quem se informa pela Globo, acha que isso tudo é invenção.

  4. Abutres e predadores

         Com a situação de nossas empresas envolvidas na “Lava Jato “, a cada dia se deteriorando ainda mais, tendo algumas já em recuperação judicial e as demais celeres no mesmo caminho, algumas expectativas já podem ser analisadas, como a falsa idéia que empresas internacionais teriam interesse em adquiri-las, quer totalmente ou em partes ou apenas algumas operações especificas, tais “esperanças” não estão em horizonte próximo, e um dos motivos é que elas estão ainda “sem preço”, a tendencia é que a formação de algum “preço” ainda demore.

           Já para operações abutre, com fundos especulativos, esta demora é excelente, uma vez que internacionalmente estas empresas possuem um grande volume de papéis de divida circulando no mercado global, em varias moedas, todos eles “desclassificados”, alguns cotados na categoria de “junk bonds”, que a cada intervenção juridica, manchete, externa ou interna, jogam estes papéis mais para baixo, inclusive obrigando fundos de longo prazo a vende-los, este tipo de operação é ideal para “fundos abutre”, é até possivel se bem executada, estes fundos assumam em um momento mais propicio o controle da empresa, posteriormente fechando algumas unidades, fundindo outras, mantendo o que possa interessar e depois vende-las com lucro a quem quer que seja ( é possivel hj. adquirir um papel  em NY , por menos de 20% de seu valor de face, dependendo do vencimento e do giro dele no mercado ).

            Esta é uma face da financeirização, do embricamento entre o “mercado” e geopolitica, que nossos caros burocratas concursados do MPF , não compreendem, tenho até certa certeza, que em seus mestrados e doutorados realizados no exterior, estas aulas enfadonhas sobre mecanismos de mercado, eles faltaram. 

          P.S.: Exemplo de “interesse nacional ” : Em abril passado na LAAD Security 2016, feira de equipamentos de defesa & segurança, em certos importantes expositores “nacionais”, era melhor saber duas linguas : inglês, que todo mundo fala ,ou para um papo mais pessoal, o hebraico. Se nesta area a situação é esta – a REAL – imaginem outras.

    1. Caro Junior

      Não acredito em ingenuidade destes caras. Até eu, sem estar na área, sei o que estes caras estão fazendo. Não vamos dar a benesse da dúvidas paras estes canalhas. Já tiveram tempo, vendo a derrocada da economia brasileira, desemprego e queda do PIB para ter este desconfiômetro. Eles são é mesmo mau intencionados.

  5. Acreditar que destróem o

    Acreditar que destróem o patrimonio nacional por ignorância, quando neste blog todos já chegaram a conclusão que a maior vitima da vaza a jato é a economia brasileira, é ser muito condescendente com o pessoal “preparado” á base de mestrados e doutorados no exterior, que no final não servem para nada; seriam obtusos em seu mister? Acredito que não, afinal, têm mestrados e doutorados no exterior, apesar de inuteis.

  6. Interesse Nacional

    Está todo aqui, neste conceito, de “interesse nacional”.

    Ocorre que o interesse nacional deveria existir também dentro de cada brasileiro e isso não acontece com os grupos meritocráticos que se debruçam contra a economia nacional.

    Temos o recente caso do TCU que, na sua particular perspectiva, achou um mal negócio para Petrobras encomendar obras e serviços dentro do Brasil (lá fora era mais barato, diz o TCU – Tribunal de contas “do Universo”). O TCU utiliza matemáticas sem fronteira e sem lógica nacional nenhuma. Assim que podemos esperar desses alienados com diploma?

    Esta lebre já tinha sido levantada pelo André Araújo, bastante tempo atrás.

    1. O TCU usa como parâmetro o

      O TCU usa como parâmetro o uso eficiente dos recursos públicos. Se para construir determinado bem, gasta-se X e, sob o argumento do conteúdo nacional, gasta-se 10X, é óbvio que a alocação ineficiente do recurso público (super escasso, diga-se de passagem) vai ser apontado. Que se prove que tal política gerou tantos empresos, pôs para girar todo um ciclo econômico, etc, etc; o argumento deve ser dado pela empresa pública que sofreu o escrutínio. A questão é: isso foi devidamente quantificado e exposto, quando da adoção da política. Uma das grandes causas da ineficiência da gestão pública é justamente essa: a falta de métrica.

      1. Não é verdade…

        SÓ do TCUnião do Brasil abordar já está errado.

        A metrica levou o Brasil a lugar nenhum enquanto isso a Coreia, a China etc usam politicas de desenvolvimento, obrigam em seus acordos comerciais a compra de produtos.

        No mundo desenvolvido a Europa não deixa a nossa agricultura entrar, mas querem de forma eficiente entra na nossa industria.

        Essa é a critica, nossas instituições(TCU, JUSTIÇA, MP, ETC) não se sentem parte do Brasil, por que seus salarios não dependem de suas ações.

        Basta ver o TCU nas pedaladas, que hoje não são pedaladas e/ou a Lava-jato que destroi empresas como se não fosse nada.

        Talvez quando o salario não for de dezenas de reais….  

         

  7. O verdadeiro embate –

    O verdadeiro embate – camuflado no ideológico – é entre o Capital Financeiro e o Capital Produtivo. Àquele – volátil –  vive de apostas, crises e engodos.. (“è un trucco”). Este, de investimentos na produção, na criatividade, na criação de  riquezas e empregos.

    Concordo, assim, em grande parte com a análise acima do xadrez.

    Um grande pecado, ainda, a persistência retórica  (de reserva e excludente) de um MP forte, onipresente.

    1. Neoliberal não é liberal

      Discordo, Nilo: observe que a antinomia capial-produção x capital-dinheiro foi válida até o final dos 30 anos gloriosas pós-II WW (anos 70).

      Foi a fase liberal do capitalismo, que restringia as “maluquices” do capital autônonomo (“capital-fictício”), em face da experiência da Grande Depressão e da concorrência dos Estados capitalistas com o socialismo real (ex-URSS).

      Intuitivamente, o capital liberal sempre desconfiou da entropia ideológica dos mercados autorregulados do capital autônomo (financeiro).

      Veja, por exemplo, o capítulo 5.5 do grande “Macroeconomia”, de MHS. Simonsen nota a possibilidade de que no curto prazo taxas de juros afetem a composição do capital circulante (um gol não-clássico, à época). A curto prazo, a função produção se ocuparia de minimizar o ataque do capital-dinheiro ao investimento: Y = min [f(N);1/kI].

      Pense em Minsky…

      Portanto, nem precisa explicar muito o mundo da regrinha de Taylor (“metas de inflação”): desmanche do salário real pelo desemprego, pela carga tributária indireta, taxa de câmbio e juros reais (a regrinha de três da Selic).

      No mundo neoliberal (captura de dívidas públicas pela abertura da conta de capital do balanço de pagamentos – “Teorema Volcker”…kkk…), o capital-produção ficou de joelhos…

       

  8. Ou acabam com a lava jato ou

    Ou acabam com a lava jato ou a lava jato acaba com este pais. Eu por exemplo, já não suporto ouvir falar destes caras, abrir o jornal e me deparar com esses caras, abrir o computador e deparar com esses caras.

    Tenho nojo desses caras, pois eles tem um lado muito bem definido. Se deixaram essa tal operação lava jato não termina nunca. Não dá mais, chega.

    1. È verdade, processo infinito

      È verdade, processo infinito que se desdobra em outros milhares de modo discricionário, pisoteando o principio do juízo natural e da jurisdição, no qual policia se mistura com mp sob o comando de um juiz, e agora querem abocanhar vinte por cento de centenas de milhares de reais: se fosse vc, queria que acabasse??

  9. Se as organizações Globo

    Se as organizações Globo forem atingidas eles mudam o jeitão brasileiro de pensar sobre o assunto soberania.

  10. É desconhecimento?
    Um garoto de classe média, papai põe ele pra estudar o dia inteiro. Ele se forma em direito e depois vive de concurso em concurso até entrar no MPF, PF e judiciário em geral, os ditos operadores do direito. O que ele sabe sobre nação? Povo? Brasil? Trabalho? Ele nunca trabalhou. Agora como podem deixar na mão desse povo o destino do país?

    1. Creio que o desprezo dos que

      Creio que o desprezo dos que aqui comentam está deslocado. Esse garoto que estudou o dia todo, que não fez outra coisa que não sentar sua bunda na cadeira para poder entender de leis, contratos, códigos, administração pública, etc, está cumprindo o seu dever.

      Ele ocupa p Ministério Público, a Polícia Federal, as agências reguladores, os órgãos de controle, extamente para isso. Quem está errado, aqui, é quem praticou o sobrepreço, é quem fez o achaque, é que deu o suborno, é quem praticou tráfico de influência.

      Se cada um faz a sua parte, os funcionários públicos, seja emqual poder for, seja em qual nível da administração, os empresários, os formuladores de política, etc, todo mundo sai ganhando.  Não cabe a quem investiga agir discrionariamente quando se depara com as irregularidades e muito menos pensar o país de maneira estratégica, uma vez que seu papel não é esse. Para isso, existem aqueles que elegemos para tal.

      A seguir coma mentalidade ora exposta por quem critica as instituições públicas, melhor seria então  tornar lícito o sobrepreço, o achaque, o suborno e as fraudes de uma maneira geral, para que ninguém tenha mais problemas com a lei, pois não?

      1. O concurseiro idealizado e o que realmente passa no concurso

        A realidade, especialmente quando envolve cargos com salários acima de R$40.000,00, com estabilidade e aposentadoria integral, muitas vezes embaça a visão romântica do “garoto” ou “garota” esforçado que sacrifica fins de semana, lazer, bons empregos, convívio familiar, amigos, dinheiro em cursos, inscrições, viagens para as provas, etc… para passar em um concurso destes, que fora as fraudes já comprovadas, mais as maracutais de toda sorte que se tem notícia, mais os padrinhos,etc…  assume um cargo, onde sua presença é desnecessária e assim o enviam para um “curso de aperfeiçoamente no exterior”, pois se ficar por aqui, vai estorvar os que estão no serviço.

        A realidade é muito, mas muito mais cruel do que as cabecinhas sonhadoras imaginam.

        Fraudes nas provas, gabaritos que vazam, questões sopradas antes e escutadas a peso de ouro por “cursinhos preparatórios” são a realidade. 

        Agora os que passam por mérito próprio, deveriam, como nos países de primeiro mundo estarem a serviço da inovação nas empresas privadas, onde se produz e se criam valores e produtos.

        A lógica infeliz é a que se escuta a miúdo de gente que recebe pensão, fulano era honesto, não roubava, como se a ascensão ao cargo público fosse a senha para o enriquecimento ilícito e a honestidade no cumprimento do dever a anomalia.

        O Congresso nacional é a cara do Brasil, sem mais nem menos e não serão concursados que irão reverter isto, mais certo do que um mais um são dois.

        1. N aboa, velho: com o nível de

          N aboa, velho: com o nível de competição que existe nesses concursos, dizer que existe fraude neles é de uma falta de conehcimento sem tamanho. Os concurseiros que aqui comentam que o diga.

          “Agora os que passam por mérito próprio, deveriam, como nos países de primeiro mundo estarem a serviço da inovação nas empresas privadas, onde se produz e se criam valores e produtos.”

          Velho, vc está esqucendo quais os princípios da administração pública? Moralidade, impessoalidade, publicidade, eficiência, ética… Um servidor público só deve estar a serviço da sociedade, na esfera de competência que lhe for atribuída.

          Como eu afirmei: a discussão está completamente deslocada.

          1. Deslocado é o uso dos melhores cérebros no Brasil

            Funcionário público não produz ou cria nada, é função meio que será melhor realizada por máquinas em um futuro não tão distante.

            Mesmo a parte jurídica do direito já vê surgirem robos que postulam defesas e patrocinam milhares de causas.

            O mundo mudou, o bacharel concurseiro como o conhecemos é um ser em extinção. 

            Basta pensar em um Juiz que tinha de decidir, por exemplo, 5.000 causas sobre linhas telefônicas penhoradas, antes do advento do computador e depois, imagine ele datilografando 5.000 sentenças do mesmo teor e hoje, decidindo eletrônicamente as mesmas 5.000 demandas. A produtividade hoje está 10.000 vêzes maior, ou seja, temos excesso de funcionários públicos alocados onde não são necessários, enquanto serviços essenciais, como a limpeza pública  ou na área de saúde, carece de gente.

            Mesmo as  polícias, cada vez mais recorrem a eletrônica e a informática.

            Agora, o bom uso dos cérebros  é feito num ambiênte competitivo onde o mercado irá fornecer a recompensa ao esforço. Ali não dá para ser indicado ou fraudar provas. Por isto que as startups são tão valorizadas no primeiro mundo e os USA já têm hoje 3 empresas competindo com a Nasa no lançamento de foguetes.

            Por aqui os “heróis” são os que destroem cadeias produtivas inteiras, têm algo de errado no seu raciocínio, você não acha?

             

      2. Com certeza Adolpho
        É por isso que não podemos ficar na mão desses concurseiros. São como máquinas. Os melhores seriam assim!! O erro é de quem deu esse poder a eles. Apesar que não vejo o empenho desses senhores em prender tucanos. O procurador da República demorou uma enormidade para ir contra Aécio Neves. Cadê a máquina da justiça nesse caso? Já Lula é acusado por um pedalinho. É indigno, todo mundo está vendo. Cadê a justiça imparcial? A máquina da justiça não consegue ser imparcial? Parece que não é tão máquina assim.

      3. Meu Senhor. Leia o texto três
        Meu Senhor. Leia o texto três vezes, procure literatura sobre o assunto (não há em português, mas um tradutor de texto pode ajudar). Dê uma chance ao contraditório e leia o texto novamente. Talvez seu comentário se altere um pouco. Ou nâo.
        Abraço.

  11. Rima sobre o Brasil(autor:
    Rima sobre o Brasil(autor: homem devaneio)
    O Brasil da TV,esse o do Jornal
    Só incentiva o Brasil irracional
    defendendo o interesse internacional
    e enquanto isso o povo aqui se dá mal!
    OBS;desculpe Nassif,vou melhorar,mas por hj é o q se tem!

  12. Não acredito em ignorância,

    Não acredito em ignorância, falta de preparo ou qualquer outra coisa destas pessoas. Existe mesmo é muita má intenção. Os inocentes úteis tem salvação, os safados inúteis devem ser punidos. Mas não dá pra esperar nada do futuro se não houver realmente uma revolução que promova pesados expurgos dentro dos quadros do estado e conserte a constituição nos pontos que tratem do interesse nacional e do judiciário. Portanto, não dá pra esperar nada do futuro. Seremos sugados até a última gota e depois abandonados exatamente como os europeus fizeram com a África.

  13. Nassif,
    Só uma pequena
    Nassif,
    Só uma pequena correção:
    A nossa Constituição, em seu texto original de 88, previa dois conceitos: empresa brasileira + empresa brasileira DE CAPITAL NACIONAL.
    Essa última tinha uma série de benefícios, como vantagem nas licitações, em caso de preço ligeiramente superior.
    Quem EXTINGUIU o conceito de empresa brasileira de capital nacional foi FHC – sempre ele!
    Fez isso logo nos primeiros meses de mandato com a Emenda Constitucional no. 6.
    Não tenho certeza, mas acho que menciono isso no meu post sobre a “entrega de terras aos estrangeiros” de umas semanas atrás.

  14. Grande Nassif. Mais didático

    Grande Nassif. Mais didático impossível.

    Olha aí procuradorzinhos Lava Jateanos, com cursos básicos no exterior e frequentadores de cursos fornecidos pelo governo americano, precisa desenhar?

    Olha aí, jornalistazinhos que defendem o neo liberalismo enquanto acabam com o proprio país, com as mepresas nacionais anunciantes e consequentemente com seu mercado de trabalho, precisa desenhar?

    Olha aí, politicos de merda que só sabem roubar e se esquecem de defender as empresas nacionais, precisa desenhar?

    1. Perfeito, Vera Lúcia.
      Sem

      Perfeito, Vera Lúcia.

      Sem esquecer que procuradores e juízes, no Brasil, salvo as exceções de praxe (10%) têm uma Cultura de Gibi, nunca ouviram falar de matemática, literatura, contabilidade ou Direitos Humanos, e se alçaram aos seus cargos graças apenas a técnicas de memorização fornecidas (a peso de ouro) por empresas especializadas. Tudo como em Liliput, onde, para galgar importantes cargos públicos, o candidato não precisava provar competência para as atividades específicas dos cargos, mas apenas… a capacidade de atravessar 60 cm de corda bamba. Disso tudo decorre o cidadão Sérgio Moro, que voltou herói dos States, com seu cavalo só falando inglês (vamos recordar Chico Buarque).  E o dono do cavalo com idade mental e emocional de um menino de 9 anos.

       

    1. A culpa da crise é da Dilma,

      A culpa da crise é da Dilma, do custo do feijão é da Dilma, da corrupção é da Dilma. Não se exige de nenhuma outra pessoa ou instituição responsabilidade, conhecimento e informação sobre o cargo que exercem. Ora, se nós, que não somos concursados e não recebemos as mordomias e salários milionários do estado vemos o país com responsabilidade porque raios esses pgrs e stfs nomeados não podem ser incriminados pelo crime de lesa pátria que cometem? Dilma e Lula foram bem intencionados, esses profissionais irresponsáveis tem que se por à altura da instituição Justiça que representam. Essa gente nunca esteve preocupada com a nação brasileira, são celebridades que trabalham para agradar a imprensa. E sabe-se lá mais o que ou quem. Porque é bom lembrar que 50 anos depois ficamos sabendo que o general Amaury Kruel recebeu 1,2 milhão de dólares para derrubar o governo João Goulart.

  15. Boa análise, mas os procuradores, PFs e juízes não são ingênuos.

    Prezados Nassif e leitores,

    Mais uma crônica da série “O xadrez…” que merece ser guardada.

    O único ponto em que discordo do analista é quanto à suposta ingenuidade dos procuradores do MPF ou desconhecimento por parte deles do que sejam interesses nacionais. Não considero que seja ‘vago’ o conceito de interesse nacional. O alto comando das FAs sabe muito bem o que é isso. Os procuradores também o sabem; é exatamente por isso que considero gravíssimos os crimes cometidos pela ORCRIM institucional da Farsa a Jato; são crimes de lesa-Pátria, perfeitamente alinhados com os interesses econômicos e geopolíticos dos EUA na América Latina. Não há qualquer coincidência entre a descoberta do Pré-Sal, as espionagens da NSA e de outras agências estadunidenses, as chamadas ‘jornadas de junho de 2013’, seguidas do ‘não vai ter copa’, da Farsa a Jato e do golpe midiático-policial-judicial-parlamentar desfechado em maio de 2016. A trama, cujo alto comando fica nos EUA, foi muito bem calculada e engendrada. As instituições burocráticas do Estado Brasileiro (PF, MP e PJ) foram cooptadas pelo alto comando exterior; o PIG/PPV é secular aliado desse mesmo alto comando e fez parceria com a ORCRIM institucional. E as Forças Armadas, pela omissão mostrada a té agora, parecem coniventes com toda a sórdida trama golpista. 

    No mais concordo com a análise apresentada.

     

  16. O Fla x Flu político piorou o preconceito contra os empresários

    A luta contra a “zelite”, o discurso populista que tem gente “que não quer que pobre ande de avião” piorou muito esse quadro.

    O ódio às empresas, que na sua maioria geram empregos e pagam impostos de maneira correta e digna, causou uma reação irracional, onde as pessoas querem que as empresas desapareçam e não enxergam que se isso acontecer o país volta à idade das pedras.

    Enquanto patrão / empresário ser visto pela população como bandido explorador esse quadro não vai mudar.

  17. Se o mundo vai muito mal,

    Se o mundo vai muito mal, imagine o Brasil.

    Só haverá solução com a volta de Dilma.

    Caso contrário, preparem-se para o caos social. 

    Quem sabe em 50 anos acançamos a Síria e o Iraque que tinham uma classe média bem semelhante a brasileira e também são ricos em recursos naturais.

    Faz tempo que vejo procuradores no exterior em busca de holofotes, falando mal do Brasil, entregando nossas empresas, bloquando obras de infra e de energia, etc.  É uma zona e uma zorra esse Brasil, onde a única constância é o entreguismo da classe média “A” que tem acesso a boa educação, complementada com investidas no exterior.

    O Brasil nunca foi uma Nação.  E agora, em tempo de guerras e poder absoluto dos monopólios é que não será mesmo.

  18. O despreparo dos procuradores – ACORDA BRASIL !!!

    Quando a única ferramenta que você sabe usar é o Martelo, todos os problemas sāo pregos. Este é a realidade que a sociedade brasileira tem de enfrentar. Concurseiros bitolados, vindos de um processos de seleçāo alienante, que os apartam do mundo mercantil. Sobrevivem em um universo onde suas necessidades diferem de 99,9999% dá populaçāo. Assim deveriam ter um freio quintuplo em suas açōes.

    Não há de se justificar a conduta destruidora do patrimônio nacional e da auto-estima do brasileiro, obrigado a assistir aventuras jurídicas  que mais parecem buscar o holofote para seus perpetradores do que qualquer outra coisa. O caminho para a política, a despeito das pretenções o Joaquim Barbosa e de outros membros do judiciário e seus apêndices, não é um concurso público e sim a militância partidária. Basta ver o Lula, o Ciro e outros políticos de nomeada, que na primeira oportunidade de fazer campanha exaltam seus conhecimentos dos rincões do Brasil, com seu povo e suas idiosincrasías.

    Um governo vencedor exige antropologia, geografia e metafísica, sem isto é um desastre, como comprovam os pés pelas mãos das ações destes procuradores que estão destruindo o tecido empresarial brasileiro e entregando de bandeja bens, riquezas e serviços produzidos por aqui.

    Sem um governo que determine um Rumo, um Norte e uma Estrela, o seu condutor não tem o ponto de apoio para observar, entabular e solver as dificuldades da condução do Brasil, assim, fica ao Deus dará o que acontece com a nação e o povo, submetendo o Brasil a este desmonte de suas instituições, empresas e da sociedade em último caso, que se verá, por fim, desamparada, pobre e na Rua da Amargura.

    O Brasil precisa acordar, acorda Brasil!

  19. Os “sem poder”, invisiveis

          Os “grandes empreiteiros” , como Marcelo por exemplo, mesmo que presos, condenados, ainda por mais que muita gente não acredite, possuem PODERES, como negociar delações, diminuirem suas penas, reduzir seus varios negócios, concentra -los ,centrar suas operações no exterior, até mesmo a extensão de prazo, hoje indefinido, das ações “Lava Jato”, lhes dão vantagem, como no sentido de terem que reduzir seu pessoal, cancelar contratos alegando inadimplência dos contratantes, não pagar fornecedores pois não tem mais os contratos.

           Mas e os “outros”, sem poder, “invisiveis” até para a Lava – Jato, pequenas e médias empresas que foram sub-contratadas pelas “empreiteiras – main contractors ” e fazem parte, aliás faziam, desta cadeia produtiva, como uma de Sorocaba (SP ) contratada para montar valvulas de fluxo, uma do RJ que investiu na nacionalização de lanças para guindastes, ou outra de Macaé (RJ ) que prestava manutenção primária de compressores, vou parar nestes exemplos para não parecer chato, pois seria-me possivel encher paginas sobre as falências e fechamentos de empresas da Cadeia Oleo % Gás + Naval, as diretas.

            Nem mesmo vou me estender as empresas, médias e pequenas, até mesmo familiares, que gravitavam na orbita destas, como : alimentação, contratação de mão de obra, hospedagem, escola de linguas….etc.

            Elas não subornaram ninguem, sequer participaram de qualquer licitação, seus ex-empregados, talvez a maioria deles, nem sabiam que trabalhavam para uma Odebrecht da vida, mas foram atingidos pela sanha maluca destrutiva, não Hayekiana, dos dignissimos burocratas concursados.

              Imaginem, coloquem-se na situação de um médio empresário, que há menos de dois anos atrás, chegava no gerente do Banco do Brasil para descontar um titulo de uma grande empreiteira, ou até da Petrobrás, tipo para pagar a folha, era dinheiro em caixa, até com juros abaixo do mercado, dia seguinte na “conta” ( o banco até fazia a “folha” ), em alguns casos até deu para descontar o contrato inteiro ( tipo leasing de maquinas pesadas ) , hoje estão como : falidos e com dividas, os papéis ( duplicatas, titulos, contratos ), os bancos não querem nem ver , mas cobram judicialmente o que foi emprestado anteriormente.

              Quando cadeias produtivas são destruidas, ou mesmo paralisadas e desorganizadas, o resultado é sempre este: falencia, desemprego e desesperança, ainda pior para os que nada possuem para “trocar” com quem os arrebentou.

    1. Vai de mal a pior, lembrei do Requião

      Lá no Paraná ele suspendeu a fiscalização para evitar achaques, parece piada, mas é verdade.

      1. Vc. é de Santos

             Um exemplo de que quem não tinha, nem tem, nada a ver com a situação, ocorreu em sua cidade, na qual morei quase dois anos, é referente ao boom imobiliario inflado pelo pré-sal, muita gente investiu em imoveis, construiu, até quase acabaram com o “Clube 15 “, e agora estão com as unidades vazias, e devendo para os bancos financiadores dos empreendimentos.

              E agora o prefeito de São Sebastião, esta no mesmo caminho que os prefeitos de cidades do RJ trilharam ( Cabo Frio, Rio das Ostras, Macaé e Campos ), que inves de aproveitar os royalties para uma poupança, ou até para incentivar alguma nova produção local, constroi monumentos ridiculos, admite funcionários comissionados, sem ter idéia que estes royalties, dependem de cotações internacionais, e que futuramente quando estes poços estiverem maduros, eles se estabilizam.

              Riviera independente de São Sebastião e Bertioga, esta é a Luta.

  20. Os salários pagos

    Os salários pagos aos membros do judiciário é um achaque ao resto do Brasil, o marajismo e a falta de autocontrole da prestação de contas do judiciário brasileiro aos outros poderes o faz autônomo na perversidade de sua distribuição de méritos e riquezas

    Auxílio moradia pra juízes que já possuem casa, a extrapolação do teto constitucional de salário e a aposentadoria compulsória para quem comete crimes no judiciário são algumas das benesses autoconcedidas que ajudam a colocar o judiciário no hall da corrupção institucionalizada no país

    Entregar informações sigilosas a outras nações internacionais não passa de outro crime de corrupção, só que em vez de dinheiro ganha-se o prestígio e a confiança de outrem e não há ninguém para cobrar mesmo 

    Era merecida uma retaliação dos intelectuais brasileiros a essa forma de bajulação coxinha, derivada do servilismo dessa classe e a falta de cobrança das ações irresponsáveis e lesa-patrias

    Quem vai puni-los? O mesmo que vai punir Gilmar Mendes por arquivar o inquérito do Aécio neves ou o mesmo que vai punir o moro por vazar um telefonema de uma presidente da república como se essa fosse uma qualquer?

    O Brasil como o conhecemos acabou, está tudo desmoralizado e o judiciário brasileiro também nunca foi exemplo pra ninguém 

    Isso só irá mudar quando acontecer uma lava jato no judiciário

     

    http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2015/06/juizes-estaduais-e-promotores-eles-ganham-23-vezes-mais-do-que-voce.html

    http://metalrevista.com.br/2016/02/17/veja-quem-sao-os-juizes-corruptos-condenados-com-aposentadoria/

    http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/ao-barrar-investigacao-gilmar-suspende-ate-depoimento-de-aecio/

    http://www.viomundo.com.br/denuncias/andre-araujo-entrega-de-provas-a-justica-dos-eua-contra-petrobras-por-procuradores-da-lava-jato-atenta-contra-o-estado-brasileiro-e-sua-soberania.html

    http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-desafio-de-punir-juizes-no-brasil/

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