Oscar de melhor ator para o galã casado com a itambacuriense

Enviado por antonio francisco

Matthew McConaughey ganhou o Oscar de melhor ator por seu papel em “Clube de Compras Dallas”.

Nesta foto ele passeia com a itambacuriense Camila Alves e filhos, além do cãozinho.

 

Redação

17 Comentários

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  1. Merecido

    A cena dele com Di Caprio no ja cult Lobo de WS é uma das melhores do filme. Completamente alucinado! A cena entra pra historia do cinema, goste-se ou deteste-se o filme. 

      1. Verdade

        É verdade, a dupla está ótima, ele e o o Woody Harrelson. Aliás, a melhor série que passa na TV atualmente.

    1. Grato, Jair Fonseca

      Como sou de lá, me esqueço às vezes de dizer onde fica. 

      Cem km de Gov. Valadares até lá, e 27 km de lá até Teófilo Otoni, MG.

      Quem muito conhece Itambacuri são os gamers que operam jogos como  “pilotos de avião”, pois se utilizam até hoje, em suas rotas, dos códigos de identificação do desativado campo de aviação de Itambacuri:

      Código IATA:  ITI 

      Código ICAO:  SNYH

      Tem saído nas páginas do Governo de Minas informações de que o campo de aviação será reativado. Tomara! Em suas próximas idas até lá para visitar os familiares, o ator com sua esposa e filhos poderão ir de avião, quando os vôos forem restabelecidos.

  2. A fortaleza da mulher e mãe = respeito e orgulho

    O que deve deixar essa esposa ogulhosa é o tamanho do respeito e admiração que o marido dedica a ela.

    Inúmeras vezes, e não só no Oscar, Matthew McConaughey fez questão de ressaltrm sua importância.

  3. Em “ITI” todos se conhecem por apelidos

    Itambacurí, uma cidade pequena – 25 mil habitantes, aproximadamente – cercada de montanhas,é muito aconchegante, localizada a 32,5 km de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, distante 3 km da BR-116, a famosa Rio-Bahia, que também passa por Governador Valadares, no Vale do Rio Doce.

    Domingos Pacó [ com certeza parente do meu amigo Marinho Ramos Pacó, que é nascido alí ], filho das  matas fechadas das florestas da região, descrevia Itambacurí desta forma:

    “Era esta zona um lugar intransitável. Percorriam-no somente índios como: Crakeatan, Mucurim, Nhanhã, Catolés, Potão, Nacrechés, Aranãs e as feras bravias”.

    McConaughey em seu discurso no último Globo de Ouro, sintetizou a sua trajetória artística. Com uma série de fracassos, um filho recém-nascido e outro a caminho, o ator se viu na crise dos 40 em 2009. E sem um bom motivo para sair de casa, ficou dois anos sem trabalhar. Os papéis que lhe interessavam não chegavam até ele, que havia virado uma piada de si mesmo: o galã de comédias românticas que chegava no set, tirava a camisa e descontava o cheque. Foi quando sua esposa, a modelo de Itambacuri (MG) Camila Alves, explicou a ele a filosofia pela qual mineiros nunca perdem o trem. “Se os papéis não vêm até você, é hora de tirar a bunda da cadeira e ir atrás deles. Ou mudar de carreira”.

    [video:http://youtu.be/Rw54mEyDLVc%5D

    DOMINGOS PAÇÓ

    Domingos Ramos Pacó (Itambacuri – 1867, Campanário – 1935) foi um intérprete e professor indígena bilíngüe.

    Foi o primeiro professor indígena do aldeamento de Itambacuri. No seu legado, merece destaque a elaboração de um manuscrito onde ele apresenta um parecer sobre a origem das cidades de Itambacuri e Igreja Nova (atual Campanário). 

    História

    Domingos Pacó é filho de Félix Ramos da Cruz e Umbelina Ramos da Cruz. O pai, Félix, já se encontrava estabelecido na região onde hoje é Itambacuri antes mesmo da chegada dos padres fundadores da cidade. A mãe, Umbelina, era uma índia filha do Capitão Pahóc. 

    Capitão Pahóc

    Capitão Pahóc foi um chefe indígena que teve grande importância para o sucesso do aldeamento de Itambacuri. A missão dos fundadores não teria sido possível sem a negociação e conquista do apoio das lideranças indígenas que estavam sob o comando de Pahóc.

    O grupo sob sua liderança era formado por 800 guerreiros, além de outros 100 homens localizados em regiões de limites, em pontos estratégicos, para a defesa contra possíveis incursões de inimigos.

    Pahóc costumava se relacionar com os não-índios. Nessas ocasiões era acompanhado por um número considerável de membros da tribo e do língua (intérprete) Félix Ramos da Cruz – com quem já havia estabelecido parceria antes mesmo da chegada dos fundadores. 

    Félix Ramos da Cruz

    Félix Ramos da Cruz tinha relações de amizade com o Capitão Pahóc e era um grande conhecedor da região. Além disso, era também um importante língua. Os línguas gozavam de reconhecido prestígio, advindo de sua habilidade em intermediar, por meio de simultânea tradução oral, aquela que era considerada uma difícil (e às vezes perigosa) comunicação entre indivíduos de diferentes culturas. 

    Os línguas não dispunham de livros para a aprendizagem do idioma, até porque, ao que se sabe, o primeiro registro do falar daqueles índios foi publicado apenas em 1909, na Alemanha, graças ao esforço de Bruno Rudolph – imigrante que elaborou dicionário em alemão da língua botocuda. Assim, a comunicação com os índios era orientada tão somente pelo esforço constante e habilidade dos línguas.

    Félix casou-se com Umbelina, uma índia filha do Capitão Pahóc. A união inaugurou o livro de registros dos diretores do aldeamento, sendo o primeiro casamento oficializado em Itambacuri pelos fundadores Frei Serafim e Frei Ângelo, um ano após instalada a missão.
    Dessa forma, Félix reunia não apenas a figura de um “nacional” que guardava profundos conhecimentos sobre a região e domínio da comunicação com os índios, mas também representava um elo ainda mais importante no trato de confiança com estes, sendo um importante mediador político.

    Do relacionamento de Félix com Umbelina nasceu Domingos Ramos Pacó. 

    O Professor

    Domingos Pacó foi o primeiro professor de origem indígena da região do aldeamento de Itambacuri. 

    Pacó foi alfabetizado pelos padres fundadores (diretores do aldeamento) e atuava como sacristão. Em seguida passou a exercer o cargo público de secretário, ecônomo e professor. Recebeu o título do magistério a 3 de janeiro de 1882, iniciando imediatamente suas atividades. Na época, Pacó tinha apenas 15 anos de idade.

    O professor Pacó lecionava para filhos de indígenas e de não-indígenas em uma escola feita de pau a pique – localizada nas proximidades do convento da cidade.  Permaneceu no cargo por 19 anos, até ser substituído, em 1901, pelo professor Manuel Pereira Tangrins. 

    Manuel Pereira era um músico casado com uma índia. A alcunha Tangrins, que lhe foi dada pelos índios e é apresentada como sobrenome, significa “músico” na língua dos nativos. 

    A substituição de Pacó teria sido motivada pela negligência com o cargo. O professor havia se tornado alcoólatra, o que comprometia, além da saúde, as atividades como educador. Além disso, pode-se inferir que a demissão do professor tenha se imposto sob um novo conjunto de regras relativas à administração escolar dos índios, adotada nos primórdios da República pelos diretores da então colônia indígena.

    O Manuscrito de Pacó

    Uma das realizações de Domingos Ramos Pacó foi a redação de um manuscrito de grande valor histórico, considerado um dos raros documentos escritos por um índio brasileiro no século XIX. 

    O trabalho é apresentado em 22 páginas de papel almaço, redigido com bela caligrafia, e apresenta, entre outras impressões, uma visão particular sobre a origem das cidades de Itambacuri e Igreja Nova. A obra é intitulada “Pequena narração ou origem de como foi descoberto o Itambacuri – 1873”. 

    O manuscrito apresenta notícias históricas e é também interessante pelo expresso amor à raça e língua indígenas, contendo várias passagens escritas no idioma original de Pacó. Em uma dessas passagens, Pacó traça um auto-retrato e se coloca entre os primeiros professores de Itambacuri. 

    Ele fala também sobre os padres fundadores afirmando que eles, conhecendo sua inteligência e aproveitamento nas letras, pediram ao Governo Provincial autorização para incluí-lo no ensino do aldeamento indígena de Itambacuri.

    Pacó aproveita para registrar que sua escola chegou a ter o maior número de matrículas de filhos de indígenas. No texto, também fica clara a mágoa com ex-alunos que tiveram com ele “conhecimentos úteis a respeito da instrução primária e, agora que ocupam cargos, sentem vergonha de dizer que foram educados por um professor indígena”. E segue, reprovando os que se envergonham da descendência indígena. 

    No seu relato, Pacó descreve uma visão da selva diferente da dos colonizadores. Para ele, a selva era um local de recreação, idéia que contrasta com os medos e perigos descritos pelos missionários. Pacó ressaltava que todos aqueles córregos, rios e serras já possuíam um nome em língua indígena antes mesmo da chegada dos colonizadores. 

    Segundo Izabel Missagia de Mattos, a memória da fundação da missão em Itambacuri, escrita pelo professor, pode ser lida não apenas como crítica, mas, no limite, como uma verdadeira denúncia da pedagogia excludente e da invisibilidade gerada sobre a participação do indígena no trabalho realizado pelos capuchinhos.

    Fim da vida

    Após deixar o magistério, Pacó retirou-se para as matas. Tempos depois, mudou-se para Igreja Nova (atual Campanário) onde, a pedido de moradores, chegou a abrir uma escola e lecionar. 

    Pacó foi casado com uma indígena de nome Zulmira Jupeti, com quem teve filhos. 
    O professor bilíngüe, figura de importância além da história itambacuriense, viveu seus últimos anos na cidade de Campanário, onde faleceu no ano de 1935.

    Referências bibliográficas

    – MATTOS, Izabel Missagia de. Civilização e Revolta – Os Botocudos e a Catequese na Província de Minas. EDUSC. Bauru – 2003. 
    – MATTOS, Izabel Missagia de. Domingos Ramos Pacó, professor bilíngüe e intérprete do aldeamento missionário do Itambacuri, MG. XXIV Simpósio Nacional de História, São Leopoldo – 2007. Seminário Temático Os Índios na História: Fontes e Problemas.
    – PALAZZOLO, Frei Jacinto de. Nas Selvas dos Vales do Mucuri e do Rio Doce. 3ª Edição. Companhia Editora Nacional. São Paulo – 1973.
    – BRASILEIRO, Danielle Moreira. O Aldeamento Indígena Nossa Senhora dos Anjos – 
    PACÓ: Memória e indigenismo no Vale do Mucuri – MG. Associação Nacional de História – ANPUH. XXIV Simpósio Nacional de História. São Leopoldo – 2007.

    1. jns, você é formidável!

      Você contou todinha a história da bela cidade que até hoje guarda marcas dos acontecimentos derivados principalmente dos planos dos capuchinhos para de algum modo salvar a vida dos índios ameaçados – ainda que, como se viu, as caracterizações desses povos como índios desaparecessem.

      Você mencionou também o Bruno Rudolph, o alemão que viveu grande parte da vida nas proximidades da cidade de Teófilo Otoni. A vida e obra de Bruno Rudolph estão tendo finalmente o reconhecimento devido, graças a estudos acadêmicos que vêm sendo desenvolvidos por Matthias Nitsch, estudante alemão que fala bem o português e é um pesquisador formidável.

      Quanto ao ator, tenho muita curiosidade de saber como é que ele e Camila Alves se conheceram. Muito provavelmente foi a partir de alguma ida dela aos Estados Unidos.

      Grande abraço, jns!!! 

       

      1. PAZ E SOSSEGO

        Grande Garoto!

        ‘Iti’ é uma tradicional e característica cidadezinha mineira cercada de muita paz e sossego!

        Vista aérea recente do Santuário e da praça São Francisco de Assis.

        Durante umas das minhas desfibrilantes viagens para a minha amada Bahia (sou mineiro), experimentei o azar (devido ao superaquecimento do carro no qual viajava)  e a sorte (pernoitar naquela bucólica cidade).

        O EXCELENTE BLOG [  http://itypedia.blogspot.com.br/  ] É A RICA ENCICLOPÉDIA DE ITAMBACURÍ.

        Grande abraço!

    1. A CAMILA ALVES não é

      A CAMILA ALVES não é Itambacuriense, os seus pais e avós são de lá. Ela nasceu em Belo Horizonte e sempre foi a Itambacuri viver as suas origens.

    2. vergonha da origem.

      sou mineiro da cidade de itambacuri,  e moro em sdao paulo ha mais de 30 anos e sempre respondo a quem me perguta de onde sou , sou MINEIRO DE itambacury com muita honra e nao tenho porque ter vrgonha da cidade e estado em que nasci, estou pensando em voltar a morar la que e um lugar bonito e sossegado e otimo pra se viver..como pode uma pessoa ter vergonha da sua origem ? 

  4. ITAMBACURI-MG

    EI, PESSOAL. REALMENTE O CASAL E FILHOS VOLTA E MEIA APARECEM POR AQUI. JÁ OS ENCONTREI EM CASA DE AMIGOS E TAMBÉM FAZENDO COMPRAS PELA CIDADE. ELE É MUITO SIMPÁTICO E ADORA SE MISTURAR COM AS PESSOAS PUXANDO CONVERSA COM TODOS. O CARA MERECE TUDO QUE ESTÁ ACONTECENDO COM ELE. GRANDE ABRAÇO A CAMILA, CUJO PAI É MEU AMIGO PESSOAL. 

  5. Olá JNS. Obrigado por você ter citado meu nome. Como há aproximadamente que eu me mudei de Itambacuri eu não me lembro de você. Mas fico feliz por ter se lembrado de mim. Eu tenho muito interesse pelos meus ancestrais e Domingos Ramos Pacó é para mim o mais importante de todos. Gostei do texto que você escreveu acima. Certamente, foi tirado da mesma fonte que eu estou utilizando na elaboração de um livro que pretende levantar um questionamento sobre o meio ambiente, assim como, a relação dele com a minha família. Neste livro, pretende-se mostrar o êxodo, principalmente da minha família, para os estados do Norte do Brasil, onde brevemente se tornará um deserto, a exemplo do foi feito em Minas Gerais. Todas as narrativas são sob o ponto de vista de uma criança que vê a destruição da floresta, bem como suas consequências, como por exemplo, a morte do Rio Itambacuri. Estive naquela região, há pouco tempo, e não pude conter as lágrimas, ao ver o Itambacuri, em poças salpicadas no leito. No meu tempo de criança, era tão caudaloso que a travessia só era possível sob o lombo de um cavalo ou numa canoa. Espero que meus netos não vejam o mesmo com o grande Amazonas. Lhe agradecerei se você puder me responder. Abraços e Obrigado.

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