Polícia transforma pré-carnaval de Campinas em caos

Por Ricardo Cavalcanti-Schiel

Tomo a liberdade de escrever em primeira pessoa, algo que não faço nem nos meus relatos etnográficos, onde esse tipo de registro tem um considerável significado metodológico.

Eu havia acabado de postar uma matéria aqui no meu espaço de blog, hoje, sábado, 30 de janeiro de 2016, e, vislumbrando pela janela do meu apartamento a movimentação das pessoas na rua, senti-me aguçado pela curiosidade de ver in loco o acontecimento social do dia em Campinas.

Apenas ver, dedicar-me a um breve flaneurismo etnográfico, como curioso observador que sou das paisagens humanas. Tratava-se de um evento pré-carnavalesco que, ao que parece, reuniria blocos e foliões precoces em torno do Centro de Convivência Cultural (CCC), uma praça localizada a apenas três quarteirões de onde moro.

Meu relato sobre o evento em si é deliberadamente impreciso, porque tudo o que pude saber a respeito dele foi o que vi, antes dele acontecer, por volta das duas da tarde, quando fui até o supermercado que fica junto ao CCC, e observei uma infra-estrutura de toldos e espaços seccionados notavelmente produzida, como eu nunca havia visto antes naquele local. Ao redor dela e ao longo de alguns quarteirões do entorno já se agrupavam os tais foliões precoces, com camisetas de blocos, além de vendedores de bebida e uma espécie de arremedo de praça de alimentação espalhada, com pontos no estilo food-truck. Pensei comigo: carnaval de campineiro parece que tem um quê de shopping-center.

De fato, essa região está longe de ser considerada “popular”. Trata-se de um bairro que qualquer observador taxaria de “classe média alta”. E não apenas isso. Início do circuito dos bares, restaurantes e casas noturnas pelos quais ainda se entra pela calçada da rua, essa região específica mereceria em algum outro lugar mais espirituoso que Campinas o epíteto de “baixo Cambuí”.

Às duas da tarde o mais notável ainda era a excitação pré-carnavelesca no ar, mauricinhos e patricinhas (ou, para quem não gostar dessa terminologia, garotões e mocinhas produzidas) se abastecendo de bebidas no supermercado, ruas cuidadosamente bloqueadas para o acesso de carros e o ensaio da disposição de um impressionante dispositivo policial.

De uns anos para cá, os encontros pré-carnavalescos ocorrem nessa região de forma quase espontânea, por conta de um bloco que se criou em um dos bares ancestrais e icônicos do local. Com o afluxo crescente de gente e o consumo massivo de bebida alcoólica, a coisa passou a guardar um irremediável potencial selvagem, que algumas vezes obrigou o grande supermercado a fechar suas portas, já que seu magnífico estoque de bebidas se tornava um imã imediato para ébrios insaciáveis.

Exatamente na calçada frente a ele existe um posto da Polícia Militar, grande e equipado. À diferença de outros postos policiais, protegidos como fortes, esse parece uma vitrine: é quase todo recoberto por larguíssimas lâminas de vidro; parece um aquário, onde as mesas de registrar ocorrências são exibidas como aqueles apetrechos por onde os peixes nadam. Até então, no entanto, eventuais efervescências carnavalescas tinham sido resolvidas simplesmente em termos de deixar a poeira (ou o teor etílico) abaixar.

Talvez pelo potencial, tanto de evento social como de instabilidade selvagem da pacata ordem urbana, a infra-estrutura deste ano parecia sugerir um enorme esforço para civilizar e até mesmo de “gentrificar” a reunião daquela malta ansiosamente carnavalesca. Confesso que, depois do supermercado, preferi passar a tarde em casa ouvindo jazz. Nada daquilo, nem o carnaval, nem o campineirismo, nem a (quase sempre exasperante) ebriedade juvenil, nem a gentrificação dos food-trucks me seduzia.

No entanto, próximo às nove da noite, já depois da minha postagem aqui, decidi fazer um passeio etnográfico em meio aos nativos selvagens, ou seja, ver exatamente, por mera curiosidade, o que já devia ser o fim de festa, quem sabe não mais que para reforçar minhas péssimas impressões sobre campineiros, mauricinhos, patricinhas, gentrificação do carnaval e a irremediável ação do álcool como combustível (cada vez mais obsessivo) da sociabilidade juvenil.

O cenário era previsível, como nos anos anteriores, mas com mais gente. Muitos jovens, alguns mais animados, outros mais pacatos, tomando os últimos tragos ou buscando pela última paquera, garotões musculosos sem camisa, mocinhas altaneiras com shorts miúdos, alguns rapazes e moças que pareciam vindos dos subúrbios, todos razoavelmente tranquilos, razoavelmente excitados, muitos, muitos mesmo, desbragadamente ébrios, e bastante contentes com isso.

Seguramente eles manejavam entre si seus códigos de diferenciação social, mas uma tal massa de gente não se resolve como massa apenas por fissão estratificadora. Afinal, o que é o carnaval, mesmo em um lugar como Campinas, senão um breve interlúdio de communitas, essa comunhão insondável (até mesmo para os antropólogos) onde a diferença tende a entrar em suspensão?

A uma quadra do CCC o asfalto da Avenida Júlio de Mesquita, a principal do bairro, estava completamente molhado. Não sei se algum tempo antes haviam esguichado água para refrescar os foliões ou se simplesmente seria o rescaldo de uma maré etílica que banhara uma multidão de goelas. De qualquer maneira, conversações ébrias tendem a se prolongar de forma bastante indefinida, e as pessoas que por ali estavam simplesmente se encontravam nesse estágio, que Buñuel definira como aquele não-arredar-pé diante das últimas miragens de um paraíso intangível, quase sempre patrocinadas pelo éter de algum “ángel exterminador”.

Às nove da noite, o maciço contingente policial parecia impaciente, diante de ébrios que eram a paciência em estado absoluto, já beirando aquela solidariedade característica dos bêbados, e que só eles são capazes de compreender.

Já vi movimentações selvagens de torcidas de futebol nesse bairro, quando Ponte Preta e Guarani ainda traziam os grandes clubes da capital e suas grandes torcidas para jogos decisivos. Já cheguei a ver uma mulher ser executada a tiros na frente das filhas, debaixo da minha janela, por ocasião de um desses arrastões que as torcidas dos grandes times patrocinavam ao sair dos estádios, numa quase longa caminhada até a rodoviária, mas ainda mais curta que a espera por um transporte urbano inexistente.

Dessa vez, no entanto, apesar da massa de gente e da ebriedade, os ânimos estavam apenas festeiros e minha breve caminhada não notou, impressionantemente, nenhuma exasperação belicosa… senão a da Polícia Militar, a mesma que nunca esteve no bairro na época dos arrastões das torcidas.

Cerrando fileiras para decretar o fim daquela solidariedade infinitamente prorrogável, a impaciência do contingente policial parecia escalar uma graduação proporcional à graduação alcoólica daquela meninada errabunda. Parecia tratar-se da emergência de uma incompatibilidade existencial: a communitas etílica de fim de festa, de um lado, e, do outro, a restauração da ordem que só responde pelo imperativo de si mesma: a ordem porque sim, aquela que resvala, sem o dizer, a simples tentação autoritária, o exorcismo absoluto de qualquer anjo exterminador em nome… ora pois!… em nome da autoridade!

É provável que os policiais tenham lembrado das suas famílias que deixaram em casa numa noite de sábado que poderia ser de descanso. É provável que o supermercado voltasse a reclamar do inconveniente da festa para o seu expediente de vendas. É provável que algum burocrata que tenha traçado os planos da gentrificação do carnaval tenha estabelecido uma meta a alcançar sobre a restauração do trânsito e da ordem urbana. É possível muita coisa, mas o que eu não vi foi uma rusga sequer entre os contingentes presentes. Até, pelo menos, o momento da noite em que a força policial parece ter sido fustigada por uma espécie de eletricidade que a fez cerrar fileiras inusitadamente, como se as hostes dos anjos exterminadores se postassem diante dela, o momento em que ela intempestivamente se viu energizada pelo frenesi da restauração da ordem… ou quem sabe apenas, a vontade de encerrar logo o expediente daquela maçada.

Foi exatamente ali ― e em nenhum outro lugar! ― exatamente ali, na linha vermelha entre os policiais insolitamente enfileirados e a multidão, que algo aconteceu. E aconteceu de forma explosiva, como se multidão e força policial fossem compostos químicos que não pudessem, sob hipótese alguma, ser postos em contato. Multidões sempre foram multidões. Força policial, cada sociedade tem a sua. Portanto, a particularidade química dessa reação explosiva parece caber, de uma forma muito singelamente lógica, à composição mental e material da polícia.

O resultado concreto é que, em curtíssimo espaço de tempo o ar estava tomado por gás lacrimogêneo. Sentindo a investida maciçamente despropositada e desproporcional, alguns cidadãos, exasperados com o exercício de uma autoridade ofensiva, inepta, irresponsável e incompetente, reagiram como ébrios reagem: com o fígado. Algumas garrafas voaram e… pronto! esse era o álibi tático que a “autoridade” precisava para arreganhar sua dentição afiada e bem nutrida por um contexto institucional fortemente autoritário.

Em pouco tempo os arredores do Centro de Convivência Cultural (centro do quê, mesmo?…) tornou-se uma praça de guerra. Conceitualmente, guerra é o confronto entre duas forças militares. Para a autoridade elevada à condição autoritária de absoluto, uma meia dúzia de garrafas de alguns bêbados é um artefato bélico ao qual se responde com sucessivas cargas de lacrimogêneo, spray de pimenta, cassetetes silvando e o que mais estiver à mão… afinal, o Outro é apenas o Inimigo.

O conflito escalou com uma rapidez impressionante, que talvez só consiga ser suficientemente explicado por aquela química particular a que antes me referia. Várias fileiras policiais, como que saídas do nada, rapidamente se formaram e eu me vi entre uma e outra. Como a mais interna parecia ser a mais relaxada em termos de ânimos guerreiros, tentei me aproximar de um dos policiais e, aparvalhado com a magnitude instantânea do fenômeno (como se tivesse sido cuidadosamente planejado), perguntei-lhe o quê, no fundo, estava acontecendo. Sinceramente, não me parecia apenas uma refrega pontual que uma intervenção igualmente pontual pudesse dar conta. Tinha que ser algo mais!… simplesmente porque não havia um ânimo geral na multidão que assegurasse que aquele conflito assumisse aquela magnitude em uma escala tão explosiva. A resposta me veio na forma de uma hostilidade inusitada: eu não era mais um cidadão interpelando um agente policial, eu havia sido transformado no Inimigo… assim, de forma singelamente absoluta.

E, claro, as forças inimigas foram logo destroçadas. Rapidamente dezenas de adolescentes, com seus shorts miúdos, sem importar se eram patricinhas ou suburbanas, estavam estendidas pelas calçadas, chorando e tossindo convulsivamente, pessoas corriam, crianças escorregavam nos entulhos e iam ao chão. Tendo conseguido contornar o olho do furacão, socorri um estudante da Unicamp que, sem o saber, chegara perto demais da Avenida Júlio de Mesquita e, portador de asma alérgica, estava estirado na calçada, simplesmente sufocando até a morte se alguém não o tirasse dali.

O espetáculo que se sucedeu teve alguma coisa de surreal. Em breve, forças policiais em automóveis e motocicletas começavam a se mover pelo bairro de forma frenética, como se estivessem combatendo um atentado terrorista. Um helicóptero começou a sobrevoar o bairro. Os policiais estavam tomados por um frenesi histérico, em que pareciam movidos a captagon, a droga que deixa os jihadistas do Estado Islâmico pilhados para as batalhas e para cortar cabeças.

Instantaneamente, todos se tornaram suspeitos potenciais. Um senhor de meia idade da minha vizinhança, que costuma sair à noite para distribuir ração às nossas duas comunidades felinas dos arredores, foi grosseiramente abordado por um policial de uma viatura: “O que você está fazendo aí?” Esse suspeito-antes-que-provasse-o-contrário teve que mostrar seu saquinho de ração para gatos, para que fosse… dispensado. Os demais moradores do bairro saíam à rua e olhavam para aquele frenesi doentio e perguntavam uns aos outros de forma um tanto melancólica: “Pra que isso???…” Parece que a classe média alta campineira, que não perde uma oportunidade para fazer soar suas panelas Le Creuset, finalmente apreciava ali, a domicílio, o espetáculo de uma autoridade cevada nos intestinos do autoritarismo, um espetáculo surreal, quase zoológico.

Terminada a batalha, meu inquieto passeio etnográfico voltou agora para a retaguarda do terreno dos homens de cinza, as proximidades do posto policial onde tudo começou. Diante do show que presenciara, eu esperava encontrar ao menos uma daquelas lâminas de vidro do aquário policial completamente estilhaçada. Mas não. Intactas. Todas. E mais incrível ainda: por ali ainda havia alguns bêbados. Um deles, bem ali junto dos policiais, me convidou para um trago e me confidenciou: “Agora eu acredito naquelas pessoas que dizem que policial e bandido é tudo a mesma coisa”.

Redação

28 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Leitura que só pela qualidade
    Leitura que só pela qualidade da escrita já é muito recomendável.

    Somando-se a ela o rigor analítico e o arguto juízo moral, torna-se imprescindível.

    Meus parabéns.

  2. Sinta-se privilegiado

    Parece que foi o único a escrever sobre o assunto. Fiz uma busca na Internet e nem meia linha além das tuas. Alguma explicação?

    1. Casualidades e casualidades

      Acontecimento de sábado à noite, depois das redações fechadas… Só o Correio Popular fez uma reportagem sumária e chapa-branca sobre o acontecimento, uma reportagem obviamente “after the fact”.

      Cheguei em casa e resolvi escrever uma pequena crônica testemunhal de quem esteve lá, no momento dos fatos, e com pinceladas do contexto. Na verdade, mero entretenimento jornalístico de alguém que olha o mundo depois de 20 anos de prática etnográfica. Pra alguma coisa isso deve servir… Rsrsrs.

      Com esse enfoque, até agora só o blog do Nassif deu. Pra alguma coisa também deve servir (ao blog) ter uma interlocução afiada Brasil afora. Nós todos somos essa outra comunidade.

  3. Perfeita a descrição da sociedade campineira

    Falou da juventude campineira e o City Bar e o Tomá na Banda. Sugestão para uma etnografia da sociedade campineira adulta: o bar do Mané Português (Santos Dumont x Cel. Quirino), mas tem que ser no sábado e domingo pela manhã/tarde.  

  4. Ora, por favor

    Meu caro, compartilho do seu estarrecimento quanto ao ocorrido, mas pra ser bem direto: pelamordedeus que texto prolíxo, tantos parágrafos cheios de palavreado de alto calão para dizer o que poderia ser dito em três linhas? Ora faça-me o favor, as pessopas têm mais o que fazer, sabe? Eu mesmo ainda nem terminei de ler um do Camus, cuja comparação sobre a densidade versus conteúdo é simplesmente dispensável. Ora, quer escrever bonito faça em seu blog. Este tema é de interesse público. Eu, hein.

    1. Sério???

      É sério isso, meu caro Renato Teles? Essa é a sua crítica? Você diz que as pessoas tem mais o que fazer e perde tempo pra escrever um comentário criticando o autor por ele não ter escrito um texto menor? Tá serto!

    2. Renato, meu querido

      O texto foi postado, sim, no meu espaço de blog aqui na comunidade do Nassif.

      Até onde eu saiba, essa é uma comunidade textual heterogênea, dissidente e pouco afeita à imbecilidade.

      Você não precisa exercitar nenhum totalitarismo da mediocridade virtual para ditar aos outros como eles devam escrever. Se a diversidade o incomoda, vá passear no shopping e seja feliz!

      1. Você tem que saber aceitar

        Você tem que saber aceitar críticas, meu caro. Seu texto está ruim porque pecou pelo excesso. Isso irrita qualquer leitor.

        1. Pois é, eu não achei que pecou por excesso.

          Geralmente critico vários textos de Ricardo Cavalcanti-Schiel,  quase a maioria deles, mas não por questão de forma, mas sim por questão de conteúdo e acho que o texto foi condizente com o conteúdo e a forma do mesmo se ajustou ao tipo de narrativa na primeira pessoa.

          Acho engraçado que ajam fiscais da forma neste e em outros blogs, pois atrás deste pseudo-questionamento de forma esconde-se uma forma de censura a quem escreve, principalmente quando o texto se torna inquestionável e irreparável no seu conteúdo.

          O autor parece que foi claro, para relatar a repressão de movimentos de jovens descolados ou coxinhas, nominação dada pela orientação do leitor, precisava realmente adotar uma forma mais rebuscada e complexa, se fosse relatar o mesmo evento numa comunidade popular ele deveria ser mais direto e simples, ou seja, uma mera adaptação da forma ao conteúdo.

          Parabéns Ricardo Cavalcanti-Schiel, pela primeira vez vou registrar a minha concordância.

  5.  
    O único setor onde a

     

    O único setor onde a iniciativa privada, suplanta moralmente o ente público é na questão do crime organizado. Os criminosos da iniciativa privanda, não tem salários, horas extras, aposentadoria, e, quando se acidentam na atvidade, a família fica å mingua.

    Orlando

  6. Alckmin tem medo!
    A polícia

    Alckmin tem medo!

    A polícia de Alckmin morre de medo! 

    Medo que os chefões da Paulista comecem a reclamar da desordem; medo de que os chefões das redações comecem a questionar-lhe, medo que tenha de se expor como político que não é, nunca foi e nunca o será, já que um mero burocrata da política a tentar se segurar diante da própia mediocridade… um opusdeisiano perfeito.

    Medo!

  7. City banda 2016

    Meu caro! Concordo em gênero e grau com seu texto! Só quem estava lá, exercendo um direito simples, de ir e vir, de ocupar um espaço público pode dizer.

    A policia de fato usou de forças abusívas para conter os Foliõe ebrios que alí passavam. O que foi feito foi mais que uma evacuação, foi uma limpeza”! Afinal, não estavamos na periferia de Campinas e sim, na NATA da cidade! Pena que tudo tenha terminado mal para alguns.

    E sobre liberadade literária: Leia se quiser!

      1. Acho que foi mal expressado

        Suspeito que a Bárbara se expressou mal. Creio que o que ela quis dizer é: exatamente por se tratar de um bairro de classe média alta, o que aconteceu foi uma “limpeza”, como se a polícia se prestasse ao papel de faxineira dos privilegiados (o que no fundo ela é mesmo). Trata-se da corporação que se encaixaria à perfeição no lema que dá título a um trabalho clássico da sociologia (Everett Hughes, 1962): “good people and dirty work” (“gente de respeito e trabalho sujo”: alguém tem que fazer o trabalho sujo para as pessoas de respeito).

  8. PM de Campinas

    Texto impecável.

    Sobre a PM de Campinas: Ah, vá! vcs acham q são violentos? bobagem. Eles até selecionam quem são os indivíduos do grupo “suspeito”. São negros e pardos. Pardo? o que é pardo?

    O triste é que, como estão tds no mesmo balaio, tds passam por gatos. Ou gaiatos. Mas não são. Algumas tropas treinam dia e noite pra bater mais e melhor. O resto é o pobre do PM que carrega sua mochilinha, cumpre escala e vai pro bico no final do expediente 🙁

    Gente: vota no Malckmin.

  9. Essa é a PM de Geraldo Alckmin

    Quem comanda a polícia do Estado? Alckmin. Há quanto tempo? Quase uma década. Fizeram o mesmo aqui em São Paulo! 

  10. VOCÊ ESTA COMPLETAMENTE POR

    VOCÊ ESTA COMPLETAMENTE POR FORA OU ESTA QUERENDO ENGANAR A QUEM?????.. SOU MORADORA DO CAMBUI, E VI NO SABADO UM VANDALISMO SEM FIM, CENAS DE JOVENS SE DROGANDO, CENAS DE MULHERES TOTALMENTE BÊBADAS com seus shortinhos que dá para ver o céu, onde vc. mesmo cita em seu texto, CENAS DE DESTRUIÇÃO DA PRAÇA POR UM POVO SEM NOÇÃO DE NADA, DESTRUIRÃO TODA A PARTE DE JARDINAGEM E RESTRUTURAÇÃO QUE FOI FEITA, E QUE DEMOROU PARA ESTAR COMO ESTAVA… BONITA, E AINDA POR CIMA A PRAÇA PUBLICA SENDO USADA POR QUIOSQUE VENDENDO BEBIDAS ALCOÓLICAS PARA MENORES SEM A MENOR FISCALIZAÇÃO QUE DIZEM SER DE UM BAR CUJO MOME E CITY BAR. FORA AS CENAS DE PESSOAS URINANDO ONDE QUER QUE SEJA.. OU SEJA PURO VANDALISMO FIZERAM NUMA PRAÇA TÃO BONITA COMO A DE CONVIVÊNCIA UM CENTRO DE SELVAGERIA.”Convivência de todos, e portanto tem regras a ser respeitadas por TODOS que lá convivem e a usam”.    A POLICIA FOI CHAMADA POR INÚMERAS BRIGAS  SIM. OU SEJA TOTAL FALTA DE COMPROMETIMENTO DOS QUE LÁ COMPARECERAM E AJUDARAM DE ALGUMA FORMA AQUELA SITUAÇÃO. POR ISSO NÃO QUEIRA TAPAR O CÉU COM A PENEIRA… A POLICIA SOMENTE VEIO A MUITAS SOLICITAÇÕES DOS MORADORES E COMERCIANTES QUE NÃO AGUENTARAM VER FRENTE DE SUAS CASAS E CONDOMÍNIOS COMO BANHEIROS PÚBLICOS CHEIRANDO A URINA. E AGORA VEM VOCE POSTAR UM TEXTO TÃO SEM NOÇÃO DE NADA….E NO FINAL RESTOU A IRONIA DE DIZER QUE UM BEBADO LHE DISSE O SEGUINTE E LHE CONVIDANDO PARA UM TRAGO!!!???: –  “Agora eu acredito naquelas pessoas que dizem que policial e bandido é tudo a mesma coisa”. ISSO NA SUA VISÃO SEM NOÇÃO! Ou ele (o tal bebado que vc.  cita no seu texto) achou vc. muito parecido com ele, ou então o considerou como bandido, pois policial não seria por não estar fardado naquele momento. Achei estranho colocar-se neste patamar, mais enfim… conversa de bebâdo dá valor quem quer. Por outro lado meu Senhor…. existe o direito das pessoas ao respeito  a boa ordem,  vimos de nossas janelas atos de puro vandalismo, inclusive  de pessoas que nem um momento respeitaram que neste bairro ao redor existe um polo de Hospitais, onde pessoas poderiam estar sendo operadas, ou sentindo dores extremas e tentando ter paz e silencio, o que era impossivel devido ao barulho ensurdecedor das gritarias e musicas produzidas no local.  Esse City Bar nos envergonha, somos moradores e não um bando de idiotas para aguentar um dono de Bar faturar horrores e ainda destruir a Praça (Vá lá ver a situação que ficou, o trabalho de jardinagem gasto e que demorou meses para estar bonita como estava, foi destruida por esses vandalos que não sabem se comportar em lugares publicos. Deu dó de ver.. as plantas recebendo jatos de urina e bebidas a todos os instantes, homens sem postura tirando suas camisas como vc. mesmo diz e exarcebando seu lado sexual não se importando com o respeito alheio que ali não eh praia.. apenas uma praça linda com flores, plantas e passaros. Mulheres completamente bebadas se esfregando pelos cantos da Praça.. cacos de vidro espanhados, onde os animais caminham com seus donos em dias normais….olha se vc. como mesmo diz que foi dar uma passada não viu nada isso, me perdoe.. então não comente coisas que não sabe.  Em torno das ruas das laterais do Hospital Irmãos Penteado, foi um horror, condominos chamaram a policia sim, para conter casais exarcebados com seus libidos a flor da pele na rua, uma vergonha a qualquer Pai e Mãe que preservam os bons costumes.  A sujeira e o odor etlico misturado ao alcool fez presença no ar… jovens gritando e brigando alcoolizados,  inclusive uma mulher apanhando por estar completamente bebada ou sei lá o que tinha usado de outras duas… simplesmente deprimente. PORTANTO A POLICIA FEZ SEU PAPEL E GRAÇAS A DEUS QUE AS TEMOS AINDA DE NOSSO LADO. FORAM INUMERAS PESSOAS QUE LIGARAM SOLICITANDO PROVIDENCIAS URGENTES, TANTO O COMERCIO, COMO FAMILIAS AO REDOR. AQUI NÃO E PERIFERIA PARA FAZER O QUE BEM QUEREM.(e acredito que na periferia também a muitas e muitas pessoas de bem que abominam esse tipo de comportanmento). AQUI NÃO EH A CASA DA MÃE JOANA. AQUI SOMOS DA PAZ E DO BEM E A PRAÇA E DE TODOS, PORTANTO DEVEM TODOS A RESPEITAR ELA E AOS SEUS MORADORES. INDEPENDENTES SE  SÃO RICOS OU NÃO! O DIREITO E DE TODOS, E QUEM NÃO GOSTOU DO GÁZ LAGRIMOGENIO EM SUAS CARAS QUE SE COMPORTASSEM COMO SERES EDUCADOS E NÃO UM BANDO DE BEBADOS, DROGADOS. QUEM QUER RESPEITO  PARA SI, PRIMEIRO TEM QUE RESPEITAR!!!! O MINIMO QUE ESSE CITY BAR DEVERIA FAZER agora  era RESSARCIR OS PREJUIZOS CAUSADOS POR ELE.  REPLANTAR E FAZER TODOS OS CANTEIROS DE JARDINAGEM,  REPOR LATAS DE LIXOS QUEBRADAS E DESTRUIDAS,  ENFIM POR DE VOLTA O QUE ELES FIZERAM POR DESTRUIR E USAR UMA PRAÇA PUBLICA (DE TODOS) PARA GANHAR DINHEIRO  A NOSSAS CUSTAS, POIS EH MEU IMPOSTO, SEU IMPOSTO E DE TODOS QUE SÃO USADOS PARA MANTER LOCAIS ASSIM, PORTANTO MEU CARO, ANTES DE COMENTAR SEUS ARGUMENTOS SEM NEXO, ANALISE E VA PROCURAR  REALMENTE A RAZÃO DO EFETIVO POLICIAL E NÃO POSTAR CRITICAS A AÇÃO POLICIAL  SEM NOÇÃO ALGUMA, O QUE PASSAMOS NESTE SABADO MOSTRUOSO SEM PODER SAIR DE CASA COM NOSSOS FAMILIARES E CRIANÇAS. 

     

    Select ratingNota 1Nota 2Nota 3Nota 4Nota 5 

     

    1. Rsrsrsrs

      Depois do Jornalismo Wando, parece que temos aqui um exemplar de Etnografia Wando!

      O mais patético é que a realidade chega a ser tal qual a caricatura.

  11. Apenas um adendo
    Caro Ricardo, eu estive no carnaval e infelizmente fui atingido por uma pedrada na nuca. Neste momento, eu observei que a guarda estava retirando os foliões da praça, pois ja havia encerrado o carnaval. Eu caminhava em direção aos banheiros químicos, quando me deparo com objetos sendo arremessados contra a guarda, e ate o momento, nao haviam usado bonbas para dispersar a multidão. Me vi em uma situaçao de risco e decidi voltar para trás. Neste momento algum marginal me acertou uma pedrada na nuca. Caido no chão, guardas vieram até mim para ver meu estado. Onde eu estava, o povo começou a confusao. Garrafas e pedras foram arremessadas nos policiais, que previamente revidaram com bombas de efeito moral e gas de pimenta. Fica minha indignaçao por parte do povo baferneiro, e do qual me fizeram levar 3 pontos na nuca. Abraço.

    1. Impressionante!

      Mais uma vez me impressiona a incompetência da Polícia Militar em lidar com um caso isolado, transformando o que deveria ser uma ação pontual em guerra generalizada contra toda a gente que ali se encontrava. Pior: guerra geral contra bêbados que em alguns casos mal se equilibravam. Além de incompetência e bestialidade, isso tem um nome: covardia.

  12. Quando a Facção ataca

    Quando a facção criminosa ataca, impõe toque de recolher, incendeia ônibus do transporte público e outras atrocidades do tipo, não se vê a PM nas ruas com essa vontade toda!
    Quando o caso é esse eles somem, andam em comboios e nem sequer se aproximam das periferias.

    Na verdade o bundamolismo fardado toma conta do Estado de SP e então bombas de gás, balas de borracha e cacetetes servem apenas para o lombo de pessoas de bem que não oferecem risco algum a força policial!
    Vergonha! 

     

     

  13. A Dona síntese do problema

    Parece que a “Dona” Edna acredita que quando pagou (caro) pela moradia adquiriu o direito pela ilusão de viver em um mundo diferente. Consciência não tem preço, mas ainda assim pode ser adquirida viu? A dondoca, o ébrio, o cachorro e o pobre vivem todos sob o mesmo sol. O preço que se paga por pensar que os problemas do mundo não são problema vosso é alto, e uma hora ou outra a fatura entra por debaixo da porta; seja ela de vidro, de jacarandá ou de madeira compensada. Infelizmente estou convicta de que a destinatária será uma das últimas a entender o que estou a dizer.

  14. Acho normal a PM acabar com o

    Acho normal a PM acabar com o carnaval num estado cujo governador é reconhecido como um entusiasta da Opus Dei, do fascismo espanhol e da Guardia Civil, … como sempre acontece no fascismo, os cães de guarda fogem um pouco ao controle e acabam ferindo até gente do patriciado. Já aqui em Sampa temos o autoritarismo brando do Malddad, que impôs um toque de recolher às 22:00, para servilmente agradar aos proprietários de imóveis dos bairros de classe média alta, uma gente que nunca votará nele – mas é uma estratégia racional a do prefeito, já que os descoladinhos, boêmios, PTistas, continuam gostando dele e votando nele mesmo assim. 

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador